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sexta-feira, 23 de junho de 2017

Mitos e verdades sobre a conjuntivite


A conjuntivite é uma das doenças oculares mais comuns no Brasil. É a inflamação ou infecção - dependendo da gravidade - da membrana mucosa que reveste a parte branca do globo ocular. Geralmente provoca aumento da secreção do muco, acentuada pela irritação, e pode ser causada por uma série de fatores.

Olhos avermelhados, irritados e difíceis de abrir pela manhã são alguns dos sintomas comuns, mas para saber identificar qual o tipo de conjuntivite e o tratamento adequado só mesmo recorrendo à orientação medica.

Para ajudar a esclarecer sobre os riscos que envolvem a doença, o oftalmologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Gustavo Seibin Takahashi, elencou os principais mitos e verdades sobre a conjuntivite.

Existem vários tipos de conjuntivite?
Verdade.
Na maior parte dos casos, elas são causadas por uma infecção de origem bacteriana ou viral, mas podem ser provocadas também por alergias – cerca de 20% da população mundial é propensa a desenvolver este tipo de inflamação.

Os tratamentos para conjuntivite viral e bacteriana são iguais?
Mito.
No caso da viral é necessário apenas o uso de soro fisiológico para limpeza, colírios e compressas geladas para o alívio da dor. Já a bacteriana, exige medicação com antibióticos.

A conjuntivite alérgica é transmissível?
Mito.
Neste caso a conjuntivite é uma reação do organismo do próprio paciente, podendo ser provocada por substâncias como poeira, pólen, mofo, produtos de maquiagem, entre outros. Por isso, não há risco de transmissão.

Colírio pode ser usado todos os dias e também nos casos de conjuntivite?
Verdade, com uma ressalva.
Mesmo aqueles que servem apenas para lubrificar os olhos também são consideramos medicamentos, por isso é importante atenção ao excesso. A utilização diária ou pontual (para o tratamento de conjuntivite) de qualquer tipo de colírio deve ser adotada somente sob recomendação médica.

Coçar os olhos pode causar conjuntivite?
Verdade.
As mãos estão cheias de microrganismos e bactérias que provocam irritação nos olhos, levando até ao desenvolvimento de uma inflamação ou infecção.

Lentes de contato causam a conjuntivite?
Mito, com ressalvas.
A utilização do tipo adequado e o manejo de forma correta não causarão conjuntivite. Somente as lentes que não recebem a higienização necessária podem ser uma fonte de contaminação para os olhos. Além disso, se estiverem mal colocadas também causam irritação e, quando não reposicionadas a tempo, podem iniciar um processo inflamatório. Mas é recomendável evitar o uso caso esteja com conjuntivite.

Águas do mar ou de piscina causam conjuntivite?
Mito.
Se banhar em águas sujas pode causar inflamação ocular, que não é conjuntivite. Além disso, um paciente diagnosticado não pode frequentar piscina, pois o cloro agrava os sintomas.

Ficar perto de uma pessoa com conjuntivite automaticamente causa transmissão?
Depende.
Varia de acordo com a imunidade de cada pessoa. Além disso, é preciso levar em consideração se houve contato direto com o microrganismo que causou a infecção. Aqui vale uma atenção especial às mães que amamentam devido à proximidade frequente com os bebês.

Receitas caseiras como moeda no olho e leite materno ajudam?
Mito.
É importante enfatizar que tratamentos caseiros e automedicação podem elevar as chances de complicações da conjuntivite e, em casos mais graves, há o risco de comprometer a visão. O ideal é procurar um oftalmologista assim que aparecerem os primeiros sintomas para orientação e acompanhamentos adequados.

Usar óculos ajuda a evitar o contágio?
Mito.
Não diminui as chances de transmissão, porém o uso de óculos escuros alivia a dor, já que um dos sintomas é a fotofobia – sensibilidade à luz.


quarta-feira, 26 de abril de 2017

Você sabe o que são as estomatites?


A estomatite é uma inflamação da cavidade oral (stoma, do grego = boca). Na infância, acomete crianças pequenas e na maioria das vezes é causada por vírus.

Quais são os sintomas da estomatite?
A estomatite é caracterizada pelo aparecimento de aftas em todas a cavidade oral com inchaço e vermelhidão das gengivas, às vezes até com sangramento local. Por conta disso, é muito comum a criança apresentar “babação” e dificuldade de se alimentar e beber líquidos. Além dos sintomas locais, a criança pode apresentar febre, dor, irritabilidade e prostração. Todos esses sintomas podem durar até 15 dias, mas o período crítico ocorre no final da primeira semana.

O que provoca a estomatite?
Normalmente, os vírus são os responsáveis por essa infecção. Dentre eles, o principal é o vírus herpes simples (HSV-1). Em menor incidência, os vírus da família Coxsackie também podem causar estomatites, entre outros. Em menor frequência a estomatite pode ser a manifestação de outras doenças, não infecciosas. Caso o quadro seja recorrente e/ou persistente, deve-se atentar para outras possibilidades e a orientação do pediatra irá auxiliar no diagnóstico.

Em que períodos do ano a estomatite é mais comum?
Nos meses de outono e inverno, os episódios são mais frequentes. Nesse período, a maior frequência a ambientes fechados facilita a transmissão do vírus que ocorre pela saliva contaminada ou pelo contato com as lesões. As crianças menores são as mais acometidas também por frequentarem creches e escolas.

Pode haver complicações?
A principal complicação é a desidratação. Por conta da dificuldade de comer e beber e da própria inapetência causada pela doença, a criança ingere pouco líquido, podendo ficar desidratada. Embora aconteça na minoria dos casos, pode ocorrer infecção secundária por bactérias, com aparecimento de lesões com secreção e odor forte, podendo agravar e/ou prolongar os sintomas gerais como a febre. Nessa situação, o uso de antibióticos poderá ser necessário.

Como evitar a estomatite?
Infelizmente trata-se de uma infecção muito comum nos primeiros anos de vida e dificilmente o seu pequeno escapará dela. Cuidados gerais podem evitar a transmissão, como lavar as mãos com frequência e higienizar brinquedos de uso comum com água e sabão ou detergente, evitando-se a propagação do vírus.

Mas e se meu filho ficar doente, o que fazer?
Evite a ida a escolas ou creches porque poderá transmitir a infecção para outras crianças. Ofereça alimentos frios, pastosos, sem ácidos ou temperos. Estimule preferencialmente a ingestão de líquidos, oferecendo de forma fracionada mais vezes ao dia para evitar a desidratação. Mantenha seu filho em repouso e o medique com analgésicos para aliviar a dor. Alimentos pastosos e líquidos, que não exijam mastigação, são mais facilmente aceitos. Iogurte, sorvete, gelatina e líquidos como sucos de frutas não ácidas, água, chá e leite frios são ótimas opções.

O que pode ser usado para aliviar os sintomas locais?
A higiene oral é um passo importante para se evitar as infecções secundárias. Pela resistência das crianças em permitir a escovação, podem ser usados antissépticos bucais, que aliviam a dor, na forma de bochecho.

Lembre-se que a estomatite é, na maioria das vezes, causada por infecções virais. Os cuidados são apenas sintomáticos, ou seja, objetivam aliviar os sintomas e prevenir as complicações. O vírus tem um ciclo com duração média de 1 a 2 semanas, com remissão de todos os sintomas.

A consulta pediátrica é fundamental para orientar o diagnóstico e as melhores opções para que o seu pequeno sofra o mínimo possível em consequência da estomatite. 

Artigo do dr. Marco Aurélio Safadi (CRM 54792), parceiro da NUK, professor de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e coordenador da Equipe de Infectologia Pediátrica do Hospital.


terça-feira, 28 de junho de 2016

Caxumba: conheça a doença e como preveni-la


Com casos recorde desde 2008 na cidade de São Paulo, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) orienta a população sobre o que é a caxumba, transmissão e a prevenção.
“A caxumba é uma infecção causada por um vírus que causa inchaço das glândulas que produzem saliva (parótidas), que se localizam na frente das orelhas, logo acima da mandíbula. Quando infectadas, algumas pessoas sequer desenvolvem sintomas. Na maioria das vezes, entretanto, podem apresentar febre, mal-estar, cansaço, dor no corpo, dor de cabeça e diminuição do apetite. Em geral após dois dias do início dos sintomas é que começa a ocorrer o característico inchaço das glândulas parótidas”, explica Guilherme Bruno de Lima Júnior, médico de família e comunidade, membro da SBMFC.
Prevenção
A prevenção depende do diagnóstico precoce da doença na pessoa infectada, que deve permanecer isolada em casa por cinco dias do início dos sintomas. Ainda há a vacinação com a tríplice viral, antigamente conhecida como “MMR”. As pessoas que não receberam a vacina ou que receberam apenas uma dose e que tiveram contato com a pessoa doente, devem receber dose extra. Se a pessoa tiver dúvidas quanto a isto, deve procurar seu médico para saber se deve receber esse reforço.
Transmissão
A transmissão é realizada por meio de gotículas da respiração, contato direto ou com as roupas da pessoa contaminada. Depois de ficar exposta a um doente e ser infectada, os sintomas se iniciam ​após um período ​de 14 ​a​ 18 dias. A doença melhora espontaneamente em cerca de duas semanas. Raramente, pode provocar outras complicações mais sérias como inflamação dos testículos nos homens, ou dos ovários nas mulheres, podendo acarretar até infertilidade. Em casos mais raros ainda podem até causa infecções no cérebro e surdez.
Tratamento
Guilherme explica que não há tratamento específico para a doença. “Calor local sobre a área inchada por 10 a 15 minutos várias vezes ao dia ajuda a diminuir a dor, que também pode ser aliviada com analgésicos comuns, além da febre. Deve-se evitar a aspirina em menores de 18 anos. A pessoa deve permanecer em repouso durante o tratamento. Raramente nos casos mais graves, a pessoa deve ser hospitalizada. Quando estiver doente, se possível, a pessoa deve entrar primeiro em contato por telefone com o serviço de saúde, ou ser visitada em domicílio, para evitar contato com outras pessoas e espalhar a infecção”, explica.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Gripe H1N1 chega mais cedo esse ano



Além das epidemias de zika, dengue e chikungunya que tem tirado o sono de boa parte da população, outra doença vem ganhando destaque nos noticiários: a gripe influenza H1N1. Somente este ano em São Paulo, de acordo com a Secretaria de Saúde do município, já são 12 casos notificados – o total do ano passado inteiro.
Segundo a dra. Regia Damous, infectologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, este novo surto da doença tem intrigado os médicos: “a gripe influenza é sazonal e acontece normalmente nos meses mais frio de outono e inverno. Porém, o que temos visto são as pessoas infectadas mais cedo, e não existe, ainda, nenhuma explicação para esse fenômeno”.
A médica esclarece algumas dúvidas sobre o vírus da gripe H1N1:
 O que é o H1N1?
O H1N1 é uma variação da gripe comum. O vírus da gripe é muito suscetível a sofrer mutações, e ao longo dos anos o ser humano vai adquirindo essas “variações” da gripe. No caso do H1N1, estima-se que ele tenha surgido em 2009 e sua transmissão aconteceu primeiro em suínos, popularizando a doença como “gripe suína”.
 Quais seus sintomas?
Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum: febre alta e tosse, podendo apresentar dores de cabeça e corpo, garganta inflamada, cansaço, diarreia e vômito. A doença também pode evoluir para uma situação mais grave de pneumonia viral.
 Por que o H1N1 tende a ser mais agressivo do que a gripe comum?
Quando o vírus da gripe sofre mutações, ele mantém algumas proteínas que formam a sua estrutura. O corpo, quando já tem imunidade para o vírus anterior, já está, então, mais preparado para combater essa nova variação, pois consegue reconhecer a parte da estrutura viral que ficou. Porém, alguns tipos epidêmicos se rearranjam em proteínas que as pessoas não têm resistências, tornando algumas mutações mais desconhecidas ao nosso sistema imunológico. Esse é o caso do H1N1: o sistema imunológico das pessoas tem proteção baixa para essa vertente da gripe comum.
 Como o H1N1 é transmitido?
Por via oral, pela tosse ou espirro. A infecção também pode ocorrer através de objetos contaminados.
 E como se proteger?
O mais importante é adotar o hábito de higienizar as mãos. Para as pessoas que apresentam sintomas, o recomendável é que ela adote a “etiqueta da tosse”: não tossir nas mãos e usar o antebraço, tecido ou papel quando ocorrer tosse ou espirro, evitando assim a contaminação de outros indivíduos. Além disso, outra medida importante é tentar se manter saudável, adotando prática de exercícios, alimentação balanceada e ingestão de bastantes líquidos.