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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Fevereiro, mês de campanhas contra o câncer


A conscientização e a prevenção do câncer são as principais armas contra a doença que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), poderá atingir cerca de 600 mil brasileiros em 2017. Durante o mês de fevereiro, duas importantes datas prometem ampliar a discussão sobre a neoplasia.
O dia 4 de fevereiro, Dia Mundial do Câncer, foi marcado por ações que visam combater os impactos globais da doença. A data, criada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), tem como objetivo fazer com que boa parte da população mundial fale sobre ela, reforçando a divulgação de informações sobre prevenção, fatores de risco e diferentes formas de melhorar o acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer.

Ainda em fevereiro, no dia 5, o Brasil comemora o Dia Nacional da Mamografia. O exame ajuda na detecção precoce do câncer de mama que, no país, poderá afetar mais de 57 mil mulheres até o final deste ano.

Gilberto Amorim, oncologista clínico e coordenador de cirurgia mamária do Grupo Oncologia D'Or, fala sobre a importância dos exames preventivos, como a mamografia, e reforça a relevância deles para a saúde do brasileiro.  

Quais são os principais avanços alcançados no diagnóstico do câncer na última década?
Podemos destacar o diagnóstico por testes moleculares, que já estão disponíveis no Brasil – tanto no setor público quanto no privado. Diagnósticos sanguíneos prometem ser uma tendência no país, pois a medicina já entendeu que é preciso sofisticar a investigação do câncer devido às suas diferentes características. Os exames para a detecção precoce de tumores do sistema digestivo, como fígado e esôfago, também apresentaram avanços durante a última década.

Em relação ao câncer de mama, quais são as chances de cura com a detecção precoce da doença?
O diagnóstico precoce sempre foi um fator importante para os pacientes com câncer de mama. O tratamento de tumores com 1 cm de diâmetro, por exemplo, pode aumentar as chances de cura em até 90%, além de diminuir métodos mutiladores, como a mastectomia. A detecção precoce da doença também contribui para a redução do impacto econômico e social, pois quanto mais cedo a doença for descoberta, menor será o tempo de afastamento do paciente da sua vida social e profissional.

O que temos desenvolvido atualmente como novas estratégias para combater o câncer?
É sempre bom reforçar a importância da mudança dos hábitos alimentares, assim como as campanhas antitabagismo que podem diminuir consideravelmente os riscos para o desenvolvimento de diversos tipos de câncer. A obesidade tem sido um dos principais problemas da nossa sociedade, contribuindo para o surgimento de tumores no estômago, fígado, vesícula biliar, pâncreas, ovário, entre outros. É importante inserir atividades físicas na rotina, além de reduzir o excesso de alimentos embutidos e o consumo excessivo do açúcar e do sal.

Quais são as expectativas em tratamento para os próximos anos?
A Imunoterapia, tratamento que estimula o sistema imunológico do paciente, permanece como um dos principais tratamentos contra a doença, mesmo sendo precoce no Brasil. Ela tem revolucionado o tratamento de vários tipos de tumores, em especial os localizados no pulmão e na mama. Outra expectativa em tratamento é o avanço de técnicas menos invasivas, como a cirurgia robótica. A técnica tem apresentado importantes resultados quando realizada em pacientes oncológicos, principalmente aqueles diagnosticados com câncer de próstata, já que ela aumenta a segurança do paciente e minimiza complicações.


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Mudanças de hábitos ajudam a prevenir o câncer


Hoje, 4 de fevereiro, é o Dia Mundial do Câncer,  uma doença universal, que merece a atenção de todos. Nesse dia, mais que em todos os outros, procura-se alertar a população global sobre a importância de controlar e de se prevenir contra a doença. Pensando nisso, a oncologista do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes Renata D’Alpino preparou algumas dicas que podem reduzir as chances de desenvolver câncer. Confira: 

Não fumar – o tabagismo é a principal causa para o surgimento do câncer de pulmão.  Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. Outros tumores também podem ser causados pelo cigarro, tais como de boca, garganta, bexiga, pâncreas etc.

Evitar o excesso de álcool - o alcoolismo é uma das principais causas de cirrose hepática, que implica no desenvolvimento do câncer de fígado, e está relacionado a 2% a 4% das mortes por câncer. Além disso, o álcool também pode aumentar o risco de câncer de boca e garganta.

Praticar atividade física – a prática de exercícios físicos impacta positivamente no tratamento oncológico e pessoas ativas fisicamente apresentam risco mais baixo de desenvolver alguns tipos de câncer, como de mama, de próstata e de cólon.

Aumentar a ingestão de frutas e vegetais e reduzir o consumo de alimentos ricos em gordura e com certos conservantes  a obesidade é o segundo maior fator de risco evitável para o câncer, atrás apenas do tabagismo. Ela aumenta as chances de desenvolver alguns tipos de câncer, como de mama e de útero (endométrio). Alimentação saudável é fundamental. Mesmo indivíduos magros podem desenvolver câncer em virtude de má alimentação. Portanto, fique atento!

Evitar exposição solar entre 10h e 16h – proteger a pele dos efeitos da radiação UV previne o melanoma e outros tumores de pele. Evite queimaduras solares e utilize protetor solar.

Não praticar sexo desprotegido – sexo oral desprotegido aumenta chances de ter câncer de boca.

Vacinar-nos contra hepatite B e HPV – o câncer de fígado pode ocorrer por meio da infecção pelo vírus da hepatite B. E o HPV pode causar câncer de pênis, de cavidade oral, garganta e de canal anal. Por isso, esteja em dia com as vacinas.

Evitar exposição à radiação  o câncer pode estar associado à radiação. A radioatividade pode causar danos ao DNA das células, aumentando o risco de desenvolver tumores.

Consultar regularmente o médico – o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura.
Segundo estimativas do Inca, o Brasil deverá registrar 596 mil casos de câncer em 2016. Para a oncologista, este aumento se deve, principalmente, pelo envelhecimento da população, além do baixo acesso às estratégias de prevenção de câncer. Paralelamente, as pessoas continuam adotando estilos e hábitos de vida pouco saudáveis, o que contribui para o desenvolvimento do câncer. O poder público, instituições especializadas, empresas, médicos e hospitais têm um papel importante na disseminação de informações sobre a doença. “Quanto mais pessoas entenderem sobre câncer e se conscientizarem da importância da prevenção e diagnóstico precoce, maiores as chances de cura”, ressalta a médica.

Os avanços na Medicina possibilitam esperança para pacientes oncológicos e ficar por dentro das novidades no tratamento contra o câncer é tudo que mais desejam. A imunoterapia tem se mostrado eficaz em diversos tipos de tumores, como de melanoma, rim, cabeça e pescoço, pulmão, linfoma, entre outros. Além disso, as terapias-alvo, ou seja, drogas direcionadas a uma alteração molecular específica naquele subtipo de tumor estão mais atuantes no arsenal de drogas contra o câncer, tornando a oncologia mais personalizada. Há também os avanços nas técnicas cirúrgicas, que tem possibilitado cirurgias cada vez menos mutilantes.