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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Cinco verdades sobre o câncer de mama


Em outubro, quando se celebra o Movimento Outubro Rosa, que visa conscientizar a população quanto aos riscos do câncer de mama, muitas pessoas refletem sobre os próprios conhecimentos acerca da doença. Todavia, há muitos rumores sobre o câncer de mama e a sua detecção precoce que não são verdadeiros. Nem sempre é fácil distinguir os fatos. explica o coordenador de Oncologia do Hospital Santa Catarina, doutor Antonio Cavaleiro.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer de mama é o tumor que mais acomete as mulheres em todo o mundo. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) também mostram que, somente no Brasil, o número de pessoas que serão acometidas por algum tipo de câncer deve chegar próximo de 600 mil casos.

O coordenador de Oncologia do Hospital Santa Catarina, dr. Antonio Cavaleiro,
destaca cinco fatos sobre o câncer de mama:

  • Realizar o autoexame mensalmente não é garantia para descartar a doença: embora o autoexame seja recomendado, a ação não é garantia de que você estará diagnosticando o câncer de mama precocemente. Nódulos palpáveis não são a única forma de manifestação da doença. A mamografia, aliada ao exame médico, são os métodos mais confiáveis na detecção precoce da doença;
  • Família sem casos de câncer não significa estar livre da doença: embora muitas pessoas acreditem que não ter casos na família é quase uma garantia de não sofrer com o câncer de mama, podemos afirmar que cerca de 80% das mulheres que sofrem com a doença nunca teve ou terá um parente com câncer de mama. A maioria dos casos é, portanto, esporádica;
  • Próteses de silicone não dificultam o diagnóstico ou aumentam o risco de câncer de mama: algumas mulheres que colocam próteses de silicone ou que buscam informações sobre a cirurgia possuem dúvidas em relação ao procedimento dificultar um possível diagnóstico da doença. No entanto, podemos afirmar que até hoje não há estudos que comprovem que estas próteses dificultem o diagnóstico;
  • Exercícios físicos são benéficos para a saúde - e podem diminuir o risco de câncer de mama: além dos exercícios físicos, perder peso ou manter o peso ideal em relação à altura, controlando o Índice de Massa Corpórea (IMC), diminui o risco de ter câncer de mama;
  • Continuar amamentando não é prejudicial ao bebê quando há uma suspeita de câncer de mama: apesar de algumas mães acreditarem que o bebê pode ter algum risco ao continuar a amamentação, isso é um mito, já que as células cancerosas não passam para a criança por meio do leite materno.


segunda-feira, 7 de agosto de 2017

O bebê define a hora certa de amamentar


O universo da maternidade é cercado por muitas dúvidas. Uma delas é de quanto em quanto tempo a mãe deve amamentar o bebê para que ele seja saudável. A pediatra do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Miquelina Lucia Santarsiere Etchebehere, explica que o aleitamento materno deve ser livre demanda, ou seja, feito sempre que o bebê tiver fome.

Muitas vezes, a insegurança das mães pode atrapalhar este ato e criar normas que não existem. A pediatra ressalta que com o aleitamento materno não pode, nem deve existir uma preocupação em relação à quantidade de vezes oferecidas. “Amamentar de três em três horas é apenas uma média de ingestão de alimento. Quando a criança chora, você pode dar de mamar.”

De acordo com a médica, nem sempre o bebê chora por fome. “Tirando todos os desconfortos, como dores, temperatura, posição, se mesmo assim continuar chorando, a mãe deve amamentar”, afirma. Mas alerta para que esse processo seja feito apenas quando o alimento for exclusivamente o leite materno. Alimentar com complemento ou leite artificial não deve ser livre demanda.

De acordo com a especialista, oferecer o leite materno sempre que o bebê estiver com fome não traz nenhum risco ao peso ou mesmo de ocorrer uma sobrecarga de alimentação. “Com bebês pequenos isso não acontece, eles choram de fome e têm uma capacidade gástrica pequena. Se ele mamar mais do que suporta, vai regurgitar esse leite.”

A importância da amamentação é enfatizada pela pediatra, pois fortalece a relação entre mãe e filho e traz grandes benefícios à saúde de ambos. “A mãe volta ao peso de antes da gravidez mais rapidamente e a criança controla o peso. Já os bebês amamentados com mamadeiras tendem a ser mais obesos do que os alimentados com leite natural”, complementa a médica.


Outro ponto importante neste processo, segundo Miquelina Lucia Santarsiere Etchebehere, é a qualidade do leite. “Por mais que os artificiais sejam modificados para imitar o alimento materno, o leite natural é específico, com todas as vantagens possíveis, como a passagem de anticorpos à criança”, reforça a pediatra.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Trabalho e amamentação: conheça os direitos garantidos por lei


São direitos garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente: toda criança tem direito ao aleitamento materno e toda mãe tem o direito de amamentar seu filho. Porém, como a amamentação deve funcionar nas empresas após o período de licença maternidade e quais são os direitos garantidos por lei?

Toda mulher tem garantida por lei uma licença maternidade, que é um afastamento remunerado do trabalho, de, no mínimo, 120 dias e, no máximo, 180 dias a partir do oitavo mês de gestação. Porém, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o bebê deve ser amamentado por no mínimo 6 meses. Ou seja, quando a mãe tem direito aos 180 dias de licença, o bebê consegue ser amamentado no período recomendado pela OMS. Mas quando isso não acontece, a mãe deve se organizar para continuar a oferecer o leite materno ao bebê.

Segundo a dra. Luciana Dessimoni, sócia no escritório Nakano Advogados Associados, as mães, ao retornarem ao trabalho após o período de 120 dias, têm garantido por lei o direito de fazer dois descansos remunerados de 30 minutos por dia para amamentar seu bebê até que ele complete seis meses de idade. “Os pais adotivos têm os mesmos direitos dos pais biológicos”, lembra a especialista.

A dra. Luciana ainda salienta que se a empresa ou entidade empregadora tiver no mínimo 30 funcionárias, ela é obrigada a oferecer um espaço como berçário. Não existindo essa opção no local, a funcionária deve ser autorizada a sair do trabalho para ir amamentar seu filho.

“Sabemos que, na prática, é muito difícil que uma mãe consiga sair do trabalho, ir em casa, amamentar, e voltar ao trabalho em 30 minutos. Por isso, a colaboradora pode pedir à empresa a junção desses dois descansos de meia hora garantidos por lei, de forma que possa ficar afastada do emprego por 1 hora, podendo iniciar ou terminar sua jornada uma hora mais cedo”, explica a advogada.

Caso seja esse o esquema acordado, é recomendado que empresa e colaboradora assinem um documento especificando o critério de descanso acordado para a amamentação. “Este documento deve ser guardado nos arquivos que a empresa mantém da funcionária para eventual apresentação à fiscalização trabalhista”, conclui.


quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Mitos e verdades da amamentação


A Semana Mundial do Aleitamento Materno, período entre 1 a 7 de agosto, traz a discussão sobre o desafio de conciliar trabalho e amamentação. A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) orienta e tira as principais dúvidas sobre o aleitamento materno, que além de nutrir, fortalece a relação entre mãe e bebê. Para o diretor de comunicação da entidade, Rodrigo Lima, o leite materno é essencial para o desenvolvimento saudável do bebê e deve ser o alimento exclusivo até os seis meses de idade.

Conheça os mitos e verdades sobre a amamentação:

A criança pode ser amamentada até três anos de idade ou mais.
VERDADE. Embora seja necessário introduzir outros alimentos após o sexto mês de vida, não há duração máxima para o aleitamento, sendo esta uma decisão da mãe.

É necessária a higienização das mamas antes e depois do aleitamento com água e gaze.
MITO. Não há necessidade de qualquer preparo da mama antes de oferecer o leite materno ao bebê.

A química do cigarro e álcool pode ser transmitida para o bebê pelo leite.
VERDADE. Além do álcool e de substâncias presentes no cigarro, até mesmo medicamentos podem passar para o leite materno, e o uso de substâncias deve ser discutido com o médico de confiança.

Terapias alternativas, como floral, podem influenciar na qualidade do leite.
MITO. Não existem evidências científicas confiáveis sobre isso.

Canjica e cerveja preta estimulam a produção de leite.
MITO. Não existem evidências científicas confiáveis sobre isso.

O colostro, o primeiro leite após o nascimento da criança, é rico em anticorpos e importante para o bebê.
VERDADE. O colostro tem papel importante na saúde do bebê, pois transfere anticorpos da mãe para o bebê que podem protegê-lo de infecções enquanto seu sistema imunológico ainda está em formação.

Cada mãe produz um tipo de leite diferente.
VERDADE. O leite de cada mãe é produzido de acordo com suas características corporais e hábitos de vida.

A alimentação e quantidade de água diárias influenciam na qualidade e quantidade de leite.
VERDADE.O leite é elaborado a partir dos nutrientes ingeridos pela mãe.

A produção de leite é hereditária, se a mãe não conseguiu amamentar, a filha também terá dificuldade
MITO. A produção de leite depende do estado de saúde da mãe e da estimulação do bebê.

A amamentação reforça o vínculo entre mãe e bebê.
VERDADE. O ato de amamentar aproxima a mãe do bebê, e é importante na formação do vínculo entre eles.

Amamentar dói.
MITO. Embora, em alguns casos, a amamentação possa produzir algum incômodo inicialmente, essa queixa costuma desaparecer à medida que a mãe se acostuma. A persistência de dor pode significar algum problema e deve ser comunicada ao médico de confiança.


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Redução das mamas: questão estética ou de saúde?



Atualmente tem se observado que a maioria das mulheres está buscando os consultórios de cirurgia plástica para diminuírem as mamas ou retirarem as próteses ou, ainda, mudarem para próteses menores. Não muito tempo atrás, a corrida aos consultórios era para pedirem exatamente o contrário – quanto maiores as próteses, melhor.
Esse fenômeno tem a ver com diversos fatores: a moda, mídia ou algumas personalidades chaves que ditam o comportamento. E muitas dúvidas pairam sobre a sobre a cirurgia de redução de mamas, inclusive se ela deve ser feita por motivos estéticos ou de saúde.
O cirurgião plástico Edson A. S. Prata Jr esclarece que as mamas podem apresentar diversos tamanhos, e também diversos níveis de flacidez. Mamas grandes e pesadas podem causar desconforto na coluna, ocasionando dores no pescoço, nas costas e desvios na postura que, a longo prazo, podem causar problemas relacionados à coluna vertebral.
O peso da mama também pressiona a alça do sutiã, causando marcas, escoriações e dores nos ombros. Outro problema é o distúrbio psicossocial que pode ser gerado pelo tamanho e/ou flacidez, restringindo o uso de vestimentas, convívio social e afetivo, tanto nas mamas muito grandes como nas muito pequenas. “Existe, além do caráter reparador, o fator estético individual, o desejo de ter mamas diferentes, maiores ou menores, de acordo com a preferência de cada pessoa”, diz ele.
Segundo o especialista, não há uma idade exata para o procedimento de uma cirurgia, mas é interessante esperar o desenvolvimento completo da mama. Menores de 18 anos podem ter a cirurgia indicada em casos de gigantomastia (mamas muito grandes), em que as queixas funcionais e psicossociais podem causar prejuízos no desenvolvimento da paciente.
Já nas mamas pequenas, segundo o dr. Edson, deve-se aguardar o desenvolvimento completo antes de realizar um implante. As mamas são compostas basicamente de pele, glândula e gordura. Geralmente, com a idade, sofrem influência dos hormônios e têm aumento de volume  predominantemente glandular. A carga genética pode determinar um crescimento acima do normal, em pacientes oriundas de famílias com mamas grandes, e vice-versa.
Também existem fatores como o aumento do volume mamário no sobrepeso ou obesidade, devido ao aumento do componente gorduroso da mama.  Fatores comportamentais, como o não uso do sutiã, e variações constantes de peso (engordar e emagrecer) podem causar flacidez precoce nas mulheres.
Em relação às estrias durante a amamentação, o médico afirma que elas podem aparecer neste período, e com mais frequência nas gestantes mais jovens. Isto é variável. Uma gravidez bem conduzida, sem sobrepeso significativo, com o uso correto do sutiãi (incluindo específicos para amamentação), uso de cremes preventivos para flacidez e estrias, podem minimizar os danos causados pela gravidez. Quanto ao tamanho, pode ocorrer um aumento ou até mesmo uma redução do volume mamário após a gravidez, com ou sem flacidez. É importante lembrar que a cirurgia é contraindicada em períodos inferiores a seis meses após a interrupção da amamentação.
Depois de decidida a cirurgia, alguns exames são necessários para  a cirurgia das mamas, entre eles, laboratoriais (sangue e urina), avaliação cardiológica, de imagem das mamas, solicitados de acordo com a idade da paciente (ultrassom e/ou mamografia). A avaliação de um mastologista pode ser solicitada nos caso de alterações nos exames de imagem ou histórico significativo de câncer de mama familiar.
Quanto à anestesia, o especialista explica que ela depende da análise da equipe médica, podendo ser local, peridural ou geral. A cirurgia dura em média de 3 horas, e a internação é de 24 h. “Ela não é caracterizada por dor intensa, sendo o pós-operatório geralmente suave. Os cuidados incluem o uso do sutiã cirúrgico, evitar a movimentação excessiva dos braços, e dormir em decúbito dorsal (barriga para cima), entre outros. Também é importante a manutenção do peso, para evitar variações de volume no período de cicatrização”, explica ele.
No pós-cirúrgico trabalhos não relacionados a esforços físicos podem ser realizados em um período variável de 2 a 3 semanas. O uso do sutiã varia de 30 a 60 dias em média. O retorno às atividades físicas de esforço com os braços ou de impacto, assim como a exposição solar, devem ser evitadas por um período de 60 a 90 dias.


terça-feira, 28 de julho de 2015

Amamentar e trabalhar é possível, sim!



“Vou voltar a trabalhar, como manter o aleitamento materno? Devo tirar ele do peito já e acostumar com a mamadeira? Devo enviar o meu leite na mamadeira ou a fórmula para a creche? Devo buscar ajuda num banco de leite?”. Essas são apenas algumas das milhares de dúvidas das mães sobre esse tema – continuidade do aleitamento materno e volta ao trabalho -, que o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349) ouve tanto nas consultas, quanto nas palestras que realiza.
“A princípio, a recomendação é bem simples: a mãe que vai voltar ao trabalho pode retirar o leite e mandar para a creche. Se o bebê for ficar em casa com algum parente ou babá, ela pode deixar leite materno estocado, para ser oferecido no copinho, para que o bebê continue recebendo todos os nutrientes necessários. A mãe pode também buscar apoio num banco de leite. Os bancos de leite foram criados e destinam-se principalmente aos bebês prematuros, mas não atendem somente às demandas desse público”, esclarece o médico. 
Ordenha manual 
Há um documento, elaborado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, intituladoRecomendações úteis para a manutenção do aleitamento materno em mães que trabalham fora do lar ou estudam, que traz todas as recomendações necessárias para manter o aleitamento materno e retomar as atividades profissionais/estudantis. “Gosto muito das explicações desse documento, pois elas partem de uma premissa da qual compartilho: toda mulher tem direito a trabalhar, estudar, passear e continuar amamentando”, diz o médico, idealizador do movimento #euapoioleitematerno.
Segundo o documento, a primeira coisa a se fazer, antes de voltar ao trabalho, é aprender a ordenhar o leite materno manualmente. A ordenha deve ser realizada quando a mãe tem leite em excesso, quando a mãe e o bebê não podem ficar juntos – seja por motivos de saúde ou de distância física, trabalho –, quando o bebê apresenta dificuldade de sugar ou mamar adequadamente ou quando a mãe deseja doar o excedente de seu leite.
Dr Moisés ensina: “para realizar a ordenha, a mãe deve escolher um lugar limpo e tranquilo, prender bem os cabelos e usar uma touca de banho ou pano amarrado. Deve proteger a boca e o nariz com máscara, pano ou fralda. Também deve deixar preparado um vasilhame para estocar o leite, de preferência um frasco com tampa plástica, fervido por 15 minutos para esterilizar. Em seguida, deve massagear a mama com a ponta dos dedos das mãos bem limpas, como um todo, com movimentos circulares da base em direção a aréola. A mãe deve massagear por mais tempo as áreas mais doloridas. Depois, apoiar a ponta dos dedos (polegar e indicador) acima e abaixo da aréola, comprimindo a mama contra o tórax, fazendo movimentos rítmicos, como se tentasse aproximar as pontas dos dedos, sem deslizar na pele. É importante que a mãe despreze os primeiros jatos e guarde o restante no recipiente preparado”.
Existem três tipos de ordenha (manual, mecânica e elétrica). A melhor forma e a mais natural de tirar o leite é a manual, utilizando as mãos após a massagem nos pontos entumecidos. Porém, pode se fazer o processo mecanicamente através de bombas tira leite manuais ou elétricas, o resultado é o mesmo nas duas formas. Nas situações em que a mãe tira o leite por um longo tempo, a elétrica oferece mais conforto e praticidade.
Conservação do leite materno 
“Após retirar o leite, a mãe deve guardá-lo em um frasco limpo e bem tampado. Deve manter o leite, sob refrigeração, em geladeira, freezer ou, se não houver essa possibilidade, manter em isopor com gelo. O leite materno pode ser conservado sem estragar na geladeira, por 24h, e no congelador ou freezer, por 15 dias. Ele deve ficar o menos tempo possível exposto à temperatura ambiente”, ensina o pediatra. Para ser oferecido ao bebê, o leite deve ser descongelado e aquecido no próprio frasco em banho-maria. “Não o descongele em microondas e não ferva. O leite aquecido que não foi usado deve ser jogado fora. O uso do copinho é a forma mais indicada para oferecer o leite materno armazenado.”
Caso o armazenamento do leite não seja possível, é importante que, para manter a produção de leite, a mãe apenas retire o leite e o jogue fora. Caso a mãe deseje doar o excesso de leite a um Banco de Leite Humano (BLH), deve congelar o líquido imediatamente após a extração.
Ordenhando no trabalho
Segundo o dr. Moisés, a mulher que precisa tirar o leite durante o período em que está no trabalho, e só vai chegar em casa à noite, deve procurar um lugar tranquilo e limpo, sem fluxo de pessoas e distante de ambientes contaminantes (banheiro, fluxo de animais), se possível em intervalos de 3 a 4 horas. Em seguida, deve guardar o leite na geladeira da forma correta. Se o leite for oferecido ao bebê no período de até  24 horas, não é necessário o congelamento. Caso ultrapasse esse tempo a mãe deve guardá-lo no freezer. Para o transporte, a mulher deve utilizar uma bolsa térmica com bolsa de gelo (gelo reciclável) encontrada em farmácias, drogarias e casas especializadas em produtos infantis. “Não aconselhamos o uso de isopor por ser um produto poroso e de difícil higienização. O ideal é usar material lavável e que resista a desinfecção com álcool 70°. Isso deve ser feito a cada utilização”, ensina Chencinski.
Bancos de leite 
Quem pode ser doadora de leite humano? De acordo com a legislação que regulamenta o funcionamento dos Bancos de Leite no Brasil (RDC Nº 171), a doadora, além de  apresentar excesso de leite, deve ser saudável, não usar medicamentos que impeçam a doação e se dispor a ordenhar e a doar o excedente. “Se você quer doar seu leite entre em contato com um Banco de Leite Humano”, recomenda o pediatra.
Como preparar o frasco para coletar o leite humano?
  • Escolha um frasco de vidro com tampa plástica, pode ser de café solúvel ou maionese;
  • Retire o rótulo e o papelão que fica sob a tampa e lave com água e sabão, enxaguando bem;
  • Em seguida coloque em uma panela o vidro e a tampa e cubra com água, deixando ferver por 15 minutos (conte o tempo a partir do início da fervura);
  • Escorra a água da panela e coloque o frasco e a tampa para secar de boca para baixo em um pano limpo;
  • Deixe escorrer a água do frasco e da tampa. Não enxugue;
  • Você poderá usar quando estiver seco.
Por que armazenar o leite?
Armazenar o leite materno traz benefícios imensos para a mãe e o bebê. “Com a correria do dia a dia pode parecer cansativo ordenhar a mama para retirada do leite, porém a gratificação será maior do que o esforço. O ato de tirar e armazenar o leite materno pode ser bem mais simples do que a mãe pensa. Aliás, com o tempo e a prática fica cada dia mais fácil de fazê-lo”, diz o pediatra.
Para a mãe, alguns dos principais benefícios em armazenar o leite materno são:
  • Evitar o desmame precoce;
  • Continuar a produção de leite, assim ela pode continuar amamentar mesmo após a volta ao trabalho, nem que seja no período em que estiver em casa à noite;
  • Continuar perdendo peso, após a volta ao trabalho;
  • Tranquilidade em saber que o melhor está sendo oferecido ao bebê.
Para o bebê, alguns dos principais benefícios de consumir o leite materno armazenado são:
  • Continuar recebendo o alimento mais precioso, repleto de vitaminas, sais minerais e amor que se pode oferecer  a uma criança;
  • Continuar recebendo anticorpos da mãe para se proteger contra doenças contra as quais ela já foi vacinada;
  • Evitar o desenvolvimento de alergias e intolerâncias a vários alimentos, tal como  a proteína do leite de vaca;
  • Prevenir a obesidade na vida adulta;
  • Ter uma digestão mais fácil, com menos cólicas.
Dificuldades do bebê
O bebê que está acostumado a mamar no seio pode não pegar a mamadeira, assim como pode não aceitar o leite materno no copinho, logo de início. O que fazer nesse caso?  “Enquanto a mãe estiver em casa, ela deve oferecer sempre e apenas o leite materno diretamente do seio. Não faça testes. Nestas situações, sugerimos que a mãe conduza tudo da forma mais natural possível, com a introdução gradual dos outros meios de oferta do leite materno – como o copinho, mamadeira – de forma alternada à mama, retirando uma mamada do dia a cada uma ou duas semanas. Esse processo é o que chamamos de desmame. Normalmente, esse processo é natural e tranquilo, porém, às vezes, requer paciência e compreensão, demandando uma atenção especial da mãe e da família em geral”, destaca o médico.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Amamentação: verdades e mitos



Será que amamentação dói? Deixa os seios flácidos?  A amamentação ainda é um assunto que deixa muitas mães com dúvidas. O leite materno é um dos alimentos mais importantes para manter a saúde do recém-nascido. Ele protege a criança de infecções e possui ácidos graxos que ajudam no desenvolvimento cerebral. “Os bebês que são alimentados nos primeiros meses de vida com o leite materno apresentam um risco menor de ter diagnósticos como desnutrição, otites, alergias, doenças respiratórias, problemas de fala e diarreia”, afirma a ginecologista e obstetra dra. Erica Mantelli (CRM-SP: 124.315), pós–graduada em Sexologia pela Universidade de São Paulo (USP).
Confira quais os mitos e verdades quando o assunto é amamentação:
Nervosismo, ansiedade e estresse interferem na produção de leite
Verdade.
 O estresse produz uma quantidade de adrenalina que bloqueia a oxitocina – hormônios da amamentação. Por esse motivo que a mãe tende produzir menos leite nos momentos de estresse e ansiedade.
Em algumas mulheres o leite é fraco
Mito.
 Após o parto a mulher começa produzir um leite adequado para beneficiar o bebê. O leite tem fases e a sua coloração depende de cada fase. No primeiro momento que o leite é mais claro pois tem a função de hidratar e sacia a sede do bebê. No segundo momento o leite é mais encorpado, por conta da quantidade de gordura, que serve para alimentar o bebê.

Amamentação é um processo doloroso

Mito
. Com a pega ideal, a amamentação deve ser um momento de prazer e interação com o bebê. Algumas mães são mais sensíveis e sofrem com a mama inchada deixando a região dolorida. Nos casos em que a mãe sente um desconforto na hora da mamada é importante ela procurar um ginecologista e se consultar para verificar se não há sinais de infecção (mastite).
Amamentação pode ser considerada como um método de anticoncepcional no pós-parto
Parcialmente verdade. 
A amamentação produz um hormônio chamado prolactina que impede a ovulação. No entanto, durante a amamentação a mulher não ovula, mas se o bebê deixar de mamar nos horários corretos o ciclo menstrual pode voltar e a mãe pode ovular correndo risco de gravidez. Consulte o seu ginecologista para identificar qual é o método contraceptivo indicado nessa fase.
Silicone interfere no leite materno
Mito. 
O implante de silicone não atrapalha a produção de leite como muitas mulheres pensam.  O cirurgião plástico irá escolher a técnica que não afete a glândula mamária.
O leite materno não pode ser congelado
Mito.
 Ao contrário que muitas mães pensam, o leite pode ser sim congelado. Ele deve ser retirado e guardado imediatamente no congelador ou no freezer. Ele pode ser conservado por até 12 horas na geladeira e congelado por 15 dias, em recipiente esterilizado.
A posição do bebê pode interferir na mamada
Verdade. 
 O ideal é que a mulher permaneça sentada e coloque o bebê contra o seu corpo com a cabeça apoiada no antebraço do mesmo lado do seio que será oferecido. A mãe também pode fazer uso de um travesseiro para elevar o bebê não cansar o braço.
A criança deve mamar a cada duas ou três horas
Mito
. Não há uma regra específica para o bebê mamar. O importante é que a mãe ofereça o leite sempre que a criança sentir fome. Com o passar do tempo às crianças vão criando os seus próprios hábitos e algumas passam a mamar a cada duas ou três horas.
Amamentar deixa os seios caídos e flácidos
Parcialmente verdade. 
Tudo vai depender da genética e do corpo da mulher. Algumas notam que os seios cresceram com amamentação e outras perceberam que eles diminuíram. A flacidez pode ocorrer devido ao processo de mudança do corpo e não por causa da amamentação.
Amamentação deve ser exclusiva até os seis meses
Verdade
. É recomendado que a criança seja amamentada até seis meses exclusivamente e passe mamar esporadicamente até dois anos. A mãe deve começar a intercalar as mamadas com alimentos sólidos e outros líquidos após o sexto mês.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Amamente! A saúde do seu bebê agradece



Tomar a decisão de amamentar é uma questão pessoal, embora muitas mulheres recebam “palpites” de familiares e amigos e não se sentem a vontade para tomar suas próprias decisões. Mas, hoje, dia 1° de agosto, no Dia Mundial da Amamentação, vamos ajudar a lembrar alguns benefícios que a amamentação traz.
Segundo as enfermeiras Andréa Porto da Cruz e Fernanda Papa de Campos, muitos são os benefícios da amamentação, pois o leite materno fornece a nutrição ideal para as crianças. Ele tem uma mistura quase perfeita, para não dizer perfeita, de vitaminas, proteínas e gordura – tudo o que o bebê precisa para crescer. O leite materno é mais fácil de ser digerido do que o leite artificial.
O leite materno contém anticorpos que ajudam o bebê a combater vírus e bactérias. A amamentação reduz o risco do seu bebê de adoecer. Além disso, os bebês que são amamentados exclusivamente nos primeiros 6 meses, sem qualquer complemento, têm menos infecções de ouvido, doenças respiratórias e crises de diarreia. Existem trabalhos científicos que compravam tais estatísticas.
A proximidade física e o contato com os olhos do bebê com sua mãe ajudam na criação do vínculo bebê/mãe. Bebês amamentados são mais propensos a ganhar a quantidade certa de peso à medida que crescem, em vez de se tornar crianças com sobrepeso.
A amamentação também traz outros benefícios, como a queima de calorias extras da mãe, ajudando-a a perder o peso da gravidez mais rápido. Ela libera o hormônio oxitocina, que ajuda o retorno do útero ao seu tamanho pré-gravidez, e pode reduzir o sangramento uterino após o nascimento. A amamentação também diminui o risco de câncer de mama e de ovário. Pode, também, reduzir o risco de osteoporose.
É uma maneira prática de alimentar seu filho, pois não tem que comprar, esterilizar  mamadeiras e bicos. A mãe economiza tempo e dinheiro.

domingo, 25 de maio de 2014

Você sabe amamentar seu bebê corretamente?

O leite materno é um excelente alimento desde os primeiros dias de vida por conter vitaminas, minerais, gorduras, açúcares e proteínas que são apropriados para o organismo do bebê. Além de possuir muitas substâncias nutritivas, também é uma ótima fonte de defesa, o que dificilmente é encontrado em outros tipos de leite. A Organização Mundial de Saúde recomenda que a criança seja amamentada até o sexto mês. 
Segundo a enfermeira obstetra Daniela Vieira de Lima, o leite materno é adequado, completo, equilibrado e fundamental para o bebê. “Por estes motivos, a amamentação deve ser estimulada desde o ambiente hospitalar e a enfermeira obstetra tem um papel importante para disseminar a maneira correta do aleitamento materno nas primeiras horas de vida da criança”, diz ela. “As orientações oferecidas às mamães proporcionam uma amamentação bem sucedida e possibilitam o esclarecimento de dúvidas persistentes durante toda a gestação, eliminando assim alguns mitos. O resultado é bastante positivo e significativo, pois as mulheres dão continuidade a esta prática em casa.”
A amamentação traz diversos benefícios ao bebê por facilitar na digestão, no funcionamento de seu intestino e melhora o desenvolvimento neuropsicomotor e social da criança. Além disso, minimiza problemas ortodônticos e fonoaudiólogos associados ao uso de mamadeiras e chupetas.
Esta prática também faz bem à saúde da mãe, proporcionando a diminuição do sangramento vaginal no pós-parto e ocorrência de desenvolver câncer de mama e ovário, além de favorecer a involução uterina, perda de peso materno e as chances de depressão pós-parto são bem menores.
No período da gestação as mamas são preparadas para produzir o leite devido aos hormônios estimulados pela futura mamãe e após o nascimento, o próprio bebê dá continuidade na produção por meio da sucção correta. Porém, existem alguns fatores que podem diminuir a quantidade de leite como a amamentação incorreta; imposição de horários rígidos, desrespeitando o ritmo do bebê; uso de complementos como água, chás, outros tipos de leite, bicos ou mamadeiras; tensão emocional e cansaço.
Pensando no bem estar da mamãe e do bebê, a especialista ensina a forma correta da amamentação. Confira algumas dicas preparadas especialmente para as gestantes de primeira viagem:
  • No início da mamada, para auxiliar a pegada do recém-nascido na mama, a mão pode estar aberta em forma de Tesoura (indicador acima da aréola e dedo médio abaixo) ou de Concha (polegar acima da aréola e indicador abaixo da aréola como um C);
  • A postura mãe e do bebê deve estar adequada;
  • O bebê deve abocanhar o mamilo e a maior parte da aréola. Para facilitar, pode estimular o reflexo de mamada encostando o mamilo nos cantos da boca ou no lábio inferior dele. A maior parte ou toda a aréola deve estar na boca do bebê;
  • O bebê deve estar com a posição da boca correta em relação ao mamilo e mama. A boca de estar bem aberta, com os lábios evertidos;
  • O rosto do bebê deve estar próximo a mama, com o queixo encostado e o nariz afastado;
  • O fim da mamada acontece com a solta espontânea do bebê;
  • Ao término da amamentação, a fim de evitar broncoaspiração é recomendável posicional o bebê para favorecer a eructação. Este deve ser colocado em pé com a cabeça apoiada no colo ou no ombro da mãe;
  • Ao retirar o bebê do peito, o mamilo deve ter a mesma aparência que apresentava no início da mamada, só um pouco mais longo;
  • É recomendável antes e depois da amamentação aplicar o próprio leite-nos mamilos;
  • As mamas devem ser lavadas durante o banho

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Nutrição da mulher na gravidez e amamentação

É muito comum ouvirmos mulheres durante a gestação dizendo: “Preciso comer mais porque estou comendo por dois”. Então, vamos começar desmistificando essa história – você estará nutrindo dois, sim, mas é preciso muita atenção na qualidade dessa alimentação.
Quem garante é a nutricionista Samanta Patez da Silva, que diz que para a mulher, o acompanhamento é essencial, pois é nessa fase que ela vai apresentar diversas alterações metabólicas e hormonais, o que desencadeará uma nova demanda energética e de micronutrientes, como vitaminas, minerais e oligoelementos. Para o bebê é importante, pois todo o seu crescimento e formação vai ser dependente dessa boa nutrição. Outra variável que é possível controlar por meio da boa nutrição para a gestante é o aparecimento de sintomas como náuseas, vômitos, constipação etc – com alguns alimentos funcionais conseguimos eliminar ou diminuir esses sintomas.
A importância da nutrição não é só na gestação, diz Samanta. Durante a amamentação também deve-se atentar às escolhas alimentares. "A qualidade do leite materno vai depender exclusivamente da qualidade da alimentação da mãe e, além disso, seus hábitos também vão influenciar futuramente nos hábitos do bebê. Diversos estudos indicam que a formação do paladar da criança se dá a partir do leite materno, ou seja, se você consome uma diversidade de alimentos saudáveis como frutas, legumes e verduras, isso vai influenciar positivamente na introdução desses alimentos ao seu filho", diz ela.
Segundo Samanta, o acompanhamento por nutricionista é feito da seguinte maneira: na primeira consulta serão levantados todos os seus dados pessoais, histórico de saúde, seus hábitos alimentares, dados bioquímicos (por meio de exames laboratoriais) e dados antropométricos (peso, altura, circunferências e pregas cutâneas). Depois desse levantamento serão elaborados uma orientação e plano alimentar individualizados, pois cada pessoa tem uma necessidade específica, e ao longo de todas as consultas serão realizadas as orientações importantes para as futuras mamães sobre amamentação exclusiva, como amamentar, higiene no momento da alimentação, alimentos que são restritos à gestante, enfim, tudo o que é preciso para que você possa curtir essa fase de sua vida de maneira saudável cuidando de você e de seu bebê.