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quarta-feira, 14 de junho de 2017

Câncer bucal: prevenção em primeiro lugar

O câncer bucal é o sexto câncer mais comum no mundo, representando um grande problema de saúde pública e, quando não diagnosticado e tratado precocemente, apresenta alta morbidade e mortalidade. Ele é representado em 90% pelo carcinoma epidermoide (ou espinocelular) e os outros 10% representados por neoplasias mesenquimais e de glândulas salivares. Acomete principalmente o sexo masculino e idade superior aos 40 anos, podendo acometer pacientes mais jovens também.
De acordo com o cirurgião buco maxilo facial Bruno Chagas, sua causa é multifatorial - múltiplos agentes ou fatores etiológicos atuam conjuntamente na carcinogênese bucal. “Os fatores de risco associados ao aparecimento do câncer bucal incluem agentes extrínsecos, como fumo, álcool e radiação ultravioleta, e intrínsecos, como estados sistêmicos ou generalizados como desnutrição geral”, diz ele. “Alguns alimentos são considerados como agentes protetores, como tomate, cenoura, alface e outros que contenham betacaroteno em geral”.
O carcinoma epidermóide bucal pode apresentar-se de várias formas; a mais comum é de uma lesão ulcerada, bordas elevadas, nítidas e endurecidas, com centro necrosado e base endurecida. As outras formas são representadas por lesão ulcerada superficial, lesões endofíticas (ulcero-infiltrativas, ulcero-destrutivas), lesões endofíticas e lesões nodulares. O especialista ressalta que lesões bucais com mais de duas semanas, precisam ser levadas a sério, pois podem não ser uma simples afta. 
A prevenção deve envolver o diagnóstico precoce, podendo ocorrer por meio de campanhas de rastreamento, autoexame bucal e controle dos fatores de risco associados ao surgimento e desenvolvimento de câncer bucal. “O autoexame deve ser realizado por todas as pessoas independentemente da idade, já que as neoplasias malignas ou benignas podem acometer qualquer um. O exame é rápido e fácil de ser realizado e auxilia na detecção de qualquer alteração bucal, seja ela patológica ou não”, comenta Bruno. 
O tratamento do câncer bucal é baseado no tamanho da lesão, condições de saúde do paciente e a classificação TNM. A terapêutica a ser implantada é usualmente excisão cirúrgica, radioterapia e quimioterapia, que podem ser utilizadas concomitantes e/ou associadas. A abordagem cirúrgica inclui a remoção de todo o tecido maligno e normal adjacente.
O profissional explica que no planejamento cirúrgico já são incluídas as próteses maxilofaciais intra e extraorais. A quimioterapia normalmente não é tida como padrão no tratamento de câncer bucal (carcinoma), mas pode vir a ser utilizada em alguns casos específicos. “Os efeitos secundários das terapias supra-citadas na boca são mucosite tanto para a radioterapia quanto para a quimioterapia, radiodermite, xerostomia, cárie de radiação e a osteorradionecrose. O tratamento dentário prévio às diversas terapias instituídas visa minimizar os efeitos secundários advindos das mesmas”, finaliza Bruno. 


segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Cuidados com as lesões ao iniciar uma atividade física


Com a proximidade da estação mais quente do ano, muitas pessoas empenha-se na busca por um corpo perfeito e dão início à chamada ‘operação verão’. Arriscam-se, ao se dedicarem a treinos pesados ou até mesmo exaustivos, muitas vezes, sem permitir que o corpo se adapte à nova rotina de atividades físicas. E se não for com a devida orientação e cuidados, o resultado pode não ser um corpo em forma, mas, sim, um problema de coluna, ombro ou perna.

De acordo com o fisioterapeuta especializado em esportes e sócio-fundador da Club Físio, André Nogueira Ferraz, a retomada das atividades físicas deve ser mediada por uma prévia avaliação de um fisioterapeuta ou educador físico, para que a pessoa não sofra as consequências de uma sobrecarga nos músculos e articulações. “Após esta avaliação detalhada, a periodização dos treinos tem que ser respeitada para que desta forma seja diminuído o risco de lesão. A sobrecarga por excesso é a grande responsável por lesões”, destaca.

Segundo ele, a maioria das lesões nas articulações é causada por excessos, como por exemplo, aquela pessoa que gosta de correr para perder aqueles quilinhos indesejados. “Se ela não tem uma boa preparação dos seus músculos, suas articulações dos membros inferiores podem sentir, levando ao desgaste da cartilagem”.

André ressalta que, de um modo geral, as lesões levam de quatro a seis semanas para ser curadas. E, no caso de lesões mais graves, como rupturas de ligamentos, o tempo para a cura é ainda maior, cerca de seis meses. “Antes de correr, por exemplo, é fundamental ter uma boa base muscular. No entanto, o fortalecimento demanda tempo, pelo menos um mês. Após esse período, os treinos podem ser mesclados entre corrida e fortalecimento muscular”, explica. 

Segundo o fisioterapeuta, entre os exercícios que ajudam na prevenção de lesões para quem quer iniciar uma corrida encontram-se os agachamentos, que são indicados por fortalecer os membros inferiores; os exercícios de equilíbrio, que contribuem para um aprimoramento da postura; e os exercícios para a panturrilha, que são fundamentais na prevenção de lesões ligamentares dos tornozelos.


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Infiltração com PRP: alternativa no tratamento da condromalacia patelar


O joelho é uma articulação que traba­lha próximo a seus limites fisioló­gicos. Qualquer sobrecarga mecâ­nica, tanto por um treino esportivo quanto pelo trabalho ou atividades do dia a dia, po­de desencadear quadro de dor e inchaço, às vezes de difícil controle.
Quando existe predisposição individual, fraqueza e desequilíbrio muscular, valgo di­nâmico, comum em mulheres, somado à so­brecarga mecânica do esporte, excesso de escadas no dia a dia, ou salto alto, a energia que seria dissipada pela massa músculo-ten­dínea passa para a articulação, desen­cadeando lesão. Quando atinge o tendão patelar, por exemplo, temos a tendinite patelar, mas, quando atin­ge a cartilagem de contato entre a pa­tela e o fêmur, po­deremos ter a con­dromalacia.
Quando a con­dromalacia torna-se sintomática, ocorrem: aumento da dor durante o treino, persistên­cia da dor em atividades da vida diária, incha­ço no joelho, dor muscular associada, atrofia do músculo anterior da coxa (quadríceps).
Um grande desafio da equipe multidisci­plinar ao tratar um esportista portador da lesão são os episódios de dor e inchaço que, muitas vezes, não permitem que se progri­da no fortalecimento muscular, essencial no tratamento e prevenção.
O PRP (Plasma Rico em Plaquetas) faz par­te do conceito da terapia biológica e foi de­senvolvido pela ideia de se injetar nas le­sões dos atletas e pacientes em geral uma concentração de fatores de reparação teci­dual do seu próprio sangue extraídos das plaquetas. As plaquetas possuem os “fato­res de regeneração tecidual”, nossos fatores de cicatrização e crescimento celular, e são o “gatilho” inicial da cicatrização de qualquer dano tecidual como, por exemplo, após um corte na pele.
O PRP foi, inicialmente, difundido entre odontologistas, principalmente na recons­trução de lesões extensas em mandíbulas e há 10 anos vem sendo usado em centros or­topédicos de excelência europeus e, apesar de ser considerado experimental pela Anvi­sa, tornou-se popular no Brasil nos últimos 5 anos. O preparo do PRP envolve coleta de sangue, centrifugação, isolamento da porção do concentrado, ativação e infusão.
O procedimen­to, assim como qualquer outro, e seu uso em de­terminadas le­sões encontra-se em estudo. Estu­dos publicados no American Journal of Sports Medici­ne e The Journal of American Me­dical Association concluem que as aplicações podem ajudar nas cicatrizações de determinadas lesões, como epicondili­tes, rupturas musculares e tendíneas, mas podem ser menos eficazes em Tendões de Aquiles degenerados, por exemplo.
O resultado dessas pesquisas nos leva a crer que o PRP teria indicação como adju­vante do tratamento de lesões quando asso­ciado a algum estímulo biológico, como por exemplo, após a realização do procedimen­to de microfraturas no tratamento de lesão cartilaginosa. O PRP estaria ligado a um me­lhor recrutamento de células tronco prove­nientes da medular óssea, aumentando as chances de uma melhor cobertura fibrocar­tilaginosa da lesão.

Artigo do dr. Marcel Ferrari Ferret (CRM 69031)


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Saiba como escolher o tênis ideal para começar a se exercitar



Se praticar uma atividade física está entre as suas metas para 2016, que tal apostar na corrida? Além de ajudar a emagrecer, melhorar a qualidade do sono e a capacidade cardiovascular, a modalidade é uma importante aliada no combate aos níveis altos de colesterol e a osteoporose. No entanto, é importante lembrar que alguns cuidados básicos são fundamentais antes de entrar de vez no esporte. Entre eles, a escolha do tênis ideal.
De acordo com o ortopedista André Shecaira, utilizar o calçado certo para cada atividade física não só ajuda na prevenção de problemas ortopédicos, como também potencializa a performance durante o exercício. O médico ressalta, ainda, que os principais fatores que ocasionam lesões são o impacto da corrida sem amortecimento suficiente, torção ao se exercitar sem um tênis com estabilidade adequada e a sobrecarga de músculos e ligamentos.
“Se um modelo de calçado não for adequado, refletirá em todo sistema locomotor. Os problemas podem não aparecer de um dia para o outro, mas, eventualmente, acabarão em lesões como entorses e fratura”, alerta ele. No caso específico da corrida, o tênis deve ser maleável e leve, para não prejudicar a impulsão e flexibilidade do atleta. Além disso, ter uma boa ventilação e capacidade de amortecimento de impacto também são características importantes. Os amortecedores evitam que o impacto do corpo no solo repercuta de forma negativa no corredor, com o surgimento de lesões. Já a ventilação é importante para não esquentar muito o pé, evitando o acúmulo de umidade.
Solução individual
Existem três tipo de pisadas: a neutra, mais comum, quando a passada é impulsionada com a parte frontal do pé; a supinada, quando a parte externa do pé é usada para impulso; a pronada, quando são utilizados para impulsionar a ponta do pé, dedão e parte externa. Para o ortopedista Maurílio Mendes, é importante que o corredor pesquise e avalie a sua junto a um especialista antes de investir em um novo modelo de tênis.
“A melhor solução para evitar lesões é aquela individualizada, de acordo com as características do paciente. Também pode ser recomendada a compra de um calçado com pisada neutra, e o uso de palmilhas corretivas e personalizadas para compensar as diferenças”, diz ele
Quer evitar lesões? Confira algumas dicas dos especialistas e corra com mais conforto e segurança:
- Hidratação é sempre fundamental.
- Respeite os limites dos corpos e dos pés. Nunca corra lesionado!
- Dê importância para pesquisa de pisadas com um ortopedista. Correr com uma biomecânica prejudicada pode causar sérios problemas ortopédicos.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Efeitos da radiação ultravioleta x câncer

O verão chrgou com a elevação das temperaturas e maior incidência de radiação ultravioleta, aumentando também a necessidade de atenção redobrada com a exposição excessiva da pele ao sol. A falta de conhecimento sobre proteção durante o verão pode levar a uma chance maior de desenvolvimento de câncer de pele, alerta a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP).
Segundo o patologista membro da SBP, Gilles Landman, o brasileiro já possui uma cultura de proteção contra o sol no verão, mas está muito restrita à situação de férias. Ele lembra que a radiação ultravioleta exerce seu efeito por todo o ano. “Muito se fala sobre evitar a praia nos horários de exposição mais perigosa (entre 11h e 16h), mas devemos lembrar que em todos os dias os efeitos da radiação solar estão presentes, inclusive nas cidades. Muitas pessoas passam o dia inteiro na rua, expostas ao sol, por razões profissionais”, ressalta.
Os dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que o câncer de pele do tipo não-melanoma segue como o mais frequente do Brasil, correspondendo a 25% de todos os tumores malignos registrados. No total, a entidade estima 175.760 novos casos da doença para 2016, sendo 80.850 homens e 94.910 mulheres.
“É o tipo de câncer mais comum em pessoas com mais de 40 anos e de pele mais clara, relativamente raro em crianças ou na população afro-descendente, com exceção daqueles que já apresentam doenças de pele anterior, que podem evoluir para o câncer. Sua mortalidade é baixa e o tratamento pode ser simples, desde que detectado precocemente”, explica o médico.
Melanoma
Landman ainda alerta que o melanoma (forma mais agressiva de câncer de pele) merece atenção especial. Apesar de apresentar a menor incidência (apenas 4% de todos os tumores cutâneos), a doença possui o maior índice de mortalidade, principalmente quando diagnosticada tardiamente. Ainda segundo o INCA, são esperados 5.670 novos casos para 2016.
“Por exemplo, se um melanoma tiver quatro milímetros de espessura quando diagnosticado, o paciente terá sobrevida de cinco anos em aproximadamente 54% dos casos, ou seja, 46% dos pacientes morrerão de disseminação da doença”, aponta o especialista, docente da Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Além de mais agressivo, o diagnóstico de melanoma é frequentemente retardado por desconhecimento, dificuldades diagnósticas ou mesmo falta de prevenção secundária, atividade realizada para prevenir o desenvolvimento de um problema de saúde desde os estágios iniciais no paciente. Ele explica que os melanomas e seus subtipos são difíceis de serem descobertos por suas semelhanças com as lesões benignas, especialmente quando nos primeiros estágios.
Fatores de risco
O médico esclarece que as lesões na pele têm como fator predisponente a exposição à luz ultravioleta A e B, em especial em pessoas muito claras que se queimam e nunca se bronzeiam. No verão, essa concentração de luz tende a aumentar bastante, principalmente em cidades com maior altitude, que têm ar mais rarefeito e menos proteção atmosférica.
“Por outro lado, há famílias com propensão ao desenvolvimento de melanomas. Cerca de 10% dos pacientes diagnosticados com melanoma têm histórico familiar desse tipo de tumor. Nesses casos, é importante a avaliação com um oncogeneticista, que estabelecerá se é mesmo câncer hereditário e qual a probabilidade de desenvolvimento da doença”, aponta.
Há um tipo de melanoma, o acral, que ocorre com maior frequência em afrodescendentes e asiáticos e aparece especificamente nas plantas dos pés, palmas das mãos e unhas. Na população brasileira, a doença aparece com maior frequência onde houve grande miscigenação racial.
“Serviços públicos que atendem populações carentes, muitos de ascendência africana, têm encontrado maior frequência deste tipo de melanoma. Em Salvador e em Manaus, sua frequência respectiva é de 19% e 30% de melanomas acrais. Este dado indica a necessidade de não só pensar em melanomas induzidos pela radiação solar, mas também fazer campanhas de prevenção secundária para a observação de mãos e pés, frequentemente negligenciados. Afinal, além de caucasianos, os traços afrodescendentes e asiáticos também são uma marca da população brasileira”, diz o patologista.
Detecção precoce
O médico aponta que os avanços tecnológicos se tornaram importantes ferramentas no diagnóstico dos diversos tipos de câncer de pele. A dermatoscopia, por exemplo, usa uma espécie de lente de aumento semelhante à usada para observar o ouvido. “A técnica aumentou a precisão diagnóstica do melanoma e, em associação à digitalização das imagens, tem permitido monitorar lesões suspeitas que, reavaliadas num curto intervalo de tempo, podem crescer e permitir que o médico confirme a necessidade de retirada e avaliação com outros exames”, diz.
Outra tecnologia em desenvolvimento constante, apontada por Landman, é o uso da microscopia confocal in vivo. Ainda timidamente utilizada no Brasil, ela possibilita, através de raios laser, o exame de lesões com resolução de microscópio. “Nesse caso, é possível examinar o paciente com tecnologia de alta precisão para indicar se a lesão deve ou não ser retirada, além de demarcar as margens cirúrgicas para assegurar que toda a lesão foi retirada”, finaliza.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Uso de protetor bucal durante esportes deve ser incentivado

O risco de um atleta sofrer séria lesão nos dentes durante a prática de esportes tem sido motivo de inúmeros estudos internacionais – principalmente em relação ao papel do protetor bucal. De acordo com o cirurgião-dentista Reinaldo Brito e Dias, professor da Universidade de São Paulo e membro da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas, ainda é muito sutil o trabalho realizado pelos profissionais de Odontologia no sentido de ‘convencer’ os atletas a usar protetores bucais, sejam eles padronizados ou personalizados.
“É muito importante que os atletas conheçam o risco real que estão assumindo ao deixar de proteger os dentes. Não me refiro apenas àqueles que praticam esportes de contato, como artes marciais, rugby e futebol americano. Mas até mesmo esportes de quadra, como basquete, em que um eventual choque pode resultar numa avulsão dentária e pôr tudo a perder, exigindo o afastamento do atleta para tratamento e recuperação”, diz o especialista.
O profissional ressalta que as pessoas só têm ideia da dimensão do problema quando perdem um dente. “Até surgir o problema, a pessoa fala ou morde uma maçã automaticamente. Mas, por exemplo, imagina o que é fazer isso sem um dente da frente? Toda saúde do atleta fica comprometida. Ele sofrerá restrições que terão desdobramentos em vários outros aspectos da sua vida, desde os mais práticos até os mais sensíveis, como autoconfiança e autoestima”.
O professor adverte, entretanto, que um bom protetor bucal tem algumas características que precisam ser levadas em conta. A primeira é que a peça precisa ser desenvolvida especialmente para a boca do paciente – até mesmo para quem usa aparelhos ortodônticos. Depois, é preciso que o material usado esteja de acordo com o risco oferecido pelo esporte em questão. Ainda, o material deve ser resiliente, resistente, de fácil adaptação e confortável para que o atleta possa respirar naturalmente e praticar seu esporte sem interferências nem preocupações com relação ao protetor bucal.
O uso do protetor bucal é especialmente indicado para atletas que praticam uma dessas modalidades: ginástica, acrobacia, vôlei, basquete, handebol, boxe, ciclismo, hipismo, esportes de campo, futebol, artes marciais, rugby, hockey, patinação, esportes radicais etc. “Geralmente o protetor bucal é usado somente na arcada superior. Caso o atleta tenha mandíbula proeminente, o cirurgião-dentista avaliará se a arcada inferior também precisa de proteção”, diz o especialista.
Independentemente da modalidade esportiva, estudos mostram que contar com um cirurgião-dentista para cuidar da saúde bucal dos atletas – atuando tanto na orientação e prevenção, bem como nos tratamentos – contribui de forma relevante para aumentar o desempenho e alcançar bons resultados.


segunda-feira, 8 de junho de 2015

Idosos devem realizar exercícios de proteção para prevenir lesões



Independentemente da faixa etária e das condições físicas, todos podem sofrer lesões nos músculos e articulações. Por isso, é cada vez mais comum a prática de exercícios considerados de proteção que, segundo o médico do esporte do Delboni Medicina Diagnóstica, dr. Luiz Augusto Riani, previnem lesões por meio do aumento da força, da resistência e da potência do sistema músculo esquelético, aumentando a amplitude dos movimentos e a estabilidade das articulações.
Os exercícios de proteção podem ser realizados por qualquer pessoa que queira prevenir possíveis lesões e degeneração das articulações. “Eles também têm sido indicados para quem sofre de obesidade, postura inadequada, desequilíbrios musculares e histórico de lesões musculoesqueléticas, como tendinite e lombalgia”, afirma o especialista. Nos idosos, estes exercícios podem proporcionar significativa melhora na sua qualidade de vida, já que aumentam o desempenho físico e reduzem as dores nas articulações. Para aqueles que sofrem de dor crônica musculoesquelética, degeneração articular e perda de força e flexibilidade, a prática destes exercícios também reflete em bons resultados.
É importante lembrar que cada pessoa deve ter seu plano de exercícios individualizado e adequado às suas necessidades específicas. “Devem ser respeitados os limites de cada pessoa, atentando-se às cargas excessivas, progressões muito rápidas e curtos intervalos de descanso. Isso vale principalmente aos idosos”, destaca Riani.
A principio, os exercícios de proteção devem ser feitos sob acompanhamento de um fisioterapeuta. Com o tempo, um professor de educação física pode avaliar a atividade em conjunto com um médico do esporte. Dependendo das condições e necessidades de cada pessoa, o médico pode também solicitar uma análise biomecânica.
Atletas de alto nível, com grande exigência mecânica corporal, também devem praticar estes exercícios com regularidade. Segundo o dr. Riani, além de prevenir lesões e dores, os exercícios de proteção podem aumentar a capacidade física e melhorar a performance, independentemente da atividade ou esporte praticado, promovendo efeitos positivos nas mais diferentes modalidades.
Como fazer
Existem diversos tipos de exercícios de proteção, que podem ser realizados tanto em academias quanto em casa. Geralmente são recomendados exercícios que buscam correção dos desvios e desequilíbrios de força, ajustes posturais, sincronização de músculos e ganho de amplitude de movimento.
Quando realizados em casa, os exercícios não necessitam de nenhum instrumento complementar, sendo utilizado o próprio peso corporal e posições e movimentos específicos. Estes são indicados principalmente para quem está no processo de recuperação de lesões, sem necessidade de cargas mais pesadas, mas sempre sob orientação adequada e cuidadoso controle da postura e do movimento conforme aprendido nas sessões com o profissional responsável, seja o fisioterapeuta ou o professor de educação física.
A realização frequente destes exercícios promete reduzir a fadiga na prática de atividades cotidianas. “É necessário frisar que os exercícios de proteção não substituem outras atividades físicas de maior intensidade e com estímulo específico em outras qualidades da aptidão física, mas sua prática deve ser adotada para evitar danos ao corpo com o passar dos anos”, conclui o médico.