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terça-feira, 19 de setembro de 2017

Os perigos da baixa umidade do ar


A falta de chuvas, altas temperaturas e baixa umidade do ar nesta época de transição entre as estações inverno e primavera são comuns. As regiões de tempo mais seco como centro-oeste e sudeste sofrem ainda mais devido a poluição, porém Norte, Nordeste e Sul também são atingidos pela massa de ar que proporciona problemas à saúde de toda a população, independentemente da idade, e prejudica ainda mais as pessoas com problemas respiratórios como asma. As informações são do Grupo de Trabalho de Doenças Respiratórias da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC).

“Com a baixa da umidade o sistema respiratório sofre, especialmente aqueles que já têm alguma doença respiratória como asma. Outro grupo de pacientes que também merece atenção é o de pessoas que têm rinite alérgica, pois podem piorar, chegando a apresentar sangramentos nasais. Além disso, o ressecamento das mucosas pode diminuir a chegada das células de defesa e com isso aumentar a chance de uma infecção bacteriana se instalar, como sinusites e pneumonias”, explica William Salibe Filho, médico e membro do grupo.

Como melhorar o ambiente
Uma das condutas mais usadas é a colocação de uma bacia com água ou molhar uma toalha e colocá-la no ambiente.  O local de maior atenção é o quarto, onde costuma-se passar mais tempo, principalmente a noite. “Vale lembrar que não se deve umidificar em excesso, pois a umidade demais pode facilitar a proliferação do mofo e causar também problemas respiratórios. Outras medidas são: beber muita água, usar soro fisiológico no nariz, hidratação da pele e uso de colírios apenas para lubrificação”, explica.

A inalação é um procedimento muito comum, com o intuito de diminuir o efeito da baixa umidade e pode ser feita somente com soro, entretanto proporciona alívio somente no momento da realização, após algumas horas o efeito de umidificar as vias aéreas acaba e seria necessário repetir e isso se torna uma dificuldade. “A alternativa é a umidificação do ambiente, pois assim o efeito é mais duradouro e temos melhor resultado. Outro cuidado é com limpeza do inalador, pois ele pode estar contaminado se não for limpo”, ressalta Salibe.

Os umidificadores podem ajudar, mas o maior cuidado é com a limpeza, devem ser limpos sempre, pois podem ser colônia para fungos e também em casos em que o ambiente fica muito úmido, pode-se tornar meio para proliferação ou formação do mofo. O umidificador esquenta a água e devemos tomar cuidado com queimaduras, principalmente nas crianças.
Sobre o uso do ar-condicionado: o aparelho retira a umidade do ar, o que pode prejudicar o sistema respiratório principalmente em asmáticos. Realizar a limpeza frequentemente e fazer a troca do filtro com a periodicidade indicada pelo fabricante são ações necessárias.

 Uso de descongestionantes nasais 
Muitos dos descongestionantes nasais têm substâncias estimuladoras do sistema cardiovascular e ao longo do tempo podem provocar sérios danos ao coração. O ideal é usar soro fisiológico nasal e naqueles que têm rinite procurar um médico para o melhor tratamento, por isso não utilize os que são vendidos livres de prescrição médica em farmácias. Outro alerta é o cuidado de consumir medicamentos vendidos sem prescrição médica, pois além de não fazer o efeito desejado pode agravar as doenças respiratórias. 
Outra informação importante é o cuidado com a prática de atividade física neste período, deve-se beber muita água durante a atividade. O ideal é realizar atividade logo pela manhã e evitar o período entre 10h e 16h.  

Quando procurar um médico
Nos casos de descompensação do quadro respiratório, com presença de tosse com catarro, febre ou em asmáticos, a presença de chiado no peito ou falta de ar.  E principalmente nos pacientes que têm asma vale lembrar que existem tratamentos, como medicação inalatória, que evitam as crises, que são muito seguros e podem ajudar com este tempo seco, mas infelizmente ainda pouco prescritos no Brasil. Portanto o melhor remédio é a prevenção com cuidados básicos e caso tenha uma dúvida, procure sempre seu médico.


quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

As doenças do cigarro


Todos sabem que fumar não faz bem para saúde. O cigarro possui quase cinco mil substâncias tóxicas, dessas, 60 são cancerígenas.  A mais conhecida entre essas substâncias é a nicotina, que está entre as que mais fazem mal ao organismo, além de ser a principal responsável pelo vício. Segundo estudo divulgado em janeiro pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, o número de mortes relacionadas ao tabaco deve saltar de 6 para 8 milhões até 2030, desse total, estima-se que 80% ocorram em países de baixa e média renda. Ainda segundo a pesquisa, o número total de fumantes em todo o mundo vem aumentando. 

Para o dr. Aier Adriano Costa, coordenador da equipe médica do Docway, o grande problema é que nem todos nem todos sabem que o cigarro pode desenvolver mais de 50 tipos de doenças no fumante e até mesmo nos não fumantes, mas que aspiram a fumaça. “Quando o cigarro é tragado, a mucosa nasal fica irritada e as cordas vocais se dilatam. A voz fica rouca, os batimentos cardíacos aumentam assim como a pressão arterial e a frequência respiratória, a digestão fica mais dificultada e ocorre um aumento na vasoconstrição. Tudo isso possibilita o desenvolvimento de diversas complicações”, explica o especialista.

Conheça algumas das doenças que podem ser causadas ou agravadas pelo cigarro, trazendo problemas para os mais variados sistemas do corpo humano:

– Sistema nervoso: a nicotina atinge o cérebro e vicia, causando, além da dependência, degeneração muscular, catarata e deficiência visual. O consumo frequente de cigarro também enfraquece o olfato e o paladar;

– Sistema respiratório: as substâncias do cigarro, quando inaladas, danificam os pulmões, que, com o passar do tempo, perdem a sua capacidade de filtro. Isso faz com que os fumantes desenvolvam doenças como o enfisema, a bronquite crônica e a mais séria de todas: o câncer de pulmão;

– Sistema cardiovascular: a nicotina causa a constrição dos vasos sanguíneos e aumento na pressão arterial, aumentando o risco da formação de coágulos sanguíneos e abrindo espaço para o acidente vascular cerebral. E isso vale não apenas para os fumantes de longa data, mas também para os passivos;

– Sistema digestivo: o cigarro, quando tragado, também pode gerar diversos problemas na boca, como a gengivite e a periodontite. Essas complicações levam ao mau-hálito, às caries e até mesmo à perda de dentes. Além disso, os fumantes têm mais chances de desenvolver câncer de boca, garganta, laringe, esôfago, renal e pancreático.