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quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Babosa tem efeito cicatrizante e alivia dores de queimaduras

 


O calor intenso do verão aumenta o risco de queimaduras na pele por meio da luz solar. Com o período de férias e maior frequência de passeios na praia e em parques, esse problema se torna comum e as lesões surgem de 1 a 6 horas após a exposição. O uso de plantas medicinais, como a espécie vegetal Aloe vera (conhecida popularmente como babosa), pode ser recomendado para o tratamento.

De acordo com a docente do curso de Farmácia da Faculdade Anhanguera, professora Karen Higa, as folhas carnosas da babosa são preenchidas por líquido viscoso onde se concentram as propriedades anti-inflamatórias, antissépticas e cicatrizantes. "Esse gel é utilizado desde a antiguidade para hidratar a pele e cuidar de feridas", afirma a docente.

A aplicação é indicada para o uso externo (sobre a pele) em casos de inflamação e de queimaduras de primeiro ou de segundo grau. As cascas de cor verde devem ser descartadas, por conterem componentes tóxicos. Apenas o conteúdo interno e transparente extraído das folhas deve ser utilizada, pois possui efeito de recuperação na cútis, ajuda na hidratação e é capaz de proporcionar alívio nas dores.

A recomendação é a de que seja realizado um teste de alergia antes do tratamento. É possível avaliar as possíveis reações com a aplicação de uma pequena quantidade no dorso da mão: se após duas horas, houver qualquer tipo de vermelhidão ou irritação, o uso não é indicado.

A babosa pode ser cultivada dentro de casa, uma vez que não demande de cuidados especiais, ou comprada em farmácias de manipulação ou de produtos naturais. O gel pode ser armazenado na geladeira por até um mês. O produto pode ser combinado com vitaminas e outras plantas medicinais, desde que haja orientação de um farmacêutico qualificado.

A docente da Anhanguera alerta que o uso é contraindicado durante a gestação, lactação e para menores de 2 anos, devido à falta de dados adequados que comprovem a segurança nessas situações. No caso de lesões graves e em grandes extensões, por substâncias químicas ou eletricidade, o paciente deve ser avaliado por um profissional de saúde.

 

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Tratamentos caseiros estéticos podem ser prejudiciais?

 


Para muitas pessoas, a chegada do verão significa aumento da preocupação com a estética. Segundo o Google, as palavras relacionadas ao cuidado com a pele são muito mais buscadas em dezembro e janeiro do que nos meses de inverno. Além do aumento pela busca por procedimentos, cresce também o número de pessoas que recorrem a tratamentos caseiros, disponíveis aos montes pela internet. No entanto, os especialistas alertam que é preciso cautela antes de seguir essas receitas supostamente milagrosas.

Paula Mota Vasconcelos é fisioterapeuta Dermato-funcional e coordenadora da pós-graduação em estética do Centro Universitário Newton Paiva. Ela chama atenção para as receitas de tratamentos caseiros de pele à base de mel, que não têm eficácia nem segurança comprovada. “Trata-se de um produto que possui de fato propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes quando ingerido. No entanto, pode desequilibrar o pH cutâneo e aumentar os riscos de afecções maiores, como rosácea, dermatite e alergias, ou ainda proliferação de fungos”, explica a especialista.

Outro grande vilão das receitas caseiras é o limão. Segundo Paula, na maioria das vezes ele produz um efeito contrário ao que é prometido. “Muitas pessoas o utilizam esperando se livrar de manchas. No entanto, o limão possui uma substância fotossensível chamada furocumarina que, quando exposta ao sol, provoca uma queimadura na pele, manchando-a ainda mais”, alerta a fisioterapeuta.



No entanto, a profissional esclarece que há sim produtos em casa que podem ser usados eventualmente na pele, como é o caso do café para esfoliação, por exemplo. Mas ela alerta que, ainda assim, é indispensável a consulta com um profissional, porque os grânulos irregulares do produto podem arranhar a pele se utilizados de forma errada. Além disso, Paula lembra que nem toda pele tem indicação de ser esfoliada.



Por fim, para as pessoas que buscam tratamentos de forma pontual ou resultados em curto prazo, Paula afirma que não existe milagre. “Estética não é matemática, portanto, para conseguir os melhores resultados, além de ter a orientação de profissionais qualificados, são necessários uma dieta adequada e atividades físicas. No caso do verão, dicas que valem para todas as pessoas são buscar a utilização de um bom sabonete líquido para ajudar na hidratação e um creme de qualidade que proteja a barreira da pele. Essas são apenas algumas das formas de evitar danos causados por sol, mar e areia”, finaliza a professora da Newton Paiva.

 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Bebês: quando começar a usar protetor solar?


No início deste ano circulou pelas redes sociais e sites de notícia a história de um bebê australiano de três meses que teve uma alergia grave após sua mãe usar um protetor solar, supostamente destinado ao uso infantil e utilizando desenho animado famoso na divulgação. A criança acabou precisando ficar internada por duas noites em um hospital da cidade de Queensland, na Austrália, com queimaduras e vermelhidões em toda pele, mesmo não tendo sido exposto ao sol. A dermatologista Livia Pino alerta para o fato de este episódio não ser tão raro quanto parece.

“O uso de protetor solar é importante para crianças e adultos, mas é fundamental que os pais e responsáveis observem a indicação adequada. Nós dermatologista só recomendamos o uso de protetor solar a partir dos seis meses. Antes disso, orientamos usar apenas roupas, chapéu e outras formas de proteção física. Evite a exposição solar excessiva, saia com seu bebê ao sol apenas nos horários recomendados e consulte o dermatologista”, orienta a médica.

Ao mesmo tempo que é perigoso, a exposição ao sol é também benéfica e a diferença entre o bem e o mal está na dose certa e no horário. Nos primeiros banhos de sol, a duração deve ser de 2 minutos, suficientes para que o organismo dos bebês sintetize a vitamina D e previna o raquitismo. Aos poucos, a partir do sexto mês, o tempo de exposição pode ser aumentado entre 10 e 20 minutos por dia. Nessa fase, deve-se expor a criança ao sol apenas nas pernas e nos braços. Crianças com mais de 3 anos e adultos podem ficar mais tempo expostos, mas nada acima dos 30 minutos sob o sol quente. O ideal é intercalar sol e sombra. E o horário deve ser respeitado: antes das 10h e após 16h.

“Queimaduras solares na infância estão relacionadas com o desenvolvimento de câncer de pele na vida adulta. A pele do bebê é muito delicada e mais sujeita a alergias. Porém devemos lembrar que qualquer pessoa está sujeita a desenvolver reação a qualquer produto”, destaca a dra. Livia.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 70% das radiações que irão causar câncer de pele na vida foram recebidas na infância; por isso, recomenda-se que somente se leve a criança à praia após os 12 meses de vida.


quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Muito cuidado ao se maquiar


O uso de maquiagem é um dos costumes mais antigos das civilizações. Estudos apontam que seu surgimento se deu no Egito Antigo e se espalhou ara outras sociedades. Mas nem só para embelezamento dos corpos serviu a maquiagem: ela também foi muito utilizada em táticas de guerra para disfarçar e confundir os inimigos.
Atualmente, a maquiagem ganhou adeptos e adoradores em todo o mundo, embelezando mulheres e também homens. Porém, quando não usado de forma correta, pode causar alguns problemas à saúde, pois seu uso se dá na pele, um dos órgãos mais complexos – sim, a pele é um órgão, por sinal o maior do corpo humano. Entretanto, apesar de acessível a todos, algumas pessoas desenvolvem alergia aos produtos de beleza. Por isso, é importante estar atento na hora de fazer aquele “make” arrasador.
O uso de cosméticos que já perderam a validade, por exemplo, pode trazer riscos à saúde, sim. Segundo a dermatologista Régia Ribeiro, do Hapvida Saúde, quando a validade de um produto – seja para cabelos, cremes para a pele ou maquiagens – vence, os ativos da fórmula e os conservantes adicionados acabam perdendo sua finalidade. “Quando o produto está fora do período de validade, ele deixa de fazer efeito e ainda aumenta a possibilidade de contaminação”, alerta a médica. “Os cosméticos são um ótimo espaço para a proliferação de fungos e bactérias e os conservantes justamente são colocados na fórmula para evitar este problema. Por isso, é tão importante estar atento à validade.”
A validade tem que ser levada a sério, embora exista uma margem de segurança de duas semanas, em média, para o seu desuso. “Quando vencido, ele pode sofrer oxidação, podendo ocasionar problemas como alergias, coceiras, vermelhidão, inchaço, descamações e, em casos mais críticos, podem aparecer bolhas e queimaduras. Na saúde dos cabelos, o couro cabeludo pode sofrer irritações, piora da caspa, aumento da oleosidade, além do ressecamento dos fios. Quanto aos cosméticos para a região dos olhos, existe risco de conjuntivite e até infecção na córnea”, afirma a dermatologista. Segundo Régia, se não houver cuidado, as alergias podem evoluir para algo mais sério, infeccionando a lesão, com necessidade de tratamento com antibióticos.
A especialista ressalta que mesmo cosméticos dentro da validade podem estragar. Isso ocorre porque, às vezes, a embalagem não é bem fechada, é guardada em lugar inadequado ou, ainda, porque houve a contaminação por bactérias que passam das mãos para o produto. Por isso, é recomendado estar atento e analisar frequentemente alguma modificação estranha no aspecto, consistência, cor e cheiro.
Com uma oferta cada vez maior desses produtos, aumenta também o número de substâncias diferentes em contato com a pele, ampliando a possibilidade do surgimento de alguma alergia. “Raramente alguém descobre uma alergia antes, pois o comum é que descubram no momento do contato. No entanto, é possível se prevenir. A orientação é que ao utilizar um produto novo, deve-se colocar uma pequena quantidade no antebraço e aguardar por algumas horas. Repita por mais dois dias e, se não aparecer nenhum sinal de irritação, é sinal de que se pode usá-lo normalmente”, recomenda a dermatologista.
O importante é estar atento aos sinais, pois os cuidados com a beleza devem estar atrelados aos cuidados com a saúde. Atualmente, o mercado de cosméticos já dispõe de uma gama de produtos de beleza para quem tem alergia: são produtos hipoalergênicos e antialérgicos, indicados no combate à irritação e a outros problemas cutâneos.