segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Como escolher seu personal trainer

A busca pelo corpo ideal fazr parte da agenda de milhões de pessoas pelo Brasil. Nesta lista de objetivos de muitas pessoas está a procura por um personal trainer para acompanhar as suas atividades físicas. E esta busca nem sempre é fácil. Normalmente, o profissional é escolhido por meio de uma indicação, que pode vir de amigos, conhecidos ou até mesmo a partir da academia. Porém, o educador físico Cristiano Parente alerta que várias questões como planejamento, habilitação profissional e conhecimento devem fazer parte desse processo de seleção.
“O ideal é selecionar um profissional que seja habilitado e qualificado, através da graduação, pós-graduação e cursos de aperfeiçoamento, pois este profissional poderá fazer seu cliente atingir objetivos com saúde e planejamento”, recomenda Cristiano, que dá dicas que servirão para auxiliar no momento da contratação de seu personal trainer. Confira:
Procure um profissional habilitado – Todo personal trainer precisa ser registrado no Conselho Regional de Educação Física. É uma obrigação legal e todos que têm registro estão autorizados a trabalhar na área. Sem esse registro, não pode atuar. Esse é o primeiro requisito.
O profissional deve preservar a sua saúde – Preservar a saúde acima de tudo. Esse deve ser o lema do bom personal trainer. A primeira coisa a se levar em conta, quando se fala em atividade física, é a saúde. Estética faz parte da saúde mental e não deve se sobrepor à saúde física. A utilização de substâncias ilegais pode trazer risco à saúde e fazer mal ao corpo. E o profissional que indica estes produtos não está preocupado com a saúde, além de fugir da ética da profissão. Então, cuidado, dê preferência ao personal que respeita os seus limites e traça objetivos que estejam envolvidos de maneira saudável no dia a dia. Somos profissionais de saúde!
Qualificação e estudo constante – Na hora de contratar um personal, pergunte sobre sua formação, faculdade, os cursos que já fez e como ele se atualiza. Verifique se é um profissional que se atualiza com frequência ou se parou no tempo e já está defasado. Numa comparação, você não gostaria de, por exemplo, fazer uma cirurgia de joelho com um médico que utiliza técnicas da década de 70, certo? Então, certifique-se de que o personal que está contratando utiliza técnicas atuais, mais modernas e eficientes. O profissional deve estar atualizado com relação ao exercício, corpo, envolvimento, adesão, aderência, psicologia, etc. O aluno deve procurar um personal que entenda de pessoas como elas são hoje, que a cada dia esteja se renovando, fazendo cursos e especializações constantemente.
O bom profissional transmite conhecimento – Para identificar melhor o bom profissional, é importante observar que o personal que ensina, transmite o conhecimento relacionado com o exercício, com o corpo, faz a pessoa entender o esforço que ela está fazendo, de modo que se sinta confortável e entenda melhor as execuções dos movimentos. Dessa forma, o aluno pode compreender como conseguirá alterar o seu corpo. A dica é um profissional que se dedique e se preocupe com a transmissão de conhecimento, que não apenas mande fazer os exercícios.
Histórico profissional – Mais um item interessante neste processo de escolha é conhecer os locais onde o profissional já trabalhou, o que ele já fez, quais são as instituições que ele criou ou mantém vínculo, e até mesmo perguntar se ele tem algum método desenvolvido. Observe a divulgação do trabalho dele nas mídias sociais. Veja como ele se divulga e divulga o trabalho dele: se é de maneira voltada para a saúde e bem-estar ou se não tem tanto compromisso com esse lado. Enfim, procure saber mais o histórico do profissional que você pretende contratar, assim como fazemos quando procuramos um médico.
Um profissional para cada público – Sobre a especialidade, todo profissional tem o seu público específico. Aquele que trabalha com qualquer público não conhece em profundidade todos os públicos. Novamente, cabe o exemplo da medicina. O médico que cuida da pele não é o médico que cuida do coração. Da mesma forma, o profissional que cuida do idoso e se dedica a cuidar muito bem desse público, não será muito bom, por exemplo, para cuidar de crianças. Para atender bem ao idoso, o profissional demandará o tempo dele focando nos estudos e atualizações relacionadas a este público, na psicologia para essa faixa. Então procure um profissional que seja especializado naquilo que você tenha interesse.
Planejamento e evolução – Item muito importante. Para ter um bom profissional ao seu lado, ao conversar com ele você pode perguntar: existe um planejamento? Existe um tempo de planejamento? Como se dará a evolução ao longo do treino? Em quanto tempo ocorrerá cada transformação ao longo do treino? As respostas que o corpo dará dependerão do envolvimento do aluno, claro, mas o aluno deve saber o que o profissional planejou e quais mudanças devem acontecer ao longo de um determinado período. O profissional deve fazer uma periodização do treino, explicando cada etapa ao aluno, deixando-o confortável e seguro.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Saiba como usar corretamente o repelente

Alguns cuidados específicos sobre o uso do repelente devem ser tomados para que o produto tenha ação efetiva e previna doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, além do incômodo causado por demais mosquitos e pernilongos durante a época de calor intenso. As dicas são da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC).
1. O uso do repelente não inibe a proteção solar. “Passe o filtro na pele e após ser absorvido, o repelente pode ser aplicado, no máximo três vezes ao dia, dependendo da exposição e também suor. Evite o uso excessivo, pois o produto tem substâncias tóxicas, que podem causar danos à saúde e antes de dormir, tomar banho com sabonete para que o produto seja eliminado da pele. Em casos de ferida e machucado, não é indicado utilizar o produto, principalmente se estiver aberta, pois a substância pode agravar o estado e atrasar a cicatrização”, alerta Rodrigo Lima, diretor da SBMFC.
2. Após a aplicação é imprescindível lavar as mãos. Para que não haja contato da substância com boca e olhos que, assim como o nariz, devem ser protegidos no momento da aplicação no rosto, que pode e deve receber a proteção, com aplicação em locais ventilados para que não ocorra acúmulo da substância no ambiente.
3. Em bebês de até seis meses, o uso de repelente não é recomendado e não há nenhum produto registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que assegure o uso nessa faixa etária. As orientações são proteger a criança com roupas leves, porém compridas como mangas e calças, além de, na hora de dormir ou do descanso, utilizar o mosqueteiro. É importante também que pais ou cuidadores sempre fiquem atentos ao ambiente da criança. “Antes de dormir verifique se nos colchões, lençóis, travesseiros e em áreas como cantos de parede, embaixo do berço, não há nenhum inseto antes de colocar a criança para dormir”, explica Lima.
4. Os idosos podem utilizar o produto normalmente, porém com cuidado na aplicação devido a fragilidade da pele.
5. As mulheres grávidas também podem e devem fazer uso do repelente, aplicando nas partes expostas; nas que ficam cobertas pela roupa não há necessidade de aplicação.
Sintomas
Ao identificar sintomas como fortes dores no corpo, cabeça, vômitos e náuseas constantes é necessário procurar atendimento em uma Unidade de Saúde. “A dengue pode ser confundida com outras viroses como a gripe e o diagnóstico é importante para definir o tratamento”, ressalta o médico.
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser feito apenas pelo exame clínico. Os exames de sangue só são indicados para quadros suspeitos de potencial gravidade ou quando há dúvida no diagnóstico. Lima ainda alega que se não for diagnosticada a tempo, a doença pode levar a pessoa à morte. A doença, principalmente a dengue hemorrágica, pode agravar o quadro clínico do paciente se não diagnosticada e tratada a tempo.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Aprenda a escolher seu perfume

Comprar um perfume pode ser uma delícia e ao mesmo tempo um desafio. As alternativas são inúmeras e é muito fácil se confundir depois da quarta ou quinta prova. Pensando nisso, Alessandra Tucci, fundadora da Perfumaria Paralela, preparou 10 dicas para aproveitar a experiência de compra sem errar.
Mas, antes mesmo de ir à loja, Alessandra sugere que sejam dedicados alguns minutos para pensar sobre os perfumes que já usou, avaliando se eles têm alguma característica em comum. O objetivo é entender o seu estilo para perfumes, pois todos nós temos um ou mais de um estilo – e vale muito a pena descobrir os seus o quanto antes.
Além disso, perceba o seu momento atual com relação aos perfumes.  Está feliz com as suas escolhas e deseja se manter nesse caminho? Ou está em fase de transição, querendo mudar o estilo? É comum, de tempos em tempos, mudarmos nossas preferências. Afinal, a maturidade, as experiências vividas ao longo dos anos influenciam no gosto pessoal. Portanto, se você sempre preferiu os frescos, leves, vibrantes com cheirinhos de pomar e jardins, pode ser que ao longo do tempo você comece a apreciar um toque mais envolvente, uma madeira mais marcante. Fique atento e abrace a mudança.
Agora, confira abaixo 10 dicas para não errar na hora da compra do seu próximo perfume:
  1. Informe-se.  Hoje existem inúmeras fontes de informação sobre perfumes: cursos, blogs, revistas. Cerque-se de fontes confiáveis antes de enfrentar a batalha das prateleiras e seja protagonista na escolha.
  2. Uma pista importante que você pode dar para a vendedora, seja na loja ou com a revendedora de perfumes porta a porta, é se você tem algum ingrediente de sua preferência. Muitos lugares oferecem “mapas olfativos”, uma espécie de tabela que classifica e agrupa os perfumes de acordo com o estilo olfativo. Diga se você gosta de perfumes cítricos, florais, amadeirados, frutais, doces. Essas pistas ajudam a encontrar o território de sua preferência.
  3. Não se deixe levar experimentando aleatoriamente muitos perfumes, pois o olfato começa a cansar depois do quarto ou quinto perfume. Por isso, poupe seu nariz para aqueles produtos que tem mais a ver com o que você está procurando. O ideal é provar, no máximo, até cinco perfumes.
  4. Prefira sentir os perfumes naqueles papeizinhos especiais chamados de fitas olfativas;
  5. Sinta um perfume por vez e espere alguns minutos entre um e outro para não se confundir;
  6. Se possível, marque o nome do perfume nas fitas e continue sentindo a evolução dos perfumes por alguns minutos;
  7. Não compre pela primeira impressão. Perfumes evoluem ao longo dos minutos e horas. Sinta-os por mais tempo para ter certeza da sua escolha.
  8. Seu olfato está cansado? Não use os grãos do café! Ao contrário do que se pensa, eles são mais uma interferência no seu olfato e vão atrapalhar o seu processo de escolha. Para descansar o nariz, prefira sentir o cheiro da própria pele (desde que esteja sem perfume) ou mesmo assoar o nariz com um lencinho. Se o cansaço for muito, é hora de um intervalo.
  9. Ficou em dúvida entre dois ou três produtos? É hora de sentir na sua pele, borrife uma única vez cada um deles em partes específicas dos braços, dando distância suficiente para não se confundir.
  10. Se você estiver procurando um perfume para dar de presente, use a mesma lógica, pense no estilo da pessoa, no que ela usa e gosta, para aumentar as suas chances de acerto.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Fisioterapia na sexualidade

As disfunções sexuais po­dem ocorrer em qualquer fase do ciclo de resposta se­xual, mas, segundo a fisioterapeuta Laura Ezequiel Rodrigues, três disfun­ções, em especial, po­dem ser muito bene­ficiadas com a fisiote­rapia. Confira:
Vaginismo: tipo de dor sexual na qual a mulher não consegue abrir normalmen­te a vagina para a penetração de qualquer objeto, seja o pênis, um absorvente inter­no, um dedo etc, mesmo que a mulher dese­je essa penetração. Sua característica princi­pal é uma contração involuntária da muscu­latura do assoalho pélvico (MAP), impossí­vel de controlar, que acaba “fechando” a en­trada do canal vaginal mesmo que a mulher esteja se esforçando para relaxar. A parte fí­sica do vaginismo pode apresentar compo­nentes relacionados ao conhecimento cor­poral e consciência genital, à elasticidade da entrada do canal vaginal, bem como de inco­ordenação muscular – neste caso, da MAP e, em casos mais severos, das musculaturas das coxas, glúteos e adjacências. O tratamen­to vai depender do grau observado em cada componente. Exercícios de autoconscienti­zação e redescoberta da sexualidade podem ser úteis para a consciência da região geni­tal. Exercícios específicos de contração e re­laxamento da MAP são fundamentais tanto para a consciência da região genital quanto para a coordenação motora local. A massa­gem perineal pode ser útil nos trabalhos de dessensibilização e elasticidade da entrada do canal vaginal.
Dispareunia: dor na relação sexual, que pode ser por uma tensão ou trigger points nos músculos vaginais. O objetivo será melhorar a flexibilidade e normaliza­ção do tônus.
Existem quatro tipos de dispareunia: pri­mária, quando acontece desde a primeira relação sexual; secundária, quando as rela­ções eram normais e passam a causar dores e desconfortos; situacional, que ocorre ape­nas em determinadas ocasiões e com deter­minados parceiros; generalizada, quando qualquer tipo de pene­tração causa descon­forto e/ou dores. As causas podem ser or­gânicas ou psicológi­cas. No primeiro caso, destacam-se infecções ou irritação do clitó­ris e infecção urinária. No caso das psicológi­cas, é causada por me­dos e tabus em relação ao ato sexual ou por falta de desejo pelo par­ceiro. A fisioterapia é responsável pela reali­zação de exercícios perineais, massagens pe­rineais e alongamentos musculares, pois au­xilia a mulher na percepção do próprio cor­po. Os exercícios não são invasivos e devem ser realizados em um lugar calmo, para que haja o relaxamento completo.
Anorgasmia: distúrbio que causa a falta de orgasmo numa relação sexual. Pode ocor­rer em homens e mulheres que têm uma vi­da sexual ativa, chegam a sentir prazer du­rante o ato sexual, mas não atingem o clímax. As causas comumente são de foro emocional, por falta de confiança no parceiro, falta de co­nhecimento do próprio corpo ou por algum problema físico (acidentes que causam pro­blemas ao nível da medula espinhal, proble­mas hormonais, corrimentos ou má forma­ção dos órgãos sexuais). No tratamento de uma disfunção sexual, o paciente deve ser pensado como um todo, emocional e físico, pois as emoções desencadeiam processos fí­sicos pela liberação de neurotransmissores. Para isso, torna-se importante o enfoque in­terdisciplinar com a participação de diversos profissionais, como ginecologista, psicólogo, sexológo e fisioterapeuta. Os tratamentos pa­ra a anorgasmia que têm maiores resultados são realizados por meio de fisioterapia uro­ginecológica, com exercícios e eletroestimu­lações específicas, com exercícios em mus­culatura em região pélvica.


domingo, 21 de fevereiro de 2016

Simplicidade e conforto na academia

São muitas as fases na vida. Ora falamos de filhos ou de uma boa moradia, ora lutamos pela preservação do meio ambiente, mas nunca se ouviu falar tanto como hoje em dia sobre a conquista da longevidade e qualidade de vida: o assunto não sai das rodas de conversa e dos planejamentos.
Para obter qualidade de vida, o ritmo de vida teve de se adaptar. Caminhadas, prática de esportes em geral ou frequência em academias fazem agora parte da rotina. E é lógico que mesmo em um local que para muitos parece ser desleixado, é necessário que as pessoas tenham cuidado com o comportamento, ainda mais quando tratamos de um lugar compartilhado onde convivemos com pessoas que mal conhecemos.
Para a consultora de etiqueta social Maria Inês Borges da Silveira, professora do ISAE/FGV, de Curitiba (PR), na academia as pessoas devem ser corteses, simpáticas e cumprimentar a todos, mas é preciso evitar conversar demais para não tirar a concentração de ninguém durante os exercícios físicos.
Quanto ao dress code, a profissional dá algumas recomendações. “Joias ou bijoux discretas e simples são aceitáveis, já as chamativas e grandes não combinam com o momento e podem machucar na hora do exercício”, ensina ela. “Adquira seu guarda-roupa de ginástica com tons que lhe favoreçam, discreto e confortável. A roupa clara fica transparente com a transpiração, além de dar volume. Para seu conforto durante o exercício, lembre-se de um tênis bem cômodo próprio para a ocasião.”
Maria Inês reforça a questão da simplicidade e conforto. “Mulheres sempre devem estar com os cabelos presos, com maquiagem discreta, ao contrário corre o risco de borrar, e sempre com pouco perfume. E não esqueçam, a roupa de ginástica é feita para usar durante a prática de exercícios físicos. Ou seja, esqueça dela em outros lugares e situações”, finaliza.


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Flacidez da pele: como prevenir e tratar


A pele é o órgão mais evidente do cor­po humano, tornando-se um marca­dor real da idade e importante para a autoestima. O envelhecimento é um proces­so fisiológico, dinâmico e imutável, que atin­ge todos os sistemas do organismo. E na pele não é diferente: ocorre a flacidez. O colágeno, componente fundamental do tecido conjunti­vo, e a elastina perdem sua qualidade, fazen­do com que as camadas de gordura sob a pele não consigam se manter uniformes.
Segundo a fisioterapeuta dermatofuncional Iara Esteves, a exposição solar inadequada e a má ali­mentação também são vilões da degeneraçã̃o das fibras elásticas. Aliada à diminuição da oxigenação dos tecidos, provoca desidratação da pele tendo como resultado o surgimento da flacidez e das rugas.
“Mas graças à ciência, temos tecnologias que buscam o rejuvenes­cimento corporal e facial”, conta diz a profissional.
A radiofrequência é uma dessas tecnologias que tem si­do utilizada com sucesso. Trata-se de uma radiação que alcança os tecidos, gerando energia e forte calor sobre as camadas mais profundas da pele. Mantendo a superfície resfriada e protegida, ocasiona a contração e reorganização das fibras colágenas existen­tes. Remodela o tecido e estimula a formação de novas fibras, tornando-as mais eficientes na sustentação da pele.
“O estímulo da circulação local facilita a rea­bsorção de líquidos e a drenagem de resíduos celulares (toxinas e radicais livres). A ativa­ção do metabolismo favorece a lipólise (que­bra de gorduras), a nutrição e a oxi­genação dos teci­dos”, explica a fisioterapeuta. “Por isso, uti­lizada da forma correta, a radio­frequência pro­move um contor­no corporal mais bonito além da redução da celulite e adiposi­dades com aspecto ‘casca de laranja’.”
Mas, vale lembrar, que a tecnologia de for­ma isolada não faz milagres. “Sabemos que uma boa alimentação traz infinitos benefí­cios para a saúde”, ressalta Iara. “No caso da flacidez, o con­sumo excessivo de carboidrato agrava a situ­ação. E faça exercícios, pois embaixo da pele temos músculos que a sustentam, certo?”
Dicas: pratique exercícios físicos e beba bastante água; previna o fotoenvelhecimen­to da pele com uso diário do protetor solar; procure um nutricionista especializado.
Um tratamento estético seguro e efeti­vo deve ser norteado por uma boa avalia­ção e embasado em estudos com compro­vação científica.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Síndrome do Ninho Vazio


Com a saída do filho, a dinâmica do ca­sal, ou de um dos pais, caso não haja um ca­sal, forçosamente será outra agora, o que re­quer uma readaptação familiar. O casal (ou pessoa) passa a refletir sobre os rumos que suas vidas tomaram e que tomarão, questio­nam sobre suas satisfações e insatisfações. A crise instalada tem um potencial curativo e transformador de caráter positivo e saudá­vel. O casal pode demorar, ou não, para en­trar em contato com esse aspecto favorável da crise. Os casais que não conseguem en­frentar a crise e aprender com ela são os que, muitas vezes, precisarão de auxílio e apoio, até psicológico.
Para alguns, a nova constituição familiar é vivenciada como uma segunda oportunida­de para explorar no­vos caminhos e rede­finir papéis. Quando esse processo é vis­to como natural e ne­cessário para todos, o sujeito sofre uma transformação inter­na profunda, retorna com mais sabedoria da crise e ressignifica sua existência. Para outros, a situação po­de acarretar em divórcio, depressão e apare­cimento de doenças. Por um período, o senti­mento de ninho vazio é normal e até espera­do em certos casos – a pessoa entrará numa fase de readaptação e isso não acontece de um dia para o outro, é um processo.
O filho pode mostrar para os pais que não os está abandonando, mas sim indo viver a própria vida e que nessa nova etapa os pais se encaixam, de diferentes maneiras.
Um boa conversa sobre as expectativas, medos e desejos de cada um é importante para o processo fluir de forma natural e me­nos sofrida. Assim, podemos nos dar conta de que o ninho nunca está realmente vazio, mas sempre disponível para quem precisa de calor e proteção.
 (Artigo da psicóloga Raquel Marques Benazzi)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Pele bem cuidada em todas as fases da vida

A forma como a pele é tratada, pode revelar ou não a idade de uma pessoa. No entanto, por questões biológicas, em cada faixa etária é necessário dispensar atenções especiais para que ela continue saudável e jovem, pois o organismo, com o tempo, passa a produzir menos colágeno, por exemplo, que é importante para a elasticidade e firmeza da derme, sendo responsável pelo seu turgor.
Para sanar as dúvidas que muitas mulheres têm sobre os cuidados essenciais com a pele em cada etapa da vida, a dra. Eliandre Palermo (CRM-SP 78723 e RQE 27332), presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica separou, por ordem cronológica, os cuidados essenciais com a pele.
Na infância
Nesta fase da vida, a pele é macia, brilhosa e firme. Por ser frágil e sensível, está sujeita a desenvolver alergias, assaduras e brotoejas, problemas muito comuns. A principal dica é evitar o uso de produtos com fragrâncias fortes e optar por cosméticos desenvolvidos exclusivamente para crianças. A idade indicativa geralmente consta no rótulo.
Na adolescência
A puberdade é a fase da ebulição dos hormônios. Nela as glândulas sebáceas se tornam mais ativas, aumentando a produção de oleosidade da pele. Por isso, muitos a consideram a mais cruel, pois é neste período que acnes e espinhas – de todos os tamanhos e intensidade – se desenvolvem com rapidez, mexendo muito com a autoestima do adolescente. Vale lembrar que os casos mais veementes necessitam de acompanhamento dermatológico. Já nas situações mais brandas o principal cuidado é: limpar bem a pele oleosa, pois isso ajudará a manter os poros desobstruídos, prevenindo o aparecimento da acne. Quem tem tendência à acne, deve usar maquiagem e produtos oil free, não comedogênicos e com efeito matificante. O importante é não obstruir ainda mais os poros. O passo a passo de uma boa limpeza de pele é:
1- Limpador: pode ser sabonete ou loção sem sabão para peles mais sensíveis;
2- Esfoliante;
3- Tônico ou adstringentes podem ou não ser usados. Para peles sensíveis é melhor pular essa etapa;
4- Hidratação com produtos oil free;
5- Fotoproteção com filtro não oleoso
Aos 20 anos
Nesta idade o foco maior é em prevenção e cuidados básicos. É também nesta fase que a pele se apresenta no ápice de sua firmeza. Para que ela permaneça vistosa é indispensável mantê-la sempre bem limpa e higienizada. Trata-se de uma idade em que há maior tendência ao uso de maquiagem, por isso é importante higienizar a pele com produtos específicos, usar adstringente para remover a oleosidade e aplicar demaquilante para remover a maquiagem. Outra medida importante é utilizar diariamente um filtro solar, para protegê-la dos danos causados pela radiação UV.
Aos 30 anos
É aqui que podem ter início as primeiras rugas, principalmente ao redor dos olhos, da boca e na região da fronte.  Pessoas de pele mais clara e com tendência à formação de vincos ao sorrir ou se expressar, precisam ficar mais atentas. Aos 30 anos, além dos cuidados básicos dos 20, recomenda-se o uso de um creme ou hidratante para prevenção de sinais com ativos, como vitamina C, Ácido Hialurônico, Vitamina E e retinol, para tratar esses primeiros sinais. A paciente também pode avaliar, em consulta com um dermatologista, a necessidade de um tratamento preventivo com aplicação de toxina botulínica, preenchimentos de linhas e sulcos ou um laser não ablativo.
Aos 40 e aos 50 anos
Nesta fase podemos complementar os cuidados básicos com um tratamento específico para amenizar rugas e manchas. Aumentar o FPS do filtro solar também é importante, principalmente se a paciente já apresentar ou notar piora nas rugas ou manchas da pele. O momento é oportuno também para iniciar um tratamento mais efetivo para correção de linhas ou sinais e de reestruturação do envelhecimento facial com uma nova abordagem dos preenchedores usados de forma a sustentar e repor formas perdidas no envelhecimento. É indicado também usar um hidratante com maior poder umectante, pois a pele pode mostrar maior tendência ao ressecamento. Para mulheres desta faixa etária, podem ser indicados tratamentos com toxina botulínica também no pescoço e preenchimentos de efeito lifting na face e no contorno da mandíbula, laser e tecnologias que estimulem a renovação do colágeno, como infravermelho e Radiofrequência. 
A partir dos 60 anos
Todas as mudanças ocorridas até agora se tornam mais evidentes após a sexta década. Apesar de ser inevitável viver sem as rugas, é possível ameniza-las. Todos os tratamentos anteriores se realizados na época correta podem tornam mais fáceis a manutenção dos tratamentos nesta fase. Mas não desanime se você vai começar agora, o importante é não querer realizar tudo de forma intempestiva e escolher bem um profissional que respeite e avalie bem o seu biótipo, suas características individuais, seu estilo de vida e suas necessidades. Todos os tratamentos citados podem ser realizados incluindo as cirurgias plásticas, que podem complementar os tratamentos minimamente invasivos para manter os resultados mais duradouros e naturais. Já para aqueles que não querem cirurgias, existe uma gama de possibilidades de tratamentos não invasivos que amenizam rugas e mantem a jovialidade da pele de modo natural e seguro.
Recomendações finais
Cuidar bem da pele é muito importante em qualquer idade. Prestar atenção na genética e observar como a pele de nossas mães e avós reagiram ao passar do tempo pode ser uma forma interessante de prevenir ou evitar eventuais problemas. É necessário também manter uma alimentação balanceada, uma vez que a harmonia das vitaminas, proteínas e minerais influenciarão diretamente na pele e seus anexos. Evite fumar, durma bem, faça exercícios regularmente e mantenha atividade que lhe façam bem pois a felicidade é um dos mantenedores da beleza e da saúde.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

A importância da mamografia

Patrícia Pillar, Elba Ramalho, Arlete Salles, Joana Fomm, Sheryl Crow, Shannen Doherty, Brigitte Bardot, Jane Fonda, Costanza Pascolato e Joyce Pascowitch são alguns exemplos de profissionais que se destacam nas carreiras de atriz, cantora, apresentadora, jornalista ou ícone da moda. Entretanto, mais do que a fama, estas mulheres têm uma luta em comum: todas elas foram diagnosticadas com câncer de mama e venceram a batalha contra a doença.
Para muitas delas, o grande fator que contribuiu para o bom desempenho do tratamento foi o diagnóstico precoce da doença, que pode ser feito por meio de mamografia. O autoexame também é importante, mas não substitui a mamografia. Muitas mulheres ainda não criaram o hábito de fazer o acompanhamento anual com o ginecologista. 
Muitos podem ser os fatores que fazem com que as mulheres tentem evitar o exame: desde o receio de sentir dor na hora da mamografia até o medo de receber um diagnóstico positivo em relação à doença. Esses motivos levam-nas a retardar ou ignorar o exame, que é fundamental para o rastreamento do câncer de mama.
Para os especialistas, a questão da dor na hora de fazer a mamografia é relativa. “Existem mulheres que não sentem nada, nem dor nem desconforto. Já outras sentem apenas uma rápida pressão nas mamas; e ainda há aquelas mais sensíveis que podem sentir um pouco de dor”, explica a ginecologista Lilian Fiorelli. “Mas, esta dor é passageira e suportável. Mais do que isso: no caso das mulheres mais sensíveis, é importante ressaltar que é um pequeno desconforto que pode salvar a vida. E é isso que as mulheres precisam entender para superar o medo de realizar o exame.”
Ter um diagnóstico positivo em relação à doença é outra causa que amedronta. “Por mais assustador que seja receber esta notícia, em muitos casos, a doença é detectada no início, o que beneficia muito o tratamento. Ademais, a medicina está avançada e os casos de cura completa têm sido cada vez mais frequentes”, destaca Lilian.
Ressaltar a prevenção é importante uma vez que o câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, depois do de pele não melanoma. Eles correspondem a cerca de 25% dos casos novos de câncer diagnosticados a cada ano. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que, em 2013, mais de 14 mil mulheres morreram por conta da doença no País. Para este ano, a estimativa é de 57.960 novos casos. “O trabalho ainda é grande para desmistificar algumas informações e reforçar a importância da prevenção, que deve ser feita de forma contínua”, avalia a ginecologista.
A especialista explica que a doença é mais rara antes dos 35 anos. “Acima desta idade, sua incidência cresce de maneira progressiva, especialmente após os 50 anos”, diz. Mas, mesmo fazendo parte do grupo de risco, muitas mulheres ignoram a prevenção. Segundo informações da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no segundo semestre de 2015, quase 40% das mulheres entre 50 e 69 anos não fizeram mamografia em 2011 e 2012. O índice é maior quanto menor é o grau de escolaridade: entre as que não têm qualquer instrução ou têm o ensino fundamental incompleto, 49,1% deixaram de fazer o exame, já entre as que têm ensino superior completo, a taxa caiu para 19,1%.
A indicação é que mulheres a partir dos 40 anos comecem a fazer a mamografia todos os anos. “Mas as que têm histórico de câncer de mama na família, em parentes de primeiro grau (mãe, irmã e/ou filha), devem realizar o exame antes dessa idade, pois o risco de câncer de mama pode ser maior”, explica Lilian. Vale ressaltar que antes dos 35 anos a ultrassonografia de mamas pode ser mais indicada, já que a densidade das mamas dificulta a visualização de lesões na mamografia.
Exame
Para a realização do exame, existem dois tipos de aparelhos de mamografia: o convencional e o digital. Ambos utilizam o raio-X para a produção da imagem da mama. A diferença está na forma como ocorre a captação da imagem mamográfica. No primeiro, a imagem é armazenada em um filme e caso haja algum problema técnico com o filme, este terá que ser refeito. Já na digital, usa-se um detector que transforma o raio-X em sinal elétrico e transmite a informação para um computador. Assim, a imagem mamográfica pode ser armazenada e recuperada eletronicamente, além de permitir ao radiologista ajustar as imagens, no próprio monitor da estação de trabalho, realçando ou ampliando alguma área, para melhor analisá-la.
Lilian alerta também que o câncer de mama não é exclusividade das mulheres. “Embora representem apenas 1% do total de casos da doença, os homens também podem desenvolver o câncer. Para ambos casos, a melhor prevenção é fazer acompanhamento rotineiro com seu médico”.


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Saiba como escolher o tênis ideal para começar a se exercitar



Se praticar uma atividade física está entre as suas metas para 2016, que tal apostar na corrida? Além de ajudar a emagrecer, melhorar a qualidade do sono e a capacidade cardiovascular, a modalidade é uma importante aliada no combate aos níveis altos de colesterol e a osteoporose. No entanto, é importante lembrar que alguns cuidados básicos são fundamentais antes de entrar de vez no esporte. Entre eles, a escolha do tênis ideal.
De acordo com o ortopedista André Shecaira, utilizar o calçado certo para cada atividade física não só ajuda na prevenção de problemas ortopédicos, como também potencializa a performance durante o exercício. O médico ressalta, ainda, que os principais fatores que ocasionam lesões são o impacto da corrida sem amortecimento suficiente, torção ao se exercitar sem um tênis com estabilidade adequada e a sobrecarga de músculos e ligamentos.
“Se um modelo de calçado não for adequado, refletirá em todo sistema locomotor. Os problemas podem não aparecer de um dia para o outro, mas, eventualmente, acabarão em lesões como entorses e fratura”, alerta ele. No caso específico da corrida, o tênis deve ser maleável e leve, para não prejudicar a impulsão e flexibilidade do atleta. Além disso, ter uma boa ventilação e capacidade de amortecimento de impacto também são características importantes. Os amortecedores evitam que o impacto do corpo no solo repercuta de forma negativa no corredor, com o surgimento de lesões. Já a ventilação é importante para não esquentar muito o pé, evitando o acúmulo de umidade.
Solução individual
Existem três tipo de pisadas: a neutra, mais comum, quando a passada é impulsionada com a parte frontal do pé; a supinada, quando a parte externa do pé é usada para impulso; a pronada, quando são utilizados para impulsionar a ponta do pé, dedão e parte externa. Para o ortopedista Maurílio Mendes, é importante que o corredor pesquise e avalie a sua junto a um especialista antes de investir em um novo modelo de tênis.
“A melhor solução para evitar lesões é aquela individualizada, de acordo com as características do paciente. Também pode ser recomendada a compra de um calçado com pisada neutra, e o uso de palmilhas corretivas e personalizadas para compensar as diferenças”, diz ele
Quer evitar lesões? Confira algumas dicas dos especialistas e corra com mais conforto e segurança:
- Hidratação é sempre fundamental.
- Respeite os limites dos corpos e dos pés. Nunca corra lesionado!
- Dê importância para pesquisa de pisadas com um ortopedista. Correr com uma biomecânica prejudicada pode causar sérios problemas ortopédicos.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Redução das mamas: questão estética ou de saúde?



Atualmente tem se observado que a maioria das mulheres está buscando os consultórios de cirurgia plástica para diminuírem as mamas ou retirarem as próteses ou, ainda, mudarem para próteses menores. Não muito tempo atrás, a corrida aos consultórios era para pedirem exatamente o contrário – quanto maiores as próteses, melhor.
Esse fenômeno tem a ver com diversos fatores: a moda, mídia ou algumas personalidades chaves que ditam o comportamento. E muitas dúvidas pairam sobre a sobre a cirurgia de redução de mamas, inclusive se ela deve ser feita por motivos estéticos ou de saúde.
O cirurgião plástico Edson A. S. Prata Jr esclarece que as mamas podem apresentar diversos tamanhos, e também diversos níveis de flacidez. Mamas grandes e pesadas podem causar desconforto na coluna, ocasionando dores no pescoço, nas costas e desvios na postura que, a longo prazo, podem causar problemas relacionados à coluna vertebral.
O peso da mama também pressiona a alça do sutiã, causando marcas, escoriações e dores nos ombros. Outro problema é o distúrbio psicossocial que pode ser gerado pelo tamanho e/ou flacidez, restringindo o uso de vestimentas, convívio social e afetivo, tanto nas mamas muito grandes como nas muito pequenas. “Existe, além do caráter reparador, o fator estético individual, o desejo de ter mamas diferentes, maiores ou menores, de acordo com a preferência de cada pessoa”, diz ele.
Segundo o especialista, não há uma idade exata para o procedimento de uma cirurgia, mas é interessante esperar o desenvolvimento completo da mama. Menores de 18 anos podem ter a cirurgia indicada em casos de gigantomastia (mamas muito grandes), em que as queixas funcionais e psicossociais podem causar prejuízos no desenvolvimento da paciente.
Já nas mamas pequenas, segundo o dr. Edson, deve-se aguardar o desenvolvimento completo antes de realizar um implante. As mamas são compostas basicamente de pele, glândula e gordura. Geralmente, com a idade, sofrem influência dos hormônios e têm aumento de volume  predominantemente glandular. A carga genética pode determinar um crescimento acima do normal, em pacientes oriundas de famílias com mamas grandes, e vice-versa.
Também existem fatores como o aumento do volume mamário no sobrepeso ou obesidade, devido ao aumento do componente gorduroso da mama.  Fatores comportamentais, como o não uso do sutiã, e variações constantes de peso (engordar e emagrecer) podem causar flacidez precoce nas mulheres.
Em relação às estrias durante a amamentação, o médico afirma que elas podem aparecer neste período, e com mais frequência nas gestantes mais jovens. Isto é variável. Uma gravidez bem conduzida, sem sobrepeso significativo, com o uso correto do sutiãi (incluindo específicos para amamentação), uso de cremes preventivos para flacidez e estrias, podem minimizar os danos causados pela gravidez. Quanto ao tamanho, pode ocorrer um aumento ou até mesmo uma redução do volume mamário após a gravidez, com ou sem flacidez. É importante lembrar que a cirurgia é contraindicada em períodos inferiores a seis meses após a interrupção da amamentação.
Depois de decidida a cirurgia, alguns exames são necessários para  a cirurgia das mamas, entre eles, laboratoriais (sangue e urina), avaliação cardiológica, de imagem das mamas, solicitados de acordo com a idade da paciente (ultrassom e/ou mamografia). A avaliação de um mastologista pode ser solicitada nos caso de alterações nos exames de imagem ou histórico significativo de câncer de mama familiar.
Quanto à anestesia, o especialista explica que ela depende da análise da equipe médica, podendo ser local, peridural ou geral. A cirurgia dura em média de 3 horas, e a internação é de 24 h. “Ela não é caracterizada por dor intensa, sendo o pós-operatório geralmente suave. Os cuidados incluem o uso do sutiã cirúrgico, evitar a movimentação excessiva dos braços, e dormir em decúbito dorsal (barriga para cima), entre outros. Também é importante a manutenção do peso, para evitar variações de volume no período de cicatrização”, explica ele.
No pós-cirúrgico trabalhos não relacionados a esforços físicos podem ser realizados em um período variável de 2 a 3 semanas. O uso do sutiã varia de 30 a 60 dias em média. O retorno às atividades físicas de esforço com os braços ou de impacto, assim como a exposição solar, devem ser evitadas por um período de 60 a 90 dias.


sábado, 6 de fevereiro de 2016

Prática de esportes somente no verão pode gerar problemas de saúde

Na estação mais quente do ano, é comum as pessoas procurarem parques, academias e praias para praticar exercícios físicos. No entanto, os “atletas de verão” precisam ficar atentos aos sérios riscos que seu coração pode sofrer.

Segundo o cirurgião cardiovascular da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Marcelo Sobral, a prática de exercícios físicos exagerados e sem preparo em épocas pontuais do ano podem gerar aumento da pressão arterial, cansaço, batimentos cardíacos alterados e até mal súbito. “Se a pessoa é hipertensa e não sabe, por exemplo, uma simples corrida pode ser fatal”, explica o especialista.

Estudos publicados pelo Journal of American Medical Association (JAMA) sugerem que a prática de atividade física esporádica pode aumentar os riscos de infarto agudo do miocárdio em 3,45 vezes e de morte súbita em 4,98 vezes.

Abandonar o sedentarismo não é somente uma prática para ser realizada no verão. “Exercícios físicos melhoram o condicionamento vascular, a pressão arterial e a frequência cardíaca. Porém, é primordial antes de qualquer atividade, que seja consultado um profissional, neste caso um educador físico, para que se avalie o estado físico da pessoa, assim como as indicações e necessidades individuais”, finaliza Sobral.


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Mudanças de hábitos ajudam a prevenir o câncer


Hoje, 4 de fevereiro, é o Dia Mundial do Câncer,  uma doença universal, que merece a atenção de todos. Nesse dia, mais que em todos os outros, procura-se alertar a população global sobre a importância de controlar e de se prevenir contra a doença. Pensando nisso, a oncologista do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes Renata D’Alpino preparou algumas dicas que podem reduzir as chances de desenvolver câncer. Confira: 

Não fumar – o tabagismo é a principal causa para o surgimento do câncer de pulmão.  Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. Outros tumores também podem ser causados pelo cigarro, tais como de boca, garganta, bexiga, pâncreas etc.

Evitar o excesso de álcool - o alcoolismo é uma das principais causas de cirrose hepática, que implica no desenvolvimento do câncer de fígado, e está relacionado a 2% a 4% das mortes por câncer. Além disso, o álcool também pode aumentar o risco de câncer de boca e garganta.

Praticar atividade física – a prática de exercícios físicos impacta positivamente no tratamento oncológico e pessoas ativas fisicamente apresentam risco mais baixo de desenvolver alguns tipos de câncer, como de mama, de próstata e de cólon.

Aumentar a ingestão de frutas e vegetais e reduzir o consumo de alimentos ricos em gordura e com certos conservantes  a obesidade é o segundo maior fator de risco evitável para o câncer, atrás apenas do tabagismo. Ela aumenta as chances de desenvolver alguns tipos de câncer, como de mama e de útero (endométrio). Alimentação saudável é fundamental. Mesmo indivíduos magros podem desenvolver câncer em virtude de má alimentação. Portanto, fique atento!

Evitar exposição solar entre 10h e 16h – proteger a pele dos efeitos da radiação UV previne o melanoma e outros tumores de pele. Evite queimaduras solares e utilize protetor solar.

Não praticar sexo desprotegido – sexo oral desprotegido aumenta chances de ter câncer de boca.

Vacinar-nos contra hepatite B e HPV – o câncer de fígado pode ocorrer por meio da infecção pelo vírus da hepatite B. E o HPV pode causar câncer de pênis, de cavidade oral, garganta e de canal anal. Por isso, esteja em dia com as vacinas.

Evitar exposição à radiação  o câncer pode estar associado à radiação. A radioatividade pode causar danos ao DNA das células, aumentando o risco de desenvolver tumores.

Consultar regularmente o médico – o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura.
Segundo estimativas do Inca, o Brasil deverá registrar 596 mil casos de câncer em 2016. Para a oncologista, este aumento se deve, principalmente, pelo envelhecimento da população, além do baixo acesso às estratégias de prevenção de câncer. Paralelamente, as pessoas continuam adotando estilos e hábitos de vida pouco saudáveis, o que contribui para o desenvolvimento do câncer. O poder público, instituições especializadas, empresas, médicos e hospitais têm um papel importante na disseminação de informações sobre a doença. “Quanto mais pessoas entenderem sobre câncer e se conscientizarem da importância da prevenção e diagnóstico precoce, maiores as chances de cura”, ressalta a médica.

Os avanços na Medicina possibilitam esperança para pacientes oncológicos e ficar por dentro das novidades no tratamento contra o câncer é tudo que mais desejam. A imunoterapia tem se mostrado eficaz em diversos tipos de tumores, como de melanoma, rim, cabeça e pescoço, pulmão, linfoma, entre outros. Além disso, as terapias-alvo, ou seja, drogas direcionadas a uma alteração molecular específica naquele subtipo de tumor estão mais atuantes no arsenal de drogas contra o câncer, tornando a oncologia mais personalizada. Há também os avanços nas técnicas cirúrgicas, que tem possibilitado cirurgias cada vez menos mutilantes.


terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Dicas para as crianças curtirem o carnaval

O carnaval é uma festividade que costuma ser acompanhada de mais liberdade e menos controle. Some-se a isso a questão cultural de algumas famílias e junte-se o calor do verão brasileiro e o cenário está armado. “Independentemente de cultura ou idade, por mais inimaginável que possa parecer, a situação ainda ocorre: é absurdo oferecer qualquer quantidade, por menor que seja, de qualquer bebida alcoólica, para crianças”, diz o do pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).
O médico destaca que, além de ser proibido por lei, é extremamente prejudicial, podendo, até, ser fatal. Quanto mais precoce o estímulo alcoólico para pessoas com tendência ao vício, mais cedo e mais certamente esse hábito poderá se instalar e levar a sérios prejuízos à saúde futura desse indivíduo.
“Além disso, crianças são indivíduos em crescimento e desenvolvimento, sendo mais suscetíveis a estímulos, com riscos de quadros graves, mesmo com pequenas quantidades de substâncias nocivas, inclusive o álcool”, lembra o médico.
E com relação à fantasia?
Batman, Homem Aranha, Cinderela, Havaiana, Pequena Sereia… Qual vai ser o personagem do seu pequeno? “Na hora de escolher a fantasia preste atenção ao tecido, para que seja leve e arejado, como o algodão, e não aperte a criança. Não se esqueça de escolher sapatos confortáveis e que seu filho já esteja acostumado a usar. Cuidado também com os adereços e mantenha a criança longe de espadas, lanças e objetos pontiagudos. Há também quem prefira usar a pintura. Essa opção é indicada para maiores de 2 anos, e com tinta adequada e antialérgica para evitar intoxicações. Ainda assim, faça um teste antes de aplicar no rosto de seu super-herói ou de sua princesa”, ensina Chencinski.
É recomendável evitar sprays de espuma e neve, bem como a serpentina artificial. Eles são perigosos porque contém substâncias químicas que podem causar irritação ou sensibilidade na pele e nos olhos. “Estudos recentes demonstraram que, quando o contato com esses sprays é prolongado ou se são usados sob o sol, eles podem ter seus malefícios potencializados. Recomenda-se, nestes casos, lavar a pele e os olhos o mais rápido possível após o contato. Já as máscaras devem ser usadas com muito cuidado porque, durante a brincadeira do carnaval, elas podem se deslocar e prejudicar até a respiração da criança”, conta o pediatra.
Cuidados na multidão
Na praia e nos clubes, as festividades para as crianças acontecem de manhã e à tarde. Assim, no calor do clima e na aglomeração que também eleva a temperatura, as crianças precisam de proteção.
“Em relação ao sol vale a pena seguir a mesma orientação de qualquer época do ano. Evitar exposição direta entre 10 e 16 horas, sempre usando protetor solar, mesmo fora desse horário. O calor pode aparecer e ser um fator agravante também em salões fechados, com muita gente pulando e se divertindo, especialmente nas crianças fantasiadas que correm e se divertem incansavelmente. Lembre-se da hidratação constante”, destaca Moises Chencinski.
Durante o carnaval, os pais também estão educando e formando cidadãos. Assim, mesmo que os banheiros químicos instalados nas ruas  não sejam convidativos, não vale fazer xixi na rua! “Levem lenços umedecidos e protetores de assento para ajudar  a criança a encarar o banheiro químico. Outra opção é achar um bar ou restaurante e utilizar os banheiros de lá, adotando os mesmos cuidados”, recomenda o pediatra.
Chencinski ainda lembra que as crianças não têm noção do perigo, e pela sua curiosidade natural podem se perder, distraídas no meio da multidão. “Faça uma pulseirinha de identificação para o seu filho com o nome dele, dos pais, telefone e endereço. É importante explicar que isso é um recurso de segurança caso ele se perca. Não deixe as crianças sem supervisão, sozinhas, no meio da multidão. Fiquem sempre de olho”, finaliza ele.