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quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Estrabismo pode ser operado em adultos?



Essa é uma pergunta muito frequente nos consultórios dos oftalmologistas especialistas em estrabismo. E a resposta é sim! O estrabismo também pode ser corrigido por meio de cirurgia em adultos e a boa notícia é que o procedimento em adultos não é meramente estético.

Segundo um estudo, a cirurgia para corrigir o estrabismo em adultos alcança um alinhamento dos olhos satisfatório em 80% dos casos. Outra revelação da pesquisa é que a maioria dos adultos que passa pela correção do desvio dos olhos, experimenta melhora na função binocular, responsável por ver os objetos em 3D pela visão de profundidade, por exemplo.

De acordo com dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra, especialista em Estrabismo e Chefe do Serviço do Neuroftalmologia do Banco de Olhos de Sorocaba, estudos mais recentes mostram que além dos benefícios psicossociais da cirurgia de estrabismo em adultos, há também melhora na expansão do campo visual binocular ou ainda a recuperação da visão binocular (estereopsia).

“A visão binocular é aquela responsável pela sensação espacial das imagens e pela profundidade. É a visão que usamos para ver em 3D. Ela se forma a partir da captação da imagem de forma individual pelos olhos, que depois é fundida em uma só pelo cérebro. O estrabismo, quando não tratado, pode resultar na perda dessa capacidade”, explica a especialista.

“Por isso, a recomendação é fazer a cirurgia ainda na infância, período de maturação do sistema visual. Entretanto, os estudos ao longo dos anos mostraram que mesmo quando a correção do estrabismo é feita na vida adulta, resulta em melhora no campo visual binocular e, em alguns casos, ocorre a recuperação da binocularidade, conhecida pelo termo médico estereopsia”, comenta a dra. Marcela.

Impactos da perda da visão binocular
A perda da visão binocular pode ser um impedimento para exercer algumas profissões. Uma pessoa com estrabismo não corrigido não poderá exercer funções, como pilotar um avião, um trem ou ainda ser um médico cirurgião. Ler livros em 3D ou ver um filme em 3D também não será possível, por exemplo.

Visão dupla e estrabismo
Uma outra condição que também apresenta melhora com a cirurgia de estrabismo é a diplopia, mais conhecida como visão dupla. “O que ocorre é que quando o estrabismo se desenvolve depois da maturidade visual, a pessoa irá apresentar visão dupla, porque não tem mais a capacidade de suprimir uma das imagens captadas pelos olhos. Na infância, como a visão está em desenvolvimento, o cérebro inibe a imagem do olho saudável, levando à ambliopia, conhecida como olho preguiçoso”, diz a médica.

Estrabismo: quando operar?
De acordo com dra. Marcela, a indicação da cirurgia é feita de forma individualizada e não são todos os tipos de estrabismo que podem ser corrigidos por meio da cirurgia. “O estrabismo causado pela hipermetropia, por exemplo, não tem indicação cirúrgica. Mas, nos estrabismos com indicação, teremos casos em que será preciso operar precocemente, ainda no primeiro ano de vida. Quanto antes for feita a cirurgia, menor o risco de ocorrer danos no desenvolvimento visual”.

Já em adultos, o estrabismo pode ser corrigido a qualquer momento, desde que não haja contraindicações nos exames pré-operatórios ou outras condições de saúde que impeçam a cirurgia.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Mitos e verdades sobre a toxina botulínica


A aplicação da toxina botulínica é uma prática cada vez mais comum na vida de homens e mulheres que almejam rejuvenescer sua aparência física e elevar a autoestima. Com a popularização do procedimento estético, é natural que surjam mitos sobre o assunto. Pensando nisso, a médica-chefe da rede Pró-Corpo Estética Avançada, dra. Adriana Benito lista alguns pontos importantes para esclarecimento e desmistificação do assunto. Confira:

A toxina botulínica proporciona efeitos imediatos?
MITO. A diferença começará aparecer após 48 ou 72 horas da aplicação, em determinada região. Para que os efeitos sejam visivelmente notáveis, é necessário aguardar o período de quinze dias ou mais até que os músculos se acomodem.

A toxina botulínica só é indicada para corrigir rugas?
MITO. De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a toxina botulínica é recomendada também para alterações corporais como, por exemplo, estrabismo, blefaroespasmo, distonias, espasticidade e hiperidrose palmar e axilar (suor excessivo).

Não existe idade mínima para fazer esse tipo de tratamento.
VERDADE. Nesse caso, o mais importante é a recomendação apropriada, vinda de um profissional especializado. Muitos procedimentos estéticos não necessitam de idade mínima, no entanto é primordial recorrer a profissionais qualificados e clínicas credenciadas e reconhecidas, para a correta indicação.

A sobrancelha sobe com a aplicação do Botox®.
VERDADE. Ao ser aplicado no local correto, a toxina botulínica pode fazer com que a sobrancelha se eleve sutilmente, o que proporciona uma aparência mais jovial a quem se submete ao procedimento.

A toxina botulínica  perde o efeito ao longo dos anos?
MITO. Você pode usar a toxina botulínica por quanto tempo desejar ao longo da vida e o efeito será sempre o mesmo. Pode acontecer de a condição da sua pele mudar devido ao processo de envelhecimento, isso possivelmente exigirá uma quantidade maior da toxina ou um tratamento diferente.

Se eu aplicar a toxina botulínica, meus lábios aumentarão?
MITO. A toxina botulínica não preenche ou aumenta o volume de determinada região. Ao contrário do preenchimento, é usada para suavizar rugas e linhas de expressão por meio do relaxamento do músculo, sem preenchimento.

A aplicação do procedimento estético é dolorida.
MITO.O procedimento é praticamente indolor, mas para pessoas mais sensíveis é possível aplicar um anestésico tópico local. Consulte um especialista para conhecer os protocolos de segurança do método.


sábado, 27 de setembro de 2014

Correção visual pode melhorar desempenho escolar


A cada 20 crianças, uma sofre de algum problema de visão. Já na adolescência, os números assustam ainda mais: um em cada quatro alunos necessita de correção visual. Quanto mais cedo os pais levarem seus filhos ao oftalmologista, melhor. Afinal, muitas vezes a criança apresenta baixo rendimento escolar simplesmente porque não enxerga bem e ninguém a seu redor – nem os pais, nem professores – se deram conta do problema. Há as que não enxergam direito o que está escrito na lousa e outras que podem sentir dificuldade para ler livros, cadernos e apostilas que estão sobre a carteira.
O médico oftalmologista Renato Neves conta que já atendeu uma paciente de seis anos que enfrentava muita dificuldade na alfabetização e que já havia procurado até mesmo outros médicos, para ver se era déficit de atenção ou algum outro problema. Não era: a criança tinha 12 graus de miopia em um só olho. O médico alerta pais e professores que prestem mais atenção em alguns sinais que a criança mostra, como franzir os olhos para ler, afastar cadernos com as mãos para acomodar melhor a visão etc.
Como a dificuldade para enxergar bem pode gerar um impacto bastante negativo na vida das crianças, comprometendo não só o rendimento escolar como as relações sociais, Neves aponta sete vícios de comportamento que podem ter origem em problemas de visão:
  1. Apertar os olhos para ler. Quando a criança aperta um dos olhos para enxergar, pode ser que, inconscientemente, esteja querendo melhorar o foco e usando o olho bom para ler com mais clareza. Trata-se de um sintoma clássico que deve ser avaliado.
  2. Reclamar de dor de cabeça. Quando a queixa de dor de cabeça é frequente durante as aulas, ou quando a criança faz a lição de casa, é preciso investigar. Principalmente se reclama de ‘dor na testa’. Afinal, ela pode estar fazendo um esforço extra para enxergar direito.
  3. Sentar muito próximo à televisão. Ainda que as telas dos televisores tenham aumentado bastante nos últimos anos, algumas crianças insistem em sentar bem próximas à TV, dando sinais claros de que talvez sofram de miopia. O mesmo acontece com games de bolso ou livros. Se o seu filho tiver o costume de aproximar os olhos de tudo o que precisa enxergar, é um sintoma claro de que precisa fazer um exame de visão.
  4. Acompanhar a leitura com um dedo. Eis outro sinal perceptível durante a leitura. Se a criança não conseguir ler sem recorrer ao dedo indicador, pode não ser apenas uma mania, mas um caso de ambliopia – síndrome do olhinho preguiçoso – em que as letras e palavras parecem muito próximas, dificultando a leitura.
  5. Tapar um olho com a mão. Há crianças que automaticamente tapam um dos olhos com a mão para enxergar melhor com o ‘olho bom’. Isso pode acontecer durante as atividades escolares ou até mesmo de lazer. Tanto pode indicar um problema de ambliopia ou de estrabismo. Por isso, esse sintoma deve ser devidamente investigado por um oftalmologista.
  6. Andar de cabeça baixa. Há casos em que a criança estrábica ou com desequilíbrio no músculo ocular acaba tendo dupla visão ao focar um objeto ou olhar para baixo. Para se sentir mais segura, passa a andar sempre com a cabeça baixa, na tentativa de prevenir problemas mais sérios como quedas.
  7. Coçar os olhos insistentemente. Esse é um sinal clássico de fadiga ocular e deve ser investigado. Tanto pode ter origem em problemas de visão como pode estar relacionado à conjuntivite. Nos dias em que a umidade do ar está baixa, essa condição se intensifica tanto que pode até provocar lesões nas pálpebras.