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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Riscos de compartilhar maquiagem

 


Existe uma cena clássica entre amigas, seja no shopping, na balada ou em qualquer outro passeio: amiga, você tem um batom para me emprestar? O exemplo aqui foi o batom, mas a lista de itens de beleza compartilhados entre colegas pode se estender a base, blush, rímel etc… A prática é comum, mas não correta, de acordo com Daniela Pontes, biomédica especializada em biossegurança. Segundo ela, isso pode trazer alguns problemas de saúde.

“Maquiagens são itens pessoais e que não devem ser compartilhados por alguns motivos, entre eles porque podem ser causadoras de infecções. Você usaria a escova de dente de alguém? Creio que a resposta seja não”. Isso quer dizer que se eu usar, por exemplo, o pincel de blush de alguém, vou me infeccionar? Não necessariamente, mas sim, existe uma chance. 

“Como estamos falando de itens que têm contato direto com a pele, eles carregam bactérias que ficam na superfície do rosto, ou seja, acabam sendo transportados de uma pessoa para outra”, explica. 

A prática anti-higiênica aumenta o risco de infecções cutâneas, como acne e dermatite, infecções bacterianas ou virais, a exemplo da conjuntivite e até mesmo reações alérgicas, já que determinados ingredientes encontrados em produtos de maquiagem podem causar reações alérgicas em algumas pessoas. Isso pode incluir erupções cutâneas, coceira, vermelhidão e inchaço.

“O contato frequente com certos ingredientes presentes em maquiagens, como corantes e conservantes, pode desencadear a dermatite de contato. Isso resulta também em inflamação e irritação da pele, complementa a biomédica.

Por isso é importante praticar a higiene adequada, evitar compartilhamento de maquiagem, e, mais do que isso, verificar regularmente a validade dos produtos e prestar atenção a qualquer sinal de irritação ou reação adversa ao usar maquiagem. Caso ocorram problemas persistentes, o ideal é  procurar a orientação de um profissional de saúde.

Erros ao se maquiar

Além do compartilhamento de maquiagens, alguns hábitos aparentemente inofensivos podem causar danos à pele e até mesmo comprometer o resultado final da maquiagem. “Alguns erros acabam passando despercebidos, entre eles, a não higienização da pele antes de aplicar produtos, por exemplo.

Pontes enfatiza também que é preciso cuidar dos pincéis e esponjas de maquiagem. A falta de limpeza regular pode levar à acumulação de microrganismos, causando problemas de pele. “É necessário limpar todos os produtos que entram em contato com a pele para que não haja nenhum tipo de alergia ou infecções.”

Não podemos esquecer que é importante remover adequadamente os produtos do rosto, para que não haja nenhum tipo de complicação. “O acúmulo de resíduos ou restos de maquiagens podem obstruir os poros e levar a problemas de pele a longo prazo” pontua a especialista, que alerta existir uma maneira correta de se maquiar e não contaminar os produtos.


Foto: Freepik

 

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

HERPES: COMO IDENTIFICAR E CONTROLAR OS GATILHOS



Quem sofre de herpes sabe: o controle dos gatilhos é a chave para evitar novas crises. Nos últimos tempos, o estresse e o confinamento por conta da pandemia do novo coronavírus piorou ainda mais as condições de quem sofre desta doença, que pode ter no estresse um desses importantes gatilhos de crises.

Segundo o dr. Alexandre Fabris, médico membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, estudos clínicos demostram que o sistema imunológico está intimamente ligado ao sistema psíquico-emocional. “Portanto, é comum observar o aparecimento de crises de herpes em pessoas infectadas em estresse intenso, o que pode ser explicado devido à menor vigilância imunológica desses indivíduos” explica.

O dermatologista ressalta que outras situações também relacionadas são privação de sono, infecções, alterações hormonais e estado febril. “Nesta pandemia da Covid-19, tem-se observado um aumento dos casos de herpes zoster (vírus varicela zoster, da família do herpes vírus) e parece estar relacionado com aumento da ansiedade e insônia dos indivíduos acometidos”, relaciona.

Fatores genéticos também podem ser importantes na infecção pelo vírus do herpes e sua forma de apresentação. “Isso explica porque algumas pessoas infectadas não apresentam crises e outras quadros mais intensos e mais reincidentes da doença. Devido ao tipo genético associado à resposta de cada pessoa, nem sempre os filhos de pais que apresentam herpes de repetição são igualmente acometidos”, ressalta dr. Alexandre.

A alimentação é outro fator importante para o agravamento de crises em pessoas que têm o vírus. O dermatologista explica que alimentos ricos em aminoácido arginina como, por exemplo, pipoca, gelatina, chocolate e nozes, podem aumentar o número de crises de herpes em indivíduos predispostos. “Isso ocorre porque o vírus, para se replicar, utiliza a arginina para formar as estruturas como seu capsídeo e envelope”, ensina o dermatologista.

Segundo dr. Alexandre, a solução para evitar este tipo de crise pode estar no aumento da ingestão do aminoácido lisina, que provoca a redução da quantidade de arginina intracelular e, portanto, menor substrato para a replicação do vírus. “Alguns estudos demonstraram que em indivíduos que apresentam crises de repetição, a suplementação de lisina reduz significativamente o número de crises de herpes, além de acelerar a cicatrização das feridas, reduzindo o tempo de cura das lesões”, complementa.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

É Carnaval, mas cuidado com a doença do beijo


A mononucleose infecciosa, também conhecida como doença do beijo, é causada por um vírus da família do herpes, chamado vírus Epstein-Barr (EBV), transmitido através da saliva. Portanto, antes de cair na folia, conheça os perigos silenciosos por trás de um beijo e como cuidar da saúde bucal.
 
O carnaval é a festa da alegria que deixa saudade no resto ano. Mas nem sempre é só saudade que fica, um beijo trocado durante a folia pode deixar de lembrança doenças como a mononucleose, periodontite, cárie e outras doenças transmissíveis pela saliva.

A mononucleose que se multiplica nesta época do ano, ganhou o apelido de “doença do beijo” porque é causada pelo vírus Epstein-Barr, que é transmitido de humano para humano através da saliva. Além do beijo, a mononucleose pode ser transmitida através da tosse, espirro, objetos como copos e talheres ou qualquer outro modo onde haja contato com a saliva de uma pessoa contaminada.

A mononucleose é mais comum em adolescentes e adultos. Um indivíduo infectado pelo Epstein-Barr pode manter-se com o vírus na sua orofaringe por até 18 meses após a resolução dos sintomas, podendo contaminar pessoas com quem mantenha algum contato íntimo, principalmente, se prolongado.
          
“É por isso que a maioria das pessoas que desenvolve mononucleose não se recorda de ter tido contato com alguém doente. A própria pessoa que transmite o vírus nem sequer imagina que ainda poderia transmiti-lo, esclarece o dentista Oscar Razuk. “Não é de se estranhar, portanto, que apesar da baixa infectividade, em alguns países mais de 90% da população adulta já tenha tido contato com o vírus da mononucleose”.

Nas pessoas que desenvolvem os sintomas, o período de incubação (intervalo de tempo desde o contato até o aparecimento dos primeiros sintomas da doença) é, em média, de quatro a oito semanas. Os sintomas típicos da mononucleose incluem febre, cansaço, dor de garganta e aumento dos linfonodos do pescoço (ínguas). O quadro pode ser muito semelhante às faringites comuns causadas por outros vírus e bactérias.

O tratamento baseia-se em cuidar dos sintomas e repouso. Não há droga específica para o vírus e o quadro costuma se resolver espontaneamente em duas semanas. Devido ao risco de ruptura do baço, recomenda-se evitar exercícios por pelo menos quatro semanas.

Ao contrário da mononucleose, que mesmo com o uso de enxaguatórios bucais e da escovação adequada, não é possível impedir a contaminação pelo vírus através da saliva, no caso da cárie e das doenças periodontais, a higiene bucal é fundamental para prevenir a contaminação por bactérias através do beijo.

“Os cuidados diários com a saúde bucal, além de deixar o sorriso bonito, impedem a proliferação de bactérias e a entrada de infecções.  Por isso, é indispensável escovar os dentes, usar o fio dental e fazer a escovação da língua, seis vezes ao dia. Adotar práticas saudáveis para manter uma boa imunidade também é uma excelente barreira de proteção para o organismo”, ressalta o dr. Razuk.