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quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Sangramentos nasais podem indicar pressão alta e até tumor


A nova onda de calor que se faz presente em todo o território nacional, ao longo desta semana, demanda atenção redobrada em relação aos casos de sangramento nasal, que se tornam mais recorrentes e não podem ser ignorados.
 

De acordo com o Dr. Arnaldo Braga Tamiso, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, as altas temperaturas favorecem a dilatação dos vasos sanguíneos e, por isso, o problema tende a ocorrer com maior frequência nessas ocasiões.
 
"Isso acontece porque, no tempo quente, os vasos sanguíneos se dilatam e o sangramento tende a ocorrer com maior frequência", explica o médico, acrescentando que feridas, inflamações e o ressecamento das vias nasais costumam ser as principais causadoras dessas hemorragias.
 
É importante atenção! 
 
Ainda assim, o especialista recomenda uma investigação mais aprofundada para esse tipo de ocorrência – principalmente quando ela persiste. Isso porque podem estar associadas a quadros de aumento da pressão, desidratação, problemas respiratórios ou até mesmo questões mais graves.  
 
"O sangramento nasal também pode ser um sinal de alerta para tumores, como nasoangiofibromas, pólipos e hemangiomas, entre outros. Eles estão entre as causas menos prevalentes, mas não podem ser descartados", alerta.
 
Dr. Arnaldo explica que a hemorragia, por si só, já deve ser encarada como um sintoma de que algo com a saúde não está bem. "Quando os sangramentos nasais acontecem repetidamente, eles não podem ser considerados comuns. Pelo contrário, merecem preocupação e, seja qual for a intensidade, devem ser analisados por um otorrino."
 
O que fazer? 
 
O médico esclarece que, quando os sangramentos acontecem esporadicamente, ao assoar o nariz, por exemplo, não há motivos para alarde. "Nesses casos, é necessário manter a cabeça sempre posicionada para frente, nunca para trás, para evitar engasgos. O paciente também pode apertar as narinas por dois minutos para ajudar a cessar o sangramento e, ao soltar, colocar gelo por 10 minutos", ressalta.
 
Nesses dias de calor intenso, segundo Dr. Arnaldo, a principal recomendação para evitar essas hemorragias é hidratar o nariz com soro fisiológico. "Caso perceba alguma sujeira ou corpo estranho, evite cutucá-lo, principalmente em dias de tempo seco. O ideal é lavá-lo com água corrente."
 
Já nos casos de hemorragias frequentes, o especialista reforça a importância de consultar um otorrinolaringologista. "Isso é essencial para o diagnóstico e tratamento adequados, que pode demandar o uso de medicamentos, cauterizações e até cirurgias nasais", finaliza.


Foto: Freepik

quinta-feira, 27 de maio de 2021

Objetos nos ouvidos pedem auxílio médico imediato

 


Uma das situações que pode levar as pessoas a um Pronto-Socorro de Otorrinolaringologia é a presença de objetos nos ouvidos. De acordo com o otorrinolaringologista Gilberto Ulson Pizarro, do Hospital Paulista, o incômodo pode ser sensivelmente agravado caso os pacientes tentem resolvê-lo sem auxílio médico, a partir dos chamados "remédios caseiros".

"Verificamos no Hospital alguns casos de pacientes que tentaram extrair o corpo estranho do ouvido com os dedos, com uma haste flexível ou a partir do uso de alguma substância inadequada, como óleos, por exemplo", explica o médico.

Nesse caso, corpo estranho pode ser definido como qualquer tipo de objeto introduzido no(s) ouvido(s), intencional ou acidentalmente. Dentre os mais extraídos por otorrinolaringologistas estão grãos, feijões, pequenas pedras, partes de brinquedos, papel, algodão e insetos.

"Boa parte desses objetos está relacionada às crianças pequenas, pois há uma curiosidade natural que as leva a inserir pequenos corpos estranhos em orifícios como ouvidos e nariz. Se os pais não percebem - e isso é muito comum -, o objeto pode se aprofundar no ouvido, ampliando o incômodo da criança", afirma o dr. Gilberto.

Portanto, os pais devem ficar atentos se os filhos apresentarem sinais como vermelhidão, inchaço ou secreção no ouvido. Já os pacientes adultos devem evitar "cutucar" os objetos com o objetivo de retirá-los. Se o corpo estranho não sair espontaneamente, é necessário recorrer imediatamente a um otorrinolaringologista, que irá avaliar o caso e fará a rápida e correta extração.

"A extração é um processo simples e pode ser feito de algumas formas, dependendo do tipo e do formato do objeto, além da profundidade no ouvido. Podemos utilizar uma lavagem com água esterilizada ou solução salina e, então, retiramos através de sucção ou objetos adequados para esse tipo de cenário", completa o médico.

Insetos

Dentre os itens que costumam ser extraídos dos ouvidos pelos médicos são insetos, que geralmente causam maior incômodo. Isso porque a sensação de um pequeno bicho dentro do ouvido e a impossibilidade de retirá-lo, costuma deixar os pacientes naturalmente impacientes.

Em uma situação de desespero, as pessoas não aguentam esperar o auxílio médico e acabam utilizando objetos que podem causar sérias lesões ao canal auditivo. Além disso, o ato de mexer a cabeça bruscamente, na tentativa de retirar o inseto, também pode gerar lesões.

"A presença do inseto, de imediato, pode gerar dores fortes, ruídos ou zumbidos, e também um sentimento de angústia. Em crianças, que geralmente não sabem explicar ou entender o que está ocorrendo, há também uma sensação de pânico, até que ocorra a extração", finaliza o dr. Gilberto.

Apesar do incômodo, a extração de insetos dos ouvidos não difere muito dos procedimentos para os demais objetos. A principal diferença é que o médico poderá matar previamente o inseto com um anestésico, álcool ou óleo mineral, de modo que a retirada ocorra mais facilmente. Em todos os casos, o procedimento deve ser realizado por um médico especialista.

 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Saiba como evitar a dor de ouvido na praia ou piscina


Durante o verão, com a maior frequência dos banhos de mar ou piscina, é importante proteger o ouvido da água para evitar o surgimento de otites. Popularmente chamada de dor de ouvido, essa infecção pode ser provocada por vírus ou bactérias.

Para prevenir esta que é a causa de uma das dores mais fortes do corpo humano (perdendo apenas para o parto e a cólica renal), a fonoaudióloga Andréa Abrahão, da Direito de Ouvir, listou alguns cuidados:

- Após nadar, seque os ouvidos com a ponta de uma toalha. Se sentir que tem água dentro do conduto, deite a cabeça para o lado e encoste a orelha em uma toalha para que o líquido escorra.

- Se a água não sair e houver qualquer sinal de secreção no ouvido, que pode ser escura ou amarelada, procure ajuda de um otorrinolaringologista.

- Evite o uso de hastes flexíveis dentro do ouvido: elas servem para limpar apenas a parte externa e não devem ser introduzidas no canal auditivo.

- O ouvido úmido pode causar coceira, mas é extremamente importante não introduzir nenhum tipo de objeto dentro dele para aliviar o incômodo. Atenção às crianças, que podem se machucar facilmente com isso.

- Em caso de dor não se deve pingar remédios caseiros. Apenas o médico poderá dar a orientação adequada.