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domingo, 15 de janeiro de 2017

Entre em forma, mas cuidado com as lesões


Na estação mais quente do ano, muitas pessoas se empenham na busca por um corpo perfeito e dão início à chamada ‘operação verão’. Arriscam-se, ao se dedicar a treinos pesados ou até mesmo exaustivos, muitas vezes, sem permitir que o corpo se adapte à nova rotina de atividades físicas. E se não for com a devida orientação e cuidados, o resultado pode não ser um corpo em forma, mas, sim, um problema de coluna, ombro ou perna.

De acordo com o fisioterapeuta especializado em esportes, da Club Físio, André Nogueira Ferraz, a retomada das atividades físicas deve ser mediada por uma prévia avaliação de um fisioterapeuta ou educador físico, para que a pessoa não sofra as consequências de uma sobrecarga nos músculos e articulações. “Após esta avaliação detalhada, a periodização dos treinos tem que ser respeitada para que desta forma seja diminuído o risco de lesão. A sobrecarga por excesso é a grande responsável por lesões”, destaca.

Segundo ele, a maioria das lesões nas articulações é causada por excessos, como por exemplo, aquela pessoa que gosta de correr para perder aqueles quilinhos indesejados. “Se ela não tem uma boa preparação dos seus músculos, suas articulações dos membros inferiores podem sentir, levando ao desgaste da cartilagem”.

André ressalta que, de um modo geral, as lesões levam de quatro a seis semanas para ser curadas. E, no caso de lesões mais graves, como rupturas de ligamentos, o tempo para a cura é ainda maior, cerca de seis meses. “Antes de correr, por exemplo, é fundamental ter uma boa base muscular. No entanto, o fortalecimento demanda tempo, pelo menos um mês. Após esse período, os treinos podem ser mesclados entre corrida e fortalecimento muscular”. 

Segundo o fisioterapeuta, entre os exercícios que ajudam na prevenção de lesões para quem quer iniciar uma corrida encontram-se os agachamentos, que são indicados por fortalecer os membros inferiores; os exercícios de equilíbrio, que contribuem para um aprimoramento da postura; e os exercícios para a panturrilha, que são fundamentais na prevenção de lesões ligamentares dos tornozelos.


quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Você sabe quais são as lesões mais comuns no esporte?


A prática de atividade física sempre é bem-vinda e previne uma série de doenças. Mas, é preciso tomar cuidados. O primeiro passo é procurar o especialista adequado antes de praticar um esporte, para que lesões sejam evitadas e para que o exercício seja melhor aproveitado.

Segundo o dr. Leandro Gregorut (CRM/SP 104.351), ortopedista na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, mesmo quando o atleta está bem preparado fisicamente e com técnica apurada, ele está sujeito a se lesionar. “Portanto, tanto atletas profissionais quanto amadores devem saber sobre as lesões mais comuns e se preparar para que sejam evitadas”, afirma.

Abaixo, o ortopedista explica as lesões mais comuns de algumas modalidades esportivas:

Atletismo: Quando se fala de atletismo, quase sempre pensamos em categorias que envolvem corrida, tais como as provas de velocidade ou as provas de longa distância. Acabamos nos esquecendo do resto, como arremesso de disco, martelo, peso, pentatlo moderno, salto em altura e com vara. De uma maneira geral, as lesões mais comuns no atletismo são as lesões musculares, tais como as distensões e as rupturas musculares devido à grande intensidade em esforço, velocidade e volume que os músculos são utilizados para realizar a qualquer tipo de prova. Entorses de tornozelo e joelho vêm em seguida, mas são bem menos prevalentes.

Futebol: a lesão mais frequente é a distensão muscular, seguida por entorse de tornozelo. No entanto, elas não são as mais incapacitantes, pois são lesões de pouca gravidade que, com alguns dias ou semanas de tratamento fisioterápico, podem colocar o jogador de novo na ativa. Entorse de joelho com ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) e lesões dos meniscos associadas são as lesões incapacitantes mais comuns no futebol, pois são de tratamento cirúrgico e o atleta pode voltar aos treinos somente seis meses após a cirurgia.

Ginástica Rítmica/Artística: nesta modalidade esportiva, as distensões
musculares também são as mais prevalentes, em conjunto com as entorses de tornozelo, punho e joelho. Mas existem algumas lesões específicas para cada modalidade: Argolas – lesões no ombro; Cavalo – distensão muscular; Barras Paralelas e Assimétricas – traumas e fraturas por queda ao solo, sendo os traumas cervicais os mais temidos.

Handebol: as lesões nos dedos devido aos bloqueios dos arremessos e ao tipo de marcação realizada são as lesões mais prevalentes. Em seguida, são as entorses de tornozelo, joelho e lesões no ombro, devido à grande potência dos arremessos.

Natação: as lesões nos ombros são as mais incapacitantes. No entanto, as mais prevalentes são as dores nas costas, tais como lombalgia e dorsalgia.

Tênis: as lesões nos ombros e as entorses de tornozelos e joelhos são as lesões típicas desse esporte. Os ombros são afetados devido ao grande esforço necessário à partida e os joelhos e tornozelos devido a grande intensidade de mudança de direção e velocidade que os atletas desenvolvem. É muito comum também dores nas costas e as famosas epicondilites (inflamações nos cotovelos) devido ao volume de treinos e jogos.

Voleibol: as entorses de tornozelos, joelhos e lesões nos ombros são as mais prevalentes do vôlei. Os dois primeiros devido aos atletas pularem no bloqueio e caírem em cima dos pés de seus companheiros, desequilibrando-se e lesionando-se. As lesões nos ombros ocorrem devido à grande velocidade exigida para fazer um saque ou dar uma cortada.

Boxe: as contusões no punho e face são as lesões mais prevalentes a curto prazo. A longo prazo, as lesões cerebrais devido aos constantes impactos na cabeça podem aparecer.


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Tenho hérnia de disco lombar. Posso fazer musculação?


A hérnia de disco acomete normalmente pessoas entre 30 e 50 anos, o que não quer dizer que crianças, jovens e idosos estejam livres dela. Estudos radiológicos mostram que depois dos 50 anos, 30% da população mundial apresentam alguma forma assintomática desse tipo de afecção na coluna. As hérnias lombares são as mais comuns por ser região de sobrecarga do nosso corpo. Elas podem comprimir as raízes nervosas desencadeando dor irradiada por toda a extensão do nervo ciático.
Entre as vértebras da nossa coluna estão os discos intervertebrais, que são compostos de tecido de cartilagem e responsáveis por amortecer os impactos, evitando atritos. A discopatia mais comum é a degeneração dessas estruturas, caracterizada por redução da altura, deslocamento e rupturas periféricas que podem evoluir para o extravasamento do núcleo pulposo. O termo hérnia de disco costuma ser aplicado às degenerações mais avançadas. As discopatias degenerativas, de causa genética, geram instabilidades na coluna podendo provocar dores nas atividades diárias que podem ser agravadas por traumas, esforço repetitivo e má posturas da coluna.
Uma das intervenções mais importantes para melhorar os sintomas das dores por hérnia e prevenir a evolução ou novas crises é fortalecer os músculos paravertebrais lombares, melhorando assim a instabilidade da coluna. A musculação, academicamente conhecida como exercícios resistidos, é a forma mais segura e eficiente de fortalecer os músculos e deve fazer parte do programa de treino de pessoas que já apresentam ou tenham predisposição à problemas na coluna. Em geral, em três meses, 90% dos portadores dessas hérnias estão aptos para reassumir suas atividades rotineiras.
A recomendação é utilizar exercícios que estimulem de forma confortável os músculos paravertebrais lombares. Os cuidados devem ser com as flexões exageradas de tronco e de quadril e também com os movimentos de rotação da coluna porque tendem a agravar os sintomas ou desencadear novas crises. Inicialmente, recomendamos as remadas com pequeno movimento de extensão da coluna, e leg press ou agachamento, avaliando amplitudes que sejam confortáveis. Numa fase quase sem dor ou totalmente assintomático os exercícios de extensão lombar em máquina ou levantamento terra stiff, com peso livre podem ser experimentados.
A nossa experiência sugere que esses exercícios auxiliam de maneira eficiente o fortalecimento dos músculos lombares, mas em caso de dor, ou novas crises, devem ser retirados do programa de treino para avaliação. Os exercícios abdominais devem ser curtos, evitando flexão de tronco exagerada. Abdominais com rotação de tronco devem ser evitados.
Exercícios contínuos aeróbios, como as corridas, precisam ser evitados em fase de dor na coluna por gerar impactos nas vértebras e discos, agravando os sintomas. Ao retomar esses tipos de exercícios também é importante que isso ocorra de forma gradativa, aumentando sua frequência (tempo e dias) na medida em que a coluna for respondendo de forma positiva e assintomática, mantendo no programa o fortalecimento muscular.
Lembrando que é recomendável no acompanhamento de doenças e lesões a supervisão de um profissional especializado em treinamento resistido. 

Artigo da professora de Educação Física Sandra Nunes de Jesus, especialista em fisiologia do treinamento resistido na saúde, na doença e no envelhecimento pelo FMUSP. É coordenadora técnica do Instituto Biodelta.


domingo, 20 de março de 2016

Crossfit e slackline: cuidados com lesões

O crossfit é a nova febre no mercado fitness e cada vez mais adepto por quem deseja emagrecer e está em busca de condicionamento físico. Já o slackline, esporte de equilíbrio sobre uma fita elástica, é praticado por diferentes faixas etárias e muito utilizado para diversão em parques e festas.  Mas apesar dos benefícios que essas atividades físicas podem trazer e crescimento no número de adeptos, também aumentam o número de pessoas que se lesionam durante as atividades.
De acordo com o ortopedista do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), dr. Renato Raad, qualquer pessoa pode praticar o crossfit, independentemente da idade ou do condicionamento físico, desde que esteja em boas condições de saúde. Segundo o professor de educação física Maurício Lopes Sgaraboto, o esporte tem como objetivo desenvolver resistência cardiorrespiratória, muscular, força, flexibilidade, coordenação, agilidade entre outros benefícios. “Porém existe uma necessidade de adaptação física para os exercícios, evoluindo na sua intensidade conforme a melhora da condição física”, explica o professor. Já o ortopedista ressalta que os movimentos devem ser executados de maneira correta e as cargas e intensidades utilizadas devem respeitar os limites físicos. “Por isso é indispensável a supervisão de um professor para evitar lesões e acidentes”, orienta.
Tendinites, entorses e fraturas são as principais lesões ocasionadas. “Elas ocorrem quando os movimentos são executados de forma errada, pelo excesso na utilização de pesos, intensidade dos treinos e a falta de intervalos necessários para a recuperação”, afirma o ortopedista. Para cada tipo de lesão será necessária uma recuperação. “Uma paciente que eu atendi recentemente tropeçou em uma corda e fraturou o pé, necessitando de 45 dias de imobilização e depois mais 45 dias de fisioterapia para retorno a atividade.”
Slackline
Além de ser um esporte praticado principalmente ao ar livre e em contato com a natureza, vários são os benefícios proporcionados pela prática do slackline. Concentração, equilíbrio, consciência corporal e velocidade de reação, são as habilidades proporcionadas. Quanto às lesões ocasionadas por acidentes, o ortopedista comenta que as principais casos de atendimentos são referentes a entorses e as fraturas. “Geralmente são causadas pela queda, já que se trata de um esporte que tem como base o equilíbrio”, diz. Por isso, segundo ele, a melhor forma de evitar lesões é praticar o slackline em um local seguro e com equipamento adequados.


segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Ciclismo x risco de lesões


Andar de bicicleta é uma boa forma de exercício, por isso não é de admirar que cada vez mais pessoas adotem a bicicleta como forma de divertimento, lazer, prática esportiva e até como um modo de transporte. Em feriados, como hoje, então, nem se fale! Mas guiar uma bicicleta num centro urbano é algo similar a dirigir um carro. O condutor precisa observar as regras de trânsito para ajudar a diminuir a incidência de colisões e outras ocorrências traumáticas.

“Os ciclistas precisam estar 100% preparados e cautelosos antes de saírem pedalando por aí, porque as lesões envolvendo bicicletas são muitas, dentre elas, lacerações, distensões e fraturas. E até mesmo casos de lesões mais graves, que podem levar à morte, podem ocorrer”, afirma o ortopedista Caio Gonçalves de Souza (CRM-SP 87.701).

Ciclistas profissionais ou ocasionais estão sujeitos a lesões provocadas por acidentes traumáticos. Nos Estados Unidos, a cada ano, cerca de 800 mortes e mais de meio milhão de atendimentos de emergência estão relacionados com a bicicleta.  Segundo informações da Universidade de Washington, os traumatismos cranianos são responsáveis ​​por cerca de dois terços das hospitalizações e de três quartos das mortes em acidentes com bicicletas. O uso de capacetes evitaria cerca de 85% dos ferimentos na cabeça.

No Brasil, um estudo com 240 crianças e adolescentes acidentados, realizado pela médica Vera Lúcia Venâncio Gaspar, em Minas Gerais, há alguns anos, mostrou predomínio da ocorrência com bicicletas (44,6%). E nenhum ciclista usava capacete. No site da Sociedade Brasileira de Pediatria, a médica relata que a maioria das mortes de ciclistas é por traumatismo craniano. Por isso, ela destaca a importância do capacete para diminuir a gravidade dos traumatismos cranianos, suas sequelas neurológicas e morte.

Dicas de segurança para o ciclista


Diante de tantos braços quebrados, entorses de pulsos, distensões e outras lesões relacionadas com a condução da bicicleta, o médico organizou uma lista com algumas dicas de segurança que precisam ser observadas pelos ciclistas:

Ajuste a bicicleta ao seu tamanho e altura. Certifique-se que a bicicleta é do tamanho adequado para você. Guidão, altura do assento, bem como sistemas de engrenagens ajustados ajudam a reduzir o risco de lesões por sobrecarga e melhoram o controle da bicicleta. Os joelhos, por exemplo, nunca devem ficar mais altos que o quadril, ou o ciclista pode vir a ter dor e inchaço no seu joelho;

Mantenha o ritmo. Andar de bicicleta pode ser um exercício vigoroso. Certifique-se de que você está apto a cruzar a cidade de bicicleta, antes de começar a pedalar. Lembre-se que a distância para ir a algum lugar é a mesma para voltar. Se você se machucar na ida, ou ficar muito cansado, não conseguirá retornar para casa depois;

Mude a posição de condução. Pequenas variações em sua posição durante a condução da bicicleta podem reduzir o estresse em pontos de pressão sobre o corpo, evitando a sobrecarga muscular;

Use sempre um capacete. Certifique-se de que ele se encaixa confortavelmente na sua cabeça, sem obstruir a sua visão. O capacete deve ter fivelas no queixo e ficar bem preso. Estudos têm demonstrado que o uso do capacete de bicicleta pode reduzir as lesões na cabeça;

Manutenção de sua bicicleta. Verifique se os componentes mecânicos da sua bicicleta estão em boas condições: freios, pneus, engrenagens, assim como você faria com um carro. Se a bicicleta não estiver em boas condições, não a utilize;

Siga as regras de trânsito. Familiarize-se com todas as regras de trânsito para bicicletas em sua cidade ou estado, isso em relação às ciclovias ou ciclofaixas. Obedeça às demais normas de trânsito no que diz respeito a placas e semáforos. Instale refletores traseiros na sua bicicleta, para que os demais motoristas possam antecipar suas ações;

Pratique a direção defensiva. Não ande na contramão do tráfego, pois um impacto frontal contra um automóvel pode ser fatal. Tenha cuidado ao andar ao lado de carros estacionados, evitando ser atingido por uma porta sendo aberta. Na Holanda, onde andar de bicicleta já faz parte da cultura urbana, as pessoas são ensinadas em cursos de educação para motoristas a abrir a porta do motorista com a mão direita, o que obriga o motorista a olhar por cima do ombro esquerdo para ver se um ciclista está se aproximando. Os ciclistas de lá são aconselhados a prestar atenção à "zona da porta", e a andar de bicicleta cerca de quatro metros para a esquerda de onde os carros estão estacionados;

Evite distrair-se durante a condução da bicicleta. Não ouça música com fones de ouvido, não fale ao telefone, não fique enviando mensagens de texto ou fazendo qualquer outra coisa que possa obstruir a sua audição ou visão ao conduzir a bicicleta;

Nunca subestime as condições da estrada. Tenha cuidado com superfícies irregulares ou escorregadias;

Cuidado com o seu nível de combustível. Como andar de bicicleta é um exercício que gasta muitas calorias, não se esqueça de levar água e lanches para os passeios mais longos. Não se descuide da sua hidratação, beba água de hora em hora durante o passeio de bicicleta;

Use equipamento apropriado. Evite roupas largas e use calçado apropriado. Nunca ande descalço ou de chinelos. Já ocorreram muitos casos de lesões em pés e tornozelos devido à lesão contra a corrente da bicicleta. Use luvas acolchoadas. Use calções de ciclismo devidamente acolchoados para passeios mais longos. Use protetor solar;

Supervisione os ciclistas mais jovens em todos os momentos. Recomenda-se que as crianças andem de bicicleta apenas em áreas fechadas nos primeiros anos e sempre sob a supervisão de um adulto;

Nunca ande de bicicleta sob a influência de álcool e outras drogas. Essas substâncias afetam o seu equilíbrio e a sua capacidade de tomar decisões rapidamente.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Como prevenir lesões na corrida de rua



A corrida de rua vem ganhando uma legião de adeptos nos últimos anos no Brasil. Acredita-se que isto se deve ao fato desta atividade física ser capaz de proporcionar inúmeros benefícios à saúde como a perda de peso e melhoria na condição cardiorrespiratória, mas também pelo fato de ser praticada em qualquer lugar e com equipamentos mais simples que aqueles necessários para a participação num esporte coletivo, por exemplo.
Um dos assuntos que ainda gera muita controvérsia no que diz respeito à corrida é sobre os tipos mais comuns de lesões que afetam os corredores e o que fazer para preveni-las, além da polêmica em torno dos melhores calçados esportivos que devem ser utilizados para a prática.
Segundo as professoras Maria Claudia Vanícola e Katia Brandina, por muito tempo se pensou que o maior número de lesões envolvia a articulação do joelho. “Entretanto, numa revisão de literatura mais recente (Lopes, Hespanhol Junior, Yeung e Costa, 2012) evidenciou-se que as principais lesões para corredores envolvem a síndrome do estresse tibial medial (conhecida canelite), a tendinopatia do tendão calcâneo e a fasceíte plantar, nenhuma delas, portanto, na articulação do joelho”, explicam. “Somente para aqueles que correm provas de ultramaratona é que a síndrome patelofemural, que se dá na articulação do joelho, aparece como a segunda maior causa de lesão.”
O calçado esportivo adequado é aquele em que o corredor se adapta melhor, independentemente do sistema de amortecimento. Isto porque o melhor sistema de amortecimento que existe é aquele coordenado pelo próprio aparelho locomotor. “Atualmente, sabe-se que os músculos têm total capacidade de absorver o impacto e utilizá-lo para produzir força, sem depender do calçado esportivo para isto”, ressaltam as professoras. Então, o que deve ser considerado para minimizar a ocorrência de lesões? “Simples, o adequado planejamento da atividade física para que o músculo não falhe e cumpra seu papel protetor no aparelho locomotor”, respondem.


quarta-feira, 16 de julho de 2014

Cuidado com lesões no futebol



O futebol é um dos esportes mais praticados no país. Mas, a paixão nacional vai além do divertimento e benefícios de quem o pratica. O esporte também é considerado o responsável pelo maior número de lesões desportivas no mundo – tanto em quem pratica por lazer, ou em atletas profissionais.
Segundo o médico ortopedista e traumatologista Christiano Saliba Uliana, o que se vê é que as lesões têm relação direta com o preparo físico dos atletas. Seja no âmbito do esporte profissional ou no amador, as fraquezas e desbalanços musculares são as principais causas de lesão neste e em outros esportes. As lesões mais frequentes do futebol acometem principalmente os membros inferiores, como cintura, coxas, pernas e pés. As distensões e as entorses são os principais problemas osteomusculares na prática do esporte.
A distensão muscular ocorre quando um músculo ou o tendão que se prende ao osso é submetido a um esforço que rompe algumas ou muitas fibras musculares e os vasos sanguíneos que as irrigam, dando origem a um hematoma acompanhado de inflamação local. As lesões musculares ocorrem geralmente na panturrilha e na região da coxa, sendo mais comum na região posterior, que funciona como “desacelerador” do membro na hora do chute.
Já as entorses – conhecidas como torções do joelho e tornozelo -, também são frequentes motivos de atendimento médico. No tornozelo, os traumas durante a disputa de bola, ou mesmo quando o atleta muda de direção na corrida, podem causar lesões ligamentares. No joelho, graves consequências, como a ruptura do ligamento cruzado anterior, lesão meniscal ou mesmo da cartilagem intra-articular.
A cabeceada de bola também é muito frequente nos jogos. Sobre as possíveis lesões causadas por ela, o médico explica que a cabeçada contra a bola não costuma ocasionar nenhum tipo de lesão. Segundo ele, o trauma crânio encefálico pode ocorrer na disputa de bolas alta entre dois jogadores. Quando ocorre este tipo de lesão, é fundamental realizar um exame das funções neurológicas, investigando sintomas como tontura, desmaio, náuseas ou embasamento da visão.
Existem órteses para a proteção dos ossos da face, incluindo o nariz, acessórios que são mais usados como proteção para os atletas que estão se recuperando de uma lesão.
Recomendações
O ortopedista dá algumas dicas para prevenção de lesões, de quem pratica o esporte:
Preparação física: os praticantes devem se manter preparados fisicamente, tanto no âmbito cardiovascular como na questão osteomuscular.
Alongamento: o alongamento e fortalecimento dos membros inferiores são fundamentais num processo de prevenção de lesões. Mantendo os tendões alongados, as chances de o atleta sofrer uma lesão é menor.
Campo: o jogo deve ser realizado em gramados de boa qualidade.
Acessórios: o uso de caneleira e meias longas deve ser rotineiro. A caneleira pode proteger de várias situações de traumas diretos. O uso de chuteiras apropriadas para cada piso também diminui a incidência de lesões.