Mostrando postagens com marcador saúde. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador saúde. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Urgências urológicas: quando procurar o PS

 

As urgências urológicas são ocorrências que exigem atendimento médico de emergência, pois, demandam diagnósticos rápidos e tratamentos imediatos a fim de evitar complicações.

As infecções urinárias mais comuns são:

·  Cistite: acomete somente o trato urinário inferior, como, por exemplo, a bexiga. Seus sintomas clínicos são leves, geralmente ardência ao urinar, pouco volume, presença de sangue e vontade constante de ir ao banheiro;

·  Pielonefrite: consiste em uma infecção do rim e, geralmente, causa sintomas mais graves, com febre, mal-estar, prostração e dor. A causa, muitas vezes, é bacteriana e pode começar com uma simples cistite.

“Nos dois casos, a rápida intervenção de um especialista, com o auxílio de exames laboratoriais, é de extrema importância, uma vez que tais infecções podem se tornar mais graves rapidamente”, explica o dr. Rodrigo Wilson Andrade, urologista do Hospital Albert Sabin (HAS).

Em se tratando da pielonefrite, por ser uma infecção de maior porte, em pacientes mais sensíveis, como os diabéticos, imunodeprimidos e idosos, corre-se o risco da evolução para um quadro de infecção generalizada e da geração de sequelas. “Por esse e outros motivos a urgência no tratamento se faz extremamente necessária”, adverte o médico do HAS.



Em pacientes jovens e sem comorbidades, o tratamento é ambulatorial e o especialista receita antibióticos para serem ministrados em casa. Contudo, nos mais idosos e/ou com a saúde debilitada, o ideal é a internação para a aplicação de antibióticos endovenosos e a realização de exames de imagem e coleta de material para cultura. Também é importante a avaliação das condições de hidratação e nutrição do paciente.

Quanto à prevenção, fatores como boa alimentação, correta hidratação, qualidade de sono e atividades físicas devem ser levados a sério. “A prevenção da cistite, que é a infecção urinária mais comum, serve como a principal forma de prevenir uma pielonefrite, modo mais grave da doença”, diz o dr. Andrade.  

Outro fator importante de prevenção é as mulheres estarem sempre em dia com suas consultas e exames ginecológicos, uma vez que esse tipo de infecção atinge, em sua grande maioria, as pacientes desse sexo.

“No mais, apesar de pouco discutido, as bactérias que causam as infecções urinárias são as mesmas presentes no intestino. Portanto, manter o ritmo intestinal regular é fundamental. Mulheres constipadas ou com muita diarreia, por exemplo, estão mais sujeitas a tais infecções”, finaliza o urologista.


Foto: Freepik

 

sábado, 10 de fevereiro de 2024

Tontura ou vertigem?

 


Você já sentiu o mundo rodar? Ou ainda uma sensação de desequilíbrio inesperada? Segundo a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, a tontura é o terceiro sintoma mais comum em pronto-atendimentos, ficando atrás apenas de queixas de febre e dor. No Brasil, cerca de 40% da população relata os sintomas, geralmente classificados como tontura. O que a maioria não sabe é que muitas vezes pode estar com vertigem. Mas, afinal, existe diferença entre tontura e vertigem?

Gabriela Serrano Faria, fisioterapeuta parceira da Bem te quero 60+ e especialista em reabilitação vestibular, explica que tontura e vertigem são conceitos distintos e a diferença reside na maneira como o paciente descreve a sensação causada pelo sintoma. De acordo com a profissional, a tontura pode se manifestar de diversas formas, incluindo a sensação de instabilidade corporal, desequilíbrio ou atordoamento, enquanto a vertigem, também chamada de tontura rotatória, se caracteriza por uma falsa sensação de movimentação do ambiente, como se as coisas estivessem rodando.

Acima dos 60 anos é fundamental ter atenção e cuidado com movimentos abruptos que possam desencadear tontura ou vertigem (como levantar-se rapidamente do sofá ou de uma cadeira), pois podem desencadear desequilíbrios e quedas. De acordo com a fisioterapeuta, indivíduos que têm episódios de tontura ou vertigem devem buscar atendimento médico para investigação diagnóstica, uma vez que a tontura ou a vertigem não é a doença em si, mas um sintoma. Estudos indicam que há mais de 300 tipos de tontura e mais de duas mil causas diferentes.

As tonturas relacionadas à pressão baixa estão associadas ao sistema cardiovascular e não necessariamente ao sistema vestibular - órgão sensorial que exerce um importante papel na manutenção do equilíbrio do corpo. Os sintomas incluem sensação de fraqueza, desmaio, sudorese e visão escurecida. “Nestes casos é essencial consultar um cardiologista e realizar uma ampla investigação médica para avaliar as causas da hipotensão”, pontua a especialista.

Já a vertigem geralmente está relacionada a problemas no sistema vestibular, que pode ser do labirinto em si ou de suas conexões cerebrais. Cerca de 70% dos casos de vertigem são causados pela VPPB (Vertigem Posicional Paroxística Benigna), uma condição em que cristais no labirinto se deslocam. O diagnóstico baseia-se na anamnese sugestiva, na qual são coletas informações e percepções do paciente e no exame físico direcionado, sendo o tratamento realizado por meio de manobras para reposicionar esses cristais.

“Conhecer o diagnóstico é crucial para a eficácia do tratamento. A reabilitação vestibular desempenha um papel fundamental no gerenciamento dos sintomas e no processo de compensação vestibular. Os familiares e cuidadores de pessoas idosas devem acolher essa queixa, pois a tontura muitas vezes é considerada um sintoma comum do envelhecimento, mas não é! Trata-se de um sintoma incapacitante que gera impacto emocional, social e funcional no paciente”, enfatiza Gabriela.

A fisioterapeuta lista cinco pontos de atenção:

1.    Manter uma hidratação adequada;

2.    Evitar períodos prolongados de jejum e manter uma alimentação balanceada, evitando álcool;

3.    Observar atentamente as características da tontura para auxiliar em um diagnóstico preciso. Qual a sensação do sintoma? Há desequilíbrio? Sente pré-síncope ou atordoamento? Qual a duração das crises (minutos, horas, dias)? Há sintomas associados (zumbido, ouvido tampado, náuseas, vômito, quedas, dificuldade de marcha)?

4.    Caminhadas ao ar livre são recomendadas, mas atenção ao risco de quedas;

5.    Buscar a ajuda de um profissional especializado, pois idosos com tontura têm até 8 vezes mais risco de quedas.

 

Foto: Freepik

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Transplante de fezes avança no SUS como opção de tratamento para infecções resistentes a antibióticos

 


O que fazer quando os antibióticos não são suficientes para combater infecções no trato intestinal? Estudos têm mostrado que pode haver uma saída ainda não tão conhecida, mas com casos de sucesso: o transplante de microbiota fecal. Esse procedimento é simples, realizado por endoscopia ou colonoscopia, e transfere bactérias intestinais de um doador saudável para uma pessoa doente. O primeiro relato desse procedimento foi feito em 1958, mas no Brasil, o transplante de fezes foi realizado pela primeira vez apenas em 2013. De lá para cá, a técnica chegou ao SUS e tem alcançado resultados promissores, com eficácia que pode ser de 90% entre os pacientes transplantados.

Para driblar a resistência aos medicamentos ao mesmo tempo em que oferece tratamento adequado, o Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba (PR), realiza transplantes de fezes em pacientes que sofrem de inflamação no intestino grosso, ou seja, colite por Clostridioides Difficile. Com atendimento 100% via SUS, o hospital tem alcançado bons resultados, com melhora rápida dos pacientes e alta hospitalar. A prática, que teve início em 2018, ganhou agora uma nova frente de pesquisa para desenvolvimento de um produto à base de microbiota fecal pelo Laboratório de Doenças Infecciosas da PUCPR. "Atualmente, no mercado internacional, temos apenas dois produtos semelhantes ao nosso, um nos Estados Unidos e outro na Suíça", relata o infectologista responsável, Felipe Tuon.

O tratamento também é um aliado contra as superbactérias, que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), podem matar 10 milhões de pessoas por ano a partir de 2050. Para comparar o transplante de microbiota fecal com o tratamento tradicional, o grupo liderado pelo infectologista e pesquisador Felipe Tuon iniciou um estudo clínico controlado com 48 pacientes que serão tratados com o produto em hospitais de Curitiba, incluindo o Hospital Universitário Cajuru. "Nossa expectativa é constatar que o transplante de microbiota fecal é mais eficaz do que o tratamento com antibióticos", contextualiza.

E as possibilidades de tratamento só aumentam com o avanço dos estudos. Uma pesquisa da Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que o transplante de fezes pode ser a chave para o tratamento de várias outras doenças, como a asma, esclerose múltipla e diabetes. Isso ocorre porque as fezes humanas agem de forma semelhante a um alimento probiótico, com a presença de bactérias benéficas para o funcionamento do corpo humano. "A microbiota é parte importante do nosso corpo, representando até 90% de todas as células que possuímos, e é formada desde o nosso nascimento. Essa parceria entre o corpo humano e a microbiota é natural, pois ela forma a primeira linha de defesa do nosso intestino e nos auxilia a digerir melhor alimentos que poderíamos ser incapazes de aproveitar", explica o gastroenterologista do Hospital Universitário Cajuru, Jean Tafarel.

A luta por doadores

Um dos grandes desafios do transplante de microbiota fecal é encontrar um doador, já que a sociedade brasileira ainda não possui a cultura de doar fezes e enfrenta desconfiança, falta de informação e dificuldades de compatibilidade. Para facilitar o processo, foi implementado um banco de fezes na PUCPR, em parceria com o Hospital Universitário Cajuru. No Brasil, poucos centros contam com iniciativas semelhantes, e as doações são realizadas conforme a demanda.

Para ser doador, o candidato passa por exames como hemograma, além de avaliações sobre estilo de vida, hábitos alimentares, prática de exercício físico, ausência de sintomas gastrointestinais e infecções, e a não utilização de antibióticos nos quatro meses que antecedem a coleta. "A triagem é extremamente rigorosa, mais exigente que um transplante de órgão. É feita uma entrevista e uma série de exames de sangue e de fezes para garantir que não ocorra nenhuma transmissão de infecções virais, bacterianas, fúngicas ou parasitárias", detalha o infectologista.

O procedimento

O transplante fecal transfere a microbiota de um indivíduo que tem bactérias benéficas para o paciente que está com a microbiota danificada. O procedimento é similar à colonoscopia, um exame que utiliza técnicas da endoscopia para analisar o intestino grosso. Após tomar um medicamento contra a diarreia e ser sedado, o paciente recebe uma injeção do transplante de amostra fecal no cólon por meio de um tubo de colonoscopia. Ao acordar, o remédio contra a diarreia mantém as bactérias saudáveis no organismo, aumentando assim as chances de proliferação e auxiliando no tratamento.

A história do transplante de fezes no Brasil está apenas começando. É uma técnica simples e de baixo custo que, quando realizada por profissionais capacitados e com as devidas precauções biológicas, pode trazer inúmeros benefícios à população. "Ainda é um desafio sem uma legislação específica, como acontece em outros países. Portanto, é de extrema importância o estudo que estamos desenvolvendo sobre o nosso produto, que possibilitará solicitar sua liberação e registro na Anvisa. A partir disso, nossa intenção é que essa microbiota fecal possa ser amplamente distribuída no mercado nacional, garantindo o tratamento adequado e segurança para os pacientes", conclui Felipe Tuon.


Foto: Freepik

 

 

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Verão exige cuidado com a pele para evitar o câncer mais comum no Brasil



Dezembro chega trazendo o colorido do verão no laço do mês para alertar sobre o carcinoma, o tipo de câncer mais comum entre os brasileiros. O laço laranja reforça a importância do cuidado sistemático com a pele não apenas na estação mais quente e ensolarada do ano, mas também nas demais. O carcinoma é responsável por 31,3% dos casos de câncer no Brasil e é um dos tipos que podem ser evitados por meio da prevenção. Bem por isso, o dezembro laranja vem para marcar alguns hábitos necessários no nosso dia a dia, como o uso de protetor solar e óculos escuros.

Um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pele é a exposição ao sol. No Brasil, onde a radiação ultravioleta atinge índices altíssimos, é mais do que necessário pensar numa proteção diária, independentemente da exposição durante um momento de lazer, por exemplo, como explica Vinícius Conceição, oncologista clínico e sócio do Grupo SOnHe. “Estamos expostos ao sol a todo momento, não apenas quando estamos de férias na praia. Perdemos tempo no trânsito e, enquanto isso, estamos expostos”, alerta o médico.

O câncer de pele é mais comum em pessoas de pele clara, com mais de 40 anos. Além da exposição ao sol, a baixa imunidade e o histórico familiar podem ser fatores de risco. As áreas de maior exposição, segundo Débora Curi, oncologista do Grupo SOnHe, precisam ser monitoradas com frequência e qualquer alteração na pele precisa ser analisada. “Identificar o câncer de pele no estágio inicial é fundamental para garantir o sucesso do tratamento”, explica Débora.

Até 2025, o Brasil deve diagnosticar 704 mil novos casos de câncer por ano, sendo o carcinoma responsável por 30% dos casos, o que representa mais 220 mil casos da doença por ano. O câncer de pele é mais comum entre os homens, respondendo por 51% dos casos, por isso, vale o alerta para que esse público tenha mais atenção à própria saúde. “O homem também precisa cuidar da pele, proteger a cabeça e os olhos. A informação ajuda a quebrar o preconceito”, afirma Vinícius Conceição. Ainda segundo o médico, observar o próprio corpo é fundamental para que possamos protegê-lo. No caso das pintas, que podem indicar um tipo de câncer de pele, vale a regra do ABCDE. Se a pinta for assimétrica, tiver a borda irregular, apresentar dois tons ou mais, tiver a dimensão superior a seis milímetros e evoluir de tamanho ou apresentar alteração de cor, é muito provável que seja um tumor maligno, caso contrário, é considerado benigno. O médico reforça que são vários os tipos de câncer de pele, sendo o carcinoma o mais comum e o mais simples de ser tratado. No entanto, o apelo da prevenção deve ser feito o ano todo e não apenas no mês de dezembro. “Vivemos num país tropical, com alta incidência de radiação ultravioleta. Portanto, o cuidado com a pele deve ser permanente”, alerta.

O tratamento para o câncer de pele costuma apresentar mais de 90% de chance de cura do paciente, que pode ser submetido à quimio, radioterapia ou até mesmo à cirurgia. 

Cuidados básicos para evitar o câncer de pele

Proteger a pele é uma necessidade diária. Sendo assim, é essencial evitar a exposição prolongada ao sol no horário de maior incidência da radiação, entre 10 e 16 horas. Também é importante fazer uso de filtro solar, óculos escuros, chapéu ou boné. De acordo com a oncologista Débora Curi, manter uma rotina de exames também é fundamental para identificar possíveis alterações. “Estamos falando não apenas dos exames laboratoriais, mas também dos exames clínicos, em que podemos diagnosticar qualquer tipo de alteração na pele do paciente”, finaliza a médica.


Foto: Freepik

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

O que fazer quando acordar no meio da noite?

 


Acordar no meio da noite é algo comum e pode acontecer por diversos motivos: estresse, ansiedade, desconforto físico ou interrupções causadas pelo ambiente. Mas se você acordar e tiver dificuldade em retomar o sono, aqui estão algumas estratégias: 

1. Mantenha o ambiente propício: certifique-se que seu quarto esteja escuro, silencioso e em temperatura confortável. Use máscaras de dormir, tampões de ouvido ou ventilador para bloquear qualquer estímulo que possa estar te perturbando.
2. Evite olhar para o relógio: ficar verificando a hora pode aumentar a ansiedade e dificultar a volta do sono. É melhor ignorar o horário e se concentrar no relaxamento.
3. Pratique técnicas de relaxamento: respiração profunda, meditação ou relaxamento muscular progressivo podem ajudar a acalmar a mente e relaxar o corpo.
4. Evite estímulos: usar dispositivos eletrônicos, assistir TV ou fazer exercícios intensos antes de dormir podem interferir no sono e dificultar sua retomada.
5. Tente técnicas de distração: se estiver tendo dificuldade em voltar a dormir, tente distrair a mente com pensamentos positivos, imagens relaxantes ou contar mentalmente. Isso ajuda a afastar pensamentos ansiosos e facilita a volta do sono.
6. Evite comer ou beber muito: refeições pesadas ou muito líquido antes de dormir podem causar desconforto e interromper o sono. Se estiver com fome ou sede, opte por um lanche leve ou um copo pequeno de água.
7. Não fique na cama por muito tempo: se não conseguir voltar a dormir após 20 ou 30 minutos, levante-se e faça uma atividade relaxante, como ler um livro ou ouvir música suave. Evite também a exposição à luz, pois isso pode colocá-lo em alerta.
 
E lembre-se: cada pessoa pode responder de maneira diferente a essas estratégias. Se você tiver problemas frequentes em voltar a dormir ou a insônia persistir, é recomendável consultar um profissional de saúde para obter orientação personalizada!

Sobre a Associação Brasileira do Sono

https://www.instagram.com/absono/ 

Fundada em Agosto de 1985 com o nome Sociedade Brasileira do Sono, a instituição congrega todos os profissionais brasileiros que estudam sono, incluindo desde áreas experimentais básicas, Biólogos, Técnicos de Polissonografia, Fisioterapeutas, Fonoaudiólogos, Psicólogos, Odontologistas e Médicos. A associação é fundamentalmente desde sua origem multidisciplinar e a lista de especialistas que participam da sociedade não para de crescer.

Com o passar dos anos a sociedade se adaptou aos desafios e, desde 2005, passou a se chamar Associação Brasileira do Sono (ABS). Agrega também sob o mesmo teto e com direção compartilhada as sociedades co-irmãs: Associação Brasileira de Odontologia do Sono (ABROS) e Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS), ambas criadas para atender necessidades específicas de dentistas e médicos.

A ABS é reconhecida mundialmente. A associação promove inúmeras atividades, incluindo cursos, reuniões com a sociedade civil e com os gestores de políticas públicas, além de promover diálogo constante com a sociedade sobre os mais diversos temas relacionados ao sono. A Associação Brasileira do Sono é responsável também pelo periódico científico Sleep Science, revista publicada em inglês com reconhecimento mundial, recebendo artigos científicos originais de todas as partes do planeta.

As regionais do sono estão presentes em 22 estados do Brasil.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Saiba como prevenir acidentes domésticos com crianças e idosos


Acidentes domésticos muitas vezes podem parecer inofensivos, mas em situações graves podem levar à morte de uma pessoa. De acordo com o Ministério da Saúde, só em 2022, mais de 8 mil crianças e adolescentes entre zero e 14 anos morreram vítimas desse tipo de situação.

A preocupação também se aplica para os idosos. No Paraná, foram mais de 12 mil quedas de pessoas acima dos 60 anos atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) nos primeiros nove meses de 2023.

Por isso, compreender medidas que auxiliam na prevenção é fundamental. Neste processo, a Terapia Ocupacional é uma excelente aliada. “Os terapeutas ocupacionais trabalham com pessoas de todas as idades para ajudá-las a realizar suas atividades diárias com segurança e independência. São várias as funções, como avaliar e modificar o ambiente doméstico e fornecer treinamento de habilidades para evitar acidentes”, explica a TO Syomara Cristina, que atua há mais de 30 anos na área.

Para evitar acidentes domésticos com crianças, por exemplo, algumas dicas são a instalação de grades em escadas e janelas e estar atento a ambientes lisos e molhados, como o box do banheiro. Além disso, é preciso atenção extra aos bebês para evitar quedas de lugares comuns, como cama, sofá e berço.

No caso de idosos, algumas ações essenciais passam pela não colocação de tapetes em quartos, banheiros e sala, fixar móveis que possam ser usados para apoio (como mesas de cabeceira) e instalar luminárias por sensor.

TO também é fundamental para a recuperação

Contudo, se a prevenção não funciona, os acidentes domésticos exigem também um cuidado atento com o processo de recuperação junto a um profissional.

“Um Terapeuta Ocupacional é fundamental para auxiliar na recuperação e reabilitação após um acidente. Por meio de técnicas e exercícios, o foco do trabalho se concentra em retomar a ação do paciente, garantindo mais qualidade de vida e autonomia”, frisa Syomara.



Foto: Freepik

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Diabetes não tratada pode causar a retinopatia diabética e levar à cegueira



O Brasil é o 5º país no mundo com a maior população diabética. Hoje, são mais de 16 milhões de brasileiros e de acordo com o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), esse número pode chegar a 21,5 milhões de pessoas em 2030.  

O diabetes é uma síndrome metabólica, cujo o corpo não produz insulina - hormônio produzido pelo pâncreas e responsável pelo metabolismo da glicose - ou não consegue utilizar adequadamente a que produz. 
 
Uma das doenças oculares relacionadas ao diabetes é a retinopatia diabética, que atinge a retina - área dos olhos onde se formam as imagens antes de serem enviadas ao cérebro. Por isso, o oftalmologista Fernando Naves, do Hospital Santa Casa de Mauá, alerta que a doença pode levar à cegueira irreversível, inclusive de ambos os olhos. “Os diabéticos precisam cumprir o tratamento à risca, pois a possibilidade de perder a visão é muito maior do que as pessoas que não possuem a doença”, orienta.
 
Para tornar urgente as medidas de conscientização e prevenção da doença, no próximo dia 25 de novembro, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) promoverá a campanha 24h pelo Diabetes, uma mobilização multidisciplinar on-line, que reunirá as sociedades de especialidades, entidades de saúde e profissionais de diferentes áreas em prol da saúde coletiva. Mais informações podem ser obtidas em 24hpelodiabetes.com.br .
 
Existem duas formas da doença e uma delas é a retinopatia diabética não proliferativa - primeiro nível da doença, a qual causa hemorragia e vazamento de líquido na retina. O outro tipo é a retinopatia diabética proliferativa, quando as chances da perda de visão são grandes e provocam a formação de vasos anormais com sangramento e o descolamento da retina.
 
No estágio inicial, a retinopatia diabética não apresenta sintomas e, por essa razão, as visitas ao especialista são extremamente importantes. Com o tempo, o paciente passa a ter visão borrada, fotofobia, distorção das imagens, manchas ou pontos na visão, dificuldade na visão noturna e perda progressiva da visão.
 
O diagnóstico é comprovado por meio de exame clínico, da angiografia por fluoresceína, por tomografia de coerência óptica e por exame de fundo de olho.
 
Os cuidados com o diabetes são primordiais para o sucesso do tratamento, o qual tem a finalidade de retardar a sua evolução e dependerá do estágio da doença. O especialista poderá recomendar medicação anti-inflamatória, fotocoagulação - aplicação de laser, injeções intra-vítreas, terapia anti-VEGF ou as cirurgias de vitrectomia.
 
“Assim como em todo controle e prevenção de doenças, na retinopatia diabética é importante ter hábitos saudáveis, praticar exercícios, ter boa alimentação e melhorar os níveis glicêmicos”, orienta o oftalmologista Fernando Naves.
 


Foto: Freepik

sábado, 11 de novembro de 2023

Osteoporose, uma doença silenciosa que no começo não apresenta sintomas óbvios

 

Caracterizada pela perda de massa óssea e deterioração da estrutura dos ossos, a osteoporose é considerada uma doença silenciosa. Isto porque, em suas fases iniciais, ela não costuma causar sintomas óbvios, fazendo com que muitos só descubram que são portadores da condição quando sofrem uma fratura. De acordo com o Ministério da Saúde, 10 milhões de brasileiros apresentam a doença, e a estimativa é que cerca de 50% das mulheres e 20% dos homens, com 50 anos de idade ou mais, sofrerão uma fratura osteoporótica ao longo da vida.



Tendo em vista a dimensão da osteoporose no Brasil, no mundo e seu caráter insidioso, posto que demora para se revelar, torna-se premente falar da doença. Nesse sentido, a médica intervencionista em dor e autora do livro “Existe vida além da dor”, dra. Amelie Falconi, aborda a seguir as principais causas da osteoporose, sintomas, tratamentos da doença e da dor atrelada a ela, medidas de prevenção, entre outros temas relacionados à doença.

Dra. Amelie destaca que as principais causas da osteoporose são: envelhecimento, deficiência de estrogênio, histórico familiar, sedentarismo, alimentação deficiente em cálcio e vitamina D, tabagismo, excesso de álcool, e outras doenças. Entre as doenças ou condições de saúde que estão ligadas direta ou indiretamente à osteoporose estão: doença endócrinas; doenças gastrointestinais; alguns tipos de câncer e quimioterapia; artrite reumatoide; distúrbios neuromusculares; doenças pulmores crônicas; síndromes genéticas, como a osteogênese imperfeita; e o uso prolongado de medicamentos, entre os quais corticosteroides e anticogulantes.

Ao contrário do que diz o senso comum, a doença não atinge exclusivamente mulheres, embora acometa mais elas do que os homens. Conforme dra. Amelie, os fatores de risco costumam ser diferentes de acordo com o gênero. “Para as mulheres, o principal fator de risco é a menopausa, já para os homens as principais causas são distúrbios hormonais, uso crônico de cortiscoteroides, condições médicas subjacentes e envelhecimento”, relata.

Como se trata de uma doença que pode passar despercebida por anos, dra. Amelie ressalta a importância de as pessoas em risco, especialmente mulheres pós-menopáusicas e idosos, adotarem um estilo de vida saudável e  realizarem exames de densiotometria óssea, para calcular a densidade do osso e, dessa forma, diagnosticarem a osteoporose antes de uma fratura ocorrer. “É fundamental que pessoas que apresentem fatores de risco significativos para a osteoporose passem por uma avaliação médica para desenvolver um plano de prevenção e tratamento adequado”, afirma.

No que tange à prevenção da doença, as recomendações mais atuais, de acordo com a médica intervencionista em dor, enfatizam uma abordagem integral, que consiste em praticar exercícios físicos regularmente, incorporar um dieta rica e balanceada, com ingestão adequada de cálcio e vitamina D, suplementar, tomar sol, evitar a automedicação, e adotar uma estilo de vida saudável, em que a pessoa evite fumar e consumir bebidas alcólicas em excesso.

O tratamento da osteoporose pode incluir várias classes de medicamentos. “Além dos tradicionais, que contribuem para fortalecer os ossos, aumentar a densidade óssea e reduzir o risco de fraturas, estão sendo desenvolvidos tratamento direcionados, visando abordar as causas subjacentes à doença, como terapias de antiressorção, que ajudam a preservar a massa óssea”, explica. A médica intervencionista em dor ressalta que os tratamentos evoluiram nos últimos anos, proporcionando opções cada vez mais seguras e eficazes.

 A dor em pacientes com osteoporose

A dor na osteoporose, explica dra. Amelie está intimamente relacionada à fratura óssea, uma de suas complicações mais comuns. Isto porque, explica a dra. Amelie, uma fratura costuma causar instabilidade e compressão de nervos, ocasionando desconforto e dor. “Além disso, precisamos lembrar que os fatores de risco para osteoporose são os mesmos que para dores crônicas, entre eles sedentarismo, tabagismo e alimentação com deficiência de nutrientes”, diz.

Segundo dra. Amelie, para controlar de maneira eficaz a dor relacionada à osteoporose, recomenda-se uma abordagem multidisciplinar que combine medidas de prevenção, tratamento da osteoporose subjacente e manejo da dor. “Entre as ações que podem ser adotadas estão: combate ao sedentarismo, com dieta rica e balanceada e prática regular de exercícios físicos, prevenção de fraturas, tratamento da osteoporose, reabilitação, medicamentos para controle da dor e procedimentos intervencionistas para alívio da dor”, destaca.

Considerando que a osteoporose está relacionada a hábitos nocivos à saúde, como consumo excessivo de álcool, tabagismo, dieta pobre em nutrientes e sedentarismo, que por sua vez estão associados ao desenvovimento de dor crônica, a médica intervencionista em dor reitera, no Dia Mundial e Nacional da Osteoporose, a importância de a população em geral adotar um estilo de vida saudável como forma de prevenir a osteoporose, a dor crônica e outras doenças.

 

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Black Friday: o desafio dos compradores compulsivos

 


A Black Friday, um dos eventos de compras mais aguardados do ano, pode ser uma verdadeira armadilha para pessoas que sofrem de oniomania, mais conhecida como transtorno do comprar compulsivo. Enquanto muitos consumidores aguardam ansiosamente pelas megapromoções, aqueles que enfrentam essa condição têm que lidar com o desafio de resistir ao impulso de gastar dinheiro em excesso, sem precisar, e às vezes até sem poder. A psicóloga Ana Streit, mestre em psicologia e saúde, explica que a compulsão tem relação com o autoalívio, sentimento esse que tem um poder muito grande sobre o paciente.

“O ato de comprar compulsivamente também funciona como válvula de escape para sentimentos e emoções. Esse comportamento vira doença quando se torna crônico e repetitivo e passa a causar algum dano a pessoa, seja social, financeiro ou emocional”, orienta a especialista.

A psicóloga explica que a Black Friday favorece uma ilusão. Os descontos acabam tirando um pouco o peso da compra para as pessoas que sofrem com o padrão da compra compulsiva e serve como uma permissão para o ato. Mas, o comprar compulsivo é um problema maior que continua mesmo após esse período.

Sinais e sintomas dos compradores compulsivos

A especialista ressalta que há alguns sinais e sintomas que podem indicar quem desenvolveu a oniomania, por exemplo: quando o desejo de comprar é causado por solidão; as compras, muitas vezes, são realizadas sem os familiares saberem; quando há descontrole financeiro e a pessoa adquire produtos que não precisa, entre outros sinais. “Todos nós gostamos de comprar algo que nos dê prazer, mas para os que sofrem de oniomania, a aquisição de novos produtos traz um alívio intenso. Só que o prazer logo é substituído por um sentimento de culpa e angústia, principalmente quando a pessoa se dá conta de que não consegue pagar o que comprou”, diz. 

Como tratar a compulsão por compras?

O tratamento alia psicologia e psiquiatria, uma vez que as compulsões geralmente estão ligadas a outros transtornos mentais como ansiedade ou depressão e mesmo transtornos de personalidade. Ana pontua que em alguns casos é necessário o uso de medicação. “O primeiro passo para lidar com o comprar compulsivo é reconhecer que há um problema e a partir daí procurar ajuda profissional”, comenta.

De qualquer forma, se você é uma pessoa que não tem compulsão, mas que gostaria de estratégias para lidar com a pressão que vem com a Black Friday, a psicóloga faz algumas orientações: fazer uma lista de quais produtos você realmente precisa, definir um orçamento para gastar na Black Friday, estabelecer limites de gastos no total para o dia ou o mês. “Com atenção redobrada e um plano sólido, é possível aproveitar as promoções sem ceder aos gatilhos que desencadeiam o impulso de compra”, finaliza Ana.

sábado, 28 de outubro de 2023

Saiba como prevenir trombose venosa em viagens longas



Com a aproximação das férias de verão, muitas pessoas já começaram a se planejar para realizar viagens durante o tão sonhado período de descanso. Um dos pontos a levar em consideração ao realizar viagens de trem, aéreas e rodoviárias de longa duração é o risco de desenvolver uma trombose, doença que ocorre quando um coágulo se forma dentro de uma veia, comprometendo o fluxo sanguíneo. Erich de Paula, médico hematologista e professor associado da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica porque isso acontece, quais são os principais sintomas da trombose e formas de prevenção. 

A trombose é caracterizada pela obstrução de um vaso sanguíneo por um coágulo, também chamado de trombo, podendo afetar tanto o sistema arterial quanto o venoso. “O tipo mais comum de trombose é a trombose venosa profunda (TVP), que ocorre quando o trombo se forma em uma veia profunda das pernas, causando dor, inchaço e mudança de coloração da área afetada”, explica Erich de Paula. Uma das principais complicações da trombose é a embolia pulmonar (EP), que ocorre quando o trombo se solta e chega até os pulmões através da circulação sanguínea. Neste caso, a função de oxigenação do sangue é comprometida, causando falta de ar e podendo até mesmo ser fatal.  

Segundo o médico hematologista, a trombose pode ser desencadeada por diversos fatores, como obesidade, sedentarismo, tabagismo, imobilização, uso de contraceptivos orais a base de estrógeno, gestação, puerpério (período de resguardo ou quarentena), tendência familiar, entre outros. “Viagens de longa duração também são consideradas um fator de risco para o desenvolvimento de trombose, uma vez que combinam diferentes elementos que tornam o passageiro mais propenso a desenvolver um coágulo sanguíneo. Deixar de movimentar as pernas por muito tempo, desidratação e pressurização do ambiente são alguns dos fatores que contribuem para este quadro”, afirma o professor. 

Movimente-se e previna-se de coágulos sanguíneos – Viagens longas nas quais os passageiros ficam várias horas sentados, sem se movimentar, podem contribuir para a ocorrência de trombose. “A principal recomendação para evitar este quadro é se movimentar de vez em quando durante a viagem. Por exemplo, no trem ou no avião, uma opção é o passageiro se levantar do assento e andar pelo corredor ou fazer movimentos de flexão dos pés. Para viagens de carro, o ideal é fazer uma parada a cada duas ou três horas para andar um pouco e esticar as pernas”, recomenda Erich de Paula, que acrescenta ainda que em alguns casos de maior risco, os médicos podem recomendar o uso de anticoagulantes em doses baixas, para prevenção. Isto geralmente se aplica a pacientes que já apresentaram trombose prévia”, explica.  

De acordo com o médico, também é recomendado manter-se hidratado durante a viagem, uma vez que o baixo consumo de líquidos pode contribuir para a diminuição do volume sanguíneo, facilitando a formação de trombos. Além disso, evitar roupas apertadas nas regiões da cintura e das pernas facilita a circulação sanguínea, bem como evitar deixar as pernas cruzadas durante o trajeto. 

Apesar de ser uma doença comum, muitos desconhecem as causas e fatores de risco do tromboembolismo. “A trombose é uma doença perigosa, mas que pode ser evitada a partir do conhecimento sobre os fatores de risco e formas de prevenção. Além das recomendações específicas para pessoas que pretendem viajar, a adoção de um estilo de vida saudável, com prática exercícios, alimentação balanceada e acompanhamento médico são ações que também auxiliam na prevenção da trombose,” diz o dr. Erich.  

O médico alerta ainda que pessoas que já apresentaram tromboses ou que possuem histórico familiar devem tomar ainda mais cuidado em relação à doença. “Realizar acompanhamento médico regular é essencial para avaliar a adoção de medidas preventivas adicionais, como o uso de meias elásticas ou anticoagulantes profiláticos”, finaliza o médico hematologista.  


Foto: Freepik



sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Estresse e constipação podem agravar sintomas da menopausa, revela estudo



A menopausa é um estágio natural na vida das mulheres, mas isso não torna os sintomas associados a ela mais fáceis de suportar, sobretudo quando a transição para a fase se inicia. A intensidade dos sinais podem variar entre cada caso, e as pesquisas em andamento buscam entender os fatores que podem influenciar a gravidade dos sintomas no início da menopausa e sua duração.

Um estudo recente publicado no periódico "Menopause -  The Journal of the Menopause Society" -encontrou uma relação entre os efeitos mais intensos da menopausa e os níveis mais elevados de estresse percebido, ansiedade ou depressão e constipação. TAlexandra Ongaratto, médica ginecologista endócrina e diretora Técnica do primeiro Centro Clínico Ginecológico do Brasil, o Instituto GRIS, explica que com o estudo, os pesquisadores buscaram encontrar a possível relação entre os sintomas da menopausa, o estresse percebido subjetivamente e os sintomas gastrointestinais relatados em mulheres de meia-idade. 

“Compreender as causas dos sintomas da menopausa é essencial para encontrar soluções eficazes que possam reduzir esses desconfortos e, assim, aprimorar a qualidade de vida das mulheres que vivenciam essa fase”, afirma.

 Menopausa, sintomas e microbioma intestinal

A pesquisa foi realizada com 693 participantes, todas por volta dos 50 anos, incluindo mulheres pré-menopausadas e pós-menopausadas. Para avaliar os sintomas, as participantes preencheram o Questionário de Qualidade de Vida Específico da Menopausa (MENQOL), que examina várias áreas de sintomas relacionados à menopausa e o grau de incômodo causado.

Além de comprovar a associação de diagnósticos de ansiedade, depressão e níveis elevados de estresse com o impacto mais severo dos sintomas menopausais, o estudo revelou que mulheres com constipação apresentam sintomas mais intensos. Também foi destacado a possível relação entre a consistência das fezes e a frequência das evacuações com a saúde do microbioma intestinal.

Alexandra destaca a importância do achado: “Os cientistas estão reconhecendo cada vez mais o papel dos microbiomas na saúde”. De acordo com a médica, os microbiomas vaginais são essenciais para a saúde neonatal, e, da mesma forma, os intestinais afetam a saúde de adultos.

O microbioma intestinal é impactado por uma série de fatores, incluindo alimentos consumidos, medicamentos tomados e o ambiente hormonal, entre outras influências. A relação entre ele e a saúde é um tema em crescimento na pesquisa, que requer mais informações. “Este estudo estabeleceu uma ótima base para explorar a relação entre as flutuações hormonais na menopausa e as mudanças fisiológicas e metabólicas resultantes”, ressalta Alexandra.

Menopausa não tratada causa prejuízos, incluindo econômicos

Além dos desafios físicos e emocionais que a menopausa pode causar, a falta de tratamento adequado tem impacto na economia, de acordo com a Menopause Foundation of Canada. Um relatório divulgado pela organização revelou que os sintomas mal administrados da menopausa estão custando aproximadamente 3,3 bilhões de dólares por ano ao Canadá. O número é referente aos dias de trabalho perdidos por mulheres durante a menopausa. 

“Uma parte importante dessa história é o valor representando as mulheres, em plena fase de trabalho, nos anos de maior renda, tendo que abrir mão de dinheiro porque precisam trabalhar meio período, reduzir suas cargas horárias ou até mesmo sair do mercado de trabalho, devido à luta para administrar os sintomas”, reflete a médica. 

No geral, a menopausa tem início entre os 45 e 55 anos, embora algumas possam experimentar a perimenopausa de dois a dez anos antes. “É essencial conscientizar os locais de trabalho sobre a menopausa e fornecer apoio às trabalhadoras em transição”, finaliza Alexandra.



Foto: Freepik

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Outubro Cinza conscientiza para a artrite reumatoide e a importância do tratamento precoce



O mês de outubro é marcado pela cor rosa, a qual conscientiza para o câncer de mama. No entanto, menos divulgado, mas igualmente importante, o mês também leva a cor cinza, que alerta a população sobre a artrite reumatoide.  

De acordo com o médico ortopedista Marcelo Ruck, do hospital Santa Casa de Mauá, a artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica e autoimune - o sistema imunológico ataca o próprio organismo, que afeta as articulações. “As mulheres são mais atingidas do que os homens, geralmente a partir dos 30 anos. O tabagismo, a obesidade e a pré-disposição genética também podem contribuir para o desenvolvimento da artrite reumatoide”, explica.
 
A inflamação compromete as articulações e normalmente as mãos, os punhos e os pés, também pode atingir a coluna e embora seja mais raro, por se tratar de uma doença sistêmica, pode atingir alguns órgãos.
 
Entre os principais sintomas estão o inchaço, a dor, a vermelhidão, além de rigidez matinal, fadiga e cansaço. O tratamento precoce é importante a fim de que não ocorra a evolução da doença, deformidades e limitações de atividades simples. 
 
“Os sintomas são parecidos com o de outras doenças, de esforço físico ou mau jeitos, o que faz com que muitas pessoas adiem a visita ao médico e se mediquem por conta própria. Portanto, ao menor sinal de qualquer sintoma não hesite em procurar um especialista, só ele poderá fornecer o diagnóstico e tratamento corretos”, orienta Ruck.
 
O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais, que também avaliam o grau da inflamação. 
 
O tratamento precoce controla o avanço da doença e além de medicamentos, que podem variar de acordo com o estágio da artrite reumatoide, são indicados também a terapia ocupacional, a fisioterapia e as atividades físicas, com exercícios resistidos e alongamentos, sempre supervisionado por um especialista. 



Foto: Freepik

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Feng Shui harmoniza energias de pessoas e ambientes

 


O Feng Shui é um método que inclui muitas técnicas e formas de ser aplicado, como FS do Chapéu Preto, FS da Personalidade, FS dos 5 Animais, FS Pa Chai, FS Xuan Kong Fei Xing, entre outras, podendo ser usadas em conjunto ou individualmente, porque cada uma acentua um tipo de energia. Sua principal função é a de harmonizar as energias de pessoas e ambientes, de forma que sejam as melhores possíveis, acarretando principalmente melhora na saúde, na prosperidade, no trabalho, em todos os tipos de relacionamentos e espiritualidade.

Segundo a cromoterapeuta,Reiki Master e terapeuta para a Saúde Vivian Rose Salles, na técnica do Chapéu Preto, a mais simples e conhecida no Brasil, divide-se a planta da casa em 8 ângulos de 45º e mais uma parte central. Identificando-se por onde entram as energias denomina-se cada ângulo, e a partir daí promove-se curas ou ativação, observando-se se nesses ambientes há espaços faltantes, ou se áreas importantes caem no banheiro, por exemplo.

Para efetuar as curas nas diferentes técnicas observa-se muitos fatores como localização do imóvel, tipo e data de sua construção, comprimento de corredores, portas e janelas, alturas de teto, tipo de iluminação, rede elétrica e de água e esgotos, cores, plantas, posicionamento dos móveis, decoração.

"Já que tudo é energia e a nossa energia deve estar em harmonia com a do ambiente, pode-se usar atrás da porta principal ou do cômodo que se quer purificar um copo com uma parte de sal grosso e outra de água, colocando-se carvão dentro dele", explica Vivian. "Os cristais de sal têm a propriedade de atrair os íons negativos que estão nos ambientes. Troque essa mistura regularmente ou quando sentir alguma alteração no copo", finaliza.

 

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Quando é possível voltar a praticar exercícios físicos após uma cirurgia maxilofacial?



A cirurgia maxilofacial é um procedimento que envolve a reestruturação da face e da mandíbula, e o tempo de recuperação pode variar dependendo da extensão da cirurgia. o paciente que passa pelo procedimento pode voltar a fazer atividades físicas depois de 15 dias do pós-operatório, mas o exercício ainda terá certos limites. 

Quem explica é o dr. Rafael Evaristo (CRO 12231 SC), cirurgião bucomaxilofacial. “Nos primeiros 15 dias após o procedimento, pedimos ao paciente um pequeno intervalo dos exercícios físicos, com repouso para ele se recuperar bem da operação. Depois disso, o paciente pode voltar a fazer uma atividade física leve e moderada como uma caminhada, musculação de membros inferiores. Já a parte superior que exige dos músculos peitoral, ombro e costas é recomendado voltar a exercitar três semanas, após o procedimento”, diz ele. 

Evaristo lembra que as orientações são personalizadas, cada paciente terá o seu limite e reação diferente no pós-operatório. “É importante que quem opte por fazer a cirurgia maxilofacial converse com o seu cirurgião antes de retomar as atividades físicas para evitar complicações no pós-operatório. Cada pessoa tem seu limite individual e cada esporte tem um tempo de recuperação para voltar à prática, é muito importante que o paciente fale com o cirurgião sobre a atividade que pratica para que o tempo seja determinado de forma personalizada”, orienta. 

Em caso de dor e inchaço durante as atividades físicas é recomendado a suspensão do exercício físico e a busca pelo cirurgião que fez o procedimento. “Preste atenção à dor e ao inchaço na área cirúrgica. Se sentir dor excessiva ou aumento do inchaço durante ou após o exercício, pare imediatamente e informe o seu cirurgião”, informa. 

Também é importante fazer uma dieta adequada para a evolução da recuperação. “Coma alimentos nutritivos. Mantenha-se bem hidratado, ainda mais se estiver realizando atividades físicas leves”, recomenda. 

À medida que o paciente  progride na recuperação, exercícios de fortalecimento podem ser indicados pelo médico cirurgião. “Exercícios de fortalecimento e mobilidade específicos  ajudam a restaurar a função normal da mandíbula e da face, por isso são importantes para o paciente”, finaliza. 



Foto: Freepik