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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Como aliviar as cólicas do bebê?


As cólicas em bebês recém-nascidos são muito comuns e assustam, principalmente, os papais de primeira viagem. A manifestação do incômodo se dá por meio de um choro inconsolável, súbito e inexplicável. Porém, de acordo com o pediatra do Hospital Edmundo Vasconcelos, Eduardo Brandina, não há motivo para pânico; as cólicas em lactantes são comuns e seus episódios se iniciam a partir da segunda semana de vida, atingindo o pico entre a quarta e a sexta e com melhora considerável após o terceiro mês.

Até o momento, as pesquisas acerca das causas da cólica em lactantes são inconclusivas, entretanto, algumas hipóteses têm sido associadas ao incômodo, como imaturidade no sistema nervoso central do bebê, anormalidades na produção de hormônios gastrointestinais, alteração da motilidade intestinal – capacidade de mobilidade do intestino – e até mesmo fatores externos, como barulho, claridade e agitação. Algumas pesquisas indicam ainda que, bebês que não se alimentam pelo leite materno, têm duas vezes mais chances de incidência de cólicas.

"Por não se saber ao certo a causa da cólica em recém-nascidos, ainda não há um tratamento eficaz, porém, algumas dicas simples podem ajudar a trazer conforto nessa hora delicada: manter-se tranquilo para transmitir calma ao bebê, pegá-lo no colo, deixar a barriga do pequeno em contato com a da mãe, a fim de transmitir calor e conforto. Além disso, manter o ambiente a meia luz e com música suave, colocar compressas mornas na barriga, fazer massagem circular e dar banho morno", afirma Eduardo Brandina.

O tratamento com medicamentos, chás ou outros métodos de controle da dor só deve ser realizado sob orientação do pediatra. O especialista alerta para a importância do acompanhamento médico. "O exame clínico é fundamental para descartar quaisquer outras razões para o choro da criança", diz.

Eduardo Brandina chama atenção ainda para uma moda perigosa: o uso do colar de âmbar nos bebês. Trata-se de um colar feito de uma resina vegetal que atuaria como analgésico e anti-inflamatório pela presença do ácido succínico, mas não existe nenhuma comprovação científica de sua eficácia. "Além disso, seu uso traz grande risco de asfixia ao lactente, tanto por estrangulamento quanto por aspiração", afirma.


A cólica em recém-nascidos por mais traumática que seja, é uma condição transitória que não traz riscos ao bebê e nem interfere em seu desenvolvimento.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Ansiedade e depressão de fim de ano podem ser evitados


Transtornos de ansiedade antecedem, sucedem ou coexistem com a depressão em até 70% dos pacientes, de acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre 1990 e 2013, o número de pessoas depressivas e ansiosas aumentou quase 50%, chegando a um número atual de cerca de 615 milhões de pessoas afetadas pelas duas doenças. Por isso, é importante avançar na compreensão da relação entre as enfermidades e adotar estratégias de tratamento que contemplem ambas as condições.

“Muitas vezes, tratar os transtornos de ansiedade é uma forma de prevenir a própria depressão", diz o psiquiatra Kalil Duailibi, diretor científico de Psiquiatria da Associação Paulista de Medicina (APM). Juntas, depressão e ansiedade custam à economia global, anualmente, cerca de US$ 1 trilhão, segundo um relatório produzido pela OMS em parceria com o Banco Mundial e divulgado neste ano.

De acordo com o médico, as doenças fazem parte de um círculo vicioso que inclui também estresse e insônia. “Isso ocorre porque, em geral, os mecanismos que envolvem a regulação do humor, do ciclo de sono e da resposta de estresse estão relacionados à ação de um mesmo neurotransmissor, a noradrenalina. Então, ocorrem efeitos em cascata, que no início se manifestam como ansiedade e, depois, como depressão”, completa.

Sequelas irreversíveis

A depressão, quando não tratada adequadamente, pode trazer consequências graves e sequelas importantes, como a diminuição do número de células nervosas e, com o passar do tempo, do volume de algumas regiões cerebrais de modo irreversível, levando a déficits cognitivos significativos, ou até mesmo, tentativas de tirar a própria vida. A doença também prejudica o tratamento de outras enfermidades das quais o paciente seja portador e pode piorar a evolução desses quadros, em razão da desesperança e da autoestima fragilizada dessas pessoas.

Sob o aspecto social, a depressão pode provocar prejuízos no trabalho, na vida familiar e afetiva. Mas a boa notícia é que a evolução no entendimento da doença e o conhecimento cada vez mais aprofundado das outras condições associadas a ela têm possibilitado o desenvolvimento de tratamentos cada vez mais modernos, eficazes e seguros, como os antidepressivos de 3ª geração, que apresentam uma ação dual.

Segundo o especialista, adotar uma dupla abordagem, contemplando os medicamentos antidepressivos e também a psicoterapia, é uma estratégia fundamental para recuperar a funcionalidade do paciente, restaurando sua capacidade plena de atuação e ampliando sua qualidade de vida.


quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Fitoterápico é remédio e exige cuidado

Os medicamentos fitoterápicos estão no dia a dia de consumidores brasileiros. Feitos com princípios ativos de origem vegetal são vistos como uma alternativa “natural” em comparação a outros produtos. A questão é que o fitoterápico passa por um processo industrial e a própria matéria-prima pode causar alergias e efeitos colaterais em algumas pessoas, como qualquer outro medicamento.
“É preciso ter atenção a essa situação. É comum que as pessoas relacionem o medicamento fitoterápico com medidas caseiras, como tomar um chá para curar dor de estômago”, diz o médico Ayrton de Magistris, doutor em Patofisiologia pela Universidade de Boston. É evidente que, assim como os outros produtos, os fitoterápicos também apresentam eficácia. Eles são avaliados com o mesmo rigor que medicamentos sintéticos, e devem apresentar estudos farmacológicos e toxicológicos que provem benefício e segurança.
Segundo ele, na crença popular, muitos acreditam que os medicamentos fitoterápicos são isentos de efeitos colaterais, o que não é verdade. Qualquer substância tem efeitos em seres vivos, independente de sua origem. Esses remédios são substâncias ativas e que podem ser nocivas, como qualquer outra. “Muitas vezes, os efeitos colaterais são os mesmos dos sintéticos, tanto para mais como para menos. Não existe diferença, em nível molecular. Além disso, muitas plantas têm um número de substâncias enorme,de origem questionável e nem sempre purificadas como deviam, o que torna seu efeito ainda mais imprevisível”, observa o especialista.
O uso indiscriminado, sem orientação, pode causar problemas sérios à saúde. Portanto, a orientação é a mesma em comparação aos produtos sintéticos: sempre consulte um médico antes de ingerir medicamentos, incluindo os fitoterápicos.