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quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Entenda o linfoma e reconheça os sintomas da doença



Os linfomas compreendem mais de 100 cânceres diferentes que afetam o sistema imunológico. De forma geral, ele pode se dividir em linfoma de Hodgkin (LH) e linfomas não-Hodgkin (LNH), que por sua vez possuem outros subtipos. O linfoma de Hodgkin afeta igualmente dois grupos populacionais: pacientes ao redor dos 20 anos e entre 50 e 60 anos. Já o LNH é o tipo mais incidente na infância e faz cerca de 10.180 novos casos por ano, de acordo com dados do Instituto Nacional de câncer (INCA).

Em ambos os tipos, os gânglios do sistema linfático são prejudicados, dificultando o combate às infecções, porém a maior diferença entre eles são as características das células cancerígenas. Apenas com uma biópsia e análise das células que é possível determinar qual o estágio e tipo do linfoma.

Ainda não há uma causa esclarecida para grande parte deles. Alguns são associados a infecções virais ou imunossupressão. Segundo o Dr. Bernardo Garincochea, oncologista e hematologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – unidade de São Paulo do Grupo Oncoclínicas, apesar do desconhecimento do que causa a neoplasia, a detecção precoce da doença é fundamental para o tratamento rápido.

O tumor costuma se desenvolver nas ínguas que se encontram nas axilas, na virilha e/ou no pescoço, por isso, um dos principais sintomas é o aumento destes gânglios linfáticos. Além disso, pode ocorrer dor abdominal, perda de peso, fadiga, coceira no corpo, febre.
O tratamento mais indicado vai depender de cada subtipo específico, mas usualmente consiste em quimioterapia, radioterapia ou a combinação de ambas as técnicas. Em certos casos, as terapias alvo-moleculares, que atacam uma molécula da superfície do linfócito doente, podem ser indicadas.

"Linfomas estão entre os cânceres humanos com maior desenvolvido em medicamentos novos. Drogas-alvo que funcionam como mísseis teleguiados são promessa de substituir a quimioterapia em um futuro muito próximo, incluindo aí drogas orais", finaliza o especializa.
A boa notícia é o fato dos linfomas terem alto potencial curativo e as chances de remissão em pacientes com linfomas de Hodgkin chega a superar 80% dos casos quando o diagnóstico acontece ainda no estágio inicial, enquanto os não-Hodgkin de baixo-grau (não agressivos) têm altas taxas de sobrevida, superando a marca de 10 anos.


sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Alimentação é aliada fundamental no combate ao câncer



Uma pesquisa recém-divulgada pela revista científica Immunity indica que a ingestão de alguns vegetais como couve, repolho e brócolis podem prevenir o câncer de intestino. Isso porque as substâncias químicas produzidas por esses alimentos são capazes de reduzir as inflamações no intestino e no cólon. O estudo realizado pelo Francis Crick Institute, centro de pesquisa biomédica, em Londres, levou em conta a análise de camundongos geneticamente modificados.

Apesar de este ser um resultado baseado em análises de animais, é mais um passo que relaciona hábitos alimentares a incidência de câncer e sua evolução.

Para o dr. Daniel Gimenes, oncologista do Centro Paulista de Oncologia CPO (www.grupooncoclinicas.com), é preciso lembrar que um dos grandes vilões relacionados ao aumento da incidência de câncer entre a população mundial é uma alimentação pobre em consumo de fibras e com alto índice de ingestão de gordura. Além disso, o incentivo à prática constante de exercícios físicos é essencial para frear os índices aumentados da doença e também como forma de potencializar o processo de tratamento para pessoas com câncer.


"Uma série de outros estudos científicos sugerem que indivíduos que praticam atividade física e seguem uma dieta equilibrada têm melhores respostas às terapêuticas e, portanto, apresentam taxa de sobrevivência maior ao câncer cinco anos após o diagnóstico. Frutas, peixes, grãos e azeite estão entre os aliados nesse processo", afirma o especialista.
O médico ressalta que a dica principal tanto para quem está em tratamento quanto para quem deseja reduzir os riscos de incidência do câncer é evitar excessos na alimentação. "Não é necessário parar de comer carne ou qualquer outro alimento. A palavra de ordem é bom senso, já que tudo que é consumido em grande quantidade pode trazer danos à saúde", completa o dr. Daniel.

80% dos casos de câncer no mundo estão relacionados ao nosso modo de vida

Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a maioria dos casos da doença está relacionada ao sobrepeso, hábitos alimentares poucos saudáveis e falta de rotina de exercícios físicos. Por isso, a recomendação da entidade é que pessoas de 18 a 64 anos pratiquem pelo menos 150 minutos de exercícios moderados por semana – ou, em média, pouco mais de 20 minutos por dia. Isso significa que pequenos ajustes na rotina, como caminhar pequenas distâncias, aderir à bicicleta como opção de transporte ou subir e descer escadas ao invés de usar o elevador, podem colaborar para o afastamento da grande maioria dos fatores de risco que levam ao surgimento do câncer.

"Sedentarismo, sobrepeso/obesidade e consumo excessivo de gorduras podem ser classificados como 'vilões' que respondem, em especial, pela elevação no risco de desenvolvimento de tumores que afetam intestino, endométrio, próstata, pâncreas e mama", finaliza o dr. Daniel.

Vale lembrar que a má alimentação é apenas um dos hábitos evitáveis que podem causar o aparecimento de um tumor. Tabagismo e exposição excessiva ao sol também fazem parte dessa lista. Ao sinal de qualquer sintoma suspeito a recomendação é buscar aconselhamento médico especializado e lembrar que a realização de exames de rotina permite um diagnóstico precoce, aumentando em grande escala as chances de bons resultados do tratamento.


sexta-feira, 19 de maio de 2017

Atividade física pode prevenir o câncer?


A prática de atividades físicas traz diversos benefícios para a saúde. Ela é reconhecida na prevenção e tratamento de várias doenças, como hipertensão, diabetes, obesidade, doenças cardíacas, depressão, entre outras. A boa notícia é que também vem sendo relacionada com a menor incidência de câncer, conforme indicam vários estudos publicados.

“O câncer de mama e o câncer de cólon têm sido mais estudados em relação à atividade física e tem, por sua vez, sua incidência reduzida em pacientes que fazem exercício regularmente”, afirma o oncologista do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Lucas Dan Yuasa. Esses estudos avaliam, por exemplo, se a pessoa faz exercício, qual a intensidade, e se há no decorrer dos anos seguintes algum diagnóstico positivo para a doença.

Um dos trabalhos mostra uma redução mais significativa quando o exercício regular foi iniciado dos 12 aos 20 anos de idade. “Ou seja, quanto mais cedo começa, maior o efeito benéfico do exercício na prevenção do câncer”, diz o médico. O efeito foi observado no seguimento de longo prazo de pessoas, avaliando-se a prática ou não de atividades físicas regular, mas sem avaliar possíveis causas. “Há várias hipóteses sem comprovação definitiva”, esclarece o especialista.

Outro fator importante, destacado pelo médico, é do ponto de vista da intensidade do exercício. É melhor para a saúde uma hora de exercício, durante três dias da semana, do que três horas uma vez por semana. “Regularidade e constância são melhores a longo prazo do que a intensidade esporádica”, garante.

A Sociedade Americana de Câncer incluiu em suas diretrizes a prática de exercícios físicos como medida preventiva contra o câncer ao lado de outras recomendações, tais como: consultar um médico a respeito dos exames de prevenção, realizar exercícios físicos pelo menos 30 minutos cinco ou mais vezes por semana, controlar o peso através de dieta bem balanceada contendo muitas frutas, vegetais e grãos e limitar o consumo de carnes, principalmente as com alto teor de gorduras e não fumar.

Durante o tratamento de câncer
Para quem já está em fase de tratamento do câncer, o ideal é consultar o oncologista para saber se há indicação de atividades e para quais, além de consultar o cardiologista, se houver algum tratamento ou acompanhamento com o mesmo. “Antes da indicação, alguns fatores são considerados, como o tipo de cirurgia, tempo de tratamento, qual o tratamento, e também de qual forma de atividade física está sendo escolhida, caso o paciente já chegue com uma sugestão”, conta.

O oncologista ressalta que o exercício será sempre benéfico para o paciente, desde que respeitados os limites pessoais e bom senso. “Não tenho conhecimento de pesquisa que tenha relacionado o exercício e a reincidência do câncer, mesmo porque há outros fatores que influenciam diretamente essa reincidência, tais como o tipo de câncer, estágio por ocasião do diagnóstico, tipo de tratamento. Porém o exercício será sempre benéfico, física, mental e emocionalmente”.

O que a prática do exercício proporciona ao organismo
Segundo o médico, durante a prática o corpo libera endorfinas, substâncias bioquímicas analgésicas que ajudam a aliviar a dor e trazem relaxamento para o corpo inteiro, dando a sensação de prazer e bem-estar. Além disso, libera o GH (hormônio do crescimento), considerado um agente anabólico que estimula o crescimento tecidual, cartilaginoso e ósseo, e também as catecolaminas, um grupo de substâncias em que estão presentes a adrenalina e a noradrenalina, que aumentam a taxa de metabolismo, liberam glicose e ácidos graxos livres na corrente sanguínea e aumentam o gasto energético do corpo, ideal para quem quer perder peso.



sábado, 8 de abril de 2017

Rotina de saúde ajuda a prevenir o câncer


A data do dia 8 de abril, Dia Mundial de Combate ao Câncer, foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para chamar atenção de todos para esta doença que vem atingindo altos índices.

Aqui no Brasil, é a segunda causa de morte. “Temos que usar a data para conscientizar a população da importância de se fazer o diagnóstico prematuramente ou com ações preventivas para garantir hábitos mais saudáveis”, relata Celso Massumoto, onco-hematologista e coordenador de transplante de medula óssea do Hospital Nove de Julho.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o INCA, os tipos de câncer mais incidentes no mundo foram pulmão (1,8 milhão), mama (1,7 milhão), intestino (1,4 milhão) e próstata (1,1 milhão). Nos homens, os mais frequentes foram pulmão, próstata, intestino, estômago e fígado. Em mulheres, a doença foi encontrada com maiores frequências na mama, intestino, pulmão, colo do útero e estômago.

Além dos tipos citados, no Brasil, o Linfoma de Hodgkin e não-Hodgkin e leucemias também fazem parte da estatística. “O linfoma de Hodgkin, por exemplo corresponde a 30% de todos os linfomas, com maior pico de incidência na faixa etária de 20-30 anos e um menor pico após os 50 anos”, relata Massumoto. Já o linfoma de não-Hodgkin acomete pessoas com mais de 60 anos. Os linfomas atingem homens e mulheres e ainda não se conhece a causa exata.

O médico alerta que maus hábitos como beber, fumar e obesidade podem enquadrar a pessoa num grupo de risco de ter câncer futuramente, além das causas como a pré-disposição genética. Embora mudanças de hábito possam ajudar ao combate de neoplasias malignas, ainda não é possível prevenir (com raras exceções) o surgimento do câncer.

“Diante desses altos índices, é fundamental que se incorpore na rotina de saúde um monitoramento das mortes por câncer, pois só assim teremos um instrumento essencial para estabelecer ações de prevenção, controle da enfermidade e os fatores de risco para a população”, finaliza Massumoto.


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Fevereiro, mês de campanhas contra o câncer


A conscientização e a prevenção do câncer são as principais armas contra a doença que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), poderá atingir cerca de 600 mil brasileiros em 2017. Durante o mês de fevereiro, duas importantes datas prometem ampliar a discussão sobre a neoplasia.
O dia 4 de fevereiro, Dia Mundial do Câncer, foi marcado por ações que visam combater os impactos globais da doença. A data, criada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), tem como objetivo fazer com que boa parte da população mundial fale sobre ela, reforçando a divulgação de informações sobre prevenção, fatores de risco e diferentes formas de melhorar o acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer.

Ainda em fevereiro, no dia 5, o Brasil comemora o Dia Nacional da Mamografia. O exame ajuda na detecção precoce do câncer de mama que, no país, poderá afetar mais de 57 mil mulheres até o final deste ano.

Gilberto Amorim, oncologista clínico e coordenador de cirurgia mamária do Grupo Oncologia D'Or, fala sobre a importância dos exames preventivos, como a mamografia, e reforça a relevância deles para a saúde do brasileiro.  

Quais são os principais avanços alcançados no diagnóstico do câncer na última década?
Podemos destacar o diagnóstico por testes moleculares, que já estão disponíveis no Brasil – tanto no setor público quanto no privado. Diagnósticos sanguíneos prometem ser uma tendência no país, pois a medicina já entendeu que é preciso sofisticar a investigação do câncer devido às suas diferentes características. Os exames para a detecção precoce de tumores do sistema digestivo, como fígado e esôfago, também apresentaram avanços durante a última década.

Em relação ao câncer de mama, quais são as chances de cura com a detecção precoce da doença?
O diagnóstico precoce sempre foi um fator importante para os pacientes com câncer de mama. O tratamento de tumores com 1 cm de diâmetro, por exemplo, pode aumentar as chances de cura em até 90%, além de diminuir métodos mutiladores, como a mastectomia. A detecção precoce da doença também contribui para a redução do impacto econômico e social, pois quanto mais cedo a doença for descoberta, menor será o tempo de afastamento do paciente da sua vida social e profissional.

O que temos desenvolvido atualmente como novas estratégias para combater o câncer?
É sempre bom reforçar a importância da mudança dos hábitos alimentares, assim como as campanhas antitabagismo que podem diminuir consideravelmente os riscos para o desenvolvimento de diversos tipos de câncer. A obesidade tem sido um dos principais problemas da nossa sociedade, contribuindo para o surgimento de tumores no estômago, fígado, vesícula biliar, pâncreas, ovário, entre outros. É importante inserir atividades físicas na rotina, além de reduzir o excesso de alimentos embutidos e o consumo excessivo do açúcar e do sal.

Quais são as expectativas em tratamento para os próximos anos?
A Imunoterapia, tratamento que estimula o sistema imunológico do paciente, permanece como um dos principais tratamentos contra a doença, mesmo sendo precoce no Brasil. Ela tem revolucionado o tratamento de vários tipos de tumores, em especial os localizados no pulmão e na mama. Outra expectativa em tratamento é o avanço de técnicas menos invasivas, como a cirurgia robótica. A técnica tem apresentado importantes resultados quando realizada em pacientes oncológicos, principalmente aqueles diagnosticados com câncer de próstata, já que ela aumenta a segurança do paciente e minimiza complicações.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Direitos dos pacientes com doenças crônicas



Pacientes portadores de doenças crônicas como HIV, cardiopatia grave, doença de Parkinson, esclerose múltipla e doenças de pele, como a psoríase, têm direito a pleitear benefícios previdenciários e fiscais, que por vezes são desconhecidos.
“Os pacientes costumam não conhecer a extensão exata dos benefícios aos quais têm direito por lei devido ao seu quadro clínico, por isso é importante que se conscientizem a respeito”, comenta a dra. Claudia Nakano, advogada no escritório Nakano Advogados Associados.
“A Lei 8.213/91, conhecida como Lei dos Planos de Benefícios da Previdência Social, lista no artigo 51 as doenças consideradas graves, entre elas: câncer; cardiopatia grave, doença de Parkinson, HIV, esclerose múltipla e também doenças crônicas de pele, como a psoríase e o vitiligo”, esclarece.
Conheça os principais direitos desses pacientes, de acordo com a advogada:
·         Liberação do FGTS e do PIS: Pacientes portadores de câncer e HIV têm direito a sacar o saldo do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Não somente o titular do fundo, como também um dependente do portador de doença grave, pode realizar o saque. Para a liberação, é necessário apresentar atestado médico com validade até 30 dias, relatando o histórico da doença, o estágio clínico atual e cópia dos laudos de exames diagnósticos da doença. Outro direito garantido por lei é o saque das quotas do PIS/PASEP.
·         Auxílio-doença: Caso o paciente fique incapacitado para exercer suas atividades profissionais por mais de 15 dias consecutivos, ele poderá requerer o auxílio-doença, que é uma renda mensal correspondente a 91% do salário como benefício. O requerimento do auxílio-doença não exige carência para quem é acometido por doenças graves. É preciso ser inscrito no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e apresentar laudo médico.
·         Isenção de IR: Por lei, portadores de determinadas doenças têm direito à isenção do Imposto de Renda. Esse direito é assegurado, mesmo que tenham recebido rendimentos como aposentadoria, pensão por invalidez ou pensão alimentícia, não importando o valor recebido. Entre os beneficiários estão incluídos pacientes portadores de HIV, cardiopatia grave, doença de Parkinson, esclerose múltipla e outros.


quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

As doenças do cigarro


Todos sabem que fumar não faz bem para saúde. O cigarro possui quase cinco mil substâncias tóxicas, dessas, 60 são cancerígenas.  A mais conhecida entre essas substâncias é a nicotina, que está entre as que mais fazem mal ao organismo, além de ser a principal responsável pelo vício. Segundo estudo divulgado em janeiro pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, o número de mortes relacionadas ao tabaco deve saltar de 6 para 8 milhões até 2030, desse total, estima-se que 80% ocorram em países de baixa e média renda. Ainda segundo a pesquisa, o número total de fumantes em todo o mundo vem aumentando. 

Para o dr. Aier Adriano Costa, coordenador da equipe médica do Docway, o grande problema é que nem todos nem todos sabem que o cigarro pode desenvolver mais de 50 tipos de doenças no fumante e até mesmo nos não fumantes, mas que aspiram a fumaça. “Quando o cigarro é tragado, a mucosa nasal fica irritada e as cordas vocais se dilatam. A voz fica rouca, os batimentos cardíacos aumentam assim como a pressão arterial e a frequência respiratória, a digestão fica mais dificultada e ocorre um aumento na vasoconstrição. Tudo isso possibilita o desenvolvimento de diversas complicações”, explica o especialista.

Conheça algumas das doenças que podem ser causadas ou agravadas pelo cigarro, trazendo problemas para os mais variados sistemas do corpo humano:

– Sistema nervoso: a nicotina atinge o cérebro e vicia, causando, além da dependência, degeneração muscular, catarata e deficiência visual. O consumo frequente de cigarro também enfraquece o olfato e o paladar;

– Sistema respiratório: as substâncias do cigarro, quando inaladas, danificam os pulmões, que, com o passar do tempo, perdem a sua capacidade de filtro. Isso faz com que os fumantes desenvolvam doenças como o enfisema, a bronquite crônica e a mais séria de todas: o câncer de pulmão;

– Sistema cardiovascular: a nicotina causa a constrição dos vasos sanguíneos e aumento na pressão arterial, aumentando o risco da formação de coágulos sanguíneos e abrindo espaço para o acidente vascular cerebral. E isso vale não apenas para os fumantes de longa data, mas também para os passivos;

– Sistema digestivo: o cigarro, quando tragado, também pode gerar diversos problemas na boca, como a gengivite e a periodontite. Essas complicações levam ao mau-hálito, às caries e até mesmo à perda de dentes. Além disso, os fumantes têm mais chances de desenvolver câncer de boca, garganta, laringe, esôfago, renal e pancreático.


sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Combata o estresse. Sua saúde agradece!



O estresse faz parte da vida e em doses adequadas é útil e positivo. No entanto, nos últimos tempos ele tem se elevado mundialmente. No Brasil temos convivido com níveis elevados de estresse, que se acentuou na atual fase de crise econômica e política do país.  Este é um tema que merece atenção especial, pois em níveis elevados e extremos ele pode levar até à morte!
Um estudo realizado nos EUA pela Harvard Business School aponta que 80 % das consultas médicas nos últimos anos têm vínculo com o estresse e pesquisas revelam que ele está associado ao desenvolvimento de uma série de doenças como o câncer, depressão, diabetes, hipertensão e infartos.
As pessoas e as empresas têm sentido os impactos do stress. Cerca de 70% dos brasileiros ativos no mercado de trabalho sofrem sequelas do nível de estresse elevado e os prejuízos diretos e indiretos, inclusive decorrentes de adoecimento físico e emocional, são cada vez maiores.
Uma das formas de você saber se o estresse está atingindo patamares elevados é por meio da identificação dos seus sintomas e sinais. Conheça alguns deles:
·       Irritabilidade excessiva
·       Mal-estar generalizado
·       Cansaço constante
·       Problemas de sono
·       Pensamentos em torno do mesmo assunto
·       Dificuldades para ter ideias novas
·       Diminuição ou perda do apetite sexual
·       Perda de interesse e motivação
·       Dificuldades para manter a concentração e a atenção
·       Problemas de memória
·       Problemas de pele e gastrointestinais
·       Dores e tensão muscular
Além de ficar atento aos sinais e sintomas do estresse é fundamental que você identifique o motivo de ele ter aparecido na sua vida, pois apenas tendo consciência do que nos afeta podemos fazer algo a respeito. Siga estes passos:
- Procure identificar o que o estressa. Liste tudo que o tem preocupado, aumentado a sua ansiedade, causado tensão, nervosismo ou irritação.
- Reflita: como você tem reagido e lidado com cada item?
- Avalie o quanto as suas ações e reações (concretas ou subjetivas) têm contribuído ou não para resolver o problema ou diminuir o seu nível de stress.
- Reflita e procure descobrir alternativas e possibilidades para lidar com o que está acontecendo de uma forma diferente e mais eficiente!
- Procure identificar quem são as pessoas que podem contribuir e te ajudar a superar cada desafio. Relacionamentos e apoio fazem uma enorme diferença.
1        Mesmo que você descubra que não pode ter ações diretas sobre a situação, existe algo que está ao seu alcance: mudar a forma de encarar e enxergar a questão! Alguns desafios da vida podem ser difíceis, mas também são grandes oportunidades de aprendizado e crescimento. Ampliar a consciência sobre si mesmo, buscar o apoio de pessoas, rever o seu estilo de vida e se cuidar física e emocionalmente são aspectos cruciais para que você consiga enfrentar e superar os desafios da vida de uma forma mais saudável.

Artigo de Rosalina Moura, psicóloga especialista em gerenciamento do estresse e coach de bem-estar e saúde


sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Novos horizontes para o linfoma


O Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas, datado em 15 de novembro, foi criado com o objetivo de alertar a população mundial para esse tipo de câncer que cresce a cada ano. Segundo dados de 2016 do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estimam-se cerca de 10 mil casos novos da doença todos os anos. A doença, que ataca as células do sistema imunológico, tem altas chances de cura quando diagnosticada e tratada precocemente.   
Carlos Chiattone, médico especialista em tratamento de linfoma, diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), alerta sobre a deficiência de arsenal terapêutico atualizado para proporcionar cura e evitar efeitos colaterais do tratamento aos pacientes brasileiros.

Segundo o hematologista, algumas drogas já foram aprovadas há muito tempo em outros países, mas ainda aguardam aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que coloca os pacientes brasileiros em desvantagem. “Além dos medicamentos disponíveis para o tratamento há outros que se encontram em estágio de estudos muito avançados. E neste caso os brasileiros também são prejudicados pelas dificuldades burocráticas para participação nesses estudos”, explica.

Atualmente, além do tratamento convencional utilizando a quimioterapia, a radioterapia e o transplante de medula óssea, o arsenal terapêutico inclui drogas “inteligentes” que atingem mais especificamente as células cancerosas, poupando as células normais, determinando um tratamento mais efetivo e com menos efeitos colaterais. Estes tratamentos incluem a imunoterapia particularmente com anticorpos monoclonais e mais recentemente a utilização de moléculas alvo específicas que agem dentro das células bloqueando as vias que determinam o crescimento do tumor.

“Embora já idealizada há mais de um século, só mais recentemente a imunoterapia pode ser desenvolvida e utilizada na prática clínica. Esta nova modalidade de tratamento passa pelos anticorpos monoclonais que são anticorpos (proteínas usadas pelo sistema imunológico para identificar e neutralizar corpos estranhos como bactérias, vírus ou células tumorais) produzidos por um único clone, idênticos em relação às suas propriedades físico-químicas e biológicas, que podem ser usados isoladamente ou acoplados com toxinas ou radioisótopos.

Outras modalidades de imunoterapia que estão sendo desenvolvidas rapidamente são as vacinas, e o avanço mais esperado é a possibilidade de se modificar geneticamente as células de defesa do próprio paciente tornando-as altamente ativas contra as células tumorais. Chiattone, que é ​Professor Titular da Santa Casa de São Paulo, reforça que estes novos tratamentos geralmente determinam menos eventos adversos que os tratamentos convencionais e, mais importante, conseguem obter respostas positivas no momento no qual a doença já era considerada completamente refratária.  

Dados sobre a doença

A cada ano são diagnosticados 10 mil casos no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). É difícil identificar a causa deste aumento, uma das possibilidades reconhecidas pelos especialistas é o envelhecimento da população. Não há diferença entre o sexo que a doença acomete. Sua incidência está relacionada, sobretudo, à faixa etária, acometendo pacientes acima dos 60 anos.

O linfoma pode começar em qualquer local em que existam as células linfáticas. Ainda assim, se manifesta preferencialmente nos gânglios linfáticos, em nódulos no pescoço, axilas e região da virilha. Vale ressaltar que na maioria das vezes os nódulos são ocasionados por infecções, nem sempre sendo linfoma.

Manifestações dos linfomas se assemelham a outras doenças comuns. Em torno de 30% dos pacientes com quadro de linfomas apresentam sintomas acompanhados de febre, perda de peso sem motivo aparente, suor noturno intenso e coceira persistente, sem indício de quadro alérgico. “O que é intrigante nos linfomas, é que as manifestações se assemelham a outras doenças comuns”, relata Chiattone.

Quando detectado em estágio precoce, o linfoma pode ser erradicado com tratamento adequado. Atualmente, a terapia que mais aumenta a chance de cura e qualidade na sobrevida é a quimioterapia associada ao uso de anticorpos monoclonais, este último ainda não disponível da rede SUS para todos os tipos existentes de linfoma.

Não há na oncologia uma área tão avançada em termos de tratamento como a dos linfomas. O médico relata que na maioria das vezes, é aplicada a quimioterapia, imunoterapia e, em alguns casos, radioterapia. “Quando a doença é mais grave ou a pessoa teve recaída, daí entramos com o transplante de medula óssea, como terapia de salvamento”, diz ele.

Tipos

Linfoma de Hodgkin: ocorre em 10% a 20% dos doentes, normalmente crianças, sendo mais comum no sexo masculino (numa proporção de aproximadamente três para dois). O índice de cura da doença é de, em média, 75%, em pacientes com o tratamento inicial. Pode surgir em qualquer parte do corpo e o sintoma inicial mais comum é um aumento indolor dos linfonodos (ou ínguas).

Linfomas não-Hodgkin: correspondem a cerca de 60% do problema na infância (entre cinco e 15 anos), com maior incidência entre os rapazes. São curados em menos de 25% dos casos. Pode apresentar manifestações no estômago, pele, cavidade oral, intestino delgado e sistema nervoso central (SNC).


sábado, 3 de setembro de 2016

Dicas para quem quer deixar de fumar


Descoberto pelos colonizadores europeus no Novo Mundo onde era usado em rituais religiosos ou para fins terapêuticos por indígenas das Antilhas, o fumo foi levado à Europa e disseminado pela falsa associação com prazer, relaxamento e concentração. Hoje, cerca de 80% a 90% dos fumantes iniciam-se no tabagismo antes dos 18 anos e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, respondendo por 63% dos óbitos relacionados a doenças crônicas não transmissíveis, 85% das mortes por doença pulmonar crônica, 30% das mortes por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago e outros), 25% dos óbitos por doença coronariana e 25% das mortes por doenças cerebrovasculares. A entidade prevê ainda que, se nada for feito, o mundo registrará mais de 8 milhões de mortes por ano a partir de 2030, sendo que mais de 80% delas devem atingir pessoas que vivem em países de baixa e média renda.
De acordo com a profª. dra. Marisa Amato, cardiologista do Amato Instituto de Medicina Avançada, o hábito de fumar além da nicotina expõe também o indivíduo a componentes nocivos como a nicotina e o monóxido de carbono que, passando pelos pulmões chegam ao sangue prejudicando ainda mais a saúde.
“A nicotina aumenta a frequência cardíaca e eleva a pressão arterial, podendo desencadear arritmias, ou seja, mudança no ritmo do coração. Está comprovado que após cada cigarro fumado há intensa vasoconstrição com grande diminuição do calibre das artérias e arteríolas, tanto periféricas como dos órgãos vitais e aceleração do ritmo cardíaco. A repetição frequente desse ato agrava lenta e progressivamente o quadro hipertensivo e o processo aterosclerótico. Já o monóxido de carbono decorre da combustão das substâncias orgânicas, que ocupa nos glóbulos vermelhos o espaço do oxigênio e assim, diminui a capacidade da hemácia em transportar este elemento para os tecidos”, explica a médica.
Tais substâncias lesam a parede interna das artérias facilitando a deposição de gordura e a formação das placas de ateroma, que levam a aterosclerose, doença de base dos aneurismas, gangrenas, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e outras. Durante o ato de fumar a pressão arterial se eleva o que pressiona a entrada de gordura na parede das artérias. Além desse comprometimento cardiovascular o cigarro aumenta a incidência de câncer de praticamente todos os órgãos, em particular pulmão e bexiga.
“Esses fatores levam a consequências desastrosas, aumentado a mortalidade entre fumantes que chega a ser duas vezes maior do que entre os não fumantes com incidência significativamente maior de morte súbita. Um entre três homens de 40 anos que fumam mais de vinte cigarros por dia morrerá antes da idade de se aposentar. Vale lembrar que a ilusão do filtro nos cigarros não afasta seus efeitos maléficos, admitindo-se até mesmo, que ele proporcione maior concentração de monóxido de carbono”, finaliza.
Dicas para deixar o cigarro
- O dia de parar: é bom marcar uma data específica e parar completamente naquele dia;
- Contar a todos que está parando de fumar dará suporte e coragem ao se sentir tentado a novamente acender um cigarro;
- Encarar cada dia como um novo desafio. O começo de um dia representa o início de uma barreira a ser ultrapassada. Mais um dia sem fumar é mais uma etapa vencida;
- Identificar os momentos do dia em que o desejo pelo cigarro é mais acentuado, e ocupar as mãos durante estes momentos com alguma outra coisa: brincar com lápis, costurar, manipular bolas de borracha etc.;
- A cada dia, colocar no cinzeiro da casa o montante de dinheiro que se gastaria com maços de cigarro;
- Pensar positivamente e tratar-se como um não fumante, e não um fumante que parou. Quando um cigarro é oferecido, a pessoa deve sempre dizer: “Não, obrigado. Eu não fumo”;
- Quando se sente o impulso, a vontade quase irresistível de dar uma tragada, deve-se pensar em como já foi difícil parar de fumar e como esse desejo já foi superado a contento em ocasiões anteriores;
- Não são todos os que conseguem parar na primeira tentativa. O vício é muito forte, mas o importante é não desanimar e continuar tentando.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Tabaco: maior causa evitável de câncer no mundo


Apesar de ser considerado um desafio e exigir esforço, abandonar o tabagismo traz benefícios que se sobrepõem a qualquer sensação de satisfação que possa ocasionar ao fumante, seja física ou psicológica.

Segundo o National Cancer Institute (NIH), entre os 250 produtos químicos nocivos conhecidos no fumo do tabaco, pelo menos 69 podem causar câncer. A oncologista clínica Mariana Laloni, do Centro Paulista de Oncologia (CPO),  explica que os ganhos ao organismo podem ser observados já a partir de 12 a 24 horas sem fumar, sendo progressivos. “Neste período, o pulmão já volta a funcionar melhor. E, com o tempo, há uma diminuição significativa do risco de desenvolver câncer”, esclarece.

Um estudo publicado recentemente por pesquisadores da Harvard Medical School, no periódico científico Jama Oncology, reforçou que uma grande parte dos novos casos de câncer e, até mesmo, de mortes ocasionadas pela doença, podem ser prevenidas com atitudes como deixar de fumar; evitar o consumo excessivo de álcool; manter um índice de massa corpórea (IMC) entre 18,5 e 27,5; e praticar exercícios por pelo menos 150 minutos em intensidade moderada ou por ao menos 75 minutos em intensidade elevada a cada semana. 

Segundo a pesquisa estima-se que é possível reduzir o risco de novos casos de câncer como o de pulmão e orofaringe relacionados com o tabagismo em 80% a 90%; e 60% para outros tipos de câncer considerados mais comuns, como colorretal e bexiga, sendo ambos relacionados ao estilo de vida. A análise sugere ainda que para promover uma mudança nos casos novos de câncer relacionados a causas evitáveis, deve acontecer uma modificação nas políticas públicas de saúde, como elevação de tributação sobre produtos considerados nocivos como o cigarro, bem como campanhas de conscientização junto à sociedade.

De acordo com a oncologista, embora a Medicina tenha avançado e possua ferramentas para diagnóstico precoce e os tratamentos estejam cada dia mais eficazes, como no caso das opções terapêuticas para o câncer de pulmão, uma das principais formas de combatê-lo ainda é com educação e prevenção, em especial focada no público jovem. “Com iniciativas voltadas a esta parcela da população, que ainda não foi iniciada no consumo do tabaco, podemos conseguir reduzir a incidência de doenças ocasionadas pelo tabagismo, podendo alcançar de uma população mais saudável e com qualidade de vida”, avalia ela.


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Baixa dose de Naltrexone: descoberta médica mais importante do século XX


Naltrexone em baixa dose, terapia de­nominada internacionalmente pe­la sigla LDN, trata de pacientes com doenças de Crohn, de Alzheimer, câncer de ovário, pâncreas, fígado, autismo e esclero­se múltipla, entre outras patologias graves. A naltrexona é um antagonista opiáceo far­macologicamente ativo. Ele foi primeira­mente utilizado em doses relativamente al­tas para o tratamento de opioide e do álco­ol. Mas em doses muito baixas, a naltrexona foi encontrada para ter propriedades imu­nomoduladoras.
LDN foi usado primeiramente como um agente terapêutico para pessoas com AIDS. Tem sido proposto para ser utilizado em pes­soas com doenças malignas, esclerose múl­tipla, e doenças autoimunes. Uma publica­ção recente mostrou uma melhoria signifi­cativa na doença de Crohn em pessoas que usaram o LDN.
Segundo o médico dr. Joseph Mercola, “a Naltrexone em baixas doses é uma promessa de ajudar milhões de pessoas com câncer e do­enças autoimunes. Como um antagonista opi­áceo farmacologicamente ativo, o LDN funcio­na bloqueando os receptores opioides, que por sua vez ajuda a ativar o sistema imunológico do seu corpo. Alguns dos principais especialis­tas acreditam que o Naltrexone em baixa do­se é uma grande promessa para o tratamen­to de milhões de pessoas que sofrem com do­enças autoimunes, distúrbios do sistema ner­voso central, e até mesmo câncer e HIV/AIDS. É extremamente barato, e parece ser livre de efeitos colaterais prejudiciais.”
Já a médica dra. Jacquelyn McCandless relata ter encontrado efeitos positivos em crianças com autismo, utilizando a terapia LDN. E o dr. Burton M. Berkson atesta que conseguiu resultados fenomenais com baixa dose de naltrexona (LDN) em pacientes com câncer e com doenças autoimunes.
E como a LDN trata do­enças autoi­munes e cân­cer?
Várias pes­quisas dos últi­mos 20 anos in­dicam que a se­creção do cor­po denomina­da endorfinas (opioide na­tural do cor­po) desempe­nha um papel importante, se não central, no funcionamento do sistema imunológico. Uma publicação de um estudo do New En­gland Journal of Medicine 2003 diz que estu­dos pré-clínicos indicam que os opioides alte­ram significativamente o desenvolvimento, diferenciação e função das células do sistema imunológico. Células progenitoras da medu­la óssea, macrófagos, céluas exterminadoras naturais, timócitos imaturos e células T e cé­lulas B são todas envolvidas.
O dr. Mercola diz: “quando você toma o LDN na hora de dormir, ele bloqueia os seus recep­tores opioides por algumas horas no meio da noite, e acredita-se que promove a regulação de elementos vitais do sistema imunológico aumentando a produção de endorfinas (os opioides naturais) e metenkephalin, melho­rando, portanto, a função imunológica. Além do aumento da produção de endorfina, o dr. Bernard Biari (que descobriu que LDN co­mo um agente terapêutico para a AIDS, em 1985), acredita-se que o LDN tem mecanis­mo anticâncer, devido ao aumento no núme­ro e densidade de receptores de opioides nas membranas de células de tumor, tornando-as mais sensíveis aos efeitos ini­bidores do cres­cimento dos já presentes em ní­veis de endor­finas, os quais por sua vez, in­duz a apoptose (morte celular) de células can­cerosas.”
O dr. Biha­ri tratou mais de 450 pacien­tes com câncer com LDN com ótimos resul­tados, incluindo,. Segundo ele, quase um quarto de seus pacientes tiveram pelo menos uma redução de 75% do tamanho do tumor, e quase 60% de seus pacientes demonstraram estabilida­de da doença.
Além do câncer, o LDN mostra ser uma te­rapia promissora para as seguintes doenças: neuropatias diabéticas, hepatite C, lupus, es­clerose múltipla, colite ulcerativa, doença de crohn, autismo, síndrome da fadiga crônica, doença de Alzheimer, AIDS/HIV, tireoidite de Hashimoto, síndrome do intestino irritá­vel e Parkinson.
As desordens listadas acima possuem uma característica especial: em todas elas o sis­tema imunitário desempenha um papel cen­tral, e são encontrados baixos níveis sanguí­neos de endorfinas, o que contribui para as deficiências imunes associados às doenças.

(Artigo do dr. Marcel Ferrari Ferret,CRM 69031)

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Dormir com sutiã faz mal à saúde?


Muitas mulheres não dormem de sutiã, pois sempre ouviram dizer que faz mal para a saúde das mamas. Mas isso, segundo a dra. Marcela Freitas, mastologista da Clinica MedPrimus, não é verdade. Dormir com o sutiã pode não ser muito confortável, mas não existe qualquer evidência de que adormecer com a peça seja prejudicial ou benéfico à saúde, garante ela.
Alguns estudos sustentam que o uso do sutiã durante o sono favorece o aparecimento do câncer de mama devido à compressão dos vasos e gânglios linfáticos. Isso faria com que o corpo não conseguisse eliminar naturalmente as toxinas acumuladas pela drenagem linfática. “Entretanto, não há provas científicas de que essa premissa seja verdadeira”, diz ela. “Por outro lado, dormir com o sutiã também não garante a tão sonhada firmeza das mamas, pois um dos maiores inimigos dos seios firmes é a gravidade, que atua principalmente quando estamos em pé.”
O ideal, segundo a médica, para quem prefere dormir com a peça, é optar por modelos mais leves, sem bojos ou aros, e que não apertem demais as mamas, pois qualquer incômodo pode causar irritações locais e atrapalhar uma boa noite de sono.


sexta-feira, 29 de maio de 2015

Você sabe o que é esteatose?



Muitas vezes, o pneuzinho indesejado na região abdominal pode representar diversos problemas de saúde, um deles é a esteatose, doença silenciosa que atinge crianças, jovens e adultos. Caracterizada pelo excesso de gordura no fígado, a esteatose causa alterações nas enzimas do órgão e no sangue. E, quando não tratada com os devidos cuidados, pode evoluir para cirrose e até mesmo um câncer.
O excesso de peso está fortemente ligado ao excesso de gordura no fígado. De acordo com o hepatologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Carlos Eduardo Sandoli Baía, pessoas com sobrepeso têm grandes chances de desenvolver diabetes e alterações no colesterol e triglicérides – as gorduras do sangue. Esses indivíduos acabam desenvolvendo o que se chama hoje em dia de síndrome metabólica: o conjunto de sinais e sintomas que refletem toda a desorganização do metabolismo de quem apresenta essas características.
“Juntas, obesidade e diabetes podem provocar o acúmulo de gordura no fígado, acompanhada de inflamação crônica, que pode levar até a cirrose, mesmo que a pessoa não beba nada alcoólico, nem tenha o vírus da hepatite”, explica o especialista.
Dados da Central de Transplantes da Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo mostram que entre 2010 e 2014, quase 3% das indicações de transplante de fígado foram motivadas por cirrose causada por doença hepática gordurosa não alcoólica. Em 2015, esse número na lista de espera para transplantes subiu para 5%.
O médico alerta que há motivos de sobra para preocupação, uma vez que a obesidade cresceu no País. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 52,5% da população acima de 18 anos está acima do peso ideal e 17% da população é obesa.A melhor forma de evitar uma cirrose é o diagnóstico precoce e a prevenção da esteatose. É possível detectar a doença a partir de exames de sangue e uma simples ultrassonografia de abdome. Quanto à prevenção, é preciso adotar uma vida mais saudável com atividades físicas, consumo de frutas, verduras e legumes e evitar o consumo exagerado de bebidas alcoólicas. “A cirrose gordurosa pode ser evitada com a redução da obesidade, controle da diabetes e das alterações das gorduras do sangue. O tratamento com acompanhamento médico também pode reduzir a possibilidade de complicações”, orienta Baía.

domingo, 2 de novembro de 2014

Novembro azul: prevenção do câncer de próstata

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens - atrás apenas do câncer de pele. Mais do que qualquer outro tipo, o câncer de próstata é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.Em sua fase inicial, a doença tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite).Para a detecção do câncer de próstata são utilizados três exames: a dosagem no sangue do antígeno prostático específico (PSA), o toque retal e a biópsia da próstata. Obtendo o diagnóstico precoce é possível tratá-lo de modo curativo. O importante é o acompanhamento anual a partir dos 45 anos, com dosagem do PSA e toque retal. Cirurgia, radioterapia, hormonioterapia e quimioterapia são os pilares do tratamento, porém a escolha destes elementos depende do estágio do câncer e das características individuais dos pacientes. Outro aspecto que vale destacar é a participação da mulher na manutenção da boa saúde do homem. Seja ela, mãe, esposa, filha, companheira ou cuidadora, é a mulher quem na maioria das vezes incentiva o homem a se prevenir de doenças, realizar exames periódicos e buscar serviços médicos e tratamentos.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Câncer de mama: exame é fundamental

O câncer de mama é o tipo que mais atinge as mulheres em todo o mundo e as estimativas indicam que em 2014 são esperados 57.120 casos novos da doença, com um risco estimado de 56,09 casos a cada 100 mil mulheres.  A cada ano, o Brasil registra em média 49 mil novos casos de câncer de mama, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
“A melhor maneira de prevenir o câncer de mama é lembrar que ele existe e realizar o exame das mamas”, alerta o ginecologista e obstetra Alberto Jorge Guimarães, fundador da Parto Sem Medo (www.partosemmedo.com.br). “A princípio, o exame das mamas é realizado pela própria mulher, apalpando os seios, o que ajuda no conhecimento do próprio corpo; entretanto, esse autoexame não substitui o exame clínico das mamas realizado por um profissional de saúde treinado. Caso a mulher observe alguma alteração, deve procurar imediatamente o serviço de saúde. Mesmo que não encontre nenhuma alteração no autoexame, as mamas devem ser examinadas uma vez por ano por um profissional de saúde”.
Dr. Alberto dá algumas dicas para auxiliar a mulher na prevenção e exame da doença. Alerta, porém, que nenhuma informação dispensa a confirmação, orientação e o tratamento de um médico especialista.
Diagnóstico
Toda mulher com 40 anos ou mais de idade deve procurar anualmente um ambulatório, centro ou posto de saúde para realizar o exame clínico das mamas. Além disso, toda mulher entre 50 e 69 anos deve fazer uma mamografia, pelo menos, a cada dois anos. Independentemente disso, é importante sentir o próprio corpo e procurar um médico, caso apareça algum sintoma. Se for possível e a mulher tiver algum fator de risco da doença, é importante fazer o exame antes de completar 40 anos.
Exame clínico
É realizado por médico para essa finalidade. Nesse exame, poderão ser identificadas alterações nas mesmas. Se for necessário, será indicado um exame mais específico, como a mamografia.
Mamografia
Exame muito simples e eficaz, que consiste em um raio-X da mama e permite descobrir o câncer numa fase inicial. Quanto mais precoce a descoberta, maiores são as chances de cura, isso é muito importante!
Sintomas 
Mais fácil de ser percebido pela mulher é um caroço no seio, acompanhado ou não de dor. A pele da mama pode ficar parecida com uma casca de laranja. Também podem aparecer pequenos caroços embaixo do braço. Deve-se lembrar que nem todo caroço é um câncer de mama e, por isso, é importante consultar um profissional de saúde.
Prevenção
Ter uma alimentação saudável e equilibrada (com frutas, legumes e verduras), praticar atividades físicas (qualquer atividade que movimente seu corpo) e não fumar: essas são algumas dicas que podem ajudar na prevenção de várias doenças, inclusive do câncer. É importante lembrar que a história familiar diz muito sobre os riscos de se ter câncer de mama. Uma mulher cuja mãe, tia o avó teve a doença apresenta maior chance de ter câncer do que uma outra cujos familiares não tiveram câncer de mama.