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sexta-feira, 2 de julho de 2021

Possibilidade de ter um infarto é maior no inverno: saiba como se cuidar



O inverno chegou com tudo no Brasil. Basta observar a queda acentuada das temperaturas em grande parte do país nos últimos dias. E juntamente com o frio, uma série de cuidados devem ser tomados para evitar problemas à saúde. O coração também deve ser alvo destes cuidados. Basta observar que dados do Instituto Nacional de Cardiologia revelam que o número de infartos nesta época do ano pode aumentar em até 30%. As razões disso, explica o médico cardiologista dr. Roberto Yano, “em temperaturas mais frias o corpo entra em vasoconstrição, reduzindo o calibre das nossas artérias e com isso pode ocorrer a elevação da pressão arterial”.

 

Segundo o cardiologista, uma atenção especial deve ser dada para quem já possui doenças prévias do coração, e principalmente doença das coronárias. “A passagem de sangue pelos vasos já está sendo parcialmente bloqueada por placas de aterosclerose. No inverno essa condição pode piorar. Afinal, no frio, a constrição das artérias reduz mais ainda o fluxo sanguíneo pelo corpo e pela coronária, e o que pode ocorrer? Aumento do risco de Infarto”.

 

Outra questão a ser observada nesta época do ano é na má alimentação, orienta o cardiologista. “O corpo precisa de mais energia para manter a temperatura ideal, e por isso o organismo pede mais comida. O problema é que para suprir esta vontade a pessoa acaba ingerindo alimentos mais calóricos e gordurosos. Se por um lado a comida gordurosa parece ser uma fonte mais eficiente para fornecer energia, alimentar-se mal, pode acelerar ainda mais o processo de aterosclerose, entupindo as artérias do coração, e levando ao infarto”, acrescenta. E um grave problema também que precisa ser destacado é a redução de exercício físico: “as pessoas tendem a se exercitar ainda menos no frio, e sabemos que pessoas sedentárias estão mais propensas a terem doenças cardiovasculares. Além disso, o exercício provoca uma vasodilatação arterial, garantindo o fluxo adequado para os nossos órgãos”, explica.

 

Por fim, o mais importante de tudo, reforça Dr. Yano, é manter o acompanhamento clínico de forma periódica: “Mantendo a saúde em dia e controlando os fatores de risco, certamente futuras complicações serão evitadas. Diante de um cenário de pandemia, mantenha o equilíbrio emocional e siga sempre as orientações do seu médico. Assim poderá evitar que enfermidades, como diabetes, colesterol alto, hipertensão arterial, obesidade, ou até mesmo um infarto atrapalhem a sua vida”, completa.

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Dicas para cuidar do coração



Exames de rotina, visitas a médicos periodicamente, entre outros cuidados, são essenciais para manter a saúde em dia. E com a saúde do coração não é diferente. Atingido principalmente pela hipertensão arterial, o órgão também merece atenção.

Infarto, AVC e aneurismas são algumas das mais conhecidas consequências da hipertensão. A doença que atinge quase 30% dos brasileiros com menos de 60 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), traz grandes riscos ao coração, mas também pode afetar de forma grave outros órgãos do corpo, como cérebro e rins.

- O cérebro necessita de um fluxo sanguíneo contínuo para exercer suas atividades no organismo. Sem essa circulação sanguínea e com a falta de oxigenação, o órgão pode perder progressivamente suas capacidades e funções, podendo chegar a um estado de demência. Nesse estágio, o paciente passa a apresentar problemas de cognição, memória e concentração – alerta a dra. Olga Souza, coordenadora do Serviço de Arritmia, Eletrofisiologia e Estimulação Cardíaca da Rede D’Or São Luiz.

Os rins também podem sofrer com a hipertensão arterial mal controlada. A doença é uma das principais causas da insuficiência renal. A pressão alta deixa os vasos sanguíneos mais rígidos e a quantidade de sangue que chega até o órgão, como o rim, seja menor, tornando-o incapaz de exercer suas funções, como eliminar impurezas e filtrar substâncias no organismo.

A cegueira é outra consequência pouco conhecida da hipertensão arterial. Os olhos podem sofrer grandes alterações, especialmente na retina, decorrentes da doença. Tais alterações, chamadas de retinopatia hipertensiva, são ocasionadas por um estreitamento dos vasos sanguíneos ou pelo enrijecimento das paredes arteriais, levando a um quadro de hemorragia nos olhos e deslocamento da retina, que pode ocasionar – em casos mais graves – a cegueira.

- A hipertensão arterial também está relacionada à ocorrência de uma arritmia cardíaca, conhecida como fibrilação atrial que acarreta a formação de coágulos no coração e pode causar o AVC. Apesar de graves consequências, pode-se conviver com a hipertensão arterial de forma segura. Após o diagnóstico, hábitos mais saudáveis e, se necessário, uso de medicamentos com orientação médica, são aliados no tratamento que deve ser seguido para o resto da vida – destaca a cardiologista. 

Curiosidades que podem ajudar na prevenção, combate e tratamento da doença

- Música ajuda no tratamento da hipertensão: Controle o seu nível de estresse. Procure durante o dia ter alguns minutos para relaxar, ouvir uma música, conversar com um amigo, isso ajuda bastante no tratamento;
- Analgésicos e anti-inflamatórios podem causar hipertensão: Esses medicamentos podem elevar a pressão arterial.
- Uma vida solitária pode causar a doença: Procure estar com pessoas que te fazem sentir bem;
- A doença é silenciosa: Em alguns casos, os sinais e sintomas são imperceptíveis, portanto verifique sempre a sua pressão arterial;
-  A doença não tem cura e o tratamento deve ser levado à sério para o resto da vida.


terça-feira, 7 de março de 2017

Menopausa x saúde do coração


Os cuidados com a saúde do coração devem fazer parte da rotina de todos. Porém, as mulheres devem redobrar a atenção quando o assunto é prevenção cardiológica. Dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que 1/3 de todas as mortes de mulheres no mundo acontecem em decorrência de doenças coronarianas. Só no Brasil elas representam 30% das mortes do sexo feminino. Mas por que as mulheres são mais suscetíveis a problemas cardiológicos?

A cardiologista do Hospital Cardiológico Costantini, Carmen Weigert, explica que, geralmente, a incidência de eventos coronarianos é maior durante a menopausa, fase em que a mulher sofre mais com alterações hormonais. “Os hormônios agem como protetores do sistema cardiovascular e, com a chegada da menopausa, têm essa função comprometida, deixando o coração da mulher mais vulnerável a ocorrências cardiológicas graves, como o infarto”, afirma Carmen.

Além dos fatores hormonais, a especialista destaca outros fatores de risco cada vez mais presentes na rotina das brasileiras, como ansiedade e o estresse. Segundo ela, nos últimos anos, com a maior inserção das mulheres no mercado de trabalho, houve um acúmulo de responsabilidades, pois elas ainda precisam conciliar as tarefas domésticas e a função maternal-familiar.

“Pessoas estressadas têm um crescimento considerável de adrenalina e cortisol, hormônios que favorecem o aumento de gordura nos vasos, elevando a incidência de infartos”, alerta a médica. O tabagismo é outro ponto que deve ser observado, já que a dependência da nicotina provoca efeitos deletérios no organismo feminino, pois diminui a circulação do estrogênio e torna o coração mais suscetível ao entupimento das artérias, assim como o cérebro mais propenso a lesões isquêmicas (derrames cerebrais).

Por isso, nesse cenário, a prevenção torna-se ainda mais importante para as mulheres. Segundo a cardiologista, há a necessidade de adoção de hábitos de vida mais saudáveis como a realização de exercícios físicos regulares sob orientação multiprofissional, a manutenção de uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais, peixes e fibras e a realização periódica de check-ups cardiológicos.


sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Combata o estresse. Sua saúde agradece!



O estresse faz parte da vida e em doses adequadas é útil e positivo. No entanto, nos últimos tempos ele tem se elevado mundialmente. No Brasil temos convivido com níveis elevados de estresse, que se acentuou na atual fase de crise econômica e política do país.  Este é um tema que merece atenção especial, pois em níveis elevados e extremos ele pode levar até à morte!
Um estudo realizado nos EUA pela Harvard Business School aponta que 80 % das consultas médicas nos últimos anos têm vínculo com o estresse e pesquisas revelam que ele está associado ao desenvolvimento de uma série de doenças como o câncer, depressão, diabetes, hipertensão e infartos.
As pessoas e as empresas têm sentido os impactos do stress. Cerca de 70% dos brasileiros ativos no mercado de trabalho sofrem sequelas do nível de estresse elevado e os prejuízos diretos e indiretos, inclusive decorrentes de adoecimento físico e emocional, são cada vez maiores.
Uma das formas de você saber se o estresse está atingindo patamares elevados é por meio da identificação dos seus sintomas e sinais. Conheça alguns deles:
·       Irritabilidade excessiva
·       Mal-estar generalizado
·       Cansaço constante
·       Problemas de sono
·       Pensamentos em torno do mesmo assunto
·       Dificuldades para ter ideias novas
·       Diminuição ou perda do apetite sexual
·       Perda de interesse e motivação
·       Dificuldades para manter a concentração e a atenção
·       Problemas de memória
·       Problemas de pele e gastrointestinais
·       Dores e tensão muscular
Além de ficar atento aos sinais e sintomas do estresse é fundamental que você identifique o motivo de ele ter aparecido na sua vida, pois apenas tendo consciência do que nos afeta podemos fazer algo a respeito. Siga estes passos:
- Procure identificar o que o estressa. Liste tudo que o tem preocupado, aumentado a sua ansiedade, causado tensão, nervosismo ou irritação.
- Reflita: como você tem reagido e lidado com cada item?
- Avalie o quanto as suas ações e reações (concretas ou subjetivas) têm contribuído ou não para resolver o problema ou diminuir o seu nível de stress.
- Reflita e procure descobrir alternativas e possibilidades para lidar com o que está acontecendo de uma forma diferente e mais eficiente!
- Procure identificar quem são as pessoas que podem contribuir e te ajudar a superar cada desafio. Relacionamentos e apoio fazem uma enorme diferença.
1        Mesmo que você descubra que não pode ter ações diretas sobre a situação, existe algo que está ao seu alcance: mudar a forma de encarar e enxergar a questão! Alguns desafios da vida podem ser difíceis, mas também são grandes oportunidades de aprendizado e crescimento. Ampliar a consciência sobre si mesmo, buscar o apoio de pessoas, rever o seu estilo de vida e se cuidar física e emocionalmente são aspectos cruciais para que você consiga enfrentar e superar os desafios da vida de uma forma mais saudável.

Artigo de Rosalina Moura, psicóloga especialista em gerenciamento do estresse e coach de bem-estar e saúde


sábado, 3 de setembro de 2016

Dicas para quem quer deixar de fumar


Descoberto pelos colonizadores europeus no Novo Mundo onde era usado em rituais religiosos ou para fins terapêuticos por indígenas das Antilhas, o fumo foi levado à Europa e disseminado pela falsa associação com prazer, relaxamento e concentração. Hoje, cerca de 80% a 90% dos fumantes iniciam-se no tabagismo antes dos 18 anos e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, respondendo por 63% dos óbitos relacionados a doenças crônicas não transmissíveis, 85% das mortes por doença pulmonar crônica, 30% das mortes por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago e outros), 25% dos óbitos por doença coronariana e 25% das mortes por doenças cerebrovasculares. A entidade prevê ainda que, se nada for feito, o mundo registrará mais de 8 milhões de mortes por ano a partir de 2030, sendo que mais de 80% delas devem atingir pessoas que vivem em países de baixa e média renda.
De acordo com a profª. dra. Marisa Amato, cardiologista do Amato Instituto de Medicina Avançada, o hábito de fumar além da nicotina expõe também o indivíduo a componentes nocivos como a nicotina e o monóxido de carbono que, passando pelos pulmões chegam ao sangue prejudicando ainda mais a saúde.
“A nicotina aumenta a frequência cardíaca e eleva a pressão arterial, podendo desencadear arritmias, ou seja, mudança no ritmo do coração. Está comprovado que após cada cigarro fumado há intensa vasoconstrição com grande diminuição do calibre das artérias e arteríolas, tanto periféricas como dos órgãos vitais e aceleração do ritmo cardíaco. A repetição frequente desse ato agrava lenta e progressivamente o quadro hipertensivo e o processo aterosclerótico. Já o monóxido de carbono decorre da combustão das substâncias orgânicas, que ocupa nos glóbulos vermelhos o espaço do oxigênio e assim, diminui a capacidade da hemácia em transportar este elemento para os tecidos”, explica a médica.
Tais substâncias lesam a parede interna das artérias facilitando a deposição de gordura e a formação das placas de ateroma, que levam a aterosclerose, doença de base dos aneurismas, gangrenas, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e outras. Durante o ato de fumar a pressão arterial se eleva o que pressiona a entrada de gordura na parede das artérias. Além desse comprometimento cardiovascular o cigarro aumenta a incidência de câncer de praticamente todos os órgãos, em particular pulmão e bexiga.
“Esses fatores levam a consequências desastrosas, aumentado a mortalidade entre fumantes que chega a ser duas vezes maior do que entre os não fumantes com incidência significativamente maior de morte súbita. Um entre três homens de 40 anos que fumam mais de vinte cigarros por dia morrerá antes da idade de se aposentar. Vale lembrar que a ilusão do filtro nos cigarros não afasta seus efeitos maléficos, admitindo-se até mesmo, que ele proporcione maior concentração de monóxido de carbono”, finaliza.
Dicas para deixar o cigarro
- O dia de parar: é bom marcar uma data específica e parar completamente naquele dia;
- Contar a todos que está parando de fumar dará suporte e coragem ao se sentir tentado a novamente acender um cigarro;
- Encarar cada dia como um novo desafio. O começo de um dia representa o início de uma barreira a ser ultrapassada. Mais um dia sem fumar é mais uma etapa vencida;
- Identificar os momentos do dia em que o desejo pelo cigarro é mais acentuado, e ocupar as mãos durante estes momentos com alguma outra coisa: brincar com lápis, costurar, manipular bolas de borracha etc.;
- A cada dia, colocar no cinzeiro da casa o montante de dinheiro que se gastaria com maços de cigarro;
- Pensar positivamente e tratar-se como um não fumante, e não um fumante que parou. Quando um cigarro é oferecido, a pessoa deve sempre dizer: “Não, obrigado. Eu não fumo”;
- Quando se sente o impulso, a vontade quase irresistível de dar uma tragada, deve-se pensar em como já foi difícil parar de fumar e como esse desejo já foi superado a contento em ocasiões anteriores;
- Não são todos os que conseguem parar na primeira tentativa. O vício é muito forte, mas o importante é não desanimar e continuar tentando.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Prática de esportes somente no verão pode gerar problemas de saúde

Na estação mais quente do ano, é comum as pessoas procurarem parques, academias e praias para praticar exercícios físicos. No entanto, os “atletas de verão” precisam ficar atentos aos sérios riscos que seu coração pode sofrer.

Segundo o cirurgião cardiovascular da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Marcelo Sobral, a prática de exercícios físicos exagerados e sem preparo em épocas pontuais do ano podem gerar aumento da pressão arterial, cansaço, batimentos cardíacos alterados e até mal súbito. “Se a pessoa é hipertensa e não sabe, por exemplo, uma simples corrida pode ser fatal”, explica o especialista.

Estudos publicados pelo Journal of American Medical Association (JAMA) sugerem que a prática de atividade física esporádica pode aumentar os riscos de infarto agudo do miocárdio em 3,45 vezes e de morte súbita em 4,98 vezes.

Abandonar o sedentarismo não é somente uma prática para ser realizada no verão. “Exercícios físicos melhoram o condicionamento vascular, a pressão arterial e a frequência cardíaca. Porém, é primordial antes de qualquer atividade, que seja consultado um profissional, neste caso um educador físico, para que se avalie o estado físico da pessoa, assim como as indicações e necessidades individuais”, finaliza Sobral.


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Por que tratar ronco e apneia?


Os possíveis benefícios do tratamento de ron­co e apneia claramen­te superam os riscos que a do­ença oferece. Podemos citar algumas doenças que podem acompanhar o paciente que sofre de ronco e apneia, como: Diabetes do tipo II, Hiperten­são Arterial Sistêmica, Hiper­colesterolemia, Infarto, AVC, dentre outras.
Segundo a cirurgiã-dentista Denise F. Barbosa, o diagnóstico de ronco e apneia deve ser feito por um médico atualizado em Distúr­bios do Sono, para evitar erros de interpre­tação que podem ter implicações graves pa­ra o paciente.
O tratamento deve ser indicado pelo mé­dico, conforme preconiza a Academia Ameri­cana de Medicina do Sono (AAMS). Entre os aparelhos para tratamento de ronco e apneia existe a terapia com o CPAP (Pressão Positiva Continua de Ar) e com o Aparelho Oral.
“Muitos pacientes experimentam os efeitos secundários causados pelo uso do CPAP, que podem levá-los a interromper ou desistir do tratamento”, diz a profissional. “Os efeitos secundários que cau­sam o Aparelho Oral são menos comuns, mas também existem. Ambos os efeitos secundá­rios, tanto do CPAP como do Aparelho Oral devem ser comunicados ao profissional res­ponsável pelo tratamento, que saberá contorná-los da melhor maneira.”
Se a opção pelo paciente for o Aparelho Oral, estudos evi­denciam que ele reduz a fre­quência e intensidade do ron­co, melhoram os índices de oxi­genação, reduzem os índices de apneia/hipopneia e de des­pertares, melhora a qualidade do sono, tanto para pacientes que roncam e sofrem de apneia quanto para seus parceiros de cama, a qualidade de vida aumenta, entre outros benefícios.
Como parâmetro de orientação, a AAMS sugere que a terapia de ronco e apneia com Aparelho Oral seja indicada pelo médico do Sono para um cirurgião-dentista qualificado em Odontologia do Sono.



sábado, 19 de setembro de 2015

Queimação ou infarto?



Dados do Ministério da Saúde recentemente divulgados revelam que o infarto agudo do miocárdio é a segunda principal causa de morte no Brasil. A doença é responsável por cerca de 85,5 mil óbitos por ano – 233 casos por dia. Saber diferenciar a queimação de um infarto pode ser o primeiro passo para evitar que os alarmantes números cresçam ainda mais.
Para o coordenador clínico do Serviço de Cardiologia do Hospital Santa Catarina, prof. dr. Walter Gomes, é comum algumas pessoas sentirem dor no peito em determinadas fases da vida ou após a prática de exercícios físicos intensos. Todavia, embora as causas possam variar desde um refluxo até algo muito grave, como um infarto, é vital ficar atento e buscar socorro imediatamente em alguns casos.
A queimação no peito, algumas vezes, é o primeiro sinal de que a saúde do coração não está 100%. “Não levar a sério esse sintoma é um risco que muitas pessoas preferem correr. No atendimento de emergência, notamos que alguns pacientes, vítimas de infarto, tiveram dor no peito ou queimação dias antes de serem internados”, diz o cardiologista.
Para o médico, além do reconhecimento do sintoma, a rapidez com que se procura o hospital e é atendido é outro fator determinante para evitar riscos maiores, já que a mortalidade no infarto agudo está relacionada ao tempo de atendimento.
O médico elenca quatro características da dor no peito que necessitam de atendimento imediato:
·         Dor acompanhada de náuseas, suor frio, falta de ar ou desmaio;
·         Dor no centro do peito ou na parte superior do abdome e mais intensa que a habitual;
·         Incômodo no peito que aparece após a prática de exercício físico e desaparece ao repousar;
·         Dor no peito que se irradia para o pescoço ou para os braços.
Prevenção é sempre a melhor alternativa
Prevenir: essa é a palavra-chave quando o assunto é o coração. “Abandonar o cigarro, controlar o peso e, se necessário, fazer regime e buscar uma alimentação mais saudável, diminuir o consumo de álcool, realizar atividades físicas regulares, como caminhadas, por exemplo, são passos simples que estão ao alcance de qualquer paciente e que podem fazer a diferença a favor da saúde já no curto prazo”, conclui o especialista.


sexta-feira, 24 de abril de 2015

Beber água protege contra ataques do coração

Se você está com sede, um copo de água é sim a melhor coisa para você beber. Dr. Fábio Cardoso, especialista em medicina preventiva e longevidade, garante que quanto mais copos de água você bebe, menor é o risco de você ter um infarto cardíaco fatal ou mesmo desenvolver doença cardiovascular. E quanto mais você opta por outros líquidos não saudáveis (café, chás, refrigerantes, sucos industrializados, adoçados ou não), menos desta “proteção” você terá.
Este dado foi demonstrado em estudo apresentado por epidemiologistas da Universidade da Califórnia após analisarem os dados de aproximadamente 20.000 pessoas que eram adventistas do Sétimo Dia. O motivo essa escolha, segundo o dr. Fábio, é que adventistas do Sétimo Dia possuem um estilo de vida saudável se comparados com a sociedade ocidental moderna: eles não fumam, não consumem bebidas alcoólicas e tentam levar suas vidas o mais saudável possível. “Foi por estes preceitos que os epidemiologistas se interessaram em acompanhá-los”, conta o médico.
Os pesquisadores monitoraram 12.017 mulheres e 8.280 homens, todos adventistas, por um período de 6 anos. Como pré-requisito, todos os participantes estavam saudáveis, sem doenças no momento de entrarem no estudo. Desde a entrevista inicial, um dado chamou a atenção dos pesquisadores: a grande quantidade de água que eles consumiam diariamente.
Nos homens que consumiam mais de 5 copos de 240ml de água reduziam em 40% o risco de eventos cardiovasculares graves.Nas mulheres que consumiam mais de 5 copos, a redução foi de 35%.
Os pesquisadores procuraram outras relações para explicar esta redução de risco, como idade, pressão arterial, índice de massa corporal, exercício físico, consumo de nozes/oleaginosas e grãos integrais na dieta, mas, independentemente de todos estes fatores, verificaram que quanto mais água eles consumiam, menores os riscos para infartos fatais ou doenças cardiovasculares. Outros líquidos, como café, chás, refrigerantes ou sucos não tiveram este efeito protetor. No caso dos refrigerantes e sucos industrializados adoçados, os riscos pioraram.
Segundo o médico, os pesquisadores pensam de uma forma bem simples para explicar esta “proteção” gerada pela água: o sangue fica “menos grosso”, reduzindo o risco de eventos que geram trombose, reduzindo o risco de obstruções agudas nas artérias, sendo estas as causas dos infartos.
Outro dado coletado neste estudo que vale ressaltar: em indivíduos que consumiam 3 copos de suco de fruta por dia, a concentração de triglicerídeos no sangue era 50% maior que o grupo que só consumia água (lembrando que níveis elevados de triglicerídeos estão relacionados com aumento do risco de diabetes e eventos cardiovasculares, como infartos e derrames cerebrais.
“Outros tipos de bebidas, como café e chás, se consumidos em excesso podem ter um efeito negativo, pois ambos podem ser estimulantes e ainda ter efeito diurético -o correto seria individualizar o consumo, orientado por um profissional nutricionista para ter efeitos positivos no consumo”, ressalta o dr. Fábio.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Reabilitação cardíaca na doença arterial coronariana


A reabilitação cardiopulmonar e metabólica atua em várias patologias. Uma delas é a Doença Arterial Coronariana (DAC), em que ocorre a formação de placas de gordura nas coronárias (artérias responsáveis por levar suprimento e oxigênio ao coração). Os fatores de risco para essa doença são: colesterol alto, pressão alta (hipertensão), diabetes, tabagismo, obesidade e envelhecimento, entre outros. Grande parte da população não acompanha adequadamente esses fatores e, por esse motivo, aumentam as chances de as pessoas sofrerem um Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).
Segundo a fisioterapeuta Lívia Bueno, a reabilitação pode atuar em duas fases: prevenir o infarto e evitar outros (caso esse paciente já tenha sofrido algum). Os benefícios da reabilitação cardíaca são: controle de alguns fatores de risco (colesterol alto, diabetes, obesidade), melhora da capacidade funcional, melhora da qualidade de vida etc.
O programa de reabilitação deve ser seguido a longo prazo e de forma regular, incluindo treinamento aeróbico (bicicleta ergométrica) e exercícios resistidos, que melhoram o fluxo sanguíneo das coronários, o que ajuda a evitar um evento cardiovascular (infarto e acidente vascular cerebral).
Para iniciar a reabilitação é necessário um atestado médico dizendo que o cliente está apto a realizar atividade física. O próximo passo é realizar uma avaliação com a fisioterapeuta e de acordo com os resultados o treinamento será prescrito de forma adequada e individualizada.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Infarto: o que é, como evitar

Parece raro, mas a cada três infartos que acontecem, um é fulminante. Ou seja, a pessoa nunca teve nenhum tipo de sinal ou sintoma e no primeiro episódio, ela morre. Uma chance de 3 pra 1, é uma chance pior que fazer roleta russa com um revolver calibre 32, que no tambor tem 6 “chances”, dando 6 pra 1.
O infarto, mesmo quando não é fulminante, não é raro. Segundo a Organização Mundial de Saúde, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. No entanto, quando alguém enfarta pensamos que esta pessoa ficou doente naquele momento, uma ideia bem equivocada; na verdade, ela “começou” a enfartar há 20, 30, 40 anos antes, pois estudos mostram que já existem alterações na parede das artérias em crianças de 6 ou 7 anos.
“Sendo uma doença que demora décadas para causar sinais e sintomas, com segurança afirmamos que pode ser prevenida ou no mínimo postergada com redução de sua intensidade”, diz o médico Fábio Cardoso, especialista em Medicina Preventiva. Segundo ele, precisamos conhecer o que é, o que causa e como evitar, para reduzir os riscos, pois pode acontecer com um amigo, um parente, um vizinho ou um simples conhecido, todo mundo sempre conhece alguém que já sofreu um infarto do miocárdio. Prova disso são os números divulgados pelo Ministério da Saúde que somam cerca de 300 mil infartos por ano no Brasil, provocando, em média, 80 mil mortes anualmente. Em outras palavras, a cada cinco minutos ocorre uma morte por infarto no país.
O que é o infarto?
O dr. Fábio explica que o infarto do miocárdio é a morte de uma região do músculo cardíaco devido à interrupção abrupta por um coágulo, do suprimento de sangue através da artéria que irriga aquela determinada região. Manifesta-se clinicamente por meio de dor, instabilidade do sistema de transmissão e geração de impulsos elétricos que fazem o coração bater, podendo levar à "fibrilação ventricular", um ritmo caótico (não confundir com fibrilação atrial) equivalente a uma parada cardíaca, que necessita ser revertido urgentemente ao ritmo normal sob pena de provocar-se dano irreparável ao cérebro por falta de oxigenação adequada ou mesmo a morte do paciente. “Aproximadamente 40-50% das pessoas que sofrem um infarto não sobrevivem a tempo de ser atendidas”, ressalta. “Já dentre os pacientes que conseguem chegar a um hospital, pelo menos 90% sobrevivem e têm alta hospitalar”.
O que causa o infarto?
Um infarto é provocado pela formação de um coágulo de sangue por sobre uma placa de colesterol localizada na parede interna de uma artéria que irriga parte do coração (as artérias assim chamadas coronárias são duas, à direita e esquerda, que se ramificam em várias outras). Mas não é qualquer colesterol, é um colesterol “oxidado”, que sofre alterações, e que se deposita nas paredes das artérias e começa a produzir uma placa ateromatosa que é base para gerar a obstrução. De acordo com o médico, somente 40% das pessoas que têm colesterol elevado no sangue é que terão eventos de obstrução arterial, 60% não provoca sua acumulação indesejável na camada mais interna das artérias, aí provocando uma espécie de reação inflamatória, cujo início pode se dar na adolescência ou mesmo na infância.
Este processo, denominado aterosclerose, progride, podendo ser acelerado por fumo, pressão alta e diabete e leva ao estreitamento dos vasos. As "placas de aterosclerose" podem, em certos momentos, romper-se e o sangue circulante coagula em torno delas. Se esse coágulo for suficientemente grande, toda a circulação de sangue através daquela artéria é interrompida e ocorre o infarto. Diferente da isquemia, onde o coração sofre, mas está vivo, o infarto representa a morte de toda aquela região irrigada pela artéria comprometida.
Quais são os sinais e sintomas do infarto?
O sintoma mais comum é a dor opressiva, em "aperto", no centro do tórax, de localização imprecisa, que pode se irradiar para pescoço, costas e braços (a "famosa" irradiação para braço esquerdo é apenas uma das possibilidades). “Já ouvi pacientes que estava atendendo durante o infarto dizendo que parecia que um elefante estava sentado em cima do meu peito”, conta o dr. Fábio. O paciente é, em geral, acometido deste sintoma nas primeiras horas da manhã ou madrugada, mas ele pode ocorrer em qualquer horário. Não é comum a ocorrência de infarto durante ou logo após exercício físico, como muitos acreditam. Cerca de um quarto dos infartos pode ocorrer sem dor.  Outros sintomas associados ou não, são os suores, a palidez, sensação de "queimação" no tórax ou porção superior do abdome, mal estar generalizado, náusea, falta de ar.
Como se diagnostica o infarto?
Combinação de sintomas e alterações características no eletrocardiograma é a forma mais simples, mas a confirmação é feita pela colheita de sangue na unidade de emergência ou na unidade coronariana para dosagem de certas enzimas que são liberadas na circulação decorrentes da morte do tecido muscular cardíaco e consequente dissolução das membranas das células.
Como se trata o infarto?
O objetivo, segundo o médico, é obter o mais precocemente possível a "reperfusão" da área atingida, ou seja, reabrir a artéria ocluída e restaurar o fluxo sanguíneo. Uma vez atingido este objetivo, interrompe-se o processo de morte do músculo e a dor desaparece. Quanto mais precoce a reperfusão, maior a quantidade de músculo salvo e melhor o prognóstico do paciente, que dependerá essencialmente da habilidade do músculo cardíaco remanescente em manter a vida do indivíduo sem maiores sacrifícios.
Como se evita o infarto?
Os estresses do cotidiano acompanhados de fatores de risco como diabetes, tabagismo, hipertensão arterial, alto índice de colesterol, sedentarismo, obesidade e histórico familiar de problemas coronarianos podem levar uma pessoa ao infarto, independentemente de idade ou sexo. “O cigarro é o maior fator de risco”, diz o dr. Fábio. “O fumo aumenta cinco vezes o risco de infarto: a nicotina é um vaso constritor (provoca contração) que reduz o calibre dos vasos sanguíneos e produz lesões na parede que recobre internamente esses vasos”.
Segundo o Ministério da Saúde, o tabagismo é responsável por 25% das mortes no país causadas por doença coronariana (angina e infarto do miocárdio) e 45% das mortes na faixa etária abaixo de 65 anos por infarto agudo do miocárdio. Tão importante, que a eliminação do cigarro reduz a mortalidade por infarto em 35%. “E se reduzir a obesidade e controlar o diabetes, conseguimos diminuir a mortalidade em 80%”, garante o médico.
Dicas para evitar o infarto: parar de fumar, perder peso, praticar exercícios físicos, controlar alimentação, escolher alimentos saudáveis, evitar alimentos processados, controle colesterol, pressão arterial e diabetes.
“É responsabilidade de cada um evitar o sofrimento ou a própria morte”, finaliza o dr. Fábio.