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sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Tendinite cresce entre crianças e adolescentes


A inflamação nos tendões, conhecida como tendinite, tem crescido entre crianças e adolescentes nos últimos anos. Segundo o médico ortopedista e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Cleber Furlan, é possível dividir esses casos em dois grupos: jovens que praticam atividades físicas com mais intensidade, ao nível de sobrecarga, e sedentários.

O primeiro grupo corresponde a crianças e adolescentes que praticam esportes com alta frequência, às vezes por uma necessidade de preencher os horários do seu dia ou por incentivo ao excesso de atividades em razão do acúmulo de energia. Por qualquer que sejam os motivos, essa intensidade pode acarretar tendinites, principalmente de ombro e de cotovelo - para quem joga tênis ou o famoso beach tennis, por exemplo -, de quadril, joelho e também no tornozelo - em especial para esportes com bola, balé, ginástica, dança.

O outro grupo se refere às crianças e adolescentes que se enquadram como sedentários, ou seja, não cumprem atividades físicas suficientes para resultar em um gasto calórico saudável. É comum, nesses casos, que o uso excessivo de telas de computador, tablet ou celular leve a uma postura inadequada que contrai tendinites, como processos inflamatórios no cotovelo, nos punhos e nas mãos.

Estudos da UFMG, a partir de uma amostragem de 6 mil pais de crianças e adolescentes, apontaram que o uso excessivo de celulares aumentou durante e após a pandemia. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o recomendado para crianças pequenas (2 a 5 anos) é até uma hora por dia, podendo chegar ao máximo de 3 horas diárias para jovens entre 11 e 18 anos. Diante disso, Furlan notificou uma maior incidência de tendinite em pacientes mais jovens, como crianças e adolescentes, em seu consultório nos últimos anos. Em razão da pandemia, o tempo de uso de telas cresceu de forma prejudicial a esses grupos, que ainda estão em sua fase de crescimento e desenvolvimento cognitivo.

De forma geral, a alteração que essas novas tecnologias, como tablets e telas de celulares, trazem é uma justificativa para esse aumento de casos. Isso porque nas décadas de 1970 e 1980, eram comuns as máquinas de escrever com datilografia, em que se usavam todos os dedos e havia melhor postura de uso. Na época, existiam inclusive cursos para aprender a equilibrar as mãos durante a datilografia, usando de forma correta todos os dedos, os tendões e a musculatura. 

Hoje, o dedo mais utilizado para digitar nos tablets e telas é o polegar, que não tem uma estrutura de apoio tão adequada, pensando em anatomia, quanto os outros dedos, o que leva a tendinites e a desgastes nas articulações - conhecidas como artroses. 

Os principais sintomas de toda tendinite são dor e limitação da mobilidade. No começo, a rigidez, dificuldades de mobilização, de apoio e de fazer força podem ser indicativos para uma inflamação dos tendões. É uma condição frequente para grupos de 7 a 15 anos, que estão mais frequentemente associados ao mau uso de tablet (no que se refere à postura) e ao excesso de práticas esportivas.

Uma vez identificado o fator de causa, é necessário conversar com a criança, com os pais, e buscar atividades que possam mitigar a inflamação e não piorar as dores. Nos casos de pacientes sedentários, o mais indicado é o método RPG (Reeducação Postural Global), que orienta uma postura melhor para adequar às atividades do dia a dia.

Além disso, a fisioterapia e exercícios de alongamento antes e depois de atividades físicas intensas são boas alternativas de tratamento para o sedentarismo. No caso de pacientes ativos em excesso, o ideal é justamente regular as atividades da semana a uma frequência que previna lesões e a aceleração do desgaste das articulações. 


Foto: Freepik

sábado, 11 de novembro de 2023

Osteoporose, uma doença silenciosa que no começo não apresenta sintomas óbvios

 

Caracterizada pela perda de massa óssea e deterioração da estrutura dos ossos, a osteoporose é considerada uma doença silenciosa. Isto porque, em suas fases iniciais, ela não costuma causar sintomas óbvios, fazendo com que muitos só descubram que são portadores da condição quando sofrem uma fratura. De acordo com o Ministério da Saúde, 10 milhões de brasileiros apresentam a doença, e a estimativa é que cerca de 50% das mulheres e 20% dos homens, com 50 anos de idade ou mais, sofrerão uma fratura osteoporótica ao longo da vida.



Tendo em vista a dimensão da osteoporose no Brasil, no mundo e seu caráter insidioso, posto que demora para se revelar, torna-se premente falar da doença. Nesse sentido, a médica intervencionista em dor e autora do livro “Existe vida além da dor”, dra. Amelie Falconi, aborda a seguir as principais causas da osteoporose, sintomas, tratamentos da doença e da dor atrelada a ela, medidas de prevenção, entre outros temas relacionados à doença.

Dra. Amelie destaca que as principais causas da osteoporose são: envelhecimento, deficiência de estrogênio, histórico familiar, sedentarismo, alimentação deficiente em cálcio e vitamina D, tabagismo, excesso de álcool, e outras doenças. Entre as doenças ou condições de saúde que estão ligadas direta ou indiretamente à osteoporose estão: doença endócrinas; doenças gastrointestinais; alguns tipos de câncer e quimioterapia; artrite reumatoide; distúrbios neuromusculares; doenças pulmores crônicas; síndromes genéticas, como a osteogênese imperfeita; e o uso prolongado de medicamentos, entre os quais corticosteroides e anticogulantes.

Ao contrário do que diz o senso comum, a doença não atinge exclusivamente mulheres, embora acometa mais elas do que os homens. Conforme dra. Amelie, os fatores de risco costumam ser diferentes de acordo com o gênero. “Para as mulheres, o principal fator de risco é a menopausa, já para os homens as principais causas são distúrbios hormonais, uso crônico de cortiscoteroides, condições médicas subjacentes e envelhecimento”, relata.

Como se trata de uma doença que pode passar despercebida por anos, dra. Amelie ressalta a importância de as pessoas em risco, especialmente mulheres pós-menopáusicas e idosos, adotarem um estilo de vida saudável e  realizarem exames de densiotometria óssea, para calcular a densidade do osso e, dessa forma, diagnosticarem a osteoporose antes de uma fratura ocorrer. “É fundamental que pessoas que apresentem fatores de risco significativos para a osteoporose passem por uma avaliação médica para desenvolver um plano de prevenção e tratamento adequado”, afirma.

No que tange à prevenção da doença, as recomendações mais atuais, de acordo com a médica intervencionista em dor, enfatizam uma abordagem integral, que consiste em praticar exercícios físicos regularmente, incorporar um dieta rica e balanceada, com ingestão adequada de cálcio e vitamina D, suplementar, tomar sol, evitar a automedicação, e adotar uma estilo de vida saudável, em que a pessoa evite fumar e consumir bebidas alcólicas em excesso.

O tratamento da osteoporose pode incluir várias classes de medicamentos. “Além dos tradicionais, que contribuem para fortalecer os ossos, aumentar a densidade óssea e reduzir o risco de fraturas, estão sendo desenvolvidos tratamento direcionados, visando abordar as causas subjacentes à doença, como terapias de antiressorção, que ajudam a preservar a massa óssea”, explica. A médica intervencionista em dor ressalta que os tratamentos evoluiram nos últimos anos, proporcionando opções cada vez mais seguras e eficazes.

 A dor em pacientes com osteoporose

A dor na osteoporose, explica dra. Amelie está intimamente relacionada à fratura óssea, uma de suas complicações mais comuns. Isto porque, explica a dra. Amelie, uma fratura costuma causar instabilidade e compressão de nervos, ocasionando desconforto e dor. “Além disso, precisamos lembrar que os fatores de risco para osteoporose são os mesmos que para dores crônicas, entre eles sedentarismo, tabagismo e alimentação com deficiência de nutrientes”, diz.

Segundo dra. Amelie, para controlar de maneira eficaz a dor relacionada à osteoporose, recomenda-se uma abordagem multidisciplinar que combine medidas de prevenção, tratamento da osteoporose subjacente e manejo da dor. “Entre as ações que podem ser adotadas estão: combate ao sedentarismo, com dieta rica e balanceada e prática regular de exercícios físicos, prevenção de fraturas, tratamento da osteoporose, reabilitação, medicamentos para controle da dor e procedimentos intervencionistas para alívio da dor”, destaca.

Considerando que a osteoporose está relacionada a hábitos nocivos à saúde, como consumo excessivo de álcool, tabagismo, dieta pobre em nutrientes e sedentarismo, que por sua vez estão associados ao desenvovimento de dor crônica, a médica intervencionista em dor reitera, no Dia Mundial e Nacional da Osteoporose, a importância de a população em geral adotar um estilo de vida saudável como forma de prevenir a osteoporose, a dor crônica e outras doenças.

 

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Suicídio: que dor é essa?



Na nova geração de adolescentes e jovens o suicídio, como tema, tomou conta do cotidiano desde filmes, séries e o pior, a vida dos adolescentes. De acordo com pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma morte é registrada por suicídio. Com isso, após a trágica notícia e estatística, diversos questionamentos são levantados, como:
  • O que leva um adolescente com inúmeras possibilidades fazer isso com sua vida?
  • Que dor é essa que nem pais, nem psicólogos ou psiquiatras estão dando conta de resolver?
  • O que fazer para ajudar?
  • Estamos fazendo algo errado para esta geração?
  • A culpa é da tecnologia?
  • Seria dos pais?
  • Seriam essas relações líquidas?
  • Seria a falta de pertencimento?
  • É a pressão do vestibular?
  • Será que só conseguimos perceber essa dor quando esse jovem atenta contra a própria vida?
Segundo a terapeuta e coach familiar e criadora da Filhosofia, Valéria Ribeiro, são muitas as perguntas e nenhuma resposta. "Os adolescentes e jovens se veem perdidos em meio há um mundo de mudanças muito rápidas, onde não se pode perder nenhuma novidade e acompanhá-las em tempo real é algo que tem exigido muito desses seres que ainda estão em formação física, emocional e neuronal, isto é, em meio a um cenário tecnológico, obrigam os jovens a serem diferentes do que eles realmente querem", diz ela.
De acordo com a terapeuta, os adolescentes têm muitas opções na vida, mas nessa geração o suicídio passou a ser uma opção também. É a opção para se curar de uma dor que os adultos não estão conseguindo acessar e nem ajudar. "A opção do suicídio é uma realidade na sociedade, com isso, as conversas entre pais e filhos, é reduzida ao nada", alerta Valéria.
Para a coach familiar, o problema não é somente dos responsáveis pelo adolescente, mas de toda a sociedade. "Isso se torna uma dor na sociedade, pois está se tornando um problema social, onde a solução não passará somente pelos consultórios de psicólogos e psiquiatras, mas pelo pátio da escola, nas salas de aulas, nas mesas de refeição em casa, no almoço na casa da avó”.
Para ajudar no diálogo entre os pais e adolescente, a criadora da Filhosofia apresenta dicas de como é possível realizar uma conversa franca e sensata.
  • Eles precisam ser ouvidos. Ser ouvidos significa deixarmos nossos preconceitos, crenças e mesmo aquilo que vivemos, pois os tempos mudaram.
  • Precisamos dar voz a esses que sofrem, sem dizer: que isso é errado, ou frescura, ou que você é fraco ou “no meu tempo...”. A dor é real e eles estão usando um mecanismo definitivo para se livrar de uma dor temporária.
  • Não invalidem nem desqualifiquem a dor de seu filho, ele pode estar pedindo socorro.
Com isso, a terapeuta alerta para os pais estarem atentos, pois alguns, apesar de estar sofrendo, se revestem de uma couraça, na qual não se transpõe e não se acessa, o que piora mais ainda, pois o tratamento pode não chegar para esse adolescente. "O jovem não revela o sofrimento, nem a causa dele, por isso, a atenção e o carinho sem preconceito é fundamental para ajudar na fase em que esta passando", ressalta.
Além de estar atento, segundo a terapeuta, outros fatores devem estar em alerta: “reconheça a dor, a angústia, a ansiedade, os medos, as inseguranças que o filho possa ter e, principalmente, se coloque como uma pessoa em que ele possa confiar e contar, que você o ama, independentemente de quem ele seja ou será, e que ele pertence ao principal grupo da sociedade, a família", finaliza ela.


quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Dores cervicais X smartphones


Esse transtorno, também conhecido como “Síndrome cabeça de texto”, surgiu a partir de 2007, com a entrada dos smartphones e tablets no mercado, sendo também os notebooks colaboradores deste mau. Trata-se de dor na região cervical, podendo irradiar para ombros e todo o braço, mãos e cabeça. Todos esses sintomas podem ser causados pelo uso excessivo e mau uso dos smartphones e demais equipamentos eletrônicos.

Os brasileiros, segundo as últimas pesquisas, acessam as redes sociais em uma média de 3 horas e meia por dia, normalmente com a cabeça muito inclinada para frente, posição extremamente desfavorável para a saúde da nossa coluna cervical. Pois com a cabeça fletida para frente, a nossa cabeça pesa em torno de 4 e 6 kg, podendo chegar a pesar 27 kg, sustentados pela musculatura a volta do nosso pescoço. Tal posição, por longo tempo e ao longo dos dias, semanas e meses, pode causar a tal Síndrome Text Neck, com seus tão desagradáveis sintomas.

Segundo a fisioterapeuta Ana Gil, clientes cada vez mais jovens procuram o consultório com o relado de dores na coluna e disfunções relacionados ao uso excessivo dos celulares. A orientação que costuma dar aos pacientes, é para que reduzam o tempo de utilização dos tablets e smartphones e quando forem utilizar, busquem apoiar os braços e deixem a cabeça o mais para frente possível.

A região mais flexível da coluna é a cervical que consiste de sete vértebras, discos intervertebrais entre elas que são responsáveis por absorver o impacto, músculos e ligamentos que ajudam a manter a coluna no lugar. Ana ressalta que é preciso estar de olho na postura ao utilizar esses equipamentos que cada vez fazem mais parte de nossas vidas. E, principalmente, ficar de olho nas crianças, evitando problemas posturais futuros e mais graves.


quinta-feira, 4 de maio de 2017

O travesseiro pode ser o causador de seus pesadelos


Um objeto criado para nos dar conforto pode acabar se transformando em verdadeiro vilão do dia a dia caso seu uso não seja adequado. Conhecido justamente pela maciez, é no travesseiro onde passamos cerca de 1/3 de nossas vidas. Seu uso incorreto pode resultar em vários problemas como dores diversas, como cefaleia, torcicolo muscular e até rigidez, como explica o médico ortopedista Alexandre Paniago, da Clínica Arthros.

Segundo o especialista, um dos males mais comuns causados pelo travesseiro é justamente o torcicolo muscular. “Esse desconforto é causado por uma contratura muscular ou entorse dos músculos do pescoço, principalmente os músculos da lateral, como o levantador da escápula. No torcicolo, o que acontece é um estiramento demorado deste músculo quando se está dormindo com um travesseiro inadequado”, explica.
Já o uso adequado do travesseiro alinha a coluna cervical e o tronco, podendo relaxar os músculos; auxilia na melhora da circulação sanguínea e ainda pode facilitar nos estímulos elétricos.

O médico orienta a usar o travesseiro por até cinco anos, tempo de vida útil do objeto. Porém, como a maioria dos travesseiros é uma fonte de fungos, ácaros e bactérias, o recomendável é a troca a cada dois anos.

Em uma pesquisa atual do Ministério do Trabalho, as mialgias - dores musculares - têm sido o motivo mais frequente de afastamento de empregados. "Por isso é sempre importante ficar atento à forma de aparição, intensidade e manifestação da dor, aos modos de aliviá-las, e sempre que surgirem dúvidas a respeito, procurar um médico competente para diagnosticar o motivo da dor e tratá-la adequadamente",diz o médico.

Conheça os travesseiros ideais:

Viscoelástico
Entre os consumidores, esse material é mais conhecido como "travesseiro da nasa". Ele é indicado para quem dorme de lado, tanto direita ou esquerda.

Látex natural
O travesseiro feito de látex, geralmente é baixo ou médio de apoio para a cabeça. Adequado para os pacientes que preferem dormir de costas.

Algodão ou látex
Independentemente do material, o travesseiro mais apropriado para quem dorme de bruços é aquele com altura regulável. Para não forçar a musculatura, é recomendável mais outro travesseiro na altura do abdômen.


quarta-feira, 26 de abril de 2017

Você sabe o que são as estomatites?


A estomatite é uma inflamação da cavidade oral (stoma, do grego = boca). Na infância, acomete crianças pequenas e na maioria das vezes é causada por vírus.

Quais são os sintomas da estomatite?
A estomatite é caracterizada pelo aparecimento de aftas em todas a cavidade oral com inchaço e vermelhidão das gengivas, às vezes até com sangramento local. Por conta disso, é muito comum a criança apresentar “babação” e dificuldade de se alimentar e beber líquidos. Além dos sintomas locais, a criança pode apresentar febre, dor, irritabilidade e prostração. Todos esses sintomas podem durar até 15 dias, mas o período crítico ocorre no final da primeira semana.

O que provoca a estomatite?
Normalmente, os vírus são os responsáveis por essa infecção. Dentre eles, o principal é o vírus herpes simples (HSV-1). Em menor incidência, os vírus da família Coxsackie também podem causar estomatites, entre outros. Em menor frequência a estomatite pode ser a manifestação de outras doenças, não infecciosas. Caso o quadro seja recorrente e/ou persistente, deve-se atentar para outras possibilidades e a orientação do pediatra irá auxiliar no diagnóstico.

Em que períodos do ano a estomatite é mais comum?
Nos meses de outono e inverno, os episódios são mais frequentes. Nesse período, a maior frequência a ambientes fechados facilita a transmissão do vírus que ocorre pela saliva contaminada ou pelo contato com as lesões. As crianças menores são as mais acometidas também por frequentarem creches e escolas.

Pode haver complicações?
A principal complicação é a desidratação. Por conta da dificuldade de comer e beber e da própria inapetência causada pela doença, a criança ingere pouco líquido, podendo ficar desidratada. Embora aconteça na minoria dos casos, pode ocorrer infecção secundária por bactérias, com aparecimento de lesões com secreção e odor forte, podendo agravar e/ou prolongar os sintomas gerais como a febre. Nessa situação, o uso de antibióticos poderá ser necessário.

Como evitar a estomatite?
Infelizmente trata-se de uma infecção muito comum nos primeiros anos de vida e dificilmente o seu pequeno escapará dela. Cuidados gerais podem evitar a transmissão, como lavar as mãos com frequência e higienizar brinquedos de uso comum com água e sabão ou detergente, evitando-se a propagação do vírus.

Mas e se meu filho ficar doente, o que fazer?
Evite a ida a escolas ou creches porque poderá transmitir a infecção para outras crianças. Ofereça alimentos frios, pastosos, sem ácidos ou temperos. Estimule preferencialmente a ingestão de líquidos, oferecendo de forma fracionada mais vezes ao dia para evitar a desidratação. Mantenha seu filho em repouso e o medique com analgésicos para aliviar a dor. Alimentos pastosos e líquidos, que não exijam mastigação, são mais facilmente aceitos. Iogurte, sorvete, gelatina e líquidos como sucos de frutas não ácidas, água, chá e leite frios são ótimas opções.

O que pode ser usado para aliviar os sintomas locais?
A higiene oral é um passo importante para se evitar as infecções secundárias. Pela resistência das crianças em permitir a escovação, podem ser usados antissépticos bucais, que aliviam a dor, na forma de bochecho.

Lembre-se que a estomatite é, na maioria das vezes, causada por infecções virais. Os cuidados são apenas sintomáticos, ou seja, objetivam aliviar os sintomas e prevenir as complicações. O vírus tem um ciclo com duração média de 1 a 2 semanas, com remissão de todos os sintomas.

A consulta pediátrica é fundamental para orientar o diagnóstico e as melhores opções para que o seu pequeno sofra o mínimo possível em consequência da estomatite. 

Artigo do dr. Marco Aurélio Safadi (CRM 54792), parceiro da NUK, professor de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e coordenador da Equipe de Infectologia Pediátrica do Hospital.


quarta-feira, 29 de março de 2017

Postura correta para dormir ajuda a evitar dores


Uma boa noite de sono fortalece a memória, ajuda a controlar a hipertensão e o diabetes, diminui riscos de doenças cardiovasculares, além de prevenir a obesidade e a depressão. Mas para garantir todos esses benefícios, é preciso ficar atento à posição em que nos deitamos.

Uma posição incorreta na hora de dormir ainda pode gerar dores nas articulações e músculos. “Acordar com dor é um sinal de que a noite foi mal aproveitada e que devemos nos preocupar com a nossa postura, nosso colchão e nosso travesseiro”, destaca o fisioterapeuta André Nogueira, sócio-fundador da Club Fisio.

Dormir de lado, com um travesseiro entre as pernas, segundo ele, é a melhor posição para a coluna por aliviar a sobrecarga nos discos intervertebrais e deixá-la mais relaxada pelo período em que estamos deitados. “Também é importante se atentar a altura do travesseiro a que apoiamos a cabeça. O ideal é que ele tenha a altura do ombro, para a cabeça não ficar inclinada”, ressalta Nogueira.

Quanto aos braços, devemos realmente evitar dormir com eles apoiando a cabeça, já que prejudica bastante a articulação dos ombros.

O especialista também alerta que é preciso evitar mudar de posição de forma brusca. “Como estamos relaxados à noite, nossos músculos não estão preparados para agir normalmente, podendo ocasionar dores ao acordar”.


domingo, 20 de novembro de 2016

Criança também sofre somatização


A somatização po­de ocorrer inclu­sive em crian­ças, aliás, muitos cientis­tas afirmam que muitas doenças têm sua origem nos fatores emocionais. Existem reações físicas provocadas por causas psicológicas, e reações psicológicas provoca­das por causas físicas.
Um bebê mostra seus desejos, seus sentimen­tos, sua dor ou descon­forto, assim como os seus prazeres, com o corpo. Quando uma criança aprende a falar, começa, quase sem per­ceber, a diminuir a ex­pressividade dos seus gestos, principalmen­te do corpo como um todo, porque os adultos não são muito bons para entender a lingua­gem corporal, mas continua “falando” com a expressão do rosto e do resto do corpo, coe­rente com o que diz, pensa e sente.
Por isso, a criança tem mais reações físicas que o adulto quando alguma coisa a assusta ou faz com que fique ansiosa. Como a crian­ça pequena ainda não tem muitos meios de entender e agir diante das coisas que a afli­gem, seu corpo responde e ela pode ficar do­ente, ou mostrar sintomas de doença. A isso se dá o nome de somatização.
Quando o adulto percebe uma criança aba­tida, com febre, adoentada, logo imagina que a causa é física. Mães experientes, no entan­to, estão acostumadas a perceber quando a criança tem emoções fortes demais, quando está angustiada, com medo ou ansiosa. Se o relacionamento dos pais com os filhos é bom e a criança tem con­fiança, pode ser que ela consiga falar a respei­to. Quase sempre bas­ta conversar para que ela se recupere rapida­mente. Quanto mais a criança for compreen­dida e quanto mais o adulto entender o que seu corpo quer comuni­car, mais depressa e me­lhor ela aprenderá a li­dar com seus problemas sem ficar doente.
Fazer a criança falar sobre seus problemas, mesmo que seja por meio de gestos e expres­sões, sempre ajudará a criança a colocar para fora suas angústias. Isso evita que elas soma­tizem e tenham problemas físicos.
Existem crianças que só de olhar para o pai ou a mãe percebem se eles estão ou não aprovando o que elas estão fazendo. Dessa mesma forma, aprendendo a fazer a leitura do comportamento da criança, o adulto po­derá evitar muitas situações difíceis.
Em muitos casos é preciso fazer acompa­nhamento com um profissional especializa­do para poder ajudar.

Artigo da psicóloga clínica Glaucia Kraide (CRP 06/72743).


quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Saudades, sim. Tristeza, não


Neste mês de novembro lembramos, de maneira especial, dos entes queridos que já partiram. É normal chorar o vazio da saudade. Mas, reviver as virtudes, os bons exemplos e o carisma de quem partiu é um grande estímulo para vivermos melhor, na certeza de que, com nossas almas purificadas, estaremos um dia juntos novamente. É essa certeza que deve sobrepor-se à tristeza e à dor da separação, acompanhada da consciência de que a vida neste mundo é finita.

Em geral, na medida em que vamos envelhecendo, adquirimos consciência de que devemos estar preparados para um dia encerrar nossa caminhada neste mundo. Envoltos em sonhos de conquistas e realizações, os mais jovens, como é natural, tendem a fugir dessa certeza de finitude, da qual somente se aproximam em momentos de perdas – do pai, da mãe, de um irmão, de amigos. E as separações são sempre mais traumáticas em caso de um acidente ou de doenças graves prematuras.

Jovens ou idosos, todos devemos ter a consciência de que ninguém vive para sempre – exceto nossas almas. Como o nascimento de uma criança é sempre fonte de grande felicidade para uma família, devemos estar certos de que a morte é o renascimento para a eternidade. É essa certeza, pregada por todas as religiões, que dá sentido à nossa vida aqui na Terra e alimenta nossa luta em busca da verdade.

O autor e líder espiritual japonês Ryuho Okawa nos lembra, em Mensagens do Céu (IRH Press do Brasil), que “tanto Buda quanto Jesus ensinaram que a alma é nossa verdadeira natureza e que estamos vivendo neste mundo apenas temporariamente. Essas verdades nunca irão mudar” e apenas precisam ser transmitidas em linguagem atual às pessoas de nosso mundo materialista e consumista.

“O mundo precisa de conhecimento espiritual, isto é, saber de onde vêm as almas e para onde irão após a morte. É essencial para a nossa felicidade sabermos que somos seres espirituais”, diz Okawa. “Não importa o quanto acumulemos de conhecimento, não teremos sabedoria de fato e não encontraremos o caminho de casa se não soubermos de onde viemos e para onde vamos.”

Somente com essa fé na eternidade conseguiremos aceitar as marcas do tempo e nosso próprio fim. William Shakespeare, em seu Soneto 19, descreve de forma magistral o envelhecimento. Refere-se ao tempo como voraz, que “corta as garras do leão” e “arranca os dentes afiados da feroz mandíbula do tigre”, não evitando nem o “crime hediondo” de marcar “com as horas” a bela fronte de um amor. Mais lírico, o educador e poeta Rubens Alves diz que “Deus existe para tranquilizar a saudade. Quem é rico em sonhos não envelhece nunca. Pode até ser que morra de repente. Mas morrerá em pleno voo...”

Que este mês de novembro reavive em cada um de nós, idosos ou não, a consciência de que devemos estar sempre preparados para deixar este mundo, vivendo cada dia como se fosse o último, com fé, amor, confiança e tranquilidade. Em As Leis da Sabedoria, outro de seus mais de dois mil livros publicados, Ryuho Okawa ensina que, “depois da morte, a única coisa que o ser humano pode levar de volta consigo para o outro mundo é seu ‘coração’. Dentro dele reside a ‘sabedoria’”. O autor afirma que “é importante que você leve um tipo de vida que não seria motivo de vergonha ou desonra se você estivesse no mundo celestial” (do livro Trabalho e Amor).

Que a lembrança dos que já partiram renove nossa fé em uma vida eterna e nos estimule a imitar os bons exemplos e as virtudes cultivadas pelos entes queridos, realizando nossos próprios sonhos de felicidade. A lembrança de tudo o que eles fizeram de bom ao longo de sua vida é um grande estímulo em nossa caminhada. Saudades, sim. Tristeza, não.


Artigo de Kie Kume, gerente da editora IRH Press do Brasil, que publica em português as obras de Ryuho Okawa

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Treinamento em excesso pode levar a problemas cardíacos


Todo mundo sabe que praticar esportes faz muito bem à saúde, desde que não se cometa excessos, chamado de overtraining -, um estado físico que acontece sempre que a quantidade e intensidade de treinos de uma pessoa excedem sua capacidade de recuperação.
A quantidade elevada de cargas pode evoluir ainda para a Síndrome de Excesso de Treinamento (SET), uma alteração cardíaca com diversos sinais e sintomas.  Os primeiros indícios podem surgir ainda durante os treinamentos, com a diminuição de desempenho: a pessoa começa a fazer os percursos em mais tempo ou levantar menos peso do que de costume, por exemplo. Ou ainda, ele tem a percepção corporal de que está aumentando a carga, mas tudo continua como antes. Ou seja, a realização das atividades que antes era comum, passa a ser mais difícil. Na SET, os batimentos cardíacos podem se manter elevados, mesmo quando estiver em repouso, além de apresentar insônia, irritabilidade, crescimento anormal do coração e cansaço exagerado.
Para o dr. Mauricio Fadel, ortopedista do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, é importante ficar atento quando o cansaço começa a aparecer com mais frequência. “São sinais de alerta do corpo dizendo que está precisando de descanso”, observa.
Além disso, as dores musculares que costumam surgir após os treinos são normais quando duram cerca de dois a três dias após as atividades. Tudo que se assemelha a dor acima disso pode ser indício de excessos de treinamentos. Perda de peso, quando este não é o foco do treino, e diminuição de concentração também são sinais de alerta.
Ao se enquadrar em alguma das situações acima, o paciente está treinando mais do que o tempo necessário de descanso. Para evitar isso, a primeira atitude é desacelerar.  “O ideal é ficar, pelo menos, uma semana sem treinar”, orienta Fadel. O segundo passo é fazer uma alimentação equilibrada, rica em vitaminas, minerais, carboidratos de absorção lenta e proteínas. Frutas, legumes e cereais integrais deverão também fazer parte do seu cotidiano. Evite as gorduras saturadas, trans e o consumo de bebidas alcoólicas.


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Infiltração com PRP: alternativa no tratamento da condromalacia patelar


O joelho é uma articulação que traba­lha próximo a seus limites fisioló­gicos. Qualquer sobrecarga mecâ­nica, tanto por um treino esportivo quanto pelo trabalho ou atividades do dia a dia, po­de desencadear quadro de dor e inchaço, às vezes de difícil controle.
Quando existe predisposição individual, fraqueza e desequilíbrio muscular, valgo di­nâmico, comum em mulheres, somado à so­brecarga mecânica do esporte, excesso de escadas no dia a dia, ou salto alto, a energia que seria dissipada pela massa músculo-ten­dínea passa para a articulação, desen­cadeando lesão. Quando atinge o tendão patelar, por exemplo, temos a tendinite patelar, mas, quando atin­ge a cartilagem de contato entre a pa­tela e o fêmur, po­deremos ter a con­dromalacia.
Quando a con­dromalacia torna-se sintomática, ocorrem: aumento da dor durante o treino, persistên­cia da dor em atividades da vida diária, incha­ço no joelho, dor muscular associada, atrofia do músculo anterior da coxa (quadríceps).
Um grande desafio da equipe multidisci­plinar ao tratar um esportista portador da lesão são os episódios de dor e inchaço que, muitas vezes, não permitem que se progri­da no fortalecimento muscular, essencial no tratamento e prevenção.
O PRP (Plasma Rico em Plaquetas) faz par­te do conceito da terapia biológica e foi de­senvolvido pela ideia de se injetar nas le­sões dos atletas e pacientes em geral uma concentração de fatores de reparação teci­dual do seu próprio sangue extraídos das plaquetas. As plaquetas possuem os “fato­res de regeneração tecidual”, nossos fatores de cicatrização e crescimento celular, e são o “gatilho” inicial da cicatrização de qualquer dano tecidual como, por exemplo, após um corte na pele.
O PRP foi, inicialmente, difundido entre odontologistas, principalmente na recons­trução de lesões extensas em mandíbulas e há 10 anos vem sendo usado em centros or­topédicos de excelência europeus e, apesar de ser considerado experimental pela Anvi­sa, tornou-se popular no Brasil nos últimos 5 anos. O preparo do PRP envolve coleta de sangue, centrifugação, isolamento da porção do concentrado, ativação e infusão.
O procedimen­to, assim como qualquer outro, e seu uso em de­terminadas le­sões encontra-se em estudo. Estu­dos publicados no American Journal of Sports Medici­ne e The Journal of American Me­dical Association concluem que as aplicações podem ajudar nas cicatrizações de determinadas lesões, como epicondili­tes, rupturas musculares e tendíneas, mas podem ser menos eficazes em Tendões de Aquiles degenerados, por exemplo.
O resultado dessas pesquisas nos leva a crer que o PRP teria indicação como adju­vante do tratamento de lesões quando asso­ciado a algum estímulo biológico, como por exemplo, após a realização do procedimen­to de microfraturas no tratamento de lesão cartilaginosa. O PRP estaria ligado a um me­lhor recrutamento de células tronco prove­nientes da medular óssea, aumentando as chances de uma melhor cobertura fibrocar­tilaginosa da lesão.

Artigo do dr. Marcel Ferrari Ferret (CRM 69031)


terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Fisioterapia na sexualidade

As disfunções sexuais po­dem ocorrer em qualquer fase do ciclo de resposta se­xual, mas, segundo a fisioterapeuta Laura Ezequiel Rodrigues, três disfun­ções, em especial, po­dem ser muito bene­ficiadas com a fisiote­rapia. Confira:
Vaginismo: tipo de dor sexual na qual a mulher não consegue abrir normalmen­te a vagina para a penetração de qualquer objeto, seja o pênis, um absorvente inter­no, um dedo etc, mesmo que a mulher dese­je essa penetração. Sua característica princi­pal é uma contração involuntária da muscu­latura do assoalho pélvico (MAP), impossí­vel de controlar, que acaba “fechando” a en­trada do canal vaginal mesmo que a mulher esteja se esforçando para relaxar. A parte fí­sica do vaginismo pode apresentar compo­nentes relacionados ao conhecimento cor­poral e consciência genital, à elasticidade da entrada do canal vaginal, bem como de inco­ordenação muscular – neste caso, da MAP e, em casos mais severos, das musculaturas das coxas, glúteos e adjacências. O tratamen­to vai depender do grau observado em cada componente. Exercícios de autoconscienti­zação e redescoberta da sexualidade podem ser úteis para a consciência da região geni­tal. Exercícios específicos de contração e re­laxamento da MAP são fundamentais tanto para a consciência da região genital quanto para a coordenação motora local. A massa­gem perineal pode ser útil nos trabalhos de dessensibilização e elasticidade da entrada do canal vaginal.
Dispareunia: dor na relação sexual, que pode ser por uma tensão ou trigger points nos músculos vaginais. O objetivo será melhorar a flexibilidade e normaliza­ção do tônus.
Existem quatro tipos de dispareunia: pri­mária, quando acontece desde a primeira relação sexual; secundária, quando as rela­ções eram normais e passam a causar dores e desconfortos; situacional, que ocorre ape­nas em determinadas ocasiões e com deter­minados parceiros; generalizada, quando qualquer tipo de pene­tração causa descon­forto e/ou dores. As causas podem ser or­gânicas ou psicológi­cas. No primeiro caso, destacam-se infecções ou irritação do clitó­ris e infecção urinária. No caso das psicológi­cas, é causada por me­dos e tabus em relação ao ato sexual ou por falta de desejo pelo par­ceiro. A fisioterapia é responsável pela reali­zação de exercícios perineais, massagens pe­rineais e alongamentos musculares, pois au­xilia a mulher na percepção do próprio cor­po. Os exercícios não são invasivos e devem ser realizados em um lugar calmo, para que haja o relaxamento completo.
Anorgasmia: distúrbio que causa a falta de orgasmo numa relação sexual. Pode ocor­rer em homens e mulheres que têm uma vi­da sexual ativa, chegam a sentir prazer du­rante o ato sexual, mas não atingem o clímax. As causas comumente são de foro emocional, por falta de confiança no parceiro, falta de co­nhecimento do próprio corpo ou por algum problema físico (acidentes que causam pro­blemas ao nível da medula espinhal, proble­mas hormonais, corrimentos ou má forma­ção dos órgãos sexuais). No tratamento de uma disfunção sexual, o paciente deve ser pensado como um todo, emocional e físico, pois as emoções desencadeiam processos fí­sicos pela liberação de neurotransmissores. Para isso, torna-se importante o enfoque in­terdisciplinar com a participação de diversos profissionais, como ginecologista, psicólogo, sexológo e fisioterapeuta. Os tratamentos pa­ra a anorgasmia que têm maiores resultados são realizados por meio de fisioterapia uro­ginecológica, com exercícios e eletroestimu­lações específicas, com exercícios em mus­culatura em região pélvica.


sábado, 26 de setembro de 2015

Conheça os benefícios da Kinesio Tape

Inventada há mais de 30 anos pelo quiropra­xista japonês Kenzo Kase, a Kinesio Ta­pe tem como fina­lidade tratar e pre­venir lesões mus­culares e articula­res sem limitar os movimentos do corpo e sem utilizar medi­camentos ou substâncias químicas.
Segundo a fisioterapeuta Mariana da Quinta Baltazar, as aplicações de Kinesio reduzem edemas e a dor de lesões musculares. Isso ocorre por­que a dor causa pressão nos receptores sensoriais e neuro­lógicos, e é aliviada por meio das ondulações que a banda promove, elevando a pele, o que faz melhorar a circulação sanguínea, e permitindo que o sistema linfático flua mais livremente.
Além disso, promove tra­tamento e prevenção de le­sões comuns, como disten­sões, tendinites e outras cau­sas de dor e limitação funcio­nal. Essa banda, além de ultra­leve e elástica, é forte e altamente eficaz pa­ra o alívio da dor, estabilidade, suporte mus­cular e articular.
A técnica consiste na aplicação de uma fi­ta especial e elástica sobre a área a ser es­timulada. Apresenta excelentes resultados nos tratamentos de lesões dentro das áreas de Ortopedia, Neurologia e outras condições médicas. Essa bandagem é aplicada de acor­do com as necessi­dades do paciente, após uma criteriosa avaliação, auxilian­do ao retorno do equilíbrio corporal.
A Kinesio Tape está indicada para:
- Melhorar a fun­ção muscular;
- Aliviar a dor pela modificação da pres­são sobre os mecanoreceptores;
- Melhorar a circulação sanguínea e linfá­tica, contribuindo para eliminar o edema e favorecer a drenagem dos he­matomas;
- Prevenção da subluxação de articulações;
- Lesões musculares, con­tusões, hematomas;
- Tendinites de Aquiles, fas­ceíte plantar, periostite;
- Recuperação de uma en­torse de tornozelo;
- Instabilidades patelares e tendinites periarticulares dos joelhos;
- Instabilidades do ombro e acrômio clavicular, traumatis­mos no manguito dos rotadores;
- Hérnia de disco etc;
- Proporcionar melhor estabilidade para as articulações em atividades esportivas.


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Cálculo renal: quando é necessária a cirurgia?


O cálculo renal é uma formação, dentro da via urinária (rins, ureteres, bexiga  e uretra), de um corpo sólido que é conhecido, popularmente, por pedra nos rins. Essas “pedras” podem ser formadas por diversos motivos diferentes: tipo de alimentação, baixo consumo de água, algum medicamento ou, como é na maioria dos casos, predisposição genética. Muitas vezes, a formação do cálculo acontece por causa de uma combinação desses fatores.
Quando esse cálculo está nos rins, geralmente não provoca dor ou sintomas, e, com frequência, é expelido através da urina. Porém, quando o cálculo é muito grande e migra de um órgão para outro, ele pode provocar entupimento de algum canal da via urinária. Segundo o dr. Camillo Loprete, urologista do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, esse bloqueio causa acúmulo de urina e, por isso, espasmos. “Esses espasmos são o que chamamos de cólica renal, o motivo para uma das piores dores que se pode sentir, algo próximo à dor do parto”, explica.
Intervenção cirúrgica
O cálculo renal pode ser tratado clinicamente (medicamento, alimentação etc) ou, em casos críticos, por intervenção cirúrgica. “A necessidade da cirurgia de cálculo renal vem quando existe obstrução grave da via urinária e infecção associada à obstrução”, diz Loprete. O urologista explica que a maioria das cirurgias de cálculo renal é feita por meio de uma endoscopia, rígida ou flexível, própria para passar pelo canal do ureter e que utiliza laser para fragmentar a “pedra”.
“Esse é um procedimento pouco invasivo, que utiliza os próprios canais de entrada do corpo e que resolve a maioria dos casos agudos de cálculo renal”, explica o médico, que adverte, porém, que a cirurgia não resolve em definitivo o problema do paciente: “a pessoa que tem cálculo renal tem predisposição para desenvolver esse problema até o resto de sua vida”. Por isso, ele aconselha ao paciente realizar um estudo de lipogênese para determinar a razão da formação do cálculo e que ele tenha um acompanhamento médico periódico.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Tratamento da lombalgia com Acupuntura



A  Acupuntu­ra é o gru­pamento de conhecimentos teórico-empíricos da Medicina Tradi­cional Chinesa que visa a terapia e a cura das doenças por meio da apli­cação de agulhas e de moxas em pon­tos específicos de estimulação, além de ou­tras técnicas, como a acupuntura auricular e ventosas.
Conforme a medicina chinesa, o tratamen­to pela Acupuntura visa a normalização dos órgãos doentes por meio de uma estrutu­ra funcional, a qual exerce, dessa forma, um efeito terapêutico, melhorando os sintomas das doenças, aliviando as dores e tensões.
Segundo a fisioterapeuta Cibele R. Millan (CREFITO 77423-F), esse tratamento tem inúmeros benefícios, várias possibilidades de aplicação e, inclu­sive, diminuição do uso de medicamentos. Além disso, é uma prática muito segura, e o profissional utiliza apenas material descar­tável (agulhas).
A Acupuntura não visa apenas tratar o lo­cal comprometido no corpo, mas age sobre todo o sistema nervoso, favorecendo o me­canismo de compensação e equilíbrio em to­do o corpo, para dessa forma eliminar a do­ença. Ela tem sido muito eficaz no tratamen­to das dores da co­luna, como as lom­balgias.
A lombalgia é uma doença muito comum, caracteri­zada pela dor aguda ou crônica nas cos­tas, especificamen­te na região lom­bar. Essas dores po­dem aparecer devi­do a vários fatores como a obesidade (exces­so de peso), sedentarismo e má postura, ou também por inflamação, infecção, hérnia de disco, artrose, entre outros.
"Em muitos casos, a Acupuntura tem pro­porcionado uma grande melhora no quadro da lombalgia, permitindo melhor qualidade de vida aos pacientes. Ela vai combater a dor, promover um relaxamento do local e melho­rar a circulação", conclui a profissional.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Hérnia de disco tem tratamento



A nossa co­luna é com­posta de aproximadamen­te 32 vértebras, em cujo interior exis­te um canal por on­de passa a medula espinhal. Entre ca­da vértebra há um disco, que serve co­mo um amortecedor para evitar o impacto e atrito, e também para dar a capacidade de movimento da nossa coluna. O mau uso que fazemos de nossa coluna, como a má postu­ra, o sedentarismo, excesso de atividade fí­sica, fumo, má alimentação, pouca ingestão de água, excesso de peso, vai prejudicando a nossa coluna com o passar do tempo, inician­do um processo de desgaste gradual.
Segundo o fisioterapeuta Gustavo Buriola, na hérnia de disco parte de um disco sai de sua posição normal e passa a comprimir as raízes dos nervos, causando pressão sobre elas e, consequentemente, dor, irradiação e desconforto. Uma pessoa pode ter uma hér­nia de disco e nem se dar conta disso. Mas, na maioria dos casos, o paciente sente dores de intensidade leve, moderada ou insuportá­veis, podendo ser até incapacitantes. A dor é mais concentrada nas regiões lombar e cer­vical da coluna.
Os sintomas são diversos e estão associados à área em que foi comprimida a raiz nervosa. Os mais comuns são: parestesia (formigamen­to) com ou sem dor; dor na coluna; na coluna e na perna (e/ou coxa); apenas na perna ou na coxa; na coluna e no braço; apenas no braço; sensação de fraqueza por cau­sa dos músculos das costas atingidos pela hérnia de disco.
"O diagnóstico po­de ser feito clinica­mente, levando em conta as caracterís­ticas dos sintomas e o resultado do exame de imagem. Exames como raio X, tomogra­fia e ressonância magnética ajudam a deter­minar o tamanho da lesão e em que exata re­gião da coluna está localizada", explica o fisioterapeuta.
As hérnias de disco, em geral, respon­dem bem ao tratamento clínico conserva­dor. O quadro se reverte fazendo um pouco de repouso e sessões de fisioterapia. Em ge­ral, 90% dos portadores dessas hérnias es­tão aptos para reassumir suas atividades rotineiras.
A mesa de tração eletrônica, segundo Gustavo, vem demonstrando uma elevada taxa de suces­so em reduzir ou mesmo eliminar dores re­lacionadas à coluna lombar e cervical. 

sábado, 23 de maio de 2015

Hidroterapia e Pilates são aliados na reabilitação física

 


A reabilitação física de hoje conta com dois aliados insuperáveis: a Hidro­terapia e o Pilates. Duas ferramen­tas largamente utilizadas separadamente, mas que os estudos científicos atuais junta­ram para acelerar o processo de recuperação daqueles que sofrem ou já sofreram com as dores.
A Hidroterapia é um recurso fisiote­rapêutico que utili­za os efeitos fisio­lógicos decorren­tes da imersão em água aquecida cor­no recurso auxiliar da reabilitação ou na prevenção de alterações funcio­nais, onde a flutu­ação e a viscosida­de da água propor­cionam facilitação ou resistência aos movi­mentos, dependendo dos objetivos terapêu­ticos. "Podemos utilizar ou não acessórios, co­mo pranchas, cama elástica, step, bicicletas, flutuadores de pernas e braços, bastões, es­teiras e outros, dependendo da fase de tra­balho em que o paciente se encontre", conta a educadora física Michele Dias Imperato (CREF 50.485-G/SP).
Quanto aos benefícios do Pilates, o méto­do proporciona ao seu praticante o fortaleci­mento do corpo, especialmente da muscula­tura abdominal, alonga e dá flexibilidade, de­senvolve a consciência corporal e melhora a coordenação motora. Ajuda a descomprimir lesões na coluna, preparar áreas enfraque­cidas para a reabi­litação, aliviar do­res crônicas e me­lhorar a postura. Todos esses bene­fícios estão relacio­nados ao trabalho de exercícios que se baseiam em for­ça e mobilidade de­senvolvendo e esti­mulando a consci­ência corporal por meio de seus prin­cípios: concentra­ção, respiração, controle, precisão, fluidez de movimento e ritmo.
Segundo a fisioterapeuta Bernadete Alves (Crefito 14.892-F), no Pilates, o aluno é estimulado a perce­ber seu corpo, e descobre como usá-lo cor­retamente. Segundo a Associação Brasilei­ra de Pilates, à medida que esta consciência é adquirida sua postura melhora, seus mús­culos adquirem maior tonicidade, as articulações ficam mais flexíveis, permitindo ao corpo uma postu­ra mais ereta e alongada. A técni­ca proporciona o alinhamento dos pontos principais da coluna verte­bral – respeita curvaturas fisiológicas, o que provoca um autocrescimento, resultando em alongamento muscular, vigor do corpo e me­lhora da autoestima.
Normalmente, explicam elas, pacientes que chegam com queixas de dores agudas ou crô­nicas, de coluna ou de outros segmentos, após avaliação terapêutica inicial são encaminhados para a terapia mais adequa­da. No caso das dores na coluna, o pacien­te é encaminhado para a hidroterapia indi­vidual, onde recebe atendimento persona­lizado, com manobras manuais miofaciais subaquáticas que amenizarão as dores pa­ra que ele possa evoluir para os exercícios terapêuticos mais indicados para o seu ca­so, enquanto recebe orientações sobre pos­tura e cuidados com a coluna nas suas ativi­dades de vida diária. Durante os exercícios terapêuticos são uti­lizadas técnicas de estabilização dos segmen­tos (cervical, escapular, lombar) para que possa se manter bem fora da água.
Segundo as profissionais, com os resultados positivos obtidos, esse paciente também evoluirá para a estabiliza­ção contra a gravidade, ou seja, no solo (pré- Pilates) e Pilates. "Com o acompanhamento constante dos profissionais muitos pacientes levam uma vi­da muito próxima do normal sem crises de dores de coluna e, muitas vezes, são descar­tados até procedimentos cirúrgicos, devido ao tratamento. São dois processos aprovados pela grande maioria da classe médica", finalizam.

domingo, 21 de setembro de 2014

Massagem terapêutica ajuda a acabar com as dores


Se você sente dores nas costas, pescoço, ombros, braços, pernas e articulações; está com o nervo ciático inflamado, má circulação, intestino preguiçoso, insônia, dor de cabeça, enxaqueca, cólicas, problemas gástricos, respiratórios e hormonais, anda muito estressado, ansioso ou deprimido, sente cansaço físico e mental, saiba que existem técnicas baseadas na medicina oriental, como shiatsu, do-in, quick massage, massagem bioenergética e reflexologia podal, que ajudarão você a se equilibrar.
São técnicas que atuam diretamente na causa (raiz) do problema e não apenas nos efeitos, auxiliando no tratamento de doenças psicossomáticas (física, mental e emocional) sem causar efeitos colaterais e reações adversas, além de estimular o sistema imunológico na prevenção de doenças.Essas técnicas de massagem oriental promovem o equilíbrio energético e estimulam o organismo a reagir naturalmente no combate às doenças, ativando a circulação sanguínea e linfática, promovendo a liberação de endorfinas (hormônio do prazer, analgésico), serotonina (hormônio do sono e relaxamento) e outros neurotransmissores, melhorando o nosso humor e nossa mente (memória), proporcionando sensações de prazer, bem-estar, alívio das dores e equilíbrio emocional.