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sábado, 3 de abril de 2021

Como evitar a halitose



A halitose é um problema oral que atinge grande parte da população. A boa notícia é que, com hábitos simples, é possível prevenir e combater o problema. Para saber mais sobre ele, a odontologista Luciana Bruzadin explica o que é, suas principais causas e como prevenir.

O que é?

“De forma prática, a halitose é uma alteração do hálito que motiva um odor desagradável na boca. Essa mudança pode indicar variações orgânicas ou fisiológicas no corpo, por essa razão é de extrema importância visitar um dentista regularmente”, explica Bruzadin.

Quais as principais causas?

“O problema geralmente está relacionado à má higiene bucal, mas também é comum ser associado a desidratação, estresse, tabagismo e consumo de medicamentos”, explica a dentista. “O mau hálito fisiológico acontece pela diminuição do fluxo salivar durante o sono, o que é facilmente resolvido com a limpeza oral pela manhã, restabelecendo o fluxo salivar aos níveis normais.”

Por outro lado, a odontologista considera também que a halitose pode sinalizar doenças um pouco mais graves, como diabetes e problemas cardíacos que são denunciados pelo mau hálito. Se o odor desagradável continuar, mesmo depois de higienizar corretamente a boca, é indicado procurar um profissional.

Como prevenir?

“Não tem segredos, a melhor forma de prevenir halitose é a higienização oral correta. Além de usar fio dental e realizar uma boa escovação, é indispensável limpar a língua após as refeições, a fim de evitar acúmulo de bactérias. Nesse caso, prefira os limpadores específicos para remover a sujeira de forma completa da língua. O limpador deve ser utilizado depois do fio dental e antes da escovação”, orienta a odontologista.

sábado, 27 de outubro de 2018

Curiosidades sobre a saúde bucal



Você sabia que à saúde da sua boca reflete em todo organismo? Muitas são as dúvidas e curiosidades sobre o tema, e a Amil Dental fala sobre elas.

Quando surgiu a primeira escova de dente?
Em estudos arqueológicos foi encontrado em uma tumba egípcia com cinco mil anos de existência um objeto classificado como a mais antiga escova de dente. A primeira escova era feita de um pequeno ramo com a ponta desfiada até restarem apenas as fibras. A evolução disto foi a escova de cerdas que surgiu na China, por volta de 1498. Era feita com pelos de porco em muito caro, com o decorrer do tempo as cerdas mofavam, trazendo mais prejuízo do que benefícios para a saúde bucal.

Como surgiu o palito de dente?
Charles Forster foi o grande responsável por comercializar os palitos de dente. A ideia surgiu durante uma viagem à Pernambuco, na qual Charles ficou impressionado com a qualidade da saúde bucal dos brasileiros. Nesta época utilizavam-se palitos de salgueiro (árvore de galhos longos e finos) para limpar os dentes. Ao retornar para sua terra natal, Charles contratou um inventor com a finalidade de realizar uma produção em massa e padronizada desses palitos, enxergando uma oportunidade de negócio e também colaborar para uma melhor higiene bucal. Com eficazes estratégias de venda, este empreendedor ganhou o mercado mundial, tornando-se multimilionário com as vendas dos palitos de dente.

Escova com inteligência artificial
Recentemente foi criada a escova dental com inteligência artificial BABAHU X1, que propõe uma forma de escovação diferenciada, pois efetua todo o processo da higiene bucal sem a necessidade de muitos esforços. Tudo o que você precisa fazer é colocar o creme dental na escova, inseri-la na boca e apertar o botão. A limpeza dental será realizada através da inteligência artificial que usa técnicas avançadas para realizar a higienização de forma eficaz.

Outra vantagem desta inovação na área da saúde é que com ela você pode realizar diversas tarefas enquantos seu dentes estão sendo limpos. A escova ainda não chegou ao Brasil, mas tem sido comercializada em países como EUA e Canadá.
Sobre o método de escovação, o BABAHU X1 utiliza a famosa técnica Bass (método de escovação desenvolvida por dr. Bass após ter sido diagnosticado com uma doença na gengiva), recomendada por 80% dos dentistas em todo o planeta. Possui cerdas supermacias que cobrem os dentes dos seis lados com um ângulo específico de 45 graus.

Como eram as dentaduras no mundo antigo?
As dentaduras, também conhecidas como próteses, são utilizadas para suprir a ausência de dentes e aumentar a qualidade de vida. Além de ajudar a restabelecer a capacidade mastigatória, as dentaduras também são um importante aliado estético que podem influenciar positivamente a autoestima daqueles que por algum motivo perderam seus dentes.

Existem relatos históricos que datam da época de Napoleão Bonaparte que indicam que os soldados mortos em guerra tinham seus dentes violados por ladrões com a finalidade de produzirem dentaduras.

No ano de 1927, o governo japonês deu ordem para que retirasse parte de um cemitério para realizar construção de uma via pública; durante este processo foi encontrada uma dentadura, que pertenceu a um famoso samurai - a dentadura tinha 344 anos. A prótese do famoso samurai era feita com uma base de madeira Tsuguê, árvore japonesa e os dentes eram de pedra de cera e sua cor marrom.

Como prevenir as cáries?
Estudos científicos constaram que a cárie se forma a partir das bactérias Streptococcus mutans, que formam uma coletividade de placas também conhecidas como biofilm que, ao entrarem em contato com restos de comida, principalmente o açúcar, produzem um ácido que corrói os minerais dos dentes até quebrá-los. A principal forma de desenvolver cáries é devido à ausência ou uma má higiene bucal.

De acordo com o Conselho Regional de Odontologia em São Paulo, quase 90% dos brasileiros possuem cáries devido à falta de higiene bucal, e 2,5 milhões de adolescentes nunca foram ao dentista, número que representa 13% da população desse grupo. Entretanto, de acordo com o Ministério da Saúde, a média de dentes cariados em adolescentes é de 6,2.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Odontologia(ABO), Newton Miranda de Carvalho, os números colocam a cárie como um problema de saúde pública. Para evitar o agravamento deste quadro, especialistas recomendam atenção redobrada à higiene bucal. Utilizar o fio dental diariamente, escovar os dentes no mínimo duas vezes ao dia e procurar o dentista a cada seis meses ou sempre que perceber alguma alteração na boca são a melhor maneira de evitar cáries.


terça-feira, 28 de agosto de 2018

Mau hálito pode ser um aviso sobre outras doenças



Ao pensar em mau hálito, os primeiros pensamentos são relacionados à carie, tártaro e doenças periodontais. No entanto, o que muitos não sabem é que o odor desagradável vindo da boca pode acontecer devido a diversos fatores. Além da má higienização da boca, infecções na gengiva e doenças periodontais, a halitose pode ser sinal de disfunções mais sérias que surgem no organismo.

Alguns problemas corriqueiros das estações mais secas e frias do ano, como a bronquite, sinusite e laringite, afetam o hálito. Segundo o cirurgião dentista Carlos Cordeiro, as doenças respiratórias podem produzir secreções nos brônquios e laringe, que é possível notar através da fala por conta do odor exalado. “Ao resfriar ou ser afetado por um desses problemas o ideal é aliar o tratamento da patologia, com os cuidados com a boca. Escovar os dentes após cada refeição, usar fio dental e gargarejar com um enxaguante bucal são passos fundamentais para controlar o mau hálito nessa fase”, alerta. 

A halitose também pode ser indício de doenças mais graves, provenientes de deficiências ou complicações em partes do organismo. Nesse âmbito, são diversos os motivos pelos quais o corpo reage em forma de mau hálito bucal, como exemplo doenças renais, estomacais e diabetes.

No caso das doenças renais, o corpo acumula grandes quantidades de ureia e creatina no organismo, pois a função de filtrar do rim está comprometida. Essas substâncias se acumulam na corrente sanguínea e são expelidas via pulmonar. “O ar expelido possui um odor bem característico, semelhante à amônia ou urina. Por isso conseguimos desconfiar da doença e encaminhar o paciente para a especialidade a ser consultada”, afirma Carlos. 

Já os diabéticos também possuem um hálito característico. Devido a alteração na glicose, a pessoa é capaz de produzir um hálito cetônico, semelhante a frutas envelhecidas. Outro caso que merece atenção especial é o câncer de estômago, no qual o avanço do tecido canceroso provoca um hálito necrótico.

“A halitose, na maioria dos casos, é uma resposta do organismo para indicar o mau funcionamento de determinada parte do corpo. No caso dos problemas bucais, o tratamento pode ser facilmente realizado por tratamento odontológico indicado”, explica Carlos. Em todos os casos, a halitose é um aviso vital para que o paciente dê uma atenção redobrada ao funcionamento de seu corpo, haja visto que o mau hálito só é natural do organismo quando se passam horas sem comer, sem ingerir líquidos ou após a noite de sono.


terça-feira, 4 de outubro de 2016

Use fio dental: sua saúde agradece!



Em outubro, duas datas referem-se à saúde bucal: dia 3 foi comemorado o Dia Mundial do Dentista e no dia 25 a comemoração será pelo Dia Nacional do Dentista Dia Nacional da Saúde Bucal. O Brasil é o país com o maior número de dentistas, com cerca de 19% dos profissionais de Odontologia de todo o mundo – de acordo com o Conselho Regional de Odontologia, são cerca de 219.575 profissionais em atuação.
E quando o assunto é dentista e saúde bucal, um tema sempre vem á tona: o uso do fio dental. Ele é importante ou é um simples coadjuvante? O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) alerta para a importância da manutenção completa da saúde bucal e destaca fio dental como etapa importante e necessária. De acordo com IBGE, mais da metade dos brasileiros não realiza a higiene correta da boca.
A escova e a pasta de dente são fundamentais para higiene correta da boca e, portanto, devem fazer parte da rotina diária. No entanto, sozinhos, estes produtos não conseguem eliminar todos os agentes causadores de diversas doenças bucais. Por isso a importância do uso do fio dental, de acordo com o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).
O fio ou fita dental garantem a limpeza correta em locais da boca que a escova não consegue atingir, remove os restos de alimentos entre os dentes e também a placa bacteriana. Apesar do processo de limpeza mais completo ser tão importante, a última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que para metade dos entrevistados nem mesmo o uso da pasta de dentes e da escova é regular. O fio dental também está na lista de cuidados que não são frequentes para este grupo de pessoas.
Uma pesquisa recente do Dietary Guideline for Americans pode criar novas justificativas e agravar esse comportamento. A publicação é considerada uma espécie de manual de políticas públicas da saúde americana e recentemente causou polêmica ao não recomendar o uso do fio dental para saúde bucal. Ao ser questionado sobre a polêmica pela Associação Dental Americana (ADA), o órgão responsável pelo documento afirmou: “uma vez que nem os Comitês Consultivos de 2010 e 2015 [para as orientações] revisaram os dados sobre escovação e uso do fio dental, os autores da edição atual decidiram não levar adiante as informações sobre escovação e uso do fio dental incluídos nas edições passadas do guia”. Ainda segundo o comunicado, “ao fazer isso, eles não estão afirmando que essas ações não são práticas de higiene bucal importantes.”
A polêmica da não citação repercutiu entre os profissionais e órgãos ligados à odontologia. Para o CROSP que, inclusive lançou neste ano uma campanha sobre a importância da higienização correta da boca e as visitas regulares ao cirurgião-dentista, o fio dental é de extrema importância para saúde bucal e, de forma alguma, deve ser descartado.
A Câmara Técnica de Periodontia do CROSP aponta ainda que todos os meios disponíveis para garantir a adequada higienização bucal – que gera de maneira inquestionável efetivo benefício à saúde geral do indivíduo – devem ser adotados pela população. “Os meios auxiliares de higiene oral são indicados pelo profissional. O cirurgião-dentista é que em sua avaliação inicial orienta o paciente sobre a escova, pasta, fio dental, e outros auxiliares como interdental, colutório etc”, aponta a secretária da CT de Periodontia do CROSP, Luciana Scaff Vianna. Ainda de acordo com ela, existem diferentes tipos de fio dental, por isso, a orientação deve ser feita caso a caso.
A falta de higiene correta da boca pode acarretar diversos problemas, que vão desde a cárie até a perda dos dentes. O fio de dental não pode ser considerado um mero coadjuvante no combate a esses problemas, mas sim parte essencial na manutenção da saúde bucal.

domingo, 3 de abril de 2016

Diabéticos têm mais chances de desenvolver gengivite



Pessoas com diabetes são mais vulneráveis a desenvolver doenças periodontais, como gengivite, e a enfrentar complicações devido a infecções. O risco é ainda mais relevante nos pacientes que têm dificuldade em manter a doença sob controle. Segundo o cirurgião-dentista Artur Cerri, diretor da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas, os quadros de gengivite costumam ser mais severos nos pacientes que não controlam os níveis de açúcar no sangue e a ocorrência de perdas dentárias também é mais frequente. “Quando um paciente diabético controla a doença devidamente, as chances de desenvolver uma inflamação ou infecção na gengiva são as mesmas que qualquer outra pessoa. O problema é que muitos diabéticos passam por períodos de negligência da doença, pondo em risco a saúde como um todo – principalmente em relação à boca, aos olhos, ao coração e ao sistema nervoso”.

Cerri explica que valores altos de glicose no sangue costumam engrossar os vasos sanguíneos. Como são eles que levam oxigênio e nutrientes para os demais tecidos do corpo, incluindo a boca, e se encarregam de levar embora tudo o que é prejudicial ao organismo, ao engrossar esse mecanismo se torna muito mais lento, diminuindo a resistência da gengiva e do tecido ósseo, levando à infecção. “Outro ponto importante é que muitos tipos de bactérias (germes) se multiplicam em açúcares, incluindo a glicose – que é o açúcar ligado ao diabetes. Sendo assim, quando a doença é mal controlada, altos níveis de glicose na saliva contribuem para a proliferação desses germes, definindo um cenário ideal para a gengivite. Daí a importância, também, desse paciente jamais descuidar da higiene bucal”.

Tanto para pacientes diabéticos, como não-diabéticos, é cada vez mais importante que as pessoas percebam o quanto é fundamental ter uma boca saudável. “Infelizmente, ainda é grande o número de pessoas que não escova bem os dentes, nem com tanta regularidade quanto deveria. Pior ainda, muitas têm sangramento persistente e negligenciam o fato, podendo comprometer inclusive a estrutura que suporta os dentes e perdê-los. Entre as doenças periodontais, a gengivite é a mais comum – comprometendo grande parte da população. Trata-se de uma infecção que vai se infiltrando no tecido gengival até atingir o osso. Não raro, a pessoa se dá conta da gravidade do que está acontecendo somente quando percebe que o dente amoleceu e está mais difícil mastigar alimentos sólidos. Em muitos casos, o diagnóstico é dado junto com a sentença de que o dente tem de ser extraído”, revela Cerri.
De acordo com o especialista, além de buscar ajuda profissional para a remoção do tártaro e das placas bacterianas, o paciente deve dar muito mais atenção à higienização bucal – com escovações após as principais refeições, uso de fio dental e bochechos ao longo do dia –, bem como adotar hábitos que inibam o acúmulo de bactérias na boca, como ingerir bastante líquido entre as refeições, se alimentar com frutas e legumes que contenham mais água em sua composição (melão, melancia, maçã, pera, pepino etc.), solicitar ao médico a substituição de determinados medicamentos que eventualmente estejam contribuindo para ter a Síndrome da Boca Seca, deixar de usar enxaguatórios bucais com álcool (que induz ao ressecamento da boca) etc.
Artur Cerri também chama atenção para os fatores de risco da gengivite – doença que, além de acometer pacientes diabéticos, é muito mais frequente em pessoas que estão atravessando períodos de variações hormonais (gravidez, menopausa etc.), portadores de doenças crônicas, idosos (que têm metade do volume de saliva na boca que um jovem costuma ter) e fumantes. “Os efeitos nocivos do tabagismo, principalmente em pessoas com doenças cardíacas e câncer, são bem conhecidos. Mas vários estudos mostram que o tabagismo também aumenta as chances de desenvolver gengivite. Na verdade, os fumantes têm cinco vezes mais probabilidade do que os não-fumantes. Para os fumantes com diabetes, o risco é ainda maior – podendo atingir uma propensão vinte vezes maior se o paciente diabético for fumante e tiver mais de 45 anos”.

Para preservar a saúde da gengiva, o especialista recomenda evitar alimentos que induzam à hipossalivação (boca seca), reduzir a ingestão de conservantes e açúcares, além de evitar também bebidas alcoólicas e que contenham muita cafeína. “Embora isso tudo seja muito importante, combater o tabagismo é ainda mais fundamental para evitar não só a gengivite, bem como o câncer de boca – doença que deve resultar em mais de 15 mil novos casos em 2016, acometendo uma mulher para cada três homens”, diz o especialista.


quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Importância do flúor na pasta de dentes

Independentemente dos que são contrários ao uso de flúor nos dentifrícios – pastas ou cremes usados para escovar os dentes –, a maioria dos cirurgiões-dentistas defende a substância sob alegação de que é um dos agentes preventivos mais viáveis contra a cárie dentária.
Segundo o cirurgião-dentistaJaime Aparecido Cury Cury, que é professor de Bioquímica e Cariologia na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (Unicamp),  entre vários agentes preventivos ou terapêuticos de sucesso que causaram impacto positivo na saúde e na qualidade de vida das pessoas, talvez seja difícil encontrar um que se assemelhe ao flúor. “Até mesmo pessoas com menor acesso ao conhecimento científico sabem que o flúor protege os dentes das cáries. Por outro lado, seu mecanismo de ação não é muitas vezes bem interpretado. Não raro, encontramos descrições incorretas, como: fortalece os dentes, inibe a produção de ácidos produzidos pelas bactérias da placa etc. Isso pode acabar dificultando a adequada indicação desse íon tão importante no controle da cárie, quer seja em crianças, adultos ou idosos”, diz ele.
Afinal, como o flúor controla a cárie dental? De acordo com o especialista, o íon flúor acelera a precipitação de minerais em meio contendo íons cálcio e fosfato inorgânico – que estão presentes na saliva e na placa ou biofilme dental. Assim, ao utilizar dentifrícios com flúor, toda perda mineral ocorrendo sob o biofilme dental cariogênico tenderá a ser parcialmente revertida. Vale dizer que parte dos minerais perdidos é reposta novamente na estrutura dental. Sendo assim, o fluoreto diminui a desmineralização e ativa a remineralização do esmalte e da dentina.
“A causa da perda mineral no processo de cárie dental é a presença de um biofilme cariogênico que produz ácidos quando exposto a carboidratos fermentáveis.  A presença do biofilme e sua exposição ao açúcar (principalmente à sacarose) são fatores indispensáveis para o desenvolvimento de cárie.  Embora o flúor possa apresentar algum efeito antimicrobiano, diminuindo a produção de ácidos por bactérias, ele tem pouco efeito sobre esses fatores. Por outro lado, a presença do flúor no ambiente bucal é importante para reverter parte desses minerais perdidos. Essa reversão parcial da perda mineral é extremamente importante, já que reduz significativamente a velocidade de progressão das lesões de cárie”, explica Cury.
Como não existem pessoas “zero placa”, biofilmes sempre vão se formar na boca – sendo especialmente cruéis para aqueles dentes mais negligenciados durante a escovação. Daí a importância, segundo o cirurgião-dentista, de sempre usar flúor nas pastas e cremes dentais. As lesões por cárie aparecem em indivíduos de todas as idades, seja no esmalte, seja na superfície radicular exposta. Portanto, a associação entre higiene bucal e flúor é a maneira mais racional de controlar a cárie dental. Até mesmo 12 horas após a escovação, o biofilme terá maior concentração de fluoreto do que o biofilme de indivíduos que não utilizam pastas ou cremes dentais com flúor para escovar os dentes no mínimo duas vezes por dia. Por outro lado, ressalta o profissional, lesões de cárie não são provocadas pela falta de flúor, mas pela alta exposição diária a açúcares da dieta, de tal forma que o segredo de ser ‘cárie zero’ está no equilíbrio entre a escovação dental com dentifrício fluoretado e a restrição do consumo de produtos açucarados – jamais excedendo seis vezes ao dia.


quarta-feira, 1 de julho de 2015

Tratamento de ronco e apneia é coisa séria

Ser portador dos distúrbios respiratórios do sono (DRS), ou seja, roncar e/ ou ter paradas respiratórias du­rante o sono é um problema de saúde que acomete grande parte a população e está relacionado com várias causas, e se não for trata­do, pode levar a sequelas irre­versíveis ou à morte.
Segundo a cirurgiã-dentista Denise F. Barbosa (CRO - SP 37.856), saber identificar e geren­ciar os efeitos colaterais é muito importante e os pro­fissionais que atuam na Odontologia do So­no são os indicados para direcionar da me­lhor maneira possível o tratamento. " Os aparelhos indicados para o trata­mento dos DRS são o CPAP (Pressão Po­sitiva Contínua de Ar) e o Dispositivo In­traOral (DIO)", diz ela.
Dra. Denise explica que tanto o tratamento com CPAP como com o DIO produzem efeitos colaterais. O paciente deve ser informado sobre esses efeitos espe­cíficos de cada terapia e o paciente deve re­latar ao profissional responsável pelo trata­mento sobre esses possíveis efeitos, caso os perceba no decorrer do tratamento. Dessa forma, esses efeitos ficam mais bem con­trolados quando acompanhados por profissional capacitado em medici­na e odontologia do sono.
Muitas vezes, profissionais que não estão habituados com a discipli­na e rotina do tratamento interferem de forma negativa ao emitir pa­receres sem perceber os pre­juízos que podem acarretar na saúde do paciente. Dessa forma, ao se depa­rar com os efeitos colate­rais, o paciente deve relatar para o profissio­nal responsável pelo tratamento, que saberá contornar e orientar a melhor conduta.
"Deixar de usar o aparelho CPAP ou DIO por causa dos efeitos colaterais pode levar a sé­rios prejuízos à saúde, pois esses efeitos são muito menores que as sequelas de um infar­to, AVC ou até da morte", finaliza a profissional.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Ronco e apneia têm tratamento

Segundo estatísticas americanas, o ronco é um problema que atinge 40% dos homens acima de 30 anos e um elevado número de mulheres, acentuando-se após a menopausa. Piora com a idade, ganho de peso e uso de bebidas alcoólicas ou medicamentos ansiolíticos. O ronco é nocivo, afeta a família e outros que convivem com a pessoa que ronca. Além disso, o roncador tem grande probabilidade de apresentar uma doença séria conhecida como Apneia Obstrutiva do Sono.
Segundo a cirurgiã-dentista Gabriela Pierami, o ronco acontece quando as estruturas e músculos da região da garganta relaxam muito durante o sono, bloqueando parcialmente a passagem do ar, vibrando e produzindo o som do ronco. Já a Apneia Obstrutiva do Sono é uma doença respiratória séria que afeta parte significante da população. Ela é definida como parada respiratória durante o sono por períodos de 10 segundos ou mais e acontece quando os músculos da garganta relaxam e bloqueiam totalmente a passagem e o ar não passa para os pulmões. Quando isso acontece, o cérebro avisa o corpo que é necessário despertar apenas o necessário para desbloquear essa passagem de ar. Os vários despertares durante a noite farão com que a qualidade do sono seja seriamente prejudicada.
Sintomas que podem ser sinais de um possível problema de apneia: ansiedade, ronco frequente e alto, pausas na respiração durante o sono, irritabilidade, engasgos durante o sono, hipertensão, problemas de memória e concentração, dores de cabeça ao acordar, sono fragmentado, cochilos frequentes, acidentes automobilísticos, domiciliar e de trabalho, entre outros.
Tratamento odontológico
Utiliza-se um aparelho que funciona avançando a mandíbula, mantendo-a firmemente nessa posição. Tal avanço faz com que os tecidos da garganta se “estiquem”, aumentando a abertura para a passagem do ar, além de estimular um reflexo que faz a musculatura da faringe e arredores ficar mais tensa, mais firme, evitando o ronco. Mantendo a mandíbula presa ao aparelho, ele não permite que ela “caia” durante o sono, abrindo a boca, pois esse movimento de abertura geralmente é seguido de um reflexo que faz a língua ir para trás obstruindo a passagem do ar.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Conheça a cirurgia plástica gengival

O sorriso ganhou novo status nos últimos tempos. Não representa apenas a alegria ou simpatia, mas se tornou um fator que interfere na autoestima, nos relacionamentos sociais, amorosos e até na vida profissional. Essa questão vai muito além do clareamento dental e do alinhamento dos dentes. Há problemas que comprometem não só a estética, mas também a saúde do paciente. São os casos de retração gengival, hiperplasia gengival (excesso de gengiva), retração ou hiperplasia da papila gengival. A indicação para solucionar esses problemas é a cirurgia plástica gengival.
A evolução nessa área tem sido excepcional nos últimos anos, trazendo maior segurança e tranquilidade para o paciente e para o profissional, com resultados surpreendentes. O procedimento é rápido, realizado no consultório, com anestesia local, e não deixa cicatrizes.
Entre as causas da hiperplasia estão a genética, acúmulo de placa, erupção passiva alterada, excesso vertical de maxila (problema ósseo) e até uso de anticonvulsivos. Para ser considerada ‘excessiva’, a gengiva deve ter exposição de mais de 3 mm em um sorriso moderado (não ‘escancarado’).
A retração gengival pode ser percebida pela exposição da raiz do dente – parece que o dente cresceu, mas na verdade a gengiva ‘subiu’ – e consequente aumento da sensibilidade (há dor). A retração pode decorrer de uma doença periodontal, da má higienização que leva à inflamação da gengiva e até da escovação inadequada que traumatiza a região.
Já a papila gengival é aquela porção da gengiva que fica entre os dentes, formando um ‘V’. Sua perda pode decorrer de problema periodontal e o resultado é um ponto negro entre os dentes, que pode parecer uma cárie – comprometendo a estética facial do paciente.
Para todos esses casos, há resultados excelentes com a cirurgia plástica havendo cooperação do paciente e competência do profissional.