segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O artesão de si próprio

Qual sua motivação para querer evo­luir e superar li­mites? Você nutre a ideia de que é um ser imper­feito que tende à perfei­ção? Você considera que é um “eu inferior” e quer se tornar o “eu superior”? Sob essas diretivas, a mo­tivação de superar os pró­prios limites – de progre­dir – parte de um estado de insatisfação e se dirige a um estado (projetado, imaginado) de satisfação e realização. Ok, motiva­ção é motivação, e se nós nos movemos em favor da nossa realização integral, conside­remos válida, pois objetivamos que você re­alize a beleza e a harmonia de sua existência, porém, vamos pensar um pouco.
Tenho uma dica: parta da aceitação para a vontade de realização. Explico: vi muitas pes­soas que escolheram progredir porque não aceitavam suas vidas e nem a si próprios. In­divíduos que partiram da rejeição de suas re­alidades, para buscar a satisfação que com­pensasse seus sentimentos de rejeição.
O que houve? Sofreram e sentiram-se sem norte várias vezes, pois partiram do desamor para realizar a evolução determinada pela vontade. E esse é um caminho do amor. Se não houver amor, haverá dor e muitos tropeços. Recomendo que ame seu ponto de partida, seu presente, e a partir desse amor, defina uma meta bem clara de crescimento e progresso.
Essa natureza “inferior, imperfeita” e esse “eu inferior”, além da vida como se apresenta, trouxeram você até esse momento. Você não chegaria à autêntica vontade de progredir e de modificar o modo que vive se não fossem esses elementos. Além disso, o que é entendido como as­pectos imperfeitos é a ma­téria-prima para realizar o ser humano integral.
Pense no artesão que não rejeita o barro que usará para modelar um belíssimo vaso. Você con­sidera um artesão tendo raiva do barro? Da maté­ria-prima? Como poderia? O barro é o belíssimo va­so em potencial! Um arte­são começa com a maté­ria-prima em estado bruto, sendo um sem fim de obras de arte em potencial, modela­do com destreza, mas com respeito e carinho por sua matéria-prima.
Essencialmente, você é o artesão, e tudo que você rejeita é o barro que você usará pa­ra modelar o Ser Integral que você é – o eu saudável, realizado e participativo. Portan­to, parta da aceitação. Se achar difícil amar a si próprio, sua vida e sua relação com a vi­da, ao menos tente aceitar.
Você é uma obra de arte, de tamanha be­leza, de tamanha perfeição, e é exatamente agora, a matéria-prima que encerra em si es­sa obra de arte perfeita, e ainda por cima, é o hábil artesão de si próprio. Parta da acei­tação para chegar ao amor e realizar a obra mais perfeita e linda do mundo: você! 
(Artigo do psicoterapeuta holístico Marcelo Hindi)


domingo, 29 de novembro de 2015

Divertudo: o futuro e a rede

É sempre difícil tentar se antecipar ao futuro. Quando o assunto é tecnolo­gia, então, precisamos de muito co­nhecimento, imaginação e sensibilidade. O site infantil Divertudo (www.divertudo.com. br) existe há mais de 15 anos e vem driblan­do com criatividade e qualidade este turbi­lhão de novidades que chegam rapidinho às mãos das crianças.
O Mexa-se conversou sobre o assunto com a jornalista Evelyn Heine e a web designer Liliana Akstein, criadoras do Di­vertudo.
Qual é o grande desafio de manter um site infantil por mais de 15 anos?
Evelyn: Esta semana li o de­poimento de um grande empresá­rio dizendo que, se você não se atualizar, pode ver seu negó­cio afundar em pouco tempo. Uma empresa enorme, mas parada no tempo, pode ruir por causa de algum aplicativo criado da noite pa­ra o dia. As ideias estão valendo mais do que tudo agora. Então, nós, do Divertudo, tenta­mos saber o que a criança está buscando no momento e atender a esta demanda, dentro de nossas possibilidades.
E o que as crianças estão querendo agora?
Liliana: Vídeos de todos os tipos: engraça­dinhos, instrutivos, sobre qualquer assunto. O computador está virando a nova televisão. Ali você pode escolher o que quer ver e quan­do. É o mundo em suas mãos.
Evelyn: Nosso público também procura in­formações úteis que sirvam de suporte para trabalhos escolares, por exemplo. Percebe­mos isso pelos pedidos de ajuda que vinham de leitores. Então criamos os chamados “tu­toriais”, reunidos na seção “Como se faz?”.
Pode dar um exemplo?
Evelyn: Claro. Veja nossa “Oficina de Qua­drinhos”. Ela foi até solicitada por um por­tal de Educação vinculado ao governo fe­deral, além de outros mais. Tudo começou com o pedido de ajuda de uma lei­tora. Ela precisa­va produzir uma história em qua­drinhos para a es­cola e não sabia nem como come­çar. Então criamos um passo-a-passo que virou um su­cesso. E também criamos um vídeo simples só para explicar um modo prático de executar a história.
Liliana: Depois vieram outros pedidos e a seção foi crescendo: Como fazer uma peça de teatro, como fazer uma paródia, uma re­dação, uma propaganda…
E os jogos?
Os games de hoje usam muita tecnologia e recursos que nós não dominamos. Por isso, apostamos em conteúdo e na criatividade. Resolvemos também criar uma seção para crianças bem pequenas, que dispõem de pou­cas opções na rede: o Minitudo, que é o nosso bebê. Temos um carinho especial por ele. Es­tamos sempre engatinhando também.


sábado, 28 de novembro de 2015

Dependência química, um grave problema de saúde pública


Atualmente, o consumo de drogas não é considerado apenas um prejuízo para quem faz o uso, mas um com­plexo e grave proble­ma de saúde pública. Para tratar do assunto de drogadição, é neces­sário distinguir o pro­cesso de saúde/doen­ça com base nos mo­delos mais atuais pa­ra compreensão e es­tratégias de intervenção estabelecidas na ci­ência atual. Para discutir a dependência quí­mica, deve-se refletir como a droga foi enca­rada ao longo da história, levando em consi­deração os paradigmas que esse tema tam­bém engloba.
Apresentaremos aqui, brevemente, as ba­ses teórico-conceituais dos três eixos do pro­cesso (saúde, doença e dependência química), bem como proporcionar uma reflexão crítica sobre a questão da promoção de saúde frente à dependência de substâncias, de acordo com os modelos de trabalhos e intervenções biop­sicossocial presentes na atualidade.
Com base nas referências históricas, foi a partir do século XX que foram constatadas transformações no que se diz respeito ao processo de saúde/doença, sendo que o uso de substâncias psicoativas assumiu propor­ções alarmantes e, então, falar sobre drogas não é apenas falar da questão biológica, é fa­lar de um indivíduo integral (completo, sem diminuição), para o qual o uso das drogas possui uma representação específica.
O diagnóstico de uma dependência quí­mica exige a avaliação de diversos aspec­tos, uma vez que os padrões de consumo de drogas na atualida­de são diversificados, sendo a dependência o último estágio. Além disso, o tratamento da drogadição é algo pro­longado. Entretanto, romper o ciclo de de­pendência é algo mui­to difícil e delicado, pois os indivíduos que se tornam dependen­tes vivenciam um so­frimento físico e psíquico intenso, tendo sua vida afetada, bem como as suas famílias, ami­gos e a comunidade de uma forma geral.
É necessário pontuar que o atendimen­to a dependentes químicos envolve dois as­pectos centrais: primeiro, a desintoxicação com a finalidade de retirada da droga e seus efeitos, e segundo, a manutenção, ou seja, a reorganização da vida do indivíduo sem o uso da droga.
Para os profissionais de saúde, esse é um tema em constante estudo e desafio, e uma das ferramentas e métodos de trabalho uti­lizados na área da Psicologia é o psicodra­ma, em que as técnicas psicodramáticas são utilizadas para que o indivíduo perceba a sua relação com a dependência da droga, seu papel na família, adquirindo, assim, um novo padrão de consciência de seus confli­tos e sua vida.

(Artigo do psicólogo clínico e social Bruno Macedo Pedro)


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Entre em forma com o Ninjutsu

Muay Thai, Jiu Jitsu, Treino Funcional…  Todos eles exigem condicionamento, prática e muita persistência. Em troca, um corpo invejável, flexibilidade, além de melhora cardiorespiratória e nada de flacidez. Uma outra modalidade, ainda pouco conhecida no Brasil, mas que tem conquistado seu espaço e admiradores, é o Ninjutsu.
Segundo o instrutor do Maha Studio do Corpo (SP) Angelo Arantes, o Ninjutsu é uma arte que busca o aperfeiçoamento físico, mental e emocional. “Ele explora mais o intangível, atributo muito valioso na era do conhecimento, mas pouco explorado. E, para as mulheres, é uma forma de manter a intuição e a razão em equilíbrio, virtude nata feminina” diz ele.
A atividade trabalha técnicas com foco no movimento contínuo e aproveita a força do adversário, e também é ensinada como defesa pessoal. Segundo o instrutor, em uma aula, em média de uma hora, o aluno aprende mais de 20 técnicas de defesas, rolamentos e quedas, além de saltos. “Tudo o que pode ser aplicado ao dia a dia, garantindo a segurança das mulheres e eliminando, em média, 900 calorias”, conta Angelo.
Esses benefícios também ajudam no emocional, e o instrutor mostra em cada movimento do aluno suas características de personalidade e pontos que têm de melhorar, ensina a aceitar aquilo que não pode mudar e a transformar o que está ao seu alcance. Inclusive, problemas como ansiedade e síndrome do pânico são atenuados com a prática. 
“A prática tem como objetivo trabalhar a razão e emoção em harmonia. Procuramos a adaptação a diversas situações e necessidades. Em muitos países cadeirantes e deficientes treinam respeitando suas limitações. Transitar do tangível para o intangível livremente com uma mente aberta absorvendo sabedoria de cada lição que o destino apresenta”, afirma Arantes. “Para a mulher é surpreendente, pois como trabalhamos em 2/3 da prática o intangível, sua intuição natural aumenta chegando a prever movimentos do adversário.”



quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Uso de protetor bucal durante esportes deve ser incentivado

O risco de um atleta sofrer séria lesão nos dentes durante a prática de esportes tem sido motivo de inúmeros estudos internacionais – principalmente em relação ao papel do protetor bucal. De acordo com o cirurgião-dentista Reinaldo Brito e Dias, professor da Universidade de São Paulo e membro da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas, ainda é muito sutil o trabalho realizado pelos profissionais de Odontologia no sentido de ‘convencer’ os atletas a usar protetores bucais, sejam eles padronizados ou personalizados.
“É muito importante que os atletas conheçam o risco real que estão assumindo ao deixar de proteger os dentes. Não me refiro apenas àqueles que praticam esportes de contato, como artes marciais, rugby e futebol americano. Mas até mesmo esportes de quadra, como basquete, em que um eventual choque pode resultar numa avulsão dentária e pôr tudo a perder, exigindo o afastamento do atleta para tratamento e recuperação”, diz o especialista.
O profissional ressalta que as pessoas só têm ideia da dimensão do problema quando perdem um dente. “Até surgir o problema, a pessoa fala ou morde uma maçã automaticamente. Mas, por exemplo, imagina o que é fazer isso sem um dente da frente? Toda saúde do atleta fica comprometida. Ele sofrerá restrições que terão desdobramentos em vários outros aspectos da sua vida, desde os mais práticos até os mais sensíveis, como autoconfiança e autoestima”.
O professor adverte, entretanto, que um bom protetor bucal tem algumas características que precisam ser levadas em conta. A primeira é que a peça precisa ser desenvolvida especialmente para a boca do paciente – até mesmo para quem usa aparelhos ortodônticos. Depois, é preciso que o material usado esteja de acordo com o risco oferecido pelo esporte em questão. Ainda, o material deve ser resiliente, resistente, de fácil adaptação e confortável para que o atleta possa respirar naturalmente e praticar seu esporte sem interferências nem preocupações com relação ao protetor bucal.
O uso do protetor bucal é especialmente indicado para atletas que praticam uma dessas modalidades: ginástica, acrobacia, vôlei, basquete, handebol, boxe, ciclismo, hipismo, esportes de campo, futebol, artes marciais, rugby, hockey, patinação, esportes radicais etc. “Geralmente o protetor bucal é usado somente na arcada superior. Caso o atleta tenha mandíbula proeminente, o cirurgião-dentista avaliará se a arcada inferior também precisa de proteção”, diz o especialista.
Independentemente da modalidade esportiva, estudos mostram que contar com um cirurgião-dentista para cuidar da saúde bucal dos atletas – atuando tanto na orientação e prevenção, bem como nos tratamentos – contribui de forma relevante para aumentar o desempenho e alcançar bons resultados.


quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Franja vai bem também em cabelos crespos

Sempre modernas e na moda, as franjas ainda são motivo de receio para muitas mulheres de cabelos cacheados. Mas, sabendo escolher o tamanho, modelo e produtos adequados para a modelagem, as cacheadas podem sim investir na franja e arrasar por aí. Quem afirma é Lúcia Santana, coordenadora técnica das cabeleireiras do Instituto Beleza Natural. Para quem quer apostar no corte e ainda tem dúvidas sobre o resultado, a especialista dá dicas que vão desde a escolha do profissional aos cuidados para manter o look lindo e atual.
Qual o modelo de franja ideal para os cabelos crespos e cacheados?
As franjas ideais são as medianas ou os franjões. Não recomendo franjas curtas pois o cabelo cacheado, quando seco, tende a encolher (subir) e o resultado é uma franja alta e volumosa.
Na hora de cortar, que cuidados devemos observar para ter o resultado esperado?
Antes de cortar, é importantíssimo que o profissional avalie a textura, a densidade e o tipo de cacho.
Cortei a franja. Como cuidar?
Após ter cortado a franja, é muito importante manter os cuidados como higienização e nutrição dos fios. Além disso, utilização diária de um creme de pentear é indispensável para controlar volume e definir os cachos. Vale lembrar que shampoo, condicionador, máscara de tratamento e creme de pentear devem ser específicos para o trato de cabelos crespos e cacheados.
A manutenção do corte da franja deve ser feita com qual periodicidade?
Caso a cliente queira manter o mesmo comprimento do primeiro corte, a manutenção deverá ser feita mensalmente.
A franja pode ser cortada em casa ou preciso de um profissional?
Não recomendo cortar as madeixas em casa. Cabelos cacheados são mais complexos para serem cortados e, por isso, precisam de um bom profissional.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Aprenda a escolher um bom vinho

Aprecia vinho e entende um pouco sobre a bebida? A sommelière da Evino, Jessica Marinzeck, explica algumas curiosidades, para entendermos um pouco mais sobre o universo do vinho. São cinco questões que todos os apreciadores da bebida precisam saber.
Você sabia que é possível ter vinho branco de uvas tintas?
Sim, é possível, já que a cor dos vinhos tintos é extraída das cascas das uvas, assim também, como a cor dos vinhos rosés. Só que esses últimos passam menos tempo em contato com as cascas, daí a sua baixa tonalidade. Sendo assim, se um produtor desejar, pode fazer vinho branco de uvas tintas, basta simplesmente ele evitar todo e qualquer contato da polpa ou mosto da uva, com suas cascas. Um bom exemplo são os Champagnes que podem levar em sua composição duas uvas tintas, a Pinot Noir e a Pinot Meunier, além da branca Chardonnay.
Barricas de carvalho francês ou americano?
As barricas são importantes para aportar aos vinhos algumas características mais complexas, como aromas de tostado, baunilha e de madeira. O carvalho americano é menos poroso que o francês, assim a oxigenação na barrica será menor e o vinho terá um desenvolvimento mais lento. Já com o francês ocorre o contrário, por isso, ele é mais caro e dá aos vinhos características mais elegantes e de baunilha. O carvalho americano deixa o vinho mais aromático e possui uma nota inconfundível de coco queimado.
Bouquet ou aroma? Qual a diferença?
É comum nesse mercado dizer que vinhos jovens apresentam apenas aromas de flores e frutas. Devemos nos referir a essas características como: os aromas do vinho. No caso de um vinho envelhecido que apresenta notas mais complexas, como couro ou charuto, é correto se referir como: bouquet do vinho.
Qual é a mais indicada: rolha ou Screwcap (tampa de rosca)?
Não existe uma fórmula mágica, ambas são benéficas dependendo do estilo de vinho que um dado produtor pretende criar. É certo que há uma maior troca de oxigênio quando temos um vinho vedado com rolha, ou seja, sua evolução será mais rápida que os vinhos vedados com a rosca.
Os vinhos mais velhos são melhores?
Isso é um mito. Hoje, com a alta demanda do mercado, muitos produtores estão focados em criar vinhos que já estão prontos para o consumo e que não irão se favorecer do longo armazenamento. É preciso antes, procurar saber um pouco sobre quem produziu aquela bebida e suas características antes de julgar se um vinho é ou não de guarda.
Essas são informações que auxiliam ao apreciador de vinhos a escolher os rótulos que mais o agradem e, até mesmo, a distinguir os que possuem maior valor agregado e custo-benefício.


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Diagnóstico precoce e hábitos saudáveis: principais aliados contra o diabetes

Um exame simples realizado em laboratório de análises clínicas para medir o nível de glicose no sangue, chamada glicemia (aleatória ou de jejum), é uma das mais importantes armas para diagnosticar o diabetes mellitus. Caso se detecte valores fora dos padrões, é sinal de que o paciente está pré-diabético ou com diabetes.
O teste da glicemia capilar feito a partir de uma gota de sangue tirada da ponta de dedo, muito comum em mutirões ou em serviços de pronto atendimento, é um procedimento ainda mais simples e permite medir instantaneamente o nível de glicose no sangue.
Diabetes é uma doença crônica, que não tem cura, mas que pode ser controlada por meio de medicamentos, alimentação balanceada e atividade física. Por isso, o acompanhamento médico e a realização de exames periódicos – principalmente para quem tem histórico familiar da doença ou apresenta excesso de peso – são fundamentais para um diagnóstico precoce e tratamento adequado desde o início, visando a prevenção das complicações.
Não controlado e em estado avançado, o diabetes pode levar à cegueira, acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, insuficiência renal e à amputação de membros. Os adultos com diabetes têm risco de morte 1,5 vez maior que os demais na mesma faixa etária.  “A prevenção é fundamental”, diz Vivian Estefan, endocrinologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos. Segundo ela, além do risco de morte provocado pela doença, o seu impacto na qualidade de vida dos pacientes é enorme em função de todas as possíveis complicações.
Existem dois tipos de diabetes: tipo 1, que aparece normalmente na infância ou adolescência, em função de uma falha do sistema imunológico, que passa a entender a insulina como uma ameaça ao organismo e destrói as células que produzem o hormônio, originando uma deficiência total deste.
A tipo 2 (que corresponde a cerca de 90% dos casos), também chamada de familiar ou hereditário, aparece em geral após os 40 anos, em decorrência de obesidade, da falta de hábitos saudáveis de alimentação e sedentarismo. Neste caso, a produção de insulina encontra-se aumentada, porém existe uma resistência do organismo à sua ação.
De acordo com a especialista, há um aumento acelerado na incidência do diabetes tipo 2 na maioria dos países do mundo, inclusive no Brasil, devido principalmente ao estilo de vida pouco saudável e ao envelhecimento da população. Segundo dados IBGE de 2013, 6,2% da população com 18 anos ou mais tinham diabetes diagnosticada.


domingo, 22 de novembro de 2015

Entenda o que é a microcefalia

O aumento de casos de microcefalia em bebês recém-nascidos em certas regiões do Brasil tem deixado o governo e população preocupados. Ainda não é possível afirmar o motivo para esse aumento, apesar de que especialistas liguem casos de Zika vírus, que tem atingido principalmente o Nordeste, com esse surto de microcefalia nessas regiões.
O desconhecimento dessa doença na população em geral, apesar de ser bem debatida no meio médico, tem contribuído para disseminar um certo pânico entre gestantes e futuros pais. Dr. Paulo Breinis, neuropediatra do Hospital São Luiz Jabaquara, explica um pouco sobre a microcefalia.
O que é a microcefalia?
A microcefalia é condição patológica em que existem volume e peso encefálico muito menor do que o normal. A microcefalia é decorrente dessa lesão cerebral e isso pode ocasionar comprometimento cognitivo e motor.
Quais são as causas da microcefalia?
A lesão cerebral ocorre em algum momento durante a gestação, principalmente no primeiro e no segundo trimestre, por causa de algum fator que provoca um processo destrutivo ou mal formativo do encéfalo. Esses processos podem estar relacionados com fatores genéticos (má formação), ou algum fator externo destrutivo que tenha interferido no desenvolvimento do feto.
Os fatores externos podem estar relacionados ao uso de alguma substância (drogas, álcool e radiação) ou também pela interferência de alguma doença que a mãe tenha adquirido durante a gestação.
Quais são alguns exemplos de doenças que podem provocar a Microcefalia?
Um bom exemplo é a rubéola. A rubéola é causada por um vírus transmitido por tosse e contato que, fora da gravidez, é relativamente fácil de ser tratada e não representa grande perigo. Porém, essa doença é muito perigosa para mulheres na gestação, podendo ocasionar abortamentos ou danos ao feto como catarata e microcefalia. A sífilis, toxoplasmose e citomegalovírus são outros exemplos disso.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito na consulta médica, exames complementares, e neuroimagem,  por meio do ultrassom morfológico ou ressonância magnética fetal, por exemplo. O diagnóstico é feito medindo o perímetro cefálico.
E tem tratamento?
A microcefalia é decorrente da patologia de base. Essa patologia costuma não ter tratamento medicamentoso, e é simplesmente uma constatação de que alguma coisa patológica ocorreu no cérebro do bebê. A doença de base (o que causou a microcefalia) deve ser sempre procurada e diagnosticada.


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Exercícios físicos melhoram a vida dos hemofílicos

Para muitas pessoas com hemofilia, praticar atividade física parecia um sonho impossível, sobretudo porque significava expor-se a um alto risco de sangramentos secundários aos traumas e, consequentemente, ao desenvolvimento de complicações graves da doença. Porém, o que poucos sabem é que os exercícios são responsáveis por proteger o organismo das hemorragias intramusculares e intra-articulares, além de promover uma melhora significativa na qualidade de vida do paciente.
“Uma pessoa com hemofilia apresenta sangramentos espontâneos e isso acontece porque o sangue não coagula adequadamente. Por muito tempo, a maioria dos médicos proibia os pacientes de praticarem exercícios físicos por conta do risco de hemorragias graves. Porém, a chegada da profilaxia primária – que consiste em aplicar o fator de coagulação deficiente antes que o sangramento aconteça -, permitiu que este cenário mudasse”, afirma o dr. Gabriel Fagundes, gerente médico da Novo Nordisk.
Com a prática de atividades físicas, a musculatura ao redor das articulações, local de alto risco para sangramentos, fica mais fortalecida e serve como um tipo de amortecedor, evitando essas lesões.
Movimentar o corpo permite desde a inibição da dor até o aumento dos níveis de hemoglobina e de HDL, o colesterol bom. Esportes de baixo impacto, como natação, caminhada e até mesmo as atividades praticadas indoor, como a ginástica aeróbica e a musculação, são recomendados a pacientes com esta condição.
Os benefícios da atividade física vão muito além dos observados em exames clínicos e laboratoriais. O bem-estar social e mental do paciente, principalmente das crianças, é diretamente impactado. “Há uma grande melhora do status psicológico do indivíduo, muitas vezes abalado pelas limitações que esta condição impõe. O exercício promove outros impactos positivos como a melhora da disciplina e da concentração, muito importantes para pacientes com uma condição crônica, como a hemofilia”, explica o médico.
Mas é preciso ressaltar que as atividades esportivas que estimulam o contato físico, como futebol e vôlei, além daquelas com grande risco de queda, como corrida e escalada, devem ser evitadas.  Ainda segundo o médico, antes de dar o passo inicial, é preciso conhecer o seu corpo e saber os seus limites. “É importante que o médico, baseado no histórico do paciente, trabalhe junto ao preparador físico e ao fisioterapeuta para indicar a atividade mais adequada, levando em consideração a relação risco-benefício. Porém, mais importante ainda é desmitificar a ideia de que o indivíduo com hemofilia não pode, e nem deve, praticar exercícios físicos regularmente”, enfatiza o especialista.
Natação
A natação é o esporte mais recomendado pelos médicos e educadores físicos para portadores de hemofilia. De baixíssimo impacto, permite movimentar todo o corpo e promove, além do fortalecimento musculoesquelético, melhoras no sistema cardiovascular. É uma atividade que pode acompanhar o paciente pelo resto de sua vida.
Esportes aquáticos 
Exercícios na água são capazes de promover melhoras significativas à vida do paciente. A água permite que braços, pernas e articulações sejam trabalhados, prevenindo lesões e dores. A resistência da água também é importante para o fortalecimento muscular. 
Caminhada 
É uma excelente atividade aeróbica que pode ser feita tanto ao ar livre quanto em ambientes fechados. Melhora a circulação e o sistema respiratório, além de ajudar a manter o peso adequado. É também uma ótima atividade social quando feita em grupos, promovendo o bem estar.
Tai Chi Chuan
Os movimentos mais lentos que exercitam o corpo no ritmo da respiração, aliados à meditação, tornam a atividade benéfica para qualquer pessoa.
 Musculação e levantamento de pesos
A atividade proporciona o fortalecimento dos músculos a partir da adoção de exercícios com pesos leves e moderados, além de melhorar a circulação, a manutenção do peso corporal e a autoestima do paciente. A musculação também é capaz de corrigir sequelas como as atrofias musculares.
Pilates
Com equipamentos ou não, a atividade é importante para o fortalecimento dos músculos. Promove também a flexibilidade e o condicionamento físico.
Ciclismo
Com o uso de equipamentos adequados, como capacetes, e a adoção de velocidade moderada, é um esporte de médio impacto que trabalha diretamente o sistema cardiovascular e fortalece os membros inferiores.
 Fonte: National Hemophilia Foundation


quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Fisioterapia em Obstetrícia


Saiba como a Fisioterapia ajuda as mulheres durante e depois do parto:
Pré-Parto
A gestação é uma fase de muitas mudan­ças na vida de uma mulher, tanto física quanto social, emo­cional e psicológi­ca. A fisioterapia é muito importante e pode ajudar mui­to nessa fase preve­nindo e tratando al­guns sintomas que são fisiológicos: dores osteomusculares (dor lombar, punho, cervical); dor em sacroilíaca; treinar equilíbrio e força muscular; prevenir e tratar sintomas urinários; prevenir proble­mas circulatórios; edemas, varizes; evitar di­ástase abdominal; reforço cardiovascular, di­minuindo a sensação de cansaço.
Os recursos utilizados nas sessões são inú­meros: conscientização corporal e perineal; exercícios circulatórios; mobilização pélvi­ca (técnicas de mobilização, como a pompa­ge e a liberação miofascial); drenagem linfá­tica manual; fortalecimento global e estabi­lização central; músculos do assoalho pélvi­co, que são responsáveis pela sustentação do útero, bexiga, reto e pela continência uriná­ria. Durante toda a gestação eles devem ser fortalecidos para evitar a incontinência uri­nária de esforço causado pela fraqueza des­ses músculos e o excesso de carga que estão recebendo. Depois da 33semana esses mús­culos devem começar a receber a massagem perineal, fundamental para prevenir as lace­rações naturais que podem ocorrer no mo­mento expulsivo do trabalho de parto.
Cada gestação é exclusiva e cada corpo é único, portanto o tratamento é traçado e criado de acordo com a necessidade de ca­da gestante.
Pós-parto
O puerpério é o momento em que a mulher está totalmente voltada para o bebê e em que o seu corpo está retornando ao que era antes da gravidez. Desse modo, ela também necessita de cuida­dos e orientações para acelerar esse processo, que pode durar vários meses, pois o corpo passou por grandes modi­ficações durante a gestação e o traba­lho de parto. As­sim, a Fisioterapia vai ajudá-la a man­ter o seu corpo mais saudável e retornar às suas atividades do dia a dia, facilitando o seu deslocamento e permitindo maior interação com o seu bebê no lar.
Puerpério imediato: reeducação da fun­ção respiratória, estimulação do sistema cir­culatório para diminuir o edema nos mem­bros inferiores, restabelecer a função intes­tinal, reeducação dos músculos abdominais e da musculatura de assoalho pélvico (loca­lizado na região inferior da pelve), promo­ver redução da dor no local da incisão pe­rineal ou cesárea, além de orientações ge­rais em relação aos cuidados com as mamas e quanto às posturas assumidas durante os cuidados com o bebê.
Puerpério tardio (45 dias após o par­to): reduzir a dor perineal ou vaginal, dis­pareunia (dor na relação sexual), lombalgia, incontinência urinária, alterações posturais, fortalecer os membros superiores com intui­to de prevenir lesões a longo prazo devido ao ganho de peso do bebê, além de trabalhar os exercícios aeróbicos para redução de peso e melhora do condicionamento físico.

(Artigo da fisioterapeuta Laura Ezequiel Rodrigues)


quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Fitoterápico é remédio e exige cuidado

Os medicamentos fitoterápicos estão no dia a dia de consumidores brasileiros. Feitos com princípios ativos de origem vegetal são vistos como uma alternativa “natural” em comparação a outros produtos. A questão é que o fitoterápico passa por um processo industrial e a própria matéria-prima pode causar alergias e efeitos colaterais em algumas pessoas, como qualquer outro medicamento.
“É preciso ter atenção a essa situação. É comum que as pessoas relacionem o medicamento fitoterápico com medidas caseiras, como tomar um chá para curar dor de estômago”, diz o médico Ayrton de Magistris, doutor em Patofisiologia pela Universidade de Boston. É evidente que, assim como os outros produtos, os fitoterápicos também apresentam eficácia. Eles são avaliados com o mesmo rigor que medicamentos sintéticos, e devem apresentar estudos farmacológicos e toxicológicos que provem benefício e segurança.
Segundo ele, na crença popular, muitos acreditam que os medicamentos fitoterápicos são isentos de efeitos colaterais, o que não é verdade. Qualquer substância tem efeitos em seres vivos, independente de sua origem. Esses remédios são substâncias ativas e que podem ser nocivas, como qualquer outra. “Muitas vezes, os efeitos colaterais são os mesmos dos sintéticos, tanto para mais como para menos. Não existe diferença, em nível molecular. Além disso, muitas plantas têm um número de substâncias enorme,de origem questionável e nem sempre purificadas como deviam, o que torna seu efeito ainda mais imprevisível”, observa o especialista.
O uso indiscriminado, sem orientação, pode causar problemas sérios à saúde. Portanto, a orientação é a mesma em comparação aos produtos sintéticos: sempre consulte um médico antes de ingerir medicamentos, incluindo os fitoterápicos.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Tranças, perfeitas para todas as ocasiões

cabelo
As tranças nunca saem de moda e podem dar um ar todo especial ao look feminino, independente do estilo. Na próxima estação primavera-verão não será diferente: as tranças vêm com força total e serão as queridinhas da estação.
No prestigiado Festival de Cinema de Veneza, no início de setembro, diversas atrizes de Hollywood já mostraram que as tranças serão mesmo tendência em vários estilos e releituras: despenteada, camponesa, embutida, lateral, rabo de cavalo com trança, com coque, desalinhada e fofa. “A trança combina com todas as ocasiões, do ambiente simples ao mais sofisticado. Basta apenas trocar a roupa e a maquiagem – você terá outro look com o mesmo penteado”, afirma Marília Kikuchi, técnica de beleza da Condor.
 A seguir, a técnica de beleza revela no passo como fazer a trança ‘Escama-de-peixe’ com rabo de cavalo baixo, penteado que estará entre as sensações da estação.
Passo a passo
Para obter o resultado ideal é necessário utilizar escovas raquete Carmim Fashion 9640 (desembaraçar) e Shayene (escovação), além de elástico de silicone, pomada em pó, pente cabo fino e grampo.
- É importante estar com o cabelo limpo – desembarace totalmente os fios;
- Faça escova;
- Passe pomada em pó para dar volume na parte da frente;
- Separe com o pente de cabo fino a parte lateral para a trança;
- Divida o cabelo em duas mechas na lateral em cima da cabeça;
- Pegue duas mechas finas dos cantos externos da parte que está dividida;
- Leve para o lado e trance os fios em X com mechas finas e finalize com elástico de silicone;
- Junte o cabelo que está solto de maneira que fique embutido;
- Amarre a trança com rabo de cavalo com uma mecha de cabelo – utilize o grampo para prender o cabelo;
- Afrouxe a trança para um efeito desconstruído.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Exercício aeróbico em jejum não emagrece

Com o intuito de esclarecer e alertar as pessoas que buscam emagrecer, o personal trainer Vinícius Possebon responde sobre um assunto que considera nocivo, mas que é uma prática bem comum: o exercício aeróbico em jejum.
Exercício aeróbico em jejum emagrece?
Não. Você duvida? Então, continue a ler as respostas às perguntas.
 Exercício aeróbico em jejum engorda?
Engorda, sim. Mas quem diz isso não sou eu. Essa afirmação é resultado de estudos realizados com pessoas que faziam exercícios aeróbicos em jejum. Então, qual é a melhor forma de emagrecer e como o exercício em jejum é prejudicial para sua saúde e projeto de emagrecimento? Vamos raciocinar juntos e descobrir!
O exercício aeróbico normal não emagrece
Sim, diferentemente do que vemos por aí nas academias, onde as pessoas passam horas se exercitando, na tentativa de perder gordura. Agora, se o aeróbio normal não emagrece, imagine então o exercício feito em jejum! É desastre na certa!
Estudos mostram que o exercício aeróbico em jejum não funciona
Antes de tudo, se você é como eu, que adora ler estudos e se informar sobre tudo o que faz, preste muita atenção à metodologia utilizada. Muitas vezes, estudos se mostram bem tendenciosos e provam o que querem provar. Eu mesmo já me deparei com vários desses.
Estudos comparativos
Num estudo realizado em 2011, foram usados 2 grupos: um que fazia o exercício em jejum e outro que tomara um café da manhã de 670 calorias. O exercício durava 36 minutos e tinha de baixa à moderada intensidade. O resultado? O grupo que fez o exercício e estava alimentado, teve uma alteração no metabolismo em 24h.
Isso quer dizer que esse grupo queimou mais gordura em 24h. Já quem se exercitou em jejum, até queimou mais gordura durante o exercício, mas seu metabolismo ficou bem mais lento nas 24h seguintes.
Outro estudo do fim da década de 90 mostra que quem faz exercício aeróbico em jejum tem uma elevação do hormônio cortisol nos 90 minutos seguintes.
E o que é o cortisol?
É o hormônio que elimina a massa magra, ou seja, a massa que é benéfica para o seu corpo. Mas sabemos que, quando fazemos exercício aeróbico em jejum, aumentamos a oxidação de gordura em 30%. Sim, mas são 30% do quê? Quando paramos para analisar os estudos, isso tudo é baseado em miligramas por litro.
Então você me pergunta qual é o problema disso. O problema aparece quando você converte as medidas e transforma isso em gramas de gordura para saber quantos quilos você terá que perder. O resultado é uma média de 5g de gordura que você perde a mais quando faz exercício em jejum. Isso mesmo, apenas 5g!
Vale a pena acordar 1 hora mais cedo e não comer para perder apenas 5 gramas de gordura, sabendo ainda que seu metabolismo vai desacelerar no decorrer do dia?
E por que tanta gente diz por aí que a prática funciona?
Simplesmente porque a maioria dessas pessoas que diz que faz aeróbio em jejum, realiza a atividade combinada com mais 3 procedimentos: dieta restritiva; uso de fármacos (geralmente, ilícitos) e desidratação. Só essas 3 coisas combinadas já são o suficiente para emagrecer qualquer pessoa. Logo, o emagrecimento não é resultado do aeróbio em jejum, não se engane!
Os efeitos negativos dos exercícios aeróbicos em jejum
Bom, sabendo que o exercício aeróbico em jejum queima mais 5g de gordura do que uma pessoa alimentada fazendo a mesma coisa, mas em compensação, diminui o metabolismo, a primeira conclusão que podemos tirar é que o consumo de gordura aumentará muito no decorrer do dia. Além disso, existe o risco de uma hipoglicemia, por conta do jejum prolongado.

domingo, 15 de novembro de 2015

Pupila branca indica doenças oftalmológicas




 Ao tirar uma foto e a pupila ficar branca, como se fosse um reflexo, é necessário ficar alerta: pode ser um indício de leucocoria, conhecida como “pupila branca”, que indica problemas de saúde. “A leucocoria não é em si uma doença mas, pode ser um indicativo de catarata congênita ou retinoblastoma, tumor maligno da retina, que pode levar a retirada do olho comprometido e até à morte”, revela a oftalmologista da Clínica Canto, dra. Ana Paula Canto. “Quando a ‘menina dos olhos’ tem coloração branca e não preta, como deve ser, é hora de procurar um especialista.” 
 De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o retinoblastoma é o câncer mais comum na infância: atinge uma em cada 20 mil crianças e tem maior incidência em menores de cinco anos. “É um tumor altamente maligno, mas quando diagnosticado precocemente, tem 90% de chance de cura, porém, quando o diagnóstico é tardio, pode haver complicações”, explica a oftalmologista. 
O diagnóstico precoce pode impedir a cegueira e, caso haja um tumor, salvar a vida da criança. A leucocoria pode ser detectada apenas ao olhar a pupila do paciente. Para os recém-nascidos, há o ‘teste do reflexo vermelho’ (o conhecido ‘teste do olhinho’) realizado antes de sair da maternidade. “Outros indícios que podem indicar o problema é quando, em ambientes escuros, quando ocorre o aumento de tamanho da pupila ou em fotos com flash, a coloração da pupila fica branca ao invés de vermelha”, esclarece a médica. “Se na fotografia foi percebido reflexo branco, estrabismo ou qualquer outro sinal de anormalidade ocular a criança deve ser examinada por um oftamologista.”
Outras possibilidades de causa da leucocoria em crianças são retinopatia da prematuridade, má-formação ou anomalia vascular da retina, infecções e tumor intraocular. “Em adultos, a causa mais comum é a catarata avançada”, explica ela. 
Exames e tratamento
No consultório, o especialista avaliará o paciente por meio de um exame oftalmológico completo, incluindo o de fundo de olho com as pupilas dilatadas, utilizando o oftalmoscópio, pelo qual é possível uma melhor visualização da retina. “Nesses casos, o exame com dilatação da pupila é obrigatório, pois permite uma análise mais aprofundada do caso”, diz a especialista. De acordo com a oftalmologista, outros exames podem ser solicitados. “O paciente pode ser submetido a um utrassom ocular, tomografia ou ressonância de crânio e órbita, se for necessário”, acrescenta. 
Ao ser diagnosticado com retinoblastoma, será preciso avaliar o grau em que o tumor se encontra para optar por um tratamento. Os estágios podem ser: dentro do olho apenas (intraocular), afetando o nervo óptico, em um ou nos dois olhos ou apresentar metástase. “O objetivo será sempre preservar a vida e a visão do paciente”, salienta a dra. Ana Paula. 
As modalidades terapêuticas para o tratamento do tumor são: enucleação, ou retirada do olho; termoterapia transpupilar, uma radiação infravermelha que provoca hipertermia do tecido do tumor; crioterapia, substâncias que rebaixam a temperatura do tecido; braquiterapia, terapia aproximação ou inserção da fonte de radiação no paciente; radioterapia externa, laser ou quimioterapia. “A sobrevida com retinoblastoma tem melhorado muito nos últimos anos, graças aos avanços com diagnósticos precoces e melhores opções terapêuticas”, finaliza a médica. 


sábado, 14 de novembro de 2015

A importância do bom humor na terceira idade

Desde a década de 70 existem estu­dos relacionando o humor à saúde, mostran­do que o riso e o bom hu­mor são, muitas vezes, te­rapêuticos, e funcionam co­mo poderosos medicamen­tos. O riso é um fenômeno universal, faz parte do ser humano e ultrapassa qual­quer cultura, tempo e idade.
O bom humor e a alegria beneficiam o in­divíduo como um todo, física e psicologica­mente. O riso estimula a produção de endor­fina, conhecida como o hormônio do bem-es­tar, diminui o cortisol, hormônio do estresse, tem efeitos cardiovasculares semelhantes a exercícios aeróbicos, aumenta a tolerância à dor e melhora o sistema imunológico.
Na Psicologia Analítica, a psique é compos­ta por pares de polos opostos. Dessa forma, se entendermos a alegria como um polo e a tristeza como outro, o humor funciona co­mo um eixo entre eles, e estar em contato com apenas um desses extremos pode tra­zer problemas como a euforia ou a depres­são. Portanto, para obter um equilíbrio psí­quico é importante que o ser humano viven­cie tanto a tristeza quanto a alegria.
Em nossa sociedade, a velhice carrega mui­tos estigmas negativos, sendo comumente associada a uma fase de declínio, depressão, tristeza, falta de felicidade e perspectiva. É extremamente importante para o idoso vi­venciar e lidar com a tristeza, mas resgatar o bom humor e o riso é fundamental para a sua saúde emocional. Em momentos de desequi­líbrio, o bom humor pode trazer uma nova or­dem às emoções, mesmo que por instantes, lembrando ao idoso que há outros aspectos a serem vistos e que nem tudo está perdido.
Na mitologia grega, existe um excelente exemplo da importância do bom humor em determinadas situações. Foi por meio dele que Bal­bo, deusa do ventre, aman­te do sorriso e da gargalha­da, resgatou a deusa Demé­ter, a mãe-terra, de sua pro­funda tristeza. Ao ouvir as histórias e piadas de Balbo, Deméter não pôde conter o riso. Foi a alegria que fez com que Deméter tivesse forças para continuar pro­curando sua filha, Perséfone, que havia sido capturada por Hades.
A deusa Balbo reflete a nossa capacidade de sobrevivência e superação, mesmo diante de obstáculos que nos trazem muita tristeza. Pa­ra nos ajudar a manter o bom humor, é preciso cultivar relações de afeto, praticar atividades físicas e incluir o lazer em nossa rotina.
Costumo dizer aos clientes que lazer e ri­sada também são remédios, tão importan­tes quanto aqueles prescritos pelos médicos. Nem o prazer, nem o desejo se extinguem na velhice, e devemos nos permitir vivenciá-los.
(Artigo da psicóloga Raquel Benazzi)

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Combatendo o câncer de próstata


O câncer de próstata é o câncer mais frequente no sexo masculino, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Estatísticas apontam que a cada seis homens, um é portador da doença.
Em primeiro lugar, o que é e pra que serve a próstata? A próstata é uma glândula do aparelho reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas, de forma e tamanho semelhantes a uma castanha. Ela localiza-se abaixo da bexiga e sua principal função, juntamente com as vesículas seminais, é produzir o esperma.
A próstata normalmente começa a crescer de tamanho a partir dos 40 anos. E o câncer de próstata acontece quando as células deste órgão começam a se multiplicar de forma desordenada, isto é, uma mutação de células da próstata.
O câncer de próstata é o câncer mais frequente no sexo masculino, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Estatísticas apontam que a cada seis homens, um é portador da doença. E desses, 1 em cada 34 irá morrer da doença. A estimativa é de que, em 2015, cerca de 68 mil novos casos sejam diagnosticados, isto é, a descoberta de um caso a cada 7,6 minutos. Em 2011, para se ter uma ideia, houve um óbito a cada 40 minutos, por câncer de próstata.
No intuito de aumentar a detecção precoce desse câncer, é realizada a prevenção anual, com o urologista. Os dois principais exames são o PSA (colhido no sangue) e o toque retal.
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens a partir de 50 anos procurem seu urologista para iniciar a prevenção para a doença. Aqueles com maior risco da doença (história familiar, raça negra, fumantes, obesos) devem procurar o urologista a partir dos 45 anos. 
Você pode pensar: vou esperar ter algum sintoma urinário para depois procurar o médico. Mas aí que mora o perigo! Normalmente o câncer de próstata só causa sintomas quando já está avançado, por isso que a população deve procurar o urologista, mesmo sem sintomas, a partir de certa idade, para a prevenção. Além disso, não é possível evitar o câncer de próstata, mas com um diagnóstico precoce, as chances de cura são de 90%.
Ai vem a dúvida: será que posso só fazer o exame de sangue (PSA) e não fazer o toque retal? Veja bem, até o momento não há um exame que substitua o toque retal, pois nele, o urologista avalia a presença ou não de nódulos (pequenos caroços) na próstata, além de outras alterações da glândula. A dosagem sanguínea do PSA diagnostica a grande maioria dos tumores porém, em torno de 10 a 20% dos casos não são detectados, sendo os mesmos descobertos pelo toque retal. Então o toque retal é um exame importantíssimo! 
Mas ainda hoje o toque retal é um “tabu” para alguns homens, mesmo com toda a informação disponível. Perca o medo! O toque retal é um exame rápido, simples, praticamente indolor e que não fere a masculinidade de nenhum homem!
Caso o tumor não seja encontrado no início e já esteja avançado, o paciente pode sentir dificuldade para urinar e levantar várias vezes à noite para ir ao banheiro, dor óssea, queda do estado geral, insuficiência renal. Lembre-se que alguns sintomas descritos acima podem acontecer também somente por um simples aumento benigno da próstata, que ocorre a partir dos 40 anos.
Quanto ao tratamento, de acordo com a fase do tumor e as características do paciente, o médico poderá definir quais as melhores formas de tratamento. Nos estágios iniciais da doença (tumores localizados e localmente avançados) a cirurgia, radioterapia ou até observação monitorada podem ser realizadas. A cirurgia pode ser feita de três formas: aberta, via laparoscópica ou por robótica, sendo as duas últimas abordagens, com incisões menores na pele. Caso a conduta seja por cirurgia, o urologista irá decidir junto com o paciente qual é a melhor para o seu caso.
Então, não só em novembro, mas especialmente neste mês, no qual se orienta sobre o combate ao câncer de próstata, avise o máximo de pessoas possíveis sobre esta doença, para que esta ideia se difunda e tenhamos cada vez menos pessoas padecendo deste mal.

(Artigo do urologista dr. Fernando Tardelli)


quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Alimentação saudável x tipos de panelas

Uma alimenta­ção saudável não depende só dos alimentos que selecionamos, mas tam­bém de outros fatores como, por exemplo, a panela que usamos. Al­gumas liberam subs­tancias tóxicas e que se acumulam em nosso organismo. Como esta­mos em tempos de pre­ocupação com a saúde e de panelaços, vamos juntar os dois e optar pelo melhor, para ga­rantirmos uma refei­ção saudável. Confira as dicas da nutricionista Ellen Rampini:
- Alumínio: é a de menor custo e a mais polêmica, pois libera maior quantidade de metais tóxicos durante o cozimento. Estu­dos apontam que indivíduos com Alzheimer têm maior concentração de alumínio no cé­rebro. Um estudo da USP observou exces­so de alumínio no arroz e feijão, pois verifi­cou-se que sal e o ph básico potencializaram a transferência de alumínio para a água do alimento. Por isso, esse tipo de panela deve ser usado com precaução. É importante não usar palha de aço para limpeza, evitar o uso de produtos considerados limpa alumínio e cuidado com utensílios que riscam o fun­do da panela.
- Inox: também elimina materiais tóxicos nos alimentos, entre eles o níquel. Pesquisa feita em 2007, por Jacob Thyssen, mostra que exposição ao níquel por longos períodos po­de auxiliar o desenvolvimento de câncer. É recomendado lavar essa panela com espon­ja macia, pois a palha de aço facilita a libe­ração de níquel.
- Antiaderente: o ácido perfluoro-oc­tanoico (PFOA) e o politetrafluoretileno (PTFE) presentes em sua composição são ex­tremamente tóxicos. PFOA pode auxiliar nos distúrbios de tireoide, câncer de fígado e rim. Já o PTFE libera gases tóxicos em alta tempe­ratura, levando a intoxicação do fígado.
- Cobre: não indicada para cozinhar ali­mentos ácidos, pois em contato com cloreto de sódio elimina o cobre, podendo acarretar dis­túrbios gastrointesti­nais, dores abdominais, náuseas e, a longo pra­zo, problemas hepáti­cos e renais.
- Ferro: aliada no tratamento de anemia, pois quando aquecida o mineral presente ne­la é transferido para o alimento. Quanto maior o tempo de contato do alimento com a panela maior a concentração do mineral liberado, por isso não se reco­menda deixar o alimento por muito tempo nela. Cuidado para não usá-la enferrujada, pois ferrugem é prejudicial à saúde.
- Cerâmica: é ótima conservadora de ca­lor, é de fácil higienização e antiaderente, só é preciso se certificar na compra que a tinta contida no revestimento não seja tóxica.
- Barro: por ser porosa facilita o acúmu­lo de resíduos de alimentos no seu interior, propiciando o aparecimento de micro-orga­nismos. Indica-se secar no fogo para evitar a proliferação de bactérias.
- Vidro: é a mais indicada como segura para a saúde humana. Cozinhar nela requer cautela, pois retém calor com muita facili­dade, podendo queimar os alimentos mais facilmente.
- Pedra-sabão: são porosas devendo-se atentar na higienização para não desenvol­ver microorganismos.
- Esmaltada: o esmalte utilizado pode conter chumbo ou cádmio, podendo levar à intoxicação, danos ao aparelho respiratório, digestivo, nervoso e circulatório.
Para finalizar é muito importante em qual­quer tipo de material não guardar sobras de alimentos nas panelas. O ideal é armazená-los em potes de vidros sob refrigeração.