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sábado, 30 de setembro de 2023

Descubra a diferença entre infarto, AVC e angina



Principal causa de mortes no Brasil, as doenças cardiovasculares têm gerado alarde nos últimos anos. De acordo com o estudo PURE, (Population Urban and Rural Epidemiology), coordenado no Brasil pelo Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em 2022, aproximadamente 70% das mortes e dos eventos cardiovasculares poderiam ser evitados com o controle efetivo sobre os fatores de risco, como hipertensão arterial e tabagismo.

 Neste contexto, é fundamental compreender as diferenças entre AVC, Infarto e Angina e entender como a alimentação pode desempenhar papel crucial na prevenção das doenças cardiovasculares.

 

Isso porque alguns alimentos são aliados na promoção da saúde do coração, fornecendo nutrientes essenciais e ajudando a reduzir o risco de complicações cardíacas. Ao mesmo tempo, é vital estar ciente do que pode prejudicar o coração. 

 

Diferenças entre AVC, Infarto e Angina

Para muitos, os termos "AVC," "infarto" e "angina" podem parecer equivalentes, mas é essencial compreender suas diferenças. Conforme Dr. Leandro Costa, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, cada uma dessas condições apresenta características específicas que demandam tratamentos e ações distintas.

 

Infarto agudo do miocárdio

O cardiologista explica que o infarto agudo do miocárdio é uma emergência médica caracterizada pelo bloqueio das artérias coronárias, bloqueando o fluxo sanguíneo ao músculo cardíaco, que ao ficar sem sangue, perde oxigênio e morre. Quando isso acontece, uma dor no peito intensa se manifesta, e essa dor não é só focada no peito; ela pode se espalhar para áreas como pescoço, axila, costas ou braços.

 

De acordo com o Dr. Leandro, os sintomas prévios são: mal-estar, enjoo, tontura, palidez e falta de ar. “Reconhecer esses sinais é crucial, pois permite um tratamento precoce, o que, por sua vez, melhora significativamente as chances de recuperação”, diz.

 

AVC (Acidente Vascular Cerebral)

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) reportou recentemente um preocupante crescimento de 20,2% no número de atendimentos de vítimas de AVC no Estado durante o primeiro semestre de 2023 em comparação ao mesmo período de 2022. 

 

O AVC é uma condição que se divide em dois tipos principais: hemorrágico e isquêmico. O cardiologista explica que “o hemorrágico ocorre quando vasos sanguíneos no interior do cérebro se rompem, resultando em sangramento. Já o isquêmico é o mais incidente e acontece quando há obstrução das vias sanguíneas que abastecem o cérebro, em razão de uma trombose ou embolia”.

 

Isso leva a uma variedade de sintomas, de acordo com Dr. Leandro, incluindo perda súbita de força ou sensibilidade, visão prejudicada, alterações na fala e dores de cabeça intensas. É importante destacar que um AVC é uma emergência médica que requer intervenção imediata. Os sintomas são semelhantes nos casos de AVC hemorrágico e isquêmico.

 

Angina

Por fim, o especialista explica que a angina é a manifestação clínica, sintomática, da redução ou interrupção do fluxo sanguíneo nas artérias que irrigam o coração, podendo acontecer concomitantemente ao infarto, ou seja, quando o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco é diminuído, dores intermitentes ou pressão no peito, especialmente durante atividades físicas, podem acontecer. 

 

“É interessante notar que, em alguns casos, o repouso pode aliviar esses sintomas, e embora seja uma condição séria, a angina geralmente não resulta em danos permanentes ao coração, ao contrário do infarto”, conta o médico.

 

A importância da alimentação

Segundo a Organização Mundial de Saúde, dietas inadequadas representam um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Portanto, a relação entre alimentação e saúde cardiovascular é inegável e de grande relevância. 

 

“Uma dieta equilibrada e consciente, aliada à prática regular de exercícios físicos, não apenas pode ajudar a reduzir os fatores de risco associados a doenças cardíacas, como níveis elevados de hipertensão arterial e colesterol, mas também desempenha um papel crucial na manutenção da saúde do coração a longo prazo”, ressalta Dr. Leandro.

 

Neste contexto, sabendo da influência da alimentação em nossa saúde cardiovascular, vale destacar os alimentos a serem evitados.

 

Gorduras saturadas, presentes em carnes vermelhas, embutidos como bacon, salsichas, manteiga e queijos gordurosos, são conhecidas por elevar os níveis de colesterol LDL (o "colesterol ruim"), contribuindo para o acúmulo de placas nas artérias coronárias, assim, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.

 

As gorduras trans, presentes em produtos ultraprocessados como bolos e fast-food, não só aumentam o colesterol LDL, mas também diminuem o colesterol HDL (o "colesterol bom"), tornando-as especialmente prejudiciais.

 

Além disso, o consumo excessivo de sódio, comum em alimentos processados, pode aumentar a pressão arterial, enquanto o açúcar adicionado em bebidas nesses alimentos contribui para inflamação, ganho de peso e resistência à insulina, fatores que podem contribuir para doenças cardíacas.

 

“Evitar esses alimentos e optar por alternativas saudáveis, como frutas, vegetais e grãos integrais, além de ter o hábito de se exercitar regularmente, é fundamental para promover um estilo de vida com um coração saudável. Ressaltando que qualquer mudança significativa nos hábitos do paciente deve ser avaliada por um profissional de saúde para garantir que seja apropriada e segura de acordo com as necessidades individuais”, completa.




Foto: Freepik

domingo, 24 de setembro de 2023

O que é que a banana tem?



De sabor adocicado, a banana está entre as frutas mais consumidas no Brasil. Versátil e prática, pode ser ingerida in natura nos intervalos das refeições, com a comida ou em receitas doces, como bolos, tortas e vitaminas, e salgadas, como farofas. De acordo com a nutricionista do Oba Hortifruti, Renata Guirau, as bananas são excelentes fontes de nutrientes essenciais à saúde. "Possuem boa quantidade de carboidrato, que fornece energia, potássio, que atua na função cardíaca e muscular, magnésio, para saúde óssea, dentária e muscular, além de fibras, que garantem saciedade e bom funcionamento do sistema digestivo", ensina. 

Renata ressalta que o consumo regular da fruta auxilia o raciocínio, a memorização e a concentração. E completa: "Rica em antioxidante, ajuda a retardar o envelhecimento e promove a produção de colágeno. Por conter vitamina B6 e triptofano, um aminoácido que atua na síntese da serotonina, conhecido como "hormônio da felicidade", melhora o humor e o sono", diz. 


A nutricionista explica as particularidades de seis tipos de bananas. 

 

Nanica: Uma unidade possui em média 90kcal. Seu nome tem origem na bananeira que a produz, que é de porte pequeno, embora seja uma das maiores bananas. Tem teor de fibras e carboidratos mais alto, o que ajuda na função intestinal.

 

Prata: 100g têm cerca de 90kcal e correspondem a 2 unidades médias. Por ter uma quantidade menor de carboidratos, é menos doce. É uma das bananas com maior durabilidade.

 

Ouro: Uma das mais doces e mais calóricas. Cada 100g têm cerca de 160kcal. Uma unidade pesa aproximadamente 40g.

 

Maçã: Uma unidade média tem em torno de 50kcal. É ótima para doces e salada de frutas, pois oxida com menor facilidade.

 

Terra: É a maior de todas as bananas. Uma unidade pode pesar de 400g a 500g. Muito usada em preparações salgadas, como farofas, e consumida também frita.

 

Marmelo: Lembra bastante a banana-da-terra, com sabor mais adocicado, principalmente se for cozida. Se ela estiver bem madura, pode ser consumida in natura. Quando está mais verde, o melhor é cozinhá-la.

 

Renata ensina receitas com os diversos tipos de banana:

 

Panqueca de banana  

1 banana nanica madura

1 ovo

1 colher de sopa de farelo de aveia

1 colher de sopa de mel

1 colher de sopa de nibs de cacau

 

Modo de preparo:

Amasse a banana e misture todos os ingredientes. Leve para cozinhar em uma frigideira untada com azeite ou manteiga sem sal e cozinhe bem dos dois lados. Só servir.

 

 

Pãozinho doce de banana 

2 bananas-prata maduras

2 colheres de sopa da aveia em flocos

1 colher de sopa de farinha de trigo

1 colher de sopa de açúcar

1 colher de chá de fermento em pó

 

Modo de preparo:

Amasse 1 banana e misture a aveia em flocos, o trigo, o açúcar e o fermento em pó. Acomode a massa em um pote de vidro e em seguida, adicione rodelas da outra banana picada. Leve ao microondas por cerca de 3 minutos. Se você desejar, adicione canela em pó antes de aquecer.

 

 

Bolo de banana com maçã  

4 ovos

½ xícara de chá de óleo

1 maçã com casca

6 bananas-ouro

2 xícaras de chá de farinha de trigo

2 xícaras de chá de açúcar ou adoçante culinário

1 colher de chá de fermento em pó

1 colher de chá rasa de sal

 

Modo de preparo:

Bata no liquidificador a maçã, os ovos, o óleo e o sal. Adicione o açúcar, a farinha de trigo, o fermento, e bata novamente. Acomode metade da massa em uma forma com furo central, untada com manteiga e farinha. Em seguida, adicione metade das bananas, cortadas em rodelas. Junte o restante da massa e decore com as bananas. Leve ao forno pré-aquecido a 180 graus por 40 minutos.



Foto: Freepik

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Posso congelar frutas sem perder os nutrientes?

 


Congelar frutas é uma prática cada vez mais comum para quem deseja prolongar a vida útil desses alimentos, garantindo praticidade e economia. Mas a grande questão que muitos se perguntam é: será que ao congelar as frutas, perdemos os valiosos nutrientes que elas oferecem? De acordo com a médica dra. Lorena Balestra, a resposta para essa pergunta não é tão simples. A retenção dos nutrientes nas frutas após o congelamento depende de fatores como a demora para congelar. "É verdade que, em geral, a colheita das frutas no auge da maturação e o congelamento rápido podem preservar os benefícios nutricionais, ou seja, devemos congelar assim que compramos o alimento", explica.

Segundo ela, frutas congeladas têm a vantagem de durarem por vários meses, o que pode ser uma opção econômica e prática para quem busca ter sempre frutas à disposição mesmo fora de época. Além disso, ao comprar frutas já congeladas e preparadas, como fatias de morango prontas para um delicioso smoothie, você economiza tempo na preparação das refeições em um dia corrido. As frutas frescas são ricas em nutrientes também, mas devem ser consumidas mais rapidamente se desejamos aproveitar suas vitaminas.

O importante é entender que, de forma geral, os benefícios para a saúde ao consumir frutas frescas e congeladas são muito semelhantes. Cada opção possui suas particularidades e, dependendo da fruta e da forma como será utilizada, ambas podem ser benéficas para a nutrição. A Dra. Lorena destaca que é importante tomar cuidado com a higiene das frutas para evitar contaminações por germes nocivos, como salmonela e E. coli. Lavar bem as frutas antes do consumo, especialmente as frescas, é uma medida simples que pode ajudar a reduzir os riscos de doenças transmitidas por alimentos.

É importante seguir algumas orientações para garantir que o processo seja eficiente:

 

1.   -  Escolha frutas frescas e maduras: Frutas em seu ponto de maturação ideal têm maior conteúdo de nutrientes.

 

2.   -  Lave bem as frutas: Antes do congelamento, é essencial lavar as frutas para remover resíduos de pesticidas e sujeira.

 

3.    - Remova sementes e caroços: Algumas frutas têm sementes e caroços que podem comprometer a textura após o congelamento.

 

4.   -  Corte em pedaços pequenos: Frutas grandes podem congelar de maneira desigual, por isso é recomendável cortá-las em pedaços menores e uniformes.

 

5.    - Utilize recipientes adequados: Armazene as frutas em sacos ou potes próprios para congelamento, retirando o máximo de ar possível.

 

6.    - Evite a formação de cristais de gelo: Quanto mais rápido o processo de congelamento, menor a formação de cristais de gelo que podem afetar a qualidade nutricional.

 

7.  - Consuma em prazo razoável: Apesar do congelamento ajudar a preservar os nutrientes, com o tempo, alguns ainda podem se deteriorar. Tente consumir as frutas congeladas dentro de um prazo razoável para obter o melhor valor nutricional.

Congelar frutas pode ser uma ótima opção para preservar sua qualidade e prolongar sua disponibilidade durante o ano todo. No entanto, é fundamental compreender que a escolha entre frutas frescas e congeladas dependerá do tipo de fruta e da forma como ela será consumida. Sempre consulte um profissional de saúde qualificado para obter orientações personalizadas e seguras sobre a melhor abordagem nutricional para suas necessidades individuais.



 



Foto: Freepik

 

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

CUIDADO COM EXCESSOS ALIMENTARES DURANTE A GESTAÇÃO



É muito comum sentir picos de apetite durante a gestação. Isso pode acontecer por vários fatores, de questões hormonais à emocionais. Por mais que alguns desejos pareçam ser incontroláveis nesse período, a especialista em emagrecimento, Edivana Poltronieri, alerta sobre a importância de evitar comer incontrolavelmente e os riscos deste hábito para a saúde da mãe e do bebê.

Por que algumas gestantes sentem mais fome? 


Os hormônios progesterona e prolactina estão entre os responsáveis pela mudança de apetite. Isso, somado à alteração do pH da boca, leva a gestante a ter esses picos de forme. Essas alterações acontecem, geralmente, nos primeiros meses da gestação, mas podem se estender por mais tempo. Esses picos hormonais também afetam o comportamento alimentar da gestante, tornando-a mais suscetível a usar a comida como um meio de suprir uma eventual carência emocional.


Consciência alimentar na gestação


Para a especialista em emagrecimento Edivana Poltronieri, as escolhas da mãe afetam tanto o físico quanto o emocional da criança. “A alimentação na gravidez contribui muito para a formação da microbiota intestinal do neném. Isso é comprovado cientificamente. O quanto a mãe engorda e emagrece, o que ela come, assim como a qualidade e quantidade de alimento, são fatores que vão implicar em toda a formação fetal, podendo determinar até a propensão da criança ser obesa ou não”, pontua.


Por esta razão, Edivana alerta que desde o momento que se decide ser mãe é preciso pensar na saúde que a criança terá no futuro.  “Toda a estrutura do bebê, além da externa, como pele, cabelo, unhas, estarão sendo formadas. O bebê vai carregar a genética da mãe em todos os aspectos. Saber disso poderá ajudá-la a criar consciência alimentar”, complementa Poltronieri.


A orientação de ‘comer por dois’ durante a gestação precisa ser aplicada com cautela. “É necessário se atentar à qualidade e quantidade para a gestante não correr o risco de ter diabete, pressão alta e até complicações durante o parto. O mais importante desses cuidados é que isso implica na saúde do bebê nas primeiras fases da vida. Por isso que alguns se questionam como a criança engorda tanto se na família todos são mais magros ou porque a criança rejeita certos grupos de alimentos. As respostas estão, em muitos casos, nos equívocos alimentares durante a gestação e nos sentimentos que a mãe transferiu ao bebê nesse período”, explica.  


Outro alerta é evitar comparações. “Cada gestante vai se comportar de uma forma. É possível a mesma mãe sentir diferenças na rotina entre duas gestações. Por isso, sempre falo para fazer um filtro sobre o que se lê na internet. Todos somos indivíduos em contextos de vida completamente diferentes. Esses contextos têm a ver com as particularidades de cada organismo e também com questões como a qualidade de sono e alimentação. Isso é o que torna cada gestação única. Então, a comparação com outras gestantes pode levar a um desgaste da saúde física e mental, e ser muito prejudicial à criança”, finaliza.


Segundo a especialista, para seguir uma gravidez tranquila e saudável, contar com um especialista é sempre uma ótima opção, pois assim será possível fazer a programação de uma rotina alimentar equilibrada, saborosa e nutritiva para mãe e bebê.

domingo, 1 de agosto de 2021

A importância da comida "de verdade"

 


 A profa. Maria Claudia H. Gomes dos Santos, coordenadora do curso de Nutrição da Universidade Anhembi Morumbi, desmistifica mitos relacionados com a comida e à forma como lidamos com ela nos dias de hoje. Desfazendo pré-conceitos e resgatando significados que muitas vezes descartamos, afinal de contas, quando o bolo, aquele da avó, virou vilão?

Já faz um tempo que comer se tornou um desafio. Recebemos informações sobre nutrientes e nutrição a todo momento e por todos os meios de comunicação. Não conseguimos mais comer comida, somos influenciados a consumir "superalimentos", aqueles ricos em vitaminas, minerais, compostos bioativos, entre outros, além de nos desencorajarem a consumir alimentos ricos em açúcares, gorduras e até carboidratos.

"Isso fica bem claro quando paramos para pensar sobre nossas atitudes em relação aos alimentos", diz Maria Claudia. "Eu, por exemplo, como nutricionista, ouço muito as pessoas falarem que tem vergonha de dizer o que comeram, que eu não ficarei feliz com o que ela comeu ou simplesmente evitam comer ao meu lado, com medo do julgamento. Tudo bem, sou nutricionista e talvez conheça mais a composição nutricional dos alimentos - talvez mesmo, porque tem muitos ´leigos` que sabem mais sobre nutrientes do que eu - porém, o julgamento também vem de pessoas que não são profissionais e que se acham no direito de julgar o que as pessoas comem ou deixam de comer".

Tudo isso é um reflexo de como vemos atualmente o comer. Comer virou simplesmente uma forma de fornecer combustível para o nosso corpo. Abandonamos fatores importantes relacionados à alimentação e comida. Comer é um ato que vai além do biológico. Precisamos saber que comer é um ato cultural, econômico, familiar, social e, também, biológico.

Quem não lembra da comida da mãe, do bolo da avó? E o arroz com feijão, a feijoada? Pratos que vão muito além do valor nutricional. Essas comidas têm história, sabor, lembrança. Sim, comida é mais que alimento, é o alimento simbolizado. A partir do momento que comer virou obrigação ou uma forma de nos nutrir, paramos de nos permitir sentir prazer em comer e quando sentimos prazer trazemos junto a culpa, pois se traz prazer não deve ser bom para a saúde.

O bolo da vovó é muito mais que um alimento, é uma comida. Traz além de nutrientes (sim, bolo tem nutrientes), lembranças, prazer e nos leva para outro momento, outro lugar. Para estimular especialistas e leigos de todas as regiões, a chef Taila Siqueira, do curso de Gastronomia da Universidade Anhembi Morumbi, compartilha uma deliciosa receita de bolo de fubá, com gosto de infância e cheiro de casa de vó. Pré-aqueça o forno e mãos a massa!

Bolo de Fubá

Ingredientes:

2 xícaras (chá) de leite

2 ovos

1 colheres (sopa) de manteiga

1 xícara (chá) de açúcar

1/2 xícara (chá) de queijo parmesão ralado

3/4 de xícara (chá) de fubá

1 colher (sopa) de farinha de trigo

1/2 colher (sopa) de fermento em pó

Modo de preparo:

Bata em um liquidificador o leite, os ovos, a manteiga e o açúcar até obter uma massa homogênea.

Em uma vasilha, coloque o queijo parmesão, o fubá e a farinha de trigo. Adicione o conteúdo do liquidificador e misture bem.

Acrescente o fermento em pó e termine de misturar. Unte uma forma com manteiga e polvilhe com fubá. Asse em forno pré-aquecido a 170°C por aproximadamente 60 minutos. Depois de assado, desenforme e polvilhe com açúcar e canela a gosto.

Vamos voltar a comer o bolo da vovó?

 

sexta-feira, 16 de julho de 2021

O impacto da vitamina C na imunidade das crianças

 


A queda de temperatura nos meses de inverno sempre gera apreensão de pais e responsáveis sobre o fortalecimento do sistema imunológico das crianças. Diante deste cenário, o cardiologista dr. Daniel Magnoni, chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzanese, alerta para os riscos de escolhas feitas sem orientação médica. "Não deve se optar por um consumo aleatório de nutrientes sem que haja comprovação de déficit de vitaminas e minerais na alimentação diária dos pequenos. Entre os aliados, com comprovação científica, que não podem faltar na dieta infantil destacamos a vitamina C, que é um nutriente essencial para uma série de funções do organismo, sendo importante para o funcionamento de enzimas que atuam na síntese de colágeno e neurotransmissores, além de possuir importante função antioxidante, combatendo os efeitos dos radicais livres no corpo", explica dr. Magnoni.

 Muito popular como uma vitamina importante para o sistema imunológico, a vitamina C atua em algumas etapas que ajudam a fortalecer as defesas do organismo. "A síntese de colágeno promovida pela vitamina C contribui para o fortalecimento da barreira epitelial, que impede a entrada e a contaminação por microrganismos presentes no ambiente. Além disso, seu papel antioxidante é muito importante para otimizar o funcionamento de células do sistema imunológico e equilibrar a formação de agentes oxidantes que surgem durante a resposta inflamatória que, em excesso, podem levar a consequentes danos no organismo", explica dr. Magnoni.

 A vitamina C está presente em diversos alimentos, tanto em frutas como acerola, laranja, morango, goiaba, kiwi, caju e limão, quanto em vegetais como brócolis, couve, salsa, pimentão amarelo. Quando há déficit, recomenda-se a suplementação, porém a prescrição da vitamina deve seguir padrões relacionados à efetividade e ações individualizadas.

 "Nem sempre é possível manter uma dieta equilibrada que consiga suprir a necessidade adequada de vitamina C no organismo. Para estes casos, há no mercado diversas formas de suplementos que vão desde comprimidos e pastilhas até uma nova geração de suplementos vitamínicos, em gomas, com formato lúdico, que favorece a adesão das crianças por serem divertidas e saborosas", completa dr. Magnoni.

 

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Qual a diferença entre ervas e especiarias?



Definir o que é uma erva e o que é uma especiaria pode ser complicado. De um modo geral, as ervas são usadas frescas e têm uma vida útil mais curta. Já as especiarias são secas e podem ser armazenadas em recipiente de vidro hermético por muito mais tempo (máximo 1 ano). Mas vamos descrevê-las um pouco melhor.

Erva - É uma planta ou parte de uma planta, que é usada como medicamento ou para dar sabor aos alimentos. Os botânicos descrevem as ervas como uma planta pequena com sementes e partes carnudas, amigas dos médicos e elogiadas por cozinheiros. As ervas acrescentam sabor e aroma com sutileza.

Especiarias - São a parte seca da planta como as sementes, cascas, raízes e frutas. Por exemplo, canela (casca), pimenta (fruta), noz-moscada (semente), alho (raiz). As especiarias acrescentam sabores fortes por isso, menos é sempre mais.

Algumas plantas podem ser consideradas ervas e especiarias. Por exemplo, o coentro, sua folha é a erva, enquanto a semente é a especiaria.

Especiarias, inteiras ou moídas?
Os especialistas dizem que, poucas horas depois de serem moídas, as especiarias podem começar a perder o aroma e o sabor. Por isso, o melhor seria moer conforme necessário. Um bom exemplo disso é a pimenta-do-reino moída na hora e a versão pré-moída. No entanto, no mundo real, quando procuram o salgo rápido para dar sabor a um molho, ensopado ou refogado, os temperos pré-moídos são realmente convenientes e, desde que estejam dentro da validade, proporcionam um bom sabor, portanto, não hesite em usá-los.

Em meio a este universo, alho, sal e cebola são a trilogia básica. Porém, na hora de preparar uma refeição especial, o básico já não serve. Para aguçar ainda mais o paladar, é preciso inovar, trazer à tona novos sabor e, incitar novas sensações. Aí surgem as combinações que podem criar uma sintonia de aromas e sabores inesquecíveis,que valem a pena ser exploradas.

Uma mistura famosa é o buquê garni, típica da cozinha francesa. Já a culinária indiana é reconhecida por suas misturas de especiarias, como o Garam Masala. Veja aqui algumas combinações clássicas:

• Cinco especiarias (chinesas) - anis estrelado, canela, cravo, pimentão e sementes de erva-doce.
• Ervas da Provença(sul da França) - alecrim, semente de erva-doce, manjerona, estragão, tomilho, orégano e lavanda
• Tempero italiano - manjericão, orégano, alecrim, tomilho,
• Tempero Jerk (Caribe) - pimenta da Jamaica, cravo, canela, noz-moscada, tomilho, alho e as pimentas fortes
• Garam Masala (indiano) - sementes de coentro, cominho, pimenta preta, cardamomo, canela, cravo, pimentão vermelho seco e açafrão
• bouquet garni (Francês) - salsa, tomilho, folhas de louro e aipo.

E como combinar sem exagerar?
Na cozinha, escolher as combinações e quantidades corretas dos condimentos para cada tipo de alimento,é um verdadeiro desafio. O truque é obter a mistura certa, para que nenhuma erva ou especiaria domine o sabor do prato.

Por isso, antes de sair misturando tudo com tudo, vale a pena conferir algumas sugestões sobre quais temperos combinam como que. Com o tempo e a vivência na culinária, é possível desenvolver o chamado "bom senso". Com essa habilidade, só de cheirar e provar o alimento vai saber se exagerou na quantidade ou se precisa complementar. Para quem ainda não chegou neste estágio, confira ß algumas ervas e especiarias e explore suas combinações em suas receitas.

CURRY: uma mistura de especiarias incluindo açafrão-da-índia, cardamomo, coentro, gengibre, cominho, noz-moscada, cravo, pimenta e canela. Algumas marcas de Curry chegam a levar setenta plantas diferentes. Inicialmente o Curry servia para temperar exclusivamente o arroz, mas atualmente é usado em inúmeras receitas, como o frango ao Curry.

CRAVO: De sabor intenso e ligeiramente picante, combina bem com canela, pimenta do reino, noz-moscada e gengibre. O cravo pode incrementar o sabor de doces, assados e bebidas em geral.

COMINHO (moído ou inteiro): O cominho adiciona um sabor terroso ligeiramente amargo, e é popular em pratos da América Latina, Oriente Médio, Marrocos e Espanha. Combina bem com coentro, pimenta do reino e gengibre. Sementes recém-moídas têm mais sabor que moídas.

CANELA: é uma casca, popular por seu aroma doce e quente. Acrescenta uma nota doce e perfumada a sobremesas e bolos (é essencial para torta de maçã e crumble). Canela em pó tem mais sabor que ramas, que precisam ser quebrados para liberar o aroma.Combina muito bem com cravo e pimenta-do-reino.

PIMENTA DO REINO : Vinda da Índia, a pimenta do reino além de dar um sabor picante à comida, ajuda o organismo a absorver os nutrientes e facilita a digestão. Ela é encontrada nas variedades verde, vermelha, branca e preta. A cor varia de acordo com a fase em que é colhida. O tempero combina com carnes e molhos, mas não exagere na quantidade.

PIMENTA DA JAMAICA: como o nome sugere, é nativa da América Central e a principal produção vem da Jamaica. É uma especiaria apimentada e quente, vai bem em marinados, picles,e receitas de bolo com mel.Pode ser combinada com canela em pratos doces.

PIMENTA CALABRESA SECA: excelente para dar sabor picante a molhos e temperar carnes. Deve ser usada em pequenas quantidades.

PÁPRICA: de sabor picante ou doce, esse condimento deriva de um tipo de pimentão de cor vermelha e cura e costuma ser usada para adicionar um toque de cor aos alimentos. No entanto, nos últimos anos, fomos apresentados à páprica espanhola, que tem sabor e aroma intensos e defumados. Embora mais caro, vale a pena experimentar. Uma pequena quantidade transforma muitos pratos,molhos, ensopados, sopas e assados com um delicioso sabor de churrasco defumado. Ela vem em variedades quentes, doces e agridoces.

AÇAFRÃO DA TERRA (cúrcuma): Além de deixar os pratos com uma cor linda, o sabor do açafrão é único. A especiaria é famosa desde a antiguidade, principalmente na culinária mediterrânea. É indicado para temperar risotos, aves, caldos, massas e doces.

AÇAFRÃO: Um dos condimentos mais caros do mundo, é essencial na paella espanhola, no risoto alla milanese e em pratos marroquinos. É encontrado também em pó.

ANIS ESTRELADO: De sabor forte e aroma doce, vai bem com peixes, frutos do mar, frango, pães, biscoito e doces

CARDAMOMO: a essência aromática está nas sementes dentro das cápsulas. Usada para aromatizar doces, salgados e algumas bebidas, como chás.

NOZ MOSCADA: possui um sabor adocicado e um aroma bastante forte. Ela é nativa das Ilhas Moluccas e é muito utilizada na índia. Combina com queijos, abóboras, sopas, espinafres, massas, caldos, molho branco, risotos, pratos indianos etc. Além de dar um sabor único a bebidas, como cappuccino e vinhos.

ERVA DOCE: de aroma adocicado, as sementes entram no preparo de infusões, peixes, legumes, bolos e biscoitos.

PAPOULA: é uma semente bem miudinha, crocante e saborosa. São ótimas polvilhadas em pães, bolos, bolachas antes de ir ao forno ou em massas de pudins, pães e tortas salgadas. Pode ser misturada com manteiga Ghee derretida, e usada em preparações com batatas, cenouras, macarrão, risotos, carnes e peixes. Também pode ser misturada com mel e limão e ser usada em recheios de bolos, caldas de sobremesas ou simplesmente ser consumida com frutas e iogurtes.

LOURO: embora seja muito usado no Brasil como tempero aromático do feijão, ele também pode ser adicionado no preparo do arroz e caldos. Basta colocar uma folha lavada na água borbulhando.

MOSTARDA: os grãos podem ser usados para realçar o sabor de conservas, batatas cozidas e receitas de carne de porco. Já a mostarda em pó é ótima opção para caldos, sopas e molhos.

ERVAS FRESCAS

SALSA ou salsinha: combina muito com canapés, molhos de ervas, pães, tomates, omeletes, grelhados, recheios e aromatizar manteiga. É encontrada salsa lisa e salsa crespa. A crespa é muito utilizada para decoração de pratos. Também pode ser encontrada na forma desidratada. Porém o ideal é utilizá-la fresca.

CEBOLINHA: muito utilizada em omeletes, molho vinagrete e molhos à base de creme de leite para peixes. Ótimo também em patês de ricota, queijo cremoso, sopas e saladas. Geralmente é combinada com a salsinha.

TOMILHO: aromatize queijos, licores, carnes de churrasco, peixes, tomates ao forno, pizzas e grelhados. Use-o em pó quando quiser só seu sabor e aroma. É ótimo para compor marinadas. 

sexta-feira, 21 de maio de 2021

Conheça 7 alimentos que parecem saudáveis, mas não são

 


Refrigerantes, salsicha, sorvete, entre outros, são alimentos que todos sabem que não são saudáveis. Mas tem aqueles que as pessoas consomem acreditando que fazem bem à saúde, o que não é verdade. 

 A nutricionista Juliana Vieira elencou 7 desses alimentos: 

 1- Peito de peru - O mito de ser um alimento saudável é por ele ter poucas calorias e baixo teor de gorduras. Mas, em compensação, como todo embutido, tem aditivos químicos: sódio, conservantes e corantes e compostos nitrogenados, dentre eles o nitrito de sódio.  

Substitua por ovo ou atum.

 2- Nesfit- Apesar de ser nomeado como integral, esse biscoito tem muito glúten, açúcar, gordura e sal. Não deve ser usado nem como opção de lanche de baixa caloria, muito menos como alimento saudável.

 Substitua por bolacha de arroz 

 3- Barra de cereal - Dentre seus principais ingredientes, possui açúcar, xarope, maltodextrina, gordura hidrogenada.

 Substitua por barra de proteína.

 4- Suco de caixinha ou néctar de fruta - Contém muito açúcar , corantes , aromas e sódio.

 Substitua por suco natural ou água 

 5- Bisnaguinha- O pão é feito de farinha branca e açúcar, ou seja, tem poucos nutrientes e nada de fibras.

 Substitua por bisnaguinha integral ou pão integral . 

 6- Empanados de frango- É uma mistura de ingredientes nada nutritivos, como partes de frango, pele, farinha e leite em pó e para dar gosto glutamato monossódico. 

 Substitua por empanar o frango com ovos e farinha de rosca ou aveia .

 7- Refrigerantes zero - Apesar de não terem calorias, eles contêm uma série de produtos químicos em sua fórmula que são nocivos à saúde, como corantes, acidulantes, conservantes,  adoçantes e excesso de sódio. Além disso, não tem nenhum valor nutricional. 

 Substitua por água ou suco natural.