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sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Tendinite cresce entre crianças e adolescentes


A inflamação nos tendões, conhecida como tendinite, tem crescido entre crianças e adolescentes nos últimos anos. Segundo o médico ortopedista e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Cleber Furlan, é possível dividir esses casos em dois grupos: jovens que praticam atividades físicas com mais intensidade, ao nível de sobrecarga, e sedentários.

O primeiro grupo corresponde a crianças e adolescentes que praticam esportes com alta frequência, às vezes por uma necessidade de preencher os horários do seu dia ou por incentivo ao excesso de atividades em razão do acúmulo de energia. Por qualquer que sejam os motivos, essa intensidade pode acarretar tendinites, principalmente de ombro e de cotovelo - para quem joga tênis ou o famoso beach tennis, por exemplo -, de quadril, joelho e também no tornozelo - em especial para esportes com bola, balé, ginástica, dança.

O outro grupo se refere às crianças e adolescentes que se enquadram como sedentários, ou seja, não cumprem atividades físicas suficientes para resultar em um gasto calórico saudável. É comum, nesses casos, que o uso excessivo de telas de computador, tablet ou celular leve a uma postura inadequada que contrai tendinites, como processos inflamatórios no cotovelo, nos punhos e nas mãos.

Estudos da UFMG, a partir de uma amostragem de 6 mil pais de crianças e adolescentes, apontaram que o uso excessivo de celulares aumentou durante e após a pandemia. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o recomendado para crianças pequenas (2 a 5 anos) é até uma hora por dia, podendo chegar ao máximo de 3 horas diárias para jovens entre 11 e 18 anos. Diante disso, Furlan notificou uma maior incidência de tendinite em pacientes mais jovens, como crianças e adolescentes, em seu consultório nos últimos anos. Em razão da pandemia, o tempo de uso de telas cresceu de forma prejudicial a esses grupos, que ainda estão em sua fase de crescimento e desenvolvimento cognitivo.

De forma geral, a alteração que essas novas tecnologias, como tablets e telas de celulares, trazem é uma justificativa para esse aumento de casos. Isso porque nas décadas de 1970 e 1980, eram comuns as máquinas de escrever com datilografia, em que se usavam todos os dedos e havia melhor postura de uso. Na época, existiam inclusive cursos para aprender a equilibrar as mãos durante a datilografia, usando de forma correta todos os dedos, os tendões e a musculatura. 

Hoje, o dedo mais utilizado para digitar nos tablets e telas é o polegar, que não tem uma estrutura de apoio tão adequada, pensando em anatomia, quanto os outros dedos, o que leva a tendinites e a desgastes nas articulações - conhecidas como artroses. 

Os principais sintomas de toda tendinite são dor e limitação da mobilidade. No começo, a rigidez, dificuldades de mobilização, de apoio e de fazer força podem ser indicativos para uma inflamação dos tendões. É uma condição frequente para grupos de 7 a 15 anos, que estão mais frequentemente associados ao mau uso de tablet (no que se refere à postura) e ao excesso de práticas esportivas.

Uma vez identificado o fator de causa, é necessário conversar com a criança, com os pais, e buscar atividades que possam mitigar a inflamação e não piorar as dores. Nos casos de pacientes sedentários, o mais indicado é o método RPG (Reeducação Postural Global), que orienta uma postura melhor para adequar às atividades do dia a dia.

Além disso, a fisioterapia e exercícios de alongamento antes e depois de atividades físicas intensas são boas alternativas de tratamento para o sedentarismo. No caso de pacientes ativos em excesso, o ideal é justamente regular as atividades da semana a uma frequência que previna lesões e a aceleração do desgaste das articulações. 


Foto: Freepik

domingo, 5 de setembro de 2021

DE 8% A 14% DOS TRAUMAS OCULARES OCORREM DEVIDO A PRÁTICAS ESPORTIVAS



É comum a recomendação de consultas e exames cardiológicos antes de um atleta iniciar qualquer esporte - mas, você sabia que acompanhamento oftalmológico também é importante? É o que explica dra. Priscilla Drudi, oftalmologista especialista em córnea e doenças da superfície ocular: "A proteção dos olhos para esporte de alto impacto e com riscos de trauma são essenciais para manutenção da saúde ocular. Isto porque cerca de 8% a 14% dos traumas oculares ocorrem devido a práticas esportivas".

Não utilizar óculos protetores podem ocasionar lesões como descolamento de retina, perfuração ocular, lacerações oculares, luxação do cristalino e catarata traumática, além de trauma contuso ou fechado, em que não ocorre a perfuração do globo ocular. "Qualquer prática esportiva que tenha contato, como lutas, futebol e basquete, podem facilitar as lesões", conta a especialista.

Mas, ainda é importante prestar atenção aos cuidados em esportes embaixo d'água, como ginástica aquática e natação. Embora não haja contato direto com outros participantes, a falta de óculos de proteção pode causar quadros de irritação ocular por conjuntivite crônica, olho seco e alergias. "É importante evitar o contato direto com uso dos olhos com água e produtos diluídos que podem levar a irritação crônica, ceratites e outras infecções oculares", explica dra. Priscilla

Avaliação oftalmológica

Antes mesmo de iniciar um esporte, é preciso passar em consulta com oftalmologista para identificar necessidade de lentes corretivas para enxergar melhor e realizar uma análise detalhada da retina. "Algumas pessoas podem ter lesões que predispõem ao descolamento de retina, mas isso pode ser tratado antes do início da prática esportiva, diminuindo muito risco do evento".

Equipamentos de proteção para cada esporte

No caso de esportes com alta exposição solar, como vôlei de praia e alpinismo, é importante óculos com proteção ultravioleta. Já para modalidades de alto impacto - ciclismo, tiro esportivo, tênis e paintball, por exemplo - existe a necessidade de óculos que protejam de colisões na região ocular.

A escolha do tamanho dos óculos é fundamental para que a proteção seja eficaz em esportes aquáticos. "Ele precisa ter um bom ajuste no rosto do atleta", indica. E para não atrapalhar o esporte, também é necessário verificar se os óculos respeitam o campo de visão do nadador. "Quanto maior o campo de visão, melhor e mais confortável".

Outro fator que deve ser levado em consideração é a cor das lentes: em esportes na água e ao ar livre, lentes escuras ou espelhadas são as melhores escolhas; já a preferência por óculos claros ou com lentes levemente coloridas traz melhor visibilidade para o atleta as piscinas fechadas.

Cada esporte requer um cuidado e o uso de proteção é fundamental, pois algumas lesões podem ser irreversíveis. "A prática esportiva é essencial para uma boa saúde, porém é necessário que tenhamos cuidados para que acidentes ou lesões não prejudiquem a visão de forma permanente", aconselha a especialista.

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

A importância da hidratação durante a prática de exercícios no inverno

 


As madrugadas frias deste inverno, que já registra recordes de baixa temperatura pelo Brasil, têm exigido grande força de vontade de muitos brasileiros para trocarem a cama quente pela prática de exercícios físicos. Além da disposição, o inverno também é uma estação que requer mais do metabolismo para produzir calor, com um gasto maior de energia. De acordo com especialistas, a preocupação com a hidratação nessas condições não deve ser negligenciada, já que nossos corpos continuam suando e a reposição dos líquidos deve ser resposta da melhor maneira.

 "Para muitos, o frio representa um desafio, uma espécie de agente ambiental de estresse que deve ser superado durante as diversas atividades do dia. Os praticantes de atividades físicas precisam estar preparados para algumas alterações que o inverno pode trazer", destaca Denise de Melo Marins, doutora em Ciências do Movimento Humano e especialista na avaliação do balanço hídrico de atletas de alto desempenho atuando como Consultora Científica do Gatorade Sports Science Institute.

 Entre os pontos, Denise de Melo Marins destaca que, apesar de suar menos na estação fria, o corpo precisa constantemente da reposição de líquidos para cumprir bem suas funções, principalmente ligadas à circulação sanguínea, composição das células, atividades musculares e respiração.

 Durante os exercícios, independentemente da condição ambiental, o corpo produz mais calor e, consequentemente, suor, o que pode desencadear a desidratação que ocorre devido à perda não percebida de líquidos associado a pouca ingestão. Durante o ambiente frio, grandes quantidades de líquido são exaladas na forma de vapor ao mesmo tempo em que também a redução do reflexo de sede.

"O consumo adequado de líquidos ajuda o mecanismo de termo regulação do corpo, responsável por manter a temperatura em torno de 37ºC, estimulando a transpiração nos dias quentes de verão e mantendo o metabolismo ativo durante o inverno. O corpo produz calor durante os exercícios, no verão ou no inverno, só que como a gente sente menos sede no frio e continuamos a perder líquido, podemos desidratar e nem perceber'', completa Denise.

 A falta de ativação adequada dos músculos pré exercícios físicos, principalmente em dias frios, também podem levar a redução da força e da potência. Assim, o desempenho de atividades ligadas à potência, como corridas de curta distância, pode ser comprometido devido à redução da velocidade de contração dos músculos. Bebidas isotônicas possuem diversos benefícios como a reposição de água, carboidratos e sais minerais, evitando a desidratação e cãibras.

 Outra dica importante é o uso de roupas de efeito isolante, que também pode ajudar a encarar a temperatura e a manter o calor do corpo durante as atividades físicas praticadas na estação.

 Veja outras recomendações para a ingestão de líquidos ao praticar atividades físicas:

 Ocasião / Recomendação

 • 4 hrs antes do exercício: 5-7 mL de líquido/ kg da massa corporal

 • 2 hrs antes do exercício: 3-5 mL de líquido/ kg da massa corporal (se a urina estiver escura)

 • Durante o exercício utilize um plano individual de hidratação: (Peso perdido durante o exercício + Volume de líquido consumido durante = Quanto deveria beber em uma próxima atividade similar)

 • Após o exercício: 120-150% da massa corporal perdida

 

quinta-feira, 22 de julho de 2021

Como combater o sedentarismo?

 


O início dos Jogos Olímpicos de Tóquio se tornou o foco de parte da população que adora acompanhar as competições de diferentes categorias esportivas. Entretanto, o assunto chama atenção para outro tema bastante relevante: o sedentarismo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 25% dos adultos em todo o mundo são sedentários e, entre os adolescentes, essa taxa piora, chegando a 81% de jovens que não praticam exercícios.

Porém, a prática de atividade física é essencial e, além dos benefícios que oferece em qualquer tempo, tanto para a saúde física quanto mental, ela é especialmente importante neste momento, devido a pandemia da Covid-19.

"De acordo com os dados divulgados pela OMS, mais de 5 milhões de pessoas morrem anualmente em razão do sedentarismo. Por isso, em tempos de pandemia e UTIs lotadas, os exercícios físicos são de extrema importância para combater tanto a Covid-19, quanto o sedentarismo", alerta o educador físico e membro da DoctoraliaWerico Rodrigues .

Além disso, a longo prazo, a prática frequente diminui os riscos de desenvolver diversas doenças, que vão da gripe ao câncer, passando por diabetes, hipertensão, depressão e doenças articulares. As atividades físicas rotineiras também deixam o corpo mais saudável, ou seja: elas resultam na melhora da aptidão muscular e cardiorrespiratória, além da redução do risco de queda e de fratura de quadril e vertebral.

E como começar?

Werico explica que para aqueles que desejam iniciar do zero, sem experiência prévia na prática de atividade física, a melhor coisa a se fazer é buscar por um profissional de educação física para ter um atendimento personalizado. "Provavelmente, ele irá te orientar de forma individualizada, considerando sua realidade e condição física, o que é bastante importante", detalha. No entanto, para aqueles que não possuem problemas de saúde e buscam começar aos poucos, uma caminhada leve, de meia hora, é o suficiente para o início de uma rotina mais ativa.

"A melhora na qualidade de vida e na saúde começa com pequenos passos. Se achar necessário, busque por um profissional que possa te orientar, mas outra opção interessante é investir em caminhadas ou passeios de bicicleta, por exemplo. Dessa forma, estará ao ar livre, fazendo algo leve e até mesmo divertido, que também pode ser uma oportunidade para relaxar e espairecer a mente", completa.

Alongue-se!

O alongamento geralmente está relacionado ao início ou ao final de algum exercício, isso porque essa prática prepara a musculatura para determinada ação que irá ocorrer e, também, pode ser utilizada como um trabalho de resfriamento para acalmar o corpo. Trata-se de uma atividade física que tem como objetivo aumentar a amplitude articular, então não deixe de incluí-la pelo menos antes de iniciar algum exercício!

Além disso, o alongamento também pode ser o exercício principal da sua rotina, sabia? "Pessoas com dores articulares no quadril, por exemplo, ou até mesmo com dores na lombar, podem aderir a prática como atividade diária, uma vez que o exercício promove a sensação de alívio, trabalhando a mobilidade e fazendo com que as dores sejam menos intensas", explica Werico.

Foque na constância

Há quem diga que é necessário praticar exercícios todos os dias para ter uma vida realmente saudável, mas, todos sabem que, entre a correria do trabalho e a vida pessoal, nem sempre sobra espaço para a prática diária. Segundo a OMS, o ideal é que se pratique atividades físicas no mínimo três vezes por semana, dando preferência para os exercícios aeróbicos e neuromusculares. "Tente definir um horário no dia que será destinado ao exercício físico escolhido, mantendo a constância de pelo menos três vezes na semana. Caso não consiga ir no dia X, tente repor no dia seguinte e assim por diante. O importante é não desanimar!", completa o educador físico.

 

quinta-feira, 3 de junho de 2021

Benefícios da natação no inverno

 


Nesta época do ano, onde as doenças respiratórias aparecem com mais frequência, a natação é uma ótima maneira de preveni-las. As principais, como a asma e a bronquite, podem ter suas crises espaçadas com a prática regular desta modalidade.

Praticar natação no verão ou inverno traz os mesmos benefícios para a saúde, que são: melhora no sistema cardio-respiratório (coração, pulmão e circulação), melhora da força e resistência muscular, melhora na coordenação motora, auxílio para perda ou manutenção do peso corporal, auxílio no tratamento de doenças respiratórias, diabetes e hipertensão, além de inúmeros benefícios psicológicos, como por exemplo, o combate ao estresse, o relaxamento mental e a socialização.

Mesmo sabendo de todas estas questões, se a pessoa ainda não ficar convencida a continuar as aulas neste período, pois sabemos do fator “preguiça de inverno”,  é necessário lembrar que nesta época do ano nosso organismo necessita de mais energia para manter o aquecimento corporal e, consequentemente, nos alimentamos mais - e de alimentos altamente calóricos, quentes - levando assim, a um aumento do peso corporal total, prejudicando todo o esforço realizado nas aulas durante o calor.

Nadar no inverno também é importante pois produz anticorpos para tornar o organismo mais resistente contra as mudanças de temperatura. Porém, é importante se cuidar, levando à beira da piscina chinelos e roupão ou toalha, para se proteger e amenizar a sensação de frio. O principal cuidado nesta época é evitar o choque térmico.

Todo exercício é válido, principalmente porque, em tempos de frio, se continuarmos a ter hábitos saudáveis de vida (alimentação e exercício), o processo de emagrecimento é facilitado.

Em Jundiaí, a academia UNIEF está preparada para receber seus alunos durante o inverno, pois possui piscina de 25 metros coberta com água climatizada a 30ºC, aquecedores nos vestiários, e água tratada com ozônio, que mesmo em ambiente fechado não tem cheiro forte, diferente de piscinas tratadas com cloro. Beneficiando, assim, inclusive pessoas sensíveis e alérgicas a este produto, evitando desenvolver doenças respiratórias (sinusite, rinite).

Agora, com estas informações, nvocê não pode mais ter desculpas para deixar de nadar no inverno. A UNIEF também conta com aulas de musculação/condicionamento físico. Vá conhecer!

A Unief fica na Rua Maestro Francisco Farina, 441, Vila Progresso. Contatos: (11) 4587-9306, 99937-0961, unief@unief.com.br, www.unief.com.br, instagram:_ @unief, facebook: UNIEF- Unidade Integrada de Educação Física.

 

sexta-feira, 28 de maio de 2021

Correr no frio requer cuidados

 


As baixas temperaturas do inverno costumam afastar os praticantes de exercícios das corridas - sejam em ambiente fechado (esteiras) ou na rua, seja pelo desconforto do ar gelado no rosto, que pode causar problemas respiratórios, seja por dores, lesões crônicas e articulações.

É normal sentir preguiça de correr no frio ou, até mesmo, cair em tentação com a alimentação mais gordurosa quando as temperaturas caem. Mas, não é porque esfriou que você pode - e não deve! - atrapalhar a sua rotina de treino. Muito menos, usar de desculpa para deixar a corrida, a dieta balanceada, de lado.

Além de aumentar energia e disposição para aguentar todas as atividades do dia, correr no frio também aumenta a imunidade do corpo; além de ser mais confortável para suar a camisa do que quando as temperaturas estão mais quentes.

Para prevenir lesões, Vanessa Furstenberger, Fitness Coach da capital paulista, aconselha o aquecimento local das articulações para que elas se lubrifiquem e se preparem para o exercício. "Após essa preparação local, é bom fazer um aquecimento geral, como uma corrida leve, para começar a adaptação da parte cardiopulmonar -- nada mais do que 10 minutos -- e só depois um alongamento breve para que a musculatura possa responder com maior flexibilidade antes da corrida em si."

A roupa também requer atenção. Trajes térmicos e corta-vento são os mais indicados, por serem leves e fáceis de tirar conforme a temperatura corporal aumenta. "Não importa a opção: o importante é iniciar a corrida mais bem agasalhado e ir tirando a roupa aos poucos, mesmo porque após o exercício o corpo esfria muito rápido e você já terá uma blusa para se proteger rapidamente", ensina Vanessa.

Para quem precisa de motivação extra para deixar a preguiça de lado e sair correndo nos dias mais gelados, a Fitness Coach lembra que, no inverno, o corpo precisa manter o metabolismo mais acelerado para se manter aquecido e, junto a isso, tem-se estudado a liberação do hormônio Irisina que ajuda no processo de emagrecimento e que seria liberado com a combinação de exercício e exposição ao frio. "Se aliarmos todo esse gasto calórico extra e mais as calorias gastas em uma corrida, podemos dizer que ela emagrece mais no frio principalmente se for feita ao ar livre."

Vanessa deixa algumas dicas para quem quer correr no inverno:

- Escolha horários mais quentes durante o dia para correr, como a hora do almoço;

- Inicie a atividade com roupas mais quentes e tire as peças conforme o corpo for aquecendo;

- Beba água, pois apesar da menor quantidade de suor aparente e a pouca sede, o corpo desidrata e devemos evitar qualquer contratempo devido à perda de água;

- Alimente-se corretamente e de maneira equilibrada, assim você evitará uma queda da imunidade;

- Trace objetivos para serem alcançados com a corrida provas, superações de tempos, aumento de quilometragem) e, assim, você se sentirá estimulado a permanecer nos treinos e manterá a regularidade também durante o inverno.

 

sábado, 13 de fevereiro de 2021

O que comer no pré e pós-treino

 


Ter mais energia, melhorar ganho de massa muscular e emagrecer são 3 objetivos comuns entre as pessoas que fazem atividades físicas. No entanto, uma dúvida recorrente é qual alimento ingerir antes e depois do treino para obter melhores resultados. De acordo com a expert em emagrecimento, Edivana Poltronieri, a alimentação pré-treino é importante para dar força e energia ao corpo para a prática dos exercícios, já a alimentação pós-treino ajuda o corpo a recuperar a energia gasta, mas sem comprometer a performance do organismo na perda de calorias. Com os objetivos de cada etapa da alimentação definidos, Poltronieri dá dicas de como selecionar os alimentos antes e após os exercícios.

 

PRÉ-TREINO: alimente-se no tempo certo!

Não basta escolher o grupo certo de alimentos, mas fazer a ingestão no momento adequado para o organismo ter tempo de absorver os nutrientes e gerar a energia necessária para a prática dos exercícios. “O importante é deixar um espaço de até 2h entre a refeição e o treino porque isso evita dores no estômago e enjoos durante as atividades físicas”, orienta.

 

PRÉ E PÓS-TREINO: hidratação full time

Mais importante do que a alimentação adequada, é se hidratar bem. “Durante o treino é normal criar esse hábito, mas ele é importante também é importante antes. No pré-treino, o ideal é beber cerca de 1 copo de água a cada 15 minutos até o momento da atividade física. Ao terminar, indico a ingestão de até 3 copos de água”, explica Poltronieri.

 

PRÉ-TREINO: o que comer?  

As principais fontes de combustível do corpo são gordura corporal e carboidratos. Antes do exercício, Edivana orienta investir em carboidratos do bem, além de proteínas e gorduras boas. Dentro desse grupo de alimentos, a expert dá algumas sugestões: pasta de amendoim, geleia de fruta natural com pão integral, omelete com salada, mingau de aveia com banana e lascas de amêndoas ou ovos com torrada. Lembrando que, o ideal é que a alimentação seja, no mínimo, até 2 horas antes do treino!

 

Se o exercício não for em até 1 hora, a dica é investir em outros grupos de alimentos, como iogurte natural, frutas ou batata doce. Outra dica da expert é o uso de suplementos, com acompanhamento e liberação de um nutricionista, pois eles melhoram o desempenho, aumentam a massa magra corporal e diminuem a fadiga.

 

PÓS-TREINO: o que comer?

Depois de treinar, Edivana indica alimentos de fácil digestão a fim de aumentar a absorção de nutrientes, como pudim de chia com leite vegetal ou iogurte natural, maçã, quinoa, ovos, salmão, smoothie de frutas e wrap de peito de peru com folhas.

 

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Atividade física durante a gravidez

 


A gestação é um dos momentos mais especiais na vida de muitas mulheres e também é uma fase de muita preocupação com a saúde, tanto do bebê quanto da gestante. É ideal manter esses cuidados e adaptar algumas das atividades do dia a dia, como por exemplo os exercícios físicos, que podem ser mantidos nesse período.

O fisioterapeuta Fábio Akiyama explica que, na verdade, se exercitar é ótimo hábito durante a gravidez. “Se movimentar é fundamental para a saúde em qualquer momento da vida. Além de produzir endorfina, o que deixa as pessoas mais felizes, também diminui dores e aumenta a disposição. Ainda assim, é necessário manter um ritmo apropriado durante a gestação, evitando movimentos que podem causar desconforto ou dores”, ele aconselha.

Uma boa ideia é encontrar algum tipo de esporte com que a gestante se identifique e que seja agradável de fazer durante nesse momento especial, já que é importante manter os cuidados. No entanto, também existem casos em que é necessário evitar ao máximo qualquer tipo de atividade, naqueles em que o repouso absoluto é fundamental para a uma gravidez saudável. A consulta com um médico especialista é o que faz toda a diferença.

Para o dr. Fábio Akiyama, algumas modalidades de exercício são ótimas durante esse período, pois, além da movimentação, também colabora com a gestação. É o caso do pilates, que tem como objetivo melhorar dores e a postura também. A vantagem é que ela fortalece a musculatura pélvica e pode ajudar na oxigenação que chega ao bebê, o tranquilizando, bem como alongamentos, que previne lesões e ajudam com prisão de ventre e gases.

Caminhadas também podem ser muito benéficas e podem ser executadas de 3 a 5 vezes por semana, mas é importante se atentar nesses casos para evitar as lesões musculares. O fisioterapeuta ressalta a importância da prática ainda fora do período de gestação. “Mudanças de hábito repentinas não são saudáveis. Tanto uma alimentação saudável quanto as atividades físicas devem ser realizadas com alguma frequência antes, durante e após a gestação, mantendo o bem estar da mãe e do bebê”, diz o dr. Fabio.

Mas é possível tentar coisas novas, como a hidroginástica e danças. A primeira opção combate o inchaço e dores nas pernas, além de promover o relaxamento. Outra prática recomendada por especialistas é a musculação, embora soe controverso: os exercícios ajudam a prevenir as varizes e diabetes gestacional, sem contar que também aumentam a flexibilidade, o que tem importância durante o parto.

O ginecologista dr. Rodrigo Ferrarese recomenda o acompanhamento de especialistas em qualquer um dos casos. “Toda a atividade deve ser indicada a partir de uma avaliação prévia junto aos médicos que estão assistindo a gestante. Sabemos da importância de manter a movimentação, mas em alguns casos pontuais isso podem colocar a mãe e o bebê em risco”, aconselha.

Como ressalta o médico, a atividade física é ideal em qualquer momento da vida, mas é ainda mais importante ter recomendações médicas para não ter qualquer tipo de complicação. “Estar acompanhada de instrutores durante os exercícios também é essencial, fazê-los sem o conhecimento pode prejudicar áreas que estão mais suscetíveis a lesões, como a região pélvica, o abdômen e as costas”, ele finaliza

 

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Circuito Sesc de Corridas promove etapa virtual solidária



Desde 2018, o Circuito Sesc de Corridas promove anualmente mais de 120 provas de rua por todo país. Neste ano, devido à pandemia do novo coronavírus, as corridas foram suspensas. Mas para oferecer ao público a possibilidade de voltar a vivenciar essa experiência, o circuito lançou sua primeira etapa virtual. Entre 5 e 13 de dezembro, atletas de todas as regiões poderão participar de uma prova de 5km, escolhendo dia, local e horário para realização do trajeto, de forma a evitar aglomerações e respeitar as recomendações dos órgãos de saúde.

As inscrições poderão ser feitas até o dia 20 de novembro pelo site https://www.circuitosescdecorridas.com.br e será vinculada a uma doação ao Mesa Brasil Sesc, com valor a partir de R 20. Toda a renda arrecadada será revertida para compra de cestas básicas, que serão distribuídas pelo programa a instituições assistenciais cadastradas.

Para comprovar a participação, o atleta deverá utilizar dispositivos que indicam o tempo e a distância percorrida - como aplicativos de celular, relógios, GPS ou similares, foto do painel da esteira, entre outros - e registrar as informações no site do Circuito Sesc de Corridas. O resultado final será divulgado no dia 18 de dezembro no site do evento e, a partir do dia 18 de janeiro de 2021, os atletas poderão retirar a camiseta finisher da prova na unidade escolhida no momento da inscrição.

No total, serão disponibilizadas mais de 70 mil inscrições, atendendo todas as regiões do país.

Circuito Sesc de Corridas

O projeto tem como objetivo incentivar à prática de exercícios físicos e propiciar um estilo de vida saudável. As provas acontecem tanto nos grandes centros como em municípios do interior e comunidades periféricas, ampliando o acesso para os atletas e incentivando iniciantes na modalidade. Outra característica do circuito é promover a integração dos participantes e familiares, por meio de ações de lazer e entretenimento, realizadas paralelamente às provas, como jogos educativos, aulões de ginástica e recreação.

  

segunda-feira, 12 de junho de 2017

A importância do check-up esportivo


Na hora de fazer qualquer atividade física muitos locais pedem um atestado médico e muitas pessoas não levam o assunto a sério. Mas, utilizar qualquer atestado sem que realmente tenham sido feitos exames e avaliações é falha grave do estabelecimento e do atleta.

“Negligenciar essa etapa é colocar a saúde em risco e aumentar as chances de morte súbita”, explica a dra. Janaína Brabo (CRM 143901) do centro de bem-estar Helath4u.“Avaliar cada interessado em iniciar uma atividade física é de suma importância, pois através dos dados qualitativos e quantitativos podemos visualizar a real condição física, clínica e de seus hábitos alimentares, tendo assim base para prescrição ou restrição de algum tipo de atividades, com intuito de otimizar os objetivos pessoais propostos para cada indivíduo”, completa.

Já o diretor do espaço, Luís Gustavo Póvoa Foglia (CREF 043275-G/SP) ressalta que o check-up é o momento em que o cliente tem informações reais sobre suas condições de saúde. “Para melhorar as condições e manter o nível atual do atleta, o check-up esportivo regular confirma a condição da saúde do aluno em todas as áreas”, explica ele. As avaliações fisioterápica (postura e flexibilidade), física (teste ergométrico e resistência muscular), nutricional (composição corporal) e médica (avaliação clinica), acontecem sempre antes da montagem de um treino.

Se a busca é por resultados que sejam realmente efetivos, o check-up deve ser feito de forma regular. Por isso, ser reavaliado é fundamental para garantir as condições de saúde. “As reavaliações ocorrem a fim de buscar resultados métricos, além de ser mais assertivo na prescrição dos treinamentos. Portanto, as avaliações física, nutricional e fisioterápica ocorrem de dois em dois meses. Já a avaliação médica é semestral e ocorre para monitoramento das atividades e da saúde do praticante”, afirma dra. Janaína.

Mais do que conhecer o perfil de cada um, o mais importante, segundo a médica, é conhecer as características individuais de cada pessoa. Por isso, exames laboratoriais podem complementar a avaliação médica. “Homens e mulheres têm necessidades diferentes, por isso, as avaliações ocorrem de forma diferenciada. Recomendamos que o aluno interessado em praticar esportes realize esse protocolo para avaliação médica a fim de verificar possíveis disfunções como, colesterol, glicemia, vitaminas e até a parte hormonal se necessário”, afirma. “É válido ressaltar que o check-up esportivo é uma medida preventiva e negligenciá-lo pode potencializar algum problema de saúde oculto, por exemplo”.


sexta-feira, 19 de maio de 2017

Atividade física pode prevenir o câncer?


A prática de atividades físicas traz diversos benefícios para a saúde. Ela é reconhecida na prevenção e tratamento de várias doenças, como hipertensão, diabetes, obesidade, doenças cardíacas, depressão, entre outras. A boa notícia é que também vem sendo relacionada com a menor incidência de câncer, conforme indicam vários estudos publicados.

“O câncer de mama e o câncer de cólon têm sido mais estudados em relação à atividade física e tem, por sua vez, sua incidência reduzida em pacientes que fazem exercício regularmente”, afirma o oncologista do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Lucas Dan Yuasa. Esses estudos avaliam, por exemplo, se a pessoa faz exercício, qual a intensidade, e se há no decorrer dos anos seguintes algum diagnóstico positivo para a doença.

Um dos trabalhos mostra uma redução mais significativa quando o exercício regular foi iniciado dos 12 aos 20 anos de idade. “Ou seja, quanto mais cedo começa, maior o efeito benéfico do exercício na prevenção do câncer”, diz o médico. O efeito foi observado no seguimento de longo prazo de pessoas, avaliando-se a prática ou não de atividades físicas regular, mas sem avaliar possíveis causas. “Há várias hipóteses sem comprovação definitiva”, esclarece o especialista.

Outro fator importante, destacado pelo médico, é do ponto de vista da intensidade do exercício. É melhor para a saúde uma hora de exercício, durante três dias da semana, do que três horas uma vez por semana. “Regularidade e constância são melhores a longo prazo do que a intensidade esporádica”, garante.

A Sociedade Americana de Câncer incluiu em suas diretrizes a prática de exercícios físicos como medida preventiva contra o câncer ao lado de outras recomendações, tais como: consultar um médico a respeito dos exames de prevenção, realizar exercícios físicos pelo menos 30 minutos cinco ou mais vezes por semana, controlar o peso através de dieta bem balanceada contendo muitas frutas, vegetais e grãos e limitar o consumo de carnes, principalmente as com alto teor de gorduras e não fumar.

Durante o tratamento de câncer
Para quem já está em fase de tratamento do câncer, o ideal é consultar o oncologista para saber se há indicação de atividades e para quais, além de consultar o cardiologista, se houver algum tratamento ou acompanhamento com o mesmo. “Antes da indicação, alguns fatores são considerados, como o tipo de cirurgia, tempo de tratamento, qual o tratamento, e também de qual forma de atividade física está sendo escolhida, caso o paciente já chegue com uma sugestão”, conta.

O oncologista ressalta que o exercício será sempre benéfico para o paciente, desde que respeitados os limites pessoais e bom senso. “Não tenho conhecimento de pesquisa que tenha relacionado o exercício e a reincidência do câncer, mesmo porque há outros fatores que influenciam diretamente essa reincidência, tais como o tipo de câncer, estágio por ocasião do diagnóstico, tipo de tratamento. Porém o exercício será sempre benéfico, física, mental e emocionalmente”.

O que a prática do exercício proporciona ao organismo
Segundo o médico, durante a prática o corpo libera endorfinas, substâncias bioquímicas analgésicas que ajudam a aliviar a dor e trazem relaxamento para o corpo inteiro, dando a sensação de prazer e bem-estar. Além disso, libera o GH (hormônio do crescimento), considerado um agente anabólico que estimula o crescimento tecidual, cartilaginoso e ósseo, e também as catecolaminas, um grupo de substâncias em que estão presentes a adrenalina e a noradrenalina, que aumentam a taxa de metabolismo, liberam glicose e ácidos graxos livres na corrente sanguínea e aumentam o gasto energético do corpo, ideal para quem quer perder peso.



terça-feira, 11 de abril de 2017

Dicas para quem deseja começar a correr


Basta colocar uma roupa confortável e um tênis apropriado. Sem precisar de muita estrutura e investimento para praticá-la, a corrida de rua tem ganhado cada vez mais adeptos. Além disso, a lista de benefícios para a saúde é imensa. “Os principais são redução de peso, menor chance de apresentar problemas cardíacos, como o infarto e hipertensão, redução de ocorrência de diabetes e vários tipos de câncer”, explica o especialista em Medicina do Esporte e cardiologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, dr. Marcelo Leitão.

Segundo o médico, o exercício pode ser realizado por qualquer pessoa, desde que esteja em boas condições de saúde e apresente um grau mínimo de condicionamento físico. “Quem está sedentário há muito tempo deve iniciar as atividades com exercícios de baixa intensidade e a caminhada é uma boa opção para esta fase inicial”, comenta.

À medida que o condicionamento vai melhorando, o iniciante pode correr em velocidades progressivamente mais elevadas. Mas antes de iniciar uma atividade física é sempre importante consultar um médico. “A partir desta avaliação inicial podem ser solicitados alguns exames, como o teste cardiopulmonar de exercício”, diz dr. Marcelo. O teste tem grande utilidade na avaliação da saúde de atletas e pessoas sedentárias que desejam iniciar uma atividade física, pois registra o maior valor de oxigênio consumido pelo organismo durante o esforço máximo despendido na avaliação e as faixas de batimentos cardíacos que determinam o limite de atividade aeróbica que a pessoa pode suportar sem sobrecarregar o coração e os músculos.

Em relação ao tempo de exercícios, o especialista comenta que o ideal é realizar por semana 2h30 de exercícios de baixa intensidade, como caminhar, ou 1h15 de corrida de moderada a elevada intensidade. “Mas vale ressaltar que esta recomendação é mínima, quanto mais praticar maior serão os benefícios para a saúde”, afirma.


sexta-feira, 10 de março de 2017

Pilates é para todos!


O Pilates, seja praticado no solo ou em aparelhos, leva o praticante a de­senvolver uma consciência corpo­ral, assim como um maior controle na exe­cução dos movimentos associados à respira­ção. Segundo a professora Raquel Dolce Fraga Grasson, como as aulas são desenvolvidas a par­tir de uma avaliação postural, mesmo quan­do realizadas em grupos, os exercí­cios físicos espe­cíficos podem ser aplicados de for­ma a respeitar as necessidades de cada aluno.

Confira os benefícios do Pilates em cada idade:

- Crianças e adolescentes 
As aulas no solo utilizam bolas, dis­cos propriocepti­vos, rolos e outros acessórios, assim como atividades lúdicas. O objetivo final é melhorar a postura, a coor­denação motora, a flexibilidade e o equilíbrio, favore­cendo a redução dos vícios postu­rais que começam na infância.

- Gestantes 
Uma das principais razões que torna o Pila­tes tão bom para as gestantes, é porque ele é uma atividade física de baixo impacto e ótimo para auxiliar no fortalecimento dos músculos centrais do corpo. Se o abdômen, as costas e o assoalho pélvico estão tonificados, eles su­portarão com mais conforto e resistência o período de gestação e a hora do parto.

- Idosos 
São muitos os benefícios proporcionados pelo Pilates aos idosos: alívio da dor, princi­palmente as lombares, maior percepção dos movimentos, fortalecimento muscular, maior equilíbrio, aumento da flexibilidade e alí­vio do estresse, en­tre outros. A gran­de vantagem está na melhora da au­toestima do prati­cante, uma vez que ele consegue rea­lizar uma série de exercícios físicos que até então, não se julgava capaz.

- Atletas 
Segundo a professora, está mais do que provado que o mé­todo Pilates ajuda na performance e no condicionamen­to dos atletas. Mui­tos praticantes de esportes já aliam a técnica às suas ati­vidades como uma forma de reestru­turar o corpo e me­lhorar a consciência dos movimentos. A prevenção de lesões é um dos grandes benefícios da prática para os atletas, pois há um desgaste muscular menor. Além dis­so, o método é muito eficiente na recupera­ção de traumas.


quarta-feira, 1 de março de 2017

Atividade física x doenças respiratórias


A realização de exercícios físicos é benéfica para fortalecer a musculatura, aumentar a resistência física, proporcionar melhora na postura corporal e é importante no tratamento de doenças crônicas como depressão, diabetes e asma.

De acordo com dr. Clystenes Odyr Soares Silva, pneumologista professor da Unifesp, a prática de atividades físicas regulares traz inúmeras vantagens. “Diversos estudos mostram que a vida sedentária não é boa e que a pessoa que se exercita é mais saudável, vive mais, adoece menos e tem uma melhor qualidade de vida”, diz ele.

Ainda é comum acreditar que pessoas acometidas por doenças respiratórias devem evitar realizar esforço físico e que a prática de esportes seja perigosa. Porém, o médicos esclarece que os exercícios são indicados. Segundo ele, tudo depende da condição de saúde do paciente, mas, na maioria dos casos, as atividades físicas são indicadas como parte do tratamento para melhorar o condicionamento físico e a capacidade respiratória. “A prática de exercícios físicos pode ser uma grande aliada para diminuir os riscos de complicações, crises e internações de pacientes com doenças respiratórias”, ressalta.
Confira abaixo as dicas e recomendações do especialista para incluir atividades físicas no cuidado com as doenças respiratórias crônicas.

ASMA

A asma caracteriza-se pela inflamação crônica dos brônquios de causa alérgica e leva à falta de ar e chiado no peito. É uma doença crônica, comumente diagnosticada na infância, mas que pode afetar pessoas de todas as idades, culturas e localizações geográficas. Quando tratada adequadamente, os sintomas da asma podem ser controlados e não ocasionam impactos na rotina do paciente. Porém, é comum que os asmáticos considerem que a doença está sob controle, ainda que sintam limitações ao realizar atividades no dia a dia.

Essa percepção equivocada leva frequentemente ao tratamento inadequado da doença, que pode se agravar e causar crises de falta de ar, internação e até mesmo o óbito. Dados recentes do DATASUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil) mostram que três pessoas com idades entre 5 e 64 anos morrem a cada dia por asma no Brasil, somando mais de 2 mil óbitos entre 2009 e 2013.

Dr. Clystenes explica: “a pessoa com asma controlada não deve perceber nenhuma limitação e pode realizar quaisquer atividades que uma pessoa que não tem asma, sem dificuldades. Para isso, é imprescindível acompanhamento médico e tratamento medicamentoso com broncodilatadores de uso contínuo”.

A prática de exercícios físicos também pode auxiliar no controle da asma, mas é necessária atenção quanto às condições da prática esportiva. É importante considerar o local a realizar a atividade, pois poluentes e mudanças de temperatura podem ser gatilhos para crises. O especialista dá dicas sobre os principais cuidados:

·         Na cidade: “Em grandes cidades, por exemplo, não é recomendado realizar exercícios em avenidas movimentadas onde há grandes índices de poluição”.
·         Ao ar livre: “Em parques e praças, há maior qualidade do ar, mas a preocupação é com a temperatura. Evite se expor a altas temperaturas, principalmente nos meses de verão e em horários entre 10h e 14h”.
·         Na academia: “É o local mais indicado, pois é possível ter mais controle sobre o ambiente. Atente para o ar condicionado com temperaturas muito baixas, que diminuem a umidade”.

Como saber se asma está controlada?

Segundo o GINA (Global Initiative for Asthma), é possível saber que a asma não está controlada caso a pessoa tenha sentido um dos itens nas últimas quatro semanas: sintomas diurnos mais de duas vezes por semana; qualquer despertar noturno causado pela doença; uso de medicamentos para alívio da falta de ar mais de duas vezes por semana; se a asma estiver limitando as suas atividades cotidianas.

DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica)

Causada principalmente pelo tabagismo, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, ou DPOC, é o termo usado para denominar o conjunto de duas doenças que causam a obstrução crônica das vias aéreas dentro dos pulmões: a bronquite crônica e o enfisema pulmonar. A bronquite é a inflamação dos brônquios e bronquíolos e o enfisema se caracteriza pela destruição do pulmão e surgimento de bolhas, com aprisionamento de ar nas cavidades, o que dificulta a respiração e leva ao cansaço ou falta de ar. A DPOC é diagnosticada quando o paciente apresenta a sobreposição das duas doenças e pode causar tosse, chiado no peito, falta de energia, falta de ar e dificuldade para realizar atividades diárias.

Dados do Ministério da Saúde estimam que a DPOC afete mais de 7 milhões de pessoas no Brasil e seja responsável pela morte de 40 mil brasileiros todos os anos. Segundo o dr. Clystenes, isso acontece porque os sintomas da doença são frequentemente negligenciados “É comum que as pessoas confundam os sintomas da DPOC, como tosse e cansaço, com sinais comuns do envelhecimento e por isso demorem a procurar atendimento médico”, explica.

Segundo o Gold – Iniciativa Global para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – um programa mundial que atua com objetivo de sistematizar, padronizar e orientar o diagnóstico e tratamento da DPOC, existem cinco perguntas básicas que ajudam o profissional de saúde a identificar pacientes que podem ter a doença:

·         Possui mais de 40 anos
·         Fumante ou ex-fumante
·         Tosse frequente
·         Expectoração ou “catarro” constante
·         Cansaço ou dificuldade para respirar, como subir escadas ou caminhar

Sejam esportes aeróbicos, aquáticos, de alto ou baixo impacto, em equipe ou individuais, a recomendação é não levar uma vida sedentária. “O sedentarismo está atrelado a diversas doenças e o paciente não pode deixar que condições crônicas sejam justificativas para não realizar atividade física. Com tratamento adequado e conhecendo suas limitações, a prática de atividade física é essencial para manter e aumentar a qualidade de vida”, finaliza o especialista.