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segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Novembro azul: 1 em cada 7 homens pode desenvolver câncer de próstata

 


No mês de novembro, a campanha de alerta para a saúde do homem e a prevenção ao câncer de próstata ganham visibilidade com os dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), que espera mais de 70 mil novos casos de câncer de próstata no país em 2023.

Segundo o urologista e especialista em cirurgia robótica do Grupo São Lucas, dr. Murilo Andrade (CRM: 116423 / RQE: 33267), um em cada sete homens pode desenvolver a doença ao longo de sua vida. Alguns fatores de risco mais comuns são relacionados ao envelhecimento, fatores hereditários, principalmente homens com parentes do lado paterno que tiveram câncer de próstata, obesidade, entre outros. Ele alerta que, nas fases iniciais, o câncer não apresenta nenhum sintoma, como dificuldade para urinar ou sangramento na urina e, por isso, a importância do rastreamento clínico.

“Quanto mais precocemente for detectado o tumor, maiores são as chances de cura. Então é importante fazer a avaliação periódica com o urologista, fazendo-se o exame de toque retal e o de PSA (Antígeno Prostático Específico), que é o exame sanguíneo que dosa essa proteína no sangue. Fazendo esses dois exames de rastreamento, que são complementares, a taxa de detecção dos tumores é alta, melhorando a precisão e qualidade do tratamento”, explica.

Havendo suspeita de câncer de próstata, seja pelo PSA elevado ou por uma alteração no exame de toque retal, o urologista pode fazer uma confirmação com um novo exame de PSA ou exames de imagem, através da ressonância magnética. Caso haja uma forte suspeita, o paciente deverá realizar uma biópsia de próstata. Uma vez confirmado o diagnóstico de câncer de próstata pela biópsia, é feito um estadiamento, ou seja, uma avaliação do estágio clínico do tumor.

Os estágios clínicos podem ser tumores de baixo risco, risco moderado e alto risco. Com base nessa avaliação, serão propostas algumas modalidades de tratamento. Para casos de baixo ou muito baixo risco, onde o tumor pode levar anos para se tornar biologicamente agressivo, o paciente, caso concorde, pode passar pela vigilância ativa que é o acompanhamento periódico sem necessitar de um tratamento definitivo naquele momento. Nesse caso, é importante que o paciente se comprometa a realizar todas as etapas da vigilância ativa, que envolve exames periódicos, inclusive com novas biópsias da próstata.

Como tratamento definitivo do câncer de próstata temos a cirurgia, denominada prostatectomia radical, ou remoção da próstata, que oferece as maiores taxas de cura desta neoplasia.

"No Hospital São Lucas, com o uso da plataforma robótica Da Vinci realizamos a cirurgia pela via robótica, trazendo menor tempo de internação, maior precisão cirúrgica, menor dor no pós-operatório, menores taxas de transfusão sanguínea e grandes avanços na recuperação funcional em termos da continência precoce após a cirurgia e a recuperação da função erétil", explica o médico. Outras modalidades de tratamento incluem a radioterapia, hormonioterapia e quimioterapia.

O especialista ressalta que o câncer de próstata é o tumor sólido mais comum que atinge os homens e deve ser diagnosticado precocemente para que não haja complicações como metástases e acometimento de estruturas locais. Para diminuir as probabilidades de câncer de próstata, ele recomenda um estilo de vida saudável, uma alimentação adequada e atividades físicas regulares.

É também fundamental a compreensão dos homens da importância do acompanhamento urológico a partir dos 40 anos, válido para diminuir complicações do diagnóstico tardio, melhorar taxas de sucesso dos tratamentos e, assim, ampliar a expectativa e qualidade de vida, conclui o especialista.

 

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Entenda o linfoma e reconheça os sintomas da doença



Os linfomas compreendem mais de 100 cânceres diferentes que afetam o sistema imunológico. De forma geral, ele pode se dividir em linfoma de Hodgkin (LH) e linfomas não-Hodgkin (LNH), que por sua vez possuem outros subtipos. O linfoma de Hodgkin afeta igualmente dois grupos populacionais: pacientes ao redor dos 20 anos e entre 50 e 60 anos. Já o LNH é o tipo mais incidente na infância e faz cerca de 10.180 novos casos por ano, de acordo com dados do Instituto Nacional de câncer (INCA).

Em ambos os tipos, os gânglios do sistema linfático são prejudicados, dificultando o combate às infecções, porém a maior diferença entre eles são as características das células cancerígenas. Apenas com uma biópsia e análise das células que é possível determinar qual o estágio e tipo do linfoma.

Ainda não há uma causa esclarecida para grande parte deles. Alguns são associados a infecções virais ou imunossupressão. Segundo o Dr. Bernardo Garincochea, oncologista e hematologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – unidade de São Paulo do Grupo Oncoclínicas, apesar do desconhecimento do que causa a neoplasia, a detecção precoce da doença é fundamental para o tratamento rápido.

O tumor costuma se desenvolver nas ínguas que se encontram nas axilas, na virilha e/ou no pescoço, por isso, um dos principais sintomas é o aumento destes gânglios linfáticos. Além disso, pode ocorrer dor abdominal, perda de peso, fadiga, coceira no corpo, febre.
O tratamento mais indicado vai depender de cada subtipo específico, mas usualmente consiste em quimioterapia, radioterapia ou a combinação de ambas as técnicas. Em certos casos, as terapias alvo-moleculares, que atacam uma molécula da superfície do linfócito doente, podem ser indicadas.

"Linfomas estão entre os cânceres humanos com maior desenvolvido em medicamentos novos. Drogas-alvo que funcionam como mísseis teleguiados são promessa de substituir a quimioterapia em um futuro muito próximo, incluindo aí drogas orais", finaliza o especializa.
A boa notícia é o fato dos linfomas terem alto potencial curativo e as chances de remissão em pacientes com linfomas de Hodgkin chega a superar 80% dos casos quando o diagnóstico acontece ainda no estágio inicial, enquanto os não-Hodgkin de baixo-grau (não agressivos) têm altas taxas de sobrevida, superando a marca de 10 anos.


quarta-feira, 14 de junho de 2017

Câncer bucal: prevenção em primeiro lugar

O câncer bucal é o sexto câncer mais comum no mundo, representando um grande problema de saúde pública e, quando não diagnosticado e tratado precocemente, apresenta alta morbidade e mortalidade. Ele é representado em 90% pelo carcinoma epidermoide (ou espinocelular) e os outros 10% representados por neoplasias mesenquimais e de glândulas salivares. Acomete principalmente o sexo masculino e idade superior aos 40 anos, podendo acometer pacientes mais jovens também.
De acordo com o cirurgião buco maxilo facial Bruno Chagas, sua causa é multifatorial - múltiplos agentes ou fatores etiológicos atuam conjuntamente na carcinogênese bucal. “Os fatores de risco associados ao aparecimento do câncer bucal incluem agentes extrínsecos, como fumo, álcool e radiação ultravioleta, e intrínsecos, como estados sistêmicos ou generalizados como desnutrição geral”, diz ele. “Alguns alimentos são considerados como agentes protetores, como tomate, cenoura, alface e outros que contenham betacaroteno em geral”.
O carcinoma epidermóide bucal pode apresentar-se de várias formas; a mais comum é de uma lesão ulcerada, bordas elevadas, nítidas e endurecidas, com centro necrosado e base endurecida. As outras formas são representadas por lesão ulcerada superficial, lesões endofíticas (ulcero-infiltrativas, ulcero-destrutivas), lesões endofíticas e lesões nodulares. O especialista ressalta que lesões bucais com mais de duas semanas, precisam ser levadas a sério, pois podem não ser uma simples afta. 
A prevenção deve envolver o diagnóstico precoce, podendo ocorrer por meio de campanhas de rastreamento, autoexame bucal e controle dos fatores de risco associados ao surgimento e desenvolvimento de câncer bucal. “O autoexame deve ser realizado por todas as pessoas independentemente da idade, já que as neoplasias malignas ou benignas podem acometer qualquer um. O exame é rápido e fácil de ser realizado e auxilia na detecção de qualquer alteração bucal, seja ela patológica ou não”, comenta Bruno. 
O tratamento do câncer bucal é baseado no tamanho da lesão, condições de saúde do paciente e a classificação TNM. A terapêutica a ser implantada é usualmente excisão cirúrgica, radioterapia e quimioterapia, que podem ser utilizadas concomitantes e/ou associadas. A abordagem cirúrgica inclui a remoção de todo o tecido maligno e normal adjacente.
O profissional explica que no planejamento cirúrgico já são incluídas as próteses maxilofaciais intra e extraorais. A quimioterapia normalmente não é tida como padrão no tratamento de câncer bucal (carcinoma), mas pode vir a ser utilizada em alguns casos específicos. “Os efeitos secundários das terapias supra-citadas na boca são mucosite tanto para a radioterapia quanto para a quimioterapia, radiodermite, xerostomia, cárie de radiação e a osteorradionecrose. O tratamento dentário prévio às diversas terapias instituídas visa minimizar os efeitos secundários advindos das mesmas”, finaliza Bruno. 


sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Novos horizontes para o linfoma


O Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas, datado em 15 de novembro, foi criado com o objetivo de alertar a população mundial para esse tipo de câncer que cresce a cada ano. Segundo dados de 2016 do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estimam-se cerca de 10 mil casos novos da doença todos os anos. A doença, que ataca as células do sistema imunológico, tem altas chances de cura quando diagnosticada e tratada precocemente.   
Carlos Chiattone, médico especialista em tratamento de linfoma, diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), alerta sobre a deficiência de arsenal terapêutico atualizado para proporcionar cura e evitar efeitos colaterais do tratamento aos pacientes brasileiros.

Segundo o hematologista, algumas drogas já foram aprovadas há muito tempo em outros países, mas ainda aguardam aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que coloca os pacientes brasileiros em desvantagem. “Além dos medicamentos disponíveis para o tratamento há outros que se encontram em estágio de estudos muito avançados. E neste caso os brasileiros também são prejudicados pelas dificuldades burocráticas para participação nesses estudos”, explica.

Atualmente, além do tratamento convencional utilizando a quimioterapia, a radioterapia e o transplante de medula óssea, o arsenal terapêutico inclui drogas “inteligentes” que atingem mais especificamente as células cancerosas, poupando as células normais, determinando um tratamento mais efetivo e com menos efeitos colaterais. Estes tratamentos incluem a imunoterapia particularmente com anticorpos monoclonais e mais recentemente a utilização de moléculas alvo específicas que agem dentro das células bloqueando as vias que determinam o crescimento do tumor.

“Embora já idealizada há mais de um século, só mais recentemente a imunoterapia pode ser desenvolvida e utilizada na prática clínica. Esta nova modalidade de tratamento passa pelos anticorpos monoclonais que são anticorpos (proteínas usadas pelo sistema imunológico para identificar e neutralizar corpos estranhos como bactérias, vírus ou células tumorais) produzidos por um único clone, idênticos em relação às suas propriedades físico-químicas e biológicas, que podem ser usados isoladamente ou acoplados com toxinas ou radioisótopos.

Outras modalidades de imunoterapia que estão sendo desenvolvidas rapidamente são as vacinas, e o avanço mais esperado é a possibilidade de se modificar geneticamente as células de defesa do próprio paciente tornando-as altamente ativas contra as células tumorais. Chiattone, que é ​Professor Titular da Santa Casa de São Paulo, reforça que estes novos tratamentos geralmente determinam menos eventos adversos que os tratamentos convencionais e, mais importante, conseguem obter respostas positivas no momento no qual a doença já era considerada completamente refratária.  

Dados sobre a doença

A cada ano são diagnosticados 10 mil casos no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). É difícil identificar a causa deste aumento, uma das possibilidades reconhecidas pelos especialistas é o envelhecimento da população. Não há diferença entre o sexo que a doença acomete. Sua incidência está relacionada, sobretudo, à faixa etária, acometendo pacientes acima dos 60 anos.

O linfoma pode começar em qualquer local em que existam as células linfáticas. Ainda assim, se manifesta preferencialmente nos gânglios linfáticos, em nódulos no pescoço, axilas e região da virilha. Vale ressaltar que na maioria das vezes os nódulos são ocasionados por infecções, nem sempre sendo linfoma.

Manifestações dos linfomas se assemelham a outras doenças comuns. Em torno de 30% dos pacientes com quadro de linfomas apresentam sintomas acompanhados de febre, perda de peso sem motivo aparente, suor noturno intenso e coceira persistente, sem indício de quadro alérgico. “O que é intrigante nos linfomas, é que as manifestações se assemelham a outras doenças comuns”, relata Chiattone.

Quando detectado em estágio precoce, o linfoma pode ser erradicado com tratamento adequado. Atualmente, a terapia que mais aumenta a chance de cura e qualidade na sobrevida é a quimioterapia associada ao uso de anticorpos monoclonais, este último ainda não disponível da rede SUS para todos os tipos existentes de linfoma.

Não há na oncologia uma área tão avançada em termos de tratamento como a dos linfomas. O médico relata que na maioria das vezes, é aplicada a quimioterapia, imunoterapia e, em alguns casos, radioterapia. “Quando a doença é mais grave ou a pessoa teve recaída, daí entramos com o transplante de medula óssea, como terapia de salvamento”, diz ele.

Tipos

Linfoma de Hodgkin: ocorre em 10% a 20% dos doentes, normalmente crianças, sendo mais comum no sexo masculino (numa proporção de aproximadamente três para dois). O índice de cura da doença é de, em média, 75%, em pacientes com o tratamento inicial. Pode surgir em qualquer parte do corpo e o sintoma inicial mais comum é um aumento indolor dos linfonodos (ou ínguas).

Linfomas não-Hodgkin: correspondem a cerca de 60% do problema na infância (entre cinco e 15 anos), com maior incidência entre os rapazes. São curados em menos de 25% dos casos. Pode apresentar manifestações no estômago, pele, cavidade oral, intestino delgado e sistema nervoso central (SNC).


sábado, 14 de junho de 2014

Acupuntura pode ser uma grande aliada no tratamento do câncer

Câncer é uma doença em que o mecanismo de divisão celular sofre alterações levando a uma proliferação exacerbada de células acima das necessidades do tecido normal, gerando, assim, a massa tumoral. Todos os tratamentos convencionais, seja pelo uso de medicamentos, quimioterapia, radioterapia e cirurgia, visam a eliminação por meio da destruição das células cancerosas, impedindo que elas cresçam e se multipliquem.
Segundo o farmacêutico e acupunturista José Rubens, no entanto, esses processos (medicamentoso, quimioterápico e outros) podem afetar outras células do organismo, que enviam sinais aos quimioreceptores do cérebro, desencadeando assim diversos efeitos indesejáveis como: perda de apetite, diarreia, vômitos, náuseas, irritação da pele e mucosas, dores diversas, cansaço, entre outros.
A Acupuntura ajuda a evitar tais sintomas, pois uma vez que os acupontos são puncionados o cérebro recebe uma informação que estimula a produção de substâncias neuroquímicas em maior escala, que tira a sensibilidade dos quimioreceptores, fazendo, assim, com que os efeitos indesejáveis provocados pelo tratamento sejam amenizados. 
O tratamento de Acupuntura é um grande aliado dos tratamentos convencionais, pois melhora de maneira significativa o bem-estar do paciente. Os sintomas indesejáveis ocorrem em menor escala e, mesmo quando ocorrem, aparecem em intensidade reduzida, facilitando assim a ação promovida pelos tratamentos convencionais, bem como ajudando em uma recuperação mais “confortável” para o paciente.